IMPÉRIO ENDURANCE BRASIL – ´FINAL DE SEMANA DE DECISÃO, QUEBRA DE JEJUM E VOLTA DO CAMPEÃO

Pedro Queirolo e David Muffato de AJR não subia ao degrau mais alto do pódio desde novembro de 2020; acidentes provocam a volta do campeão da Porsche/Stuttgart na Gt3 e tem campeões na regularidade

Pedro Queirolo e David Muffato foram os grandes vencedores da sétima etapa do Império Endurance Brasil, disputada na manhã de sexta-feira [16/12], em Interlagos. Com a o troféu, a dupla do protótipo AJR #35 pôs fim a um jejum de vitórias que já durava mais de dois anos e se manteve viva na briga pelo título da categoria P1, que seria decidido na manhã de sábado [17/12] como a última corrida de 2022.

“A zica foi embora”, brincou David Muffato, que não subia ao degrau mais alto do pódio dede novembro de 2020. “Enfrentamos muitas dificuldades neste período. Algumas vitórias acabaram escapando por detalhes, outras por problemas maiores, mas espero que esta vitória tenha servido para recolocar tudo nos trilhos e para que consigamos, daqui para frente, desenvolver um trabalho vencedor”, completou Muffato. “Agora estamos no jogo do campeonato e vamos buscar manter o ritmo amanhã para tentar vencer de novo”, finalizou Queirolo.
Foto AJR #35 venceu em Interlagos (Bruno Terena/MS2)

Passadas sete etapas, Queirolo e Muffato somavam. depois da primeira prov do final de semana na sexta, 695 pontos, 55 pontos a menos do que os líderes Vicente Orige e Gustavo Kiryla que, com descartes, somam 750 pontos. A briga pelo campeonato entre os protótipos ainda tinha a dupla Sarin Carlesso e Robbi Perez, que conquistou a segunda colocação da prova de sexta com o reforço de Cesar Ramos e somava 710 pontos, e Henrique Assunção e Fernando Fortes, com 620. Ambas as pontuações já consideram o descarte do pior resultado.

Na categoria GT3, a vitória foi de Julio Campos e Guilherme Figueroa. Assim como Queirolo e Muffato, eles também subiram ao topo do pódio pela primeira vez na temporada. No Geral, foram terceiros colocados.

“Estou muito feliz por esta conquista, montamos uma estratégia que funcionou, mas com certeza essa vitória se deve ao excelente trabalho do meu parceiro Guilherme Figueroa, que fez um trabalho fantástico”, disse Campos. “Foi sem dúvida nenhuma a melhor corrida da minha vida. Por ser uma prova mais curta, o desgaste físico foi menor e eu consegui performa melhor”, completou Figueroa.
Foto Julio Campos e Guilherme Figueroa Mercedes #08 (Bruno Terena/MS2)

Cacá Bueno e Ricardo Baptista [acima] ficaram com a segunda colocação entre os GT, quarto colocados da Geral. Desta forma, o pentacampeão da Stock Car é o único ainda capaz de tentar tirar a taça das mãos de Marcos Gomes e Xandinho Negrão, que cruzaram a linha de chegada logo atrás da dupla da Mercedes #27.

O resultado, entretanto, manteve Xandinho e Gomes na ponta da tabela da Geral, mas a diferença para  Carlesso e Perez era de apenas 10 pontos. Vicente Orige e Gustavo Kiryla vinham logo em seguida com 20 a menos. Foto Marcos Gomes e Xandinho Negrão Mercedes #09 [reprodução]


A briga esquentou também entre os GT4, Leandro Ferrari, Marco Pisani e Renan Guerra Mercedes #31 [acima] venceram a disputa na manhã sexta e chegaram a 880 pontos, tomando a liderança da tabela (considerando descarte do pior resultado). Jaques Quartiero e Danilo Dirani tem 770 e também sonham com o título.


Interlagos ainda assistiu à vitória dos campeões. Fernando Poeta e Claudio Ricci levaram a melhor na P2 enquanto Ricardo Haag e Mário Marcondes #34 [acima] venceram na P2 Light. As duas duplas já garantiram o título de suas respectivas categorias.

RESULTADO DAS 3 HS DE INTERLAGOS – IMPÉRIO ENDURANCE BRASIL


Decisão em Interlagos vencida por Aldo Piedade e Sérgio Jimenez no sábado nas 4Hs de Interlagos, definou os campeões das seis categorias que compõe o campeonato

Uma disputa emocionante de quatro horas de duração em Interlagos coroou os grandes campeões do Império Endurance Brasil. Dona de 6 pole positions na temporada, a dupla Vicente Orige e Gustavo Kiryla conquistaram o título Geral e também da categoria P1. Foi o primeiro título da dupla.

“Estou na categoria desde 2018, mas foi a partir de 2020 que começamos a brigar mais forte pelo campeonato. No ano passado o título bateu na trave, mas este ano a sorte esteve do nosso lado e conseguimos superar os problemas que tivemos para conquistar o título”, afirmou Orige após a prova. “Esta conquista é a realização de um sonho pra mim. Um sonho que começou lá atrás, quando eu ainda tinha 15 anos e comecei no kart. Agora só tenho a agradecer a toda equipe Motorcar, ao Vicente, a toda minha família e amigos e ao meu pai, que sempre me incentivou”, completou Kiryla. (Bruno Terena/MS2)


A dupla do protótipo AJR garantiu o campeonato cruzando a linha de chegada na sexta colocação da grande final. Foto Kiryla e Orige e Ruben Carrapatoso chefe da equipe (Bruno Terena/MS2)


A vitória na prova foi de Aldo Piedade e Sérgio Jimenez a bordo do novo protótipo Sigma P1 G5 da equipe Sigma/Kraucher sua primeira vitória no Império Endurance Brasil. Uma conquista do novíssimo carro da equipe, que largou da pole position, conseguiram liderar mais da metade da prova e venceram com 40 segundos de vantagem sobre o segundo colocado. Confirmou presença na temporada do Império Endurance Brasil, que começa em março de 2023. Antes disso, em janeiro, o time tentará o bicampeonato nas Mil Milhas, em que participará com dois carros, dos modelos G5 e G4. O time de pilotos das máquinas já tem as presenças confirmadas de Jimenez, Piedade, Beto Monteiro e do diretor-geral da equipe, Jindra Kraucher. Foto Aldo Piedade e Sérgio Jimenez (Bruno Terena/MS2)

Na categoria GT3, Xandinho Negrão conquistou o tricampeonato a bordo da Mercedes AMG GT3 preparada pela equipe Mattheis, desta vez acelerando ao lado de Marcos Gomes. Eles ficaram com a segunda posição na prova, logo atrás da dupla Ricardo Baptista e Cacá Bueno.


“A gente construiu esse título no início do campeonato. Nossa segunda metade não foi tão boa, mas soubemos administrar. E agora é aproveitar este momento para comemorar. Em 2020, que foi a última vez que fui campeão, eu peguei covid na última corrida e nem pude comemorar. Agora quero celebrar este momento e dedicar esta conquista ao meu pai”, afirmou Xandinho. “A consistência foi nosso grande segredo esta temporada. Quando tivemos um carro em condições de vencer corridas., vencemos, quando não éramos os mais rápidos tratamos de somar o maior número de pontos possíveis e foi esse trabalho que nos permitiu chegar aqui hoje e comemorar este título”, completou Gomes. Foto Pódio (Bruno Terena/MS2)


A Mercedes levou a melhor também na GT4, com o trio Marco Pisani, Leandro Ferrari e Renan Guerra #31 garantindo o caneco para a equipe Autlog Racing com vitória em Interlagos

“Foi um ano difícil, cheio de altos e baixos, mas que conseguimos evoluir muito. A Porsche foi um adversário duríssimo e estamos muito felizes por este momento”, comemorou Leandro Ferrari. “Me dediquei muito para chegar a esse título. Tenho dois parceiros que aceleram demais e eu fiz questão de treinar muito para chegar o mais próximo possível deles”, completou Marco Pisani. “Todo o trio está de parabéns. Toda equipe. Esse é um título conjunto”, finalizou Renan Guerra.


Já na P2 os campeões foram Fernando Poeta e Claudio Ricci. E na P2 Light Ricardo Haag e Mário Marcondes levaram a melhor. Foto Poeta e Ricci (Bruno Terena/MS2)

RESULTADO DAS 4 HS DE INTERLAGOS – IMPÉRIO ENDURANCE BRASIL



Highlights

“Xandão este título é para vc” Foto (Bruno Terena/MS2)

Na conquista no fim de semana do tricampeonato brasileiro para Xandinho Negrão em dupla do Marcos Gomes, uma homenagem ao Xandão, seu pai, com quem começou a empreitada em 2019. Sua primeira conquista, ao lado do pai . Em 2020, ele levou sozinho a taça na categoria e na classificação geral, numa temporada em que teve diversos parceiros ao longo do ano. “Acho que ganhamos o título na primeira metade do campeonato. Ganhamos três das quatro primeiras provas e depois conseguimos ser constantes, pois nosso pior resultado foi um quinto lugar. Estou muito feliz!”, vibrou Negrão.

Equipe A.Matheis Foto (Bruno Terena/MS2)

Além do título na GT3, Negrão e Gomes ficaram com o vice-campeonato na classificação geral do Império Endurance Brasil, atrás apenas de um protótipo da classe P1. Sem os descartes, a dupla acumulou 843 pontos ao longo do ano, mais do que qualquer outro competidor do grid em 2022. 


Um fim de temporada da melhor forma possível. Assim foi o sábado (17) de Cacá Bueno, que ao lado de Ricardo Baptista, venceu a última etapa do Império Endurance Brasil entre os competidores da classe GT3, disputada no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP).

(Bruno Terena/RF1)

A dupla do Mercedes-AMG GT3 tomou a liderança a partir da penúltima das quatro horas de prova, e não a largou mais, triunfando pela segunda vez no ano na capital paulista.

“Este foi um final de semana bom, onde a gente fez dois pódios, com um segundo lugar e uma vitória. Hoje, o Ricardo teve um ritmo muito bom, andou muito bem, e a equipe inteira teve uma estratégia perfeita. Ontem faltou pouco, com um pouco de azar com um Safety Car, e hoje a gente teve o ritmo que estamos acostumados. O título escapou, mas a gente sai com um gostinho de vitória, o que é muito bom”, disse Cacá.
Cacá Bueno e Ricardo Baptista
(Bruno Terena/RF1)


Fotos reprodução

A Blau Motorsport, no final de semana, com Allam Khodair e Marcelo Hahn pisaram fundo para colocar a Mclaren 720s com a qual conquistou o título da GT Open de 2020, o campeonato europeu de carros de Gran Turismo, na primeira colocação do último ensaio antes do quali, classificaram em P5 para as 3 Horas de Interlagos, finalizaram na oitava posição e na categoria em quarto. Nas 4 Hs de Interlagos, terminaram em décimo na geral e na categoria GT3 na quarta posição consolidando o final de semana de pódios.


Porsche 718 Cayman GT4 Clubsport, Jacques Quartiero/Danilo Dirani/Marçal Müller
(Rodrigo Guimarães/Ricardo Saibro)
Danilo Dirani, Marçal Müller e Jacques Quartiero no pódio
(Rodrigo Guimarães/Ricardo Saibro)

A Stuttgart Motorsport terminou sua primeira temporada na classe GT4 do Império Endurance Brasill com o vice-campeonato com a dupla Jacques Quartiero/Danilo Dirani, com um Porsche 718 Cayman GT4 Clubsport. Eles terminaram no pódio nas oito etapas do campeonato, com uma vitória na etapa de Santa Cruz do Sul, e chegaram ao fim de semana da rodada dupla de encerramento, em Interlagos, com chances de serem campeões. Terminaram em terceiro lugar nas Três Horas de Interlagos, realizada na na sexta-feira, e em segundo nas Quatro Horas, no sábado, dia em que o carro número 21 foi pilotado também por Marçal Müller.

Porsche 718 Cayman GT4 Clubsport, Bruno Xavier/Luiz Landi/Tom Filho
(Rodrigo Guimarães/Ricardo Saibro)
Tom Filho, Luiz Landi e Bruno Xavier
(Rodrigo Guimarães/Ricardo Saibro)

A bordo do outro Porsche 718 Cayman GT4 Clubsport, Luiz Landi/Bruno Xavier/Tom Filho terminaram a corrida final em quinto lugar, mesma colocação obtida por Landi no campeonato (isoladamente, devido às diferentes formações da tripulação do carro número 718 ao longo do ano). Para o trio, foi uma prova complicada por um toque pouco depois da primeira hora. Bruno Xavier disputava posição com Leandro Ferrari e o contato dos carros provocou a quebra de um radiador. O conserto durou várias voltas que comprometeram totalmente as chances de um bom resultado. Landi, no entanto, minimizou as consequências no balanço geral. “Só temos de agradecer à Stuttgart pela oportunidade que nos deu de disputar o Endurance Brasil. Aos poucos fomos percebendo que somos competitivos, ganhando corrida, chegando em segundo, em terceiro… Ano que vem vamos para ganhar, como a gente veio em todas estas. Umas bateram na trave, mas ganhamos muita experiência”, comentou.


100% de confiabilidade: três anos depois, a volta do Porsche 911 GT3 R “‘1”
(Rodrigo Guimarães/Ricardo Saibro)

O campeão voltou, e nem o longo repouso ofuscou suas qualidades. Cinco anos depois da conquista do título de 2017 e três após sua despedida das pistas, o Porsche 911 GT3 R1 foi retirado da aposentadoria na oitava e última etapa do Império Endurance Brasil para se constituir num dos destaques das Quatro Horas de Interlagos.  O trio Marcel Visconde/Ricardo Maurício/Marçal Müller terminou em 6º a bordo de um carro que até a véspera poderia ser visto no show room da Stuttgart no bairro do Itaim em São Paulo. Os pontos marcados permitiram terminar a temporada em terceiro lugar na classe GT3.

Porsche 911 GT3 R “2” durante a corrida de sexta-feira
(Rodrigo Guimarães/Ricardo Saibro)

A jornada de regresso do modelo começou nas Três Horas de Interlagos, na sexta-feira, quando a breve e intensa chuva em pontos do autódromo paulistano provocou a batida do Porsche 911 GT3 R2 [acima] conduzido por Maurício, que deslizou no asfalto molhado e saiu da pista no final da reta dos boxes. O choque com o protótipo Ginetta, acidentado pouco antes no mesmo local, foi violento e os danos impossibilitaram a recuperação dos dois carros para a corrida do dia seguinte, com quatro horas de duração.

A solução encontrada pela Stuttgart Motorsport para seguir na prova, ponto alto da festa de encerramento da temporada, foi resgatar o modelo com um atestado mais do que comprovado de resistência e confiabilidade – em três anos de competições, nenhuma quebra mecânica. Os mecânicos iniciaram os trabalhos de revisão de todos os sistemas no mesmo dia e o colocaram em condições de largar do final do grid com a meta de completar a maratona. Sem qualquer incidente ao longo do percurso, o “bom velhinho” cumpriu a missão a contento. Se a falta de tempo de preparo cobrou seu preço em termos de velocidade, as demais virtudes estavam preservadas.


“Toda a equipe fez um trabalho maravilhoso e está de parabéns pelos resultados obtidos no campeonato e nesta corrida em particular”, elogiou Marcel Visconde. “Nossos mecânicos e engenheiros são guerreiros. Viraram a noite para revisar e revitalizar um carro que estava praticamente parado há três anos. Todos nós ficamos emocionados quando vimos o carro nos boxes, pronto para correr. E mais ainda quando ele cruzou a linha de chegada depois de funcionar perfeitamente durante quatro horas de corrida. Esta é uma corrida que vai ficar para sempre na história da Stuttgart, porque mostrou o espírito esportivo e a vontade de lutar da nossa equipe”, prosseguiu.

“Eu estava ainda um pouco dolorido, porque a pancada foi forte, mas nada melhor para a parte mental do que sentar num carro de corrida novamente no dia seguinte”, lembrou Maurício. “Tenho de agradecer ao Marcel pela oportunidade de voltar a pilotar um carro que estava parado há um bom tempo. Mas eu não tinha dúvidas de que os meninos fariam o máximo para deixá-lo em condições, e conseguiram. O carro foi supertranquilo e confiável o tempo todo”, elogiou. No balanço do ano, Maurício ressaltou os aspectos positivos. “Não deu para sermos campeões, mas fomos competitivos, levamos a vitória na etapa passada e estou feliz pelos bons resultados.”


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Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

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