PERFIL DE CAMPEÃO – EDGARD DE MELLO FILHO – UMA VIDA REGADA A MUITA ADRENALINA

São Paulo, final da década de 40. Um menino corre pela casa com uma tampa de panela na mão, fazendo curvas “de lado” e rasgando retas imaginárias, simulando pilotar um carro de corrida em uma pista de competição. Logo mais, o menino chamado Edgard Mello Filho, filho de Dona Hilma Machado Neto e do Sr. Edgard Mello ganharia uma Ferrari de madeira. A partir daí, foi acometido, como ele mesmo costuma dizer, pelo “autococus” um vírus do bem que faz com que as pessoas se tornem “pacientes terminais” loucos por carros e corridas.

O jovem Edgard na década de 60, de macacão, ao lado de Jan Balder.
No fundo, o DKW Belcar Foto reprodução

A infância do jovem Edgard foi um pouco tumultuada. Estudando em um colégio interno, Edgard se esforçava para dar umas “escapadas” e sempre que era possível, fugia para Interlagos, para ver de perto os carros de corrida da época. Outra parada obrigatória era o aeroporto de Congonhas: o “aerococus”, outro vírus bom, porém relacionado à paixão pela aviação, já havia tomado de assalto o jovem.

Nessa época, o contato direto com o automobilismo era possível graças às corridas de autorama e também de carrinho de rolimã, nas adjacências da Rua Itápolis e demais logradouros do Pacaembu, em disputas junto a uma turminha de peso, onde participavam ninguém menos que José Carlos Pace e os irmãos Emerson e Wilsinho Fittipaldi. Por falar nos Fittipaldi, Edgard chegou a trabalhar com eles na fábrica de volantes “Fórmula 1”, uma febre entre os entusiastas na segunda metade da década de 60.


Só feras: Edgard no canto esquerdo da foto Foto reprodução

Morando em São Vicente, cidade do litoral sul do Estado de São Paulo, para Edgard o contato com a graxa e o combustível era possível graças a visitas, proporcionadas pelos tios, em oficinas de ônibus perto de casa. Nessa época a paixão pela aviação ganha força na vida de Edgard Mello Filho. Ela começou cedo e o campo de aviação da Praia Grande era o lugar perfeito para admirar e conhecer melhor os “pássaros de prata”. Nessa época, aqui na capital, o aeroporto de Congonhas (que ainda tinha o status de ser um aeródromo internacional) também era o lugar obrigatório para os apaixonados por aviões e queria aprender mais sobre este meio.

Edgard era, sempre foi e continua sendo um curioso por natureza. Ele sempre conta, nas oportunidades em que é entrevistado, que quando muito jovem, tornou-se um “rato” de box e de hangar. Ouvia atentamente o que os mais velhos e experientes diziam e observava o que faziam. Essas atitudes o ajudariam muito no transcorrer da sua carreira.

Foi participando dos bastidores das corridas, principalmente no autódromo de Interlagos, e com o sonho na cabeça de ser piloto de competição, por volta do ano de 1964, com ajuda de uma das lendas de nosso automobilismo, o mecânico chefe da equipe VEMAG, Miguel Crespim Ladeira, Edgard começa a sua carreira de piloto de corridas.

É nessa época, meio que por acaso e para ganhar uma grana extra, que Edgard começa a trabalhar no meio radiofônico. Na Rádio Tribuna de Santos, faz uns “bicos” como locutor nas madrugadas santistas. Continua correndo e buscando alcançar sucesso na carreira de piloto. Experimenta diversos carros e categorias, como FNM 2150, Ford Corcel e inclusive um protótipo muito curioso chamado Elgar, construído na Bahia em uma fábrica de geladeiras equipado com motor VW e cambio “Caixa 3”.

Mas é na década de 70 que a carreira de piloto de Edgard atinge o seu auge, mais precisamente a partir de 1973. Naquele ano, Edgar consegue um Opala quatro portas e o patrocínio de uma revenda Chevrolet de Santos, chamada Ravel.



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Destaque para uma prova em Interlagos, válida para o Campeonato Paulista da Divisão 1. A briga pela vitória foi intensa entre Edgard, com o Opala quatro portas e o Maverick de um piloto e advogado de pseudônimo (pois corria escondido da família) Estanislau Franco. Os dois disputaram retas, curvas e freadas por mais de seis voltas, com a vitória para Edgard, para êxtase da arquibancada sempre cheia de Interlagos naquela época. E nessa mesma arquibancada estava um homem chamado Reinaldo Campello, piloto e chefe de uma das grandes equipes da época, a Itacolomy-Safra. Campello, que ao final da prova, procura Edgard e faz a proposta para correr pela equipe na temporada seguinte.


Opala quatro portas da Divisão 1 brigas históricas contra os Mavericks
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Uma imagem que traduz bem o automobilismo nacional dos anos 70
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O ano de 1974 seria especial. A princípio, Edgard somente disputaria os campeonatos paulista e brasileiro de Divisão 1, sempre com a preparação do mestre Caíto. Mas um detalhe mudaria o destino daquela temporada: Campello havia comprado, da forte equipe Hollywood, um Opala de Divisão 3, preparado na Argentina por Oreste Berta e que até então havia sido utilizado pela fera Luiz Pereira Bueno. Luizinho não havia se adaptado ao carro e a equipe não mais o utilizava, parando o desenvolvimento. Na primeira prova do Campeonato Brasileiro de Divisão 3, em Goiânia, Campello disponibilizou o carro para Edgard. Sem ter andado com o carro antes, o piloto se assustou com a diferença de desempenho em comparação com os Opalas da Divisão 1, que por força do regulamento tinham menos preparação. Os carros da Divisão 3 naquela época tinham por volta de 400 cavalos e utilizavam pneus slicks.


O Opala Divisão 3 campeão brasileiro de 1974: pneus slicks e excelente desempenho
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Edgard conta na entrevista que concedeu ao pessoal do “Fórmula Full” que o carro era especial e que, dentre as várias inovações e preparações, uma chamava a atenção: o aerofólio traseiro não era colocado na parte de cima do porta-malas do Opala, mas sim na parte baixa da traseira.

É nesse ano também que Edgard começa seu trabalho como comentarista de automobilismo. Convidado pelo diretor artístico da Rede Bandeirantes de Rádio, Hélio Ribeiro, Edgard comentaria as provas da Fórmula 1. Era o auge da “era Fittipaldi” e, como Edgard mesmo me disse na entrevista para o programa “Papo Intimista”, no Canal Universitário, “existia uma adaptação de narradores de futebol para o automobilismo. Como era uma área muito técnica, eles me chamaram”. Edgard sempre se notabilizou por tentar transformar e traduzir os temos técnicos e complexos do esporte automobilismo para uma linguagem mais fácil de entendimento pelo grande público. As pitadas generosas de humor e irreverência fizeram o conjunto perfeito para o sucesso como comentarista.


Edgard duelando contra o Maverick Berta que hoje está no Museu do Automobilismo Brasileiro em Passo Fundo Foto reprodução

Ao final de 1974, Edgard, colecionando bons resultados e consistência, sagra-se campeão brasileiro de Divisão 3 com o Opala cupê da equipe Itacolomy-Safra, derrotando a poderosa equipe Hollywood e os Mavericks com preparação de Oreste Berta, o mago argentino. O sonho do menino que corria pela casa com tampas de panela simulando um volante de carro de corrida estava realizado. Somando-se ao fato da nova atividade de comentarista e narrador, Edgard passava por uma das melhores fases da vida.


Da esquerda para direita: Edgard Mello Filho, José Carlos Pace e Paulo Gomes: catedral de Brasília ao fundo e calças “bocas de sino”. Time forte da Ford para 1975
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Edgard correu para a Ford em 1975, um ano longe dos Opalas
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Edgard no pódio ao lado de Tite Catapani Foto reprodução

Mas, como ele sempre diz, “a vida é movida a desafios”. Para 1975, sua carreira de piloto sofre uma guinada de 360 graus. Fã do Chevrolet Opala e grande adversário dos Ford Maverick, com a poderosa motorização V8, Edgard, de forma inesperada, muda de equipe. “Queria conhecer os segredos ‘do inimigo'”, brinca Edgard. O piloto mudava-se, a convite de Luis Antonio Greco, para a equipe Mercantil Finasa-Ford. Iria correr de Maverick ao lado do carioca Bob Sharp e teria como companheiros de equipe, ninguém mais, ninguém menos de Paulo Gomes e José Carlos Pace, o Moco. A carreira de comentarista e narrador avançava e Edgard dividia as pistas com as viagens pelo mundo, acompanhando o circo da categoria máxima.


De volta ao Opala em 1976, brigando com o Maverick número 22 de Paulo Gomes
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A aventura com a Ford durou apenas um ano. Edgard voltaria para a Chevrolet em 1976. A ligação com a marca da gravatinha era muito forte, tanto que foi convidado, em 1977, a ser piloto de teste da engenharia de motores da General Motors do Brasil. “Quando me convidaram, fui correndo!”, conta Edgard. “Foi aí que eu entendi que estamos sempre aprendendo, que a gente não sabe nada. Além disso, tive o privilégio de trabalhar com o mestre Cyro Burjato Caires”. O piloto tinha uma rotina agitada: nos finais de semana, ou estava nas pistas, ou viajando em algum canto do mundo cobrindo a Fórmula 1. E durante a semana, passava os dias no campo de provas da GM, testando os mais diversos carros da marca.


Testes de fábrica no campo de provas. A experiência nas pistas em prol dos modelos de rua Foto reprodução

O ano de 1977 seria também especial para Edgard: mais um título na carreira, dessa vez o do Campeonato Brasileiro de Divisão 1, também com o Opala. A Divisão 1, ao contrário da Divisão 3, não permitia tanta preparação. O regulamento menos permissivo demandava grande capacidade dos engenheiros e mecânicos. E nesse departamento, Edgard estava bem servido, já que os serviços ficavam por conta do chefe de equipe Jayme Silva.


Opala da Divisão 1: preparação mais simples, disputas mais acirradas
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Para 1978, Edgard mudaria de carro. Deixaria o consagrado Opala Cupê para dedicar-se ao projeto de desenvolver o Chevette de Divisão 3. Para isso, contaria com o apoio da fábrica, bem como trabalharia com engenheiros e pessoal oriundos da General Motors do Brasil. Não foi fácil desenvolver o carrinho, mas com muito trabalho e dedicação, fez um relativo sucesso frente aos seus concorrentes na época, principalmente os Fuscas, chamados de “penicos atômicos” por todos. Edgard chegou a correr bem no campeonato gaúcho de Divisão 3. Interessante observar o modelo nas fotos e verificar as influências do automobilismo da época. As soluções aerodinâmicas eram claramente inspiradas nos modelos do Grupo 5, que corriam na Europa e América do Norte. Eram os chamados “silhouettes”.


Chevette 1.600 de Divisão 3: apoio de fábrica e briga intensa contra os “penicos atômicos”, os Fuscas Foto reprodução

O trabalho com as transmissões automobilísticas ganhava cada vez mais espaço na carreira de Edgard. Aos poucos, o piloto ia deixando as pistas. “Carro de corrida é igual a nenê. Tem que ficar perto, acompanhar. Quando você não está perto, começam a quebrar coisas que normalmente não quebram”, relata Edgard. Sua carreira de piloto de automobilismo começava a chegar ao fim. Passou a correr apenas provas de longa duração, a convite de amigos.

A partir de 1980, começa o auge da “era Piquet” na Fórmula 1. Edgard acompanhou essa fase bem de perto. O primeiro título de Nelson foi em 1981. Edgard conta em poucas palavras como foi a decisão: “foi uma choradeira danada, pois a disputa foi muito difícil e apertada”. E foi em 1981 que Edgard finaliza a sua carreira de piloto de automobilismo. O saldo foi bastante positivo: bicampeão brasileiro (um título da Divisão 3 e um da Divisão 1). vitórias nas principais provas nacionais, como por exemplo as 12 Horas de Porto Alegre e os 1.000 Quilômetros de Brasília, dentre outras. Ressente-se de não ter ganho uma Mil Milhas Brasileiras: “Não ganhei uma Mil Milhas por uma infelicidade, estávamos na frente e tivemos um probleminha besta, foi um problema elétrico”. Com o fim da carreira de piloto, Edgard passava a dar prioridade à carreira de comentarista e jornalista.

Pela Rede Bandeirantes de televisão, Edgard passou a narrar e comentar a Fórmula Indy pela Faixa Nobre do Esporte, uma idealização de Reynaldo Campello, seu companheiro e chefe de equipe no título de 1974. A Bandeirantes inovou trazendo um formato de programa com transmissão de diversos esportes, inspirado nas grandes emissoras de televisão norte-americanas.

Edgard conta que teve de tomar muito cuidado para evitar comparações entre a Fórmula 1 e a Fórmula Indy nas transmissões. Ele sempre frisou que cada uma tem as suas características e as suas belezas. Foi assim que Edgard mostrou para o público brasileiro uma categoria excelente e que passou a ter muitos fãs no país. E um fato importante fez com que a Indy entrasse definitivamente na preferência de muitos brasileiros: a partir de 1984, Emerson Fittipaldi passou a correr na categoria. Foi a junção da “fome com a vontade de comer”. Já em 1985, Emmo venceu a sua primeira corrida nos Estados Unidos (Grande Prêmio de Michigan) e o resto é história.

Nessa época, por força das viagens para acompanhar as corridas, o grupo Bandeirantes aproveitava a presença dos profissionais em determinados locais e escalava-os para a cobertura de outros esportes que não o automobilismo. Edgard teve de se mostrar versátil para narrar e comentar modalidades como Futebol e Handebol. por exemplo.


Edgard e os companheiros jornalistas batendo uma bolinha no início dos anos 80 Foto reprodução

No mesmo ano em que Emerson Fittipaldi tomava parte da Fórmula Indy, um jovem brasileiro de sobrenome “da Silva” começava a sua carreira na Fórmula 1. Ayrton Senna tornou-se um dos melhores pilotos de todos os tempos e Edgard, por força das coberturas jornalísticas pelo rádio, construiu uma relação bem próxima com o “becão”, apelido de Ayrton para os mais próximos.

Chega a década de 90 e coisas novas tomariam parte da vida de Edgard. O trabalho no rádio continuava, porém, Edgard voltaria para a televisão através da Rede OM, que passou a ter alcance nacional e participação de Galvão Bueno no seu time de esportes. Edgard foi convidado para tocar o setor de automobilismo da emissora e transmitiu provas da Nascar e do DTM, o Campeonato Alemão de Turismo.

A passagem pela Rede OM foi rápida e Edgard seguiu para a Rede Manchete. Nos sábados e domingos da emissora, era exibido o programa de esportes denominado “A Grande Jogada”, com o formato muito parecido com o “Show de Esporte” da Rede Bandeirantes. Em 1994, Edgard aposta na transmissão da Nascar Winston Cup Series, a categoria principal e de maior audiência nos Estados Unidos, além do DTM, o campeonato de turismo alemão. As duas categorias passavam por momentos de auge e, aqui no Brasil, eram desconhecidas do grande público.

O sucesso foi imediato e as duas categorias ganharam diversos fãs a partir de então. As transmissões da Nascar eram feitas em compacto e em algumas corridas o comentarista era o baterista da banda de rock paulista Ira!, André Jung, que é um apaixonado pelo esporte e hoje assina uma coluna no site Grande Prêmio.

Foi nessa época que conheci Edgard. A primeira reação foi a de choque, pela forma irreverente das narrações e muito conhecimento técnico nos comentários, sem deixar de transmitir emoção e adrenalina ao contar os fatos aos telespectadores. Fiquei fã de cara e passei a acompanhar sempre de perto os passos do “mestre”. Destaco aqui um fato triste, mas que me marcou: no dia da morte de Ayrton Senna, Edgard foi para a Rede Manchete e, num misto de revolta, indignação e tristeza, passou o domingo inteiro em frente às câmeras, buscando informar os fãs e explicar o que poderia ter acontecido no acidente com o seu amigo.

Edgard ainda narrou e comentou o DTM pela Rede Manchete em 1995. No ano seguinte, os direitos de transmissão da categoria passaram para o canal por assinatura Sportv, da Rede Globo. As últimas narrações de Edgard pela Manchete foram em Janeiro e Fevereiro de 1996, com a reprise do ótimo Campeonato Italiano de Superturismo do ano anterior.

Na década de 90, Edgard assumiu o desafio de administrar o Autódromo de Interlagos, por duas vezes, num total de 6 anos. Na primeira oportunidade, no começo da década, o cargo era de Senna e foi repassado a ele. Edgard conta que o foco do seu trabalho sempre foi para melhorar e entregar ótimas condições aos pilotos. A relação com a FIA e suas exigências por segurança e padrões de trabalho específicos para a Fórmula 1 foi um pouco conturbada: “quando você trata com um maluco, você pode esperar de tudo. E realmente a pessoa não era a das mais equilibradas na época. Eu não diria que o senhor Roland Bruynseraede tinha um ponto de equilibrio, de referência, eu diria que eu nem sei o que ele foi fazer lá!”, relatou Edgard para mim em entrevista ao Programa “Papo Intimista”, do Canal Universitário. Na segunda oportunidade, alguns anos mais tarde, o cargo foi oferecido na gestão da secretaria de esportes do ex-jogador de basquete Oscar Schmidt.


Edgard em Interlagos, onde foi administrador por volta de 6 anos
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Em 1997, com a criação do Campeonato Sul Americano de Superturismo, pelas mãos do organizador Toninho de Souza, a Rede Record comprou os direitos de transmissão do certame e convocou Edgard para a narração. Ao seu lado, os comentários ficaram por conta de Alan Magalhães. A dupla deu um show de explanação técnica nas transmissões e criou ainda mais fãs de corridas de turismo.

A aviação, outra das grandes paixões de Edgard, foi relatada de uma forma especial por ele mesmo no Programa Voar, transmitido em rede fechada. Diretamente do Jump Seat das aeronaves de carreira de companhias como Vasp, Varig, Transbrasil, TAM, Edgard narrou de forma magistral, com riqueza de detalhes e emoção, pousos, decolagens e mostrou sem complicação o mundo da aviação para os fanáticos. Para a nossa sorte, diversos vídeos dos programas estão disponíveis para visualização no canal Youtube.

Chegam os anos 2000 e Edgard passa a atuar em diversas frentes. Assina por um tempo uma coluna no site Grande Prêmio, do jornalista Flavio Gomes. Participa do Podcast “Loucos por Automobilismo” na Internet. O programa ganha muitos fãs e alcança um grande sucesso entre os entusiastas. E em 2002, tive o privilégio de conhecer Edgard pessoalmente, no último ano da faculdade de jornalismo, quando o convidamos para entrevistá-lo para o programa “Papo Intimista”, que ia ao ar pelo Canal Universitário. O programa durou meia hora e Edgard contou muito da sua vida e carreira.


Edgard e Rodrigo Carelli na Universidade São Judas Tadeu em 2002, ocasião em que gravaram uma entrevista para o Programa “Papo Intimista”, do Canal Universitário Foto reprodução

No final da década de 2000, Edgard apresenta um programa na internet chamado “Roda de Box”, com entrevistas de personalidades do automobilismo. A se destacar um papo incrível com o mestre Bird Clemente, ocasião em que contou histórias fantásticas.


Edgard ao lado do amigo Wilson Fittipaldi Jr., nos tempos de chefe de equipe na GT3 Foto Silvia Linhares

No segunda metade da década, Edgard volta para os autódromos. Em 2007, é criado um novo campeonato no país: É a GT3, com regulamento e formato padronizado em espelho aos certames de carros Gran Turismo pelo mundo. Edgard foi convidado a desempenhar o papel de chefe da equipe CRT, que representava a Ferrari na categoria.


Edgard e seu companheiro de equipe na Ford em 1975, Bob Sharp, no interior do Maverick Foto reprodução

Edgard continua comentando as corridas nos Canais Disney, aqui na época do programa Fox Nitro com Flavio Gomes, Felipe Massa e Thiago Alves
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Atualmente, Edgard vem atuando como comentarista nos canais fechados da Disney, como comentarista nas provas da Nascar e outras participações. Ele também fez participações especiais na programa semanal de automobilismo “Fox Nitro”, comandado por Flávio Gomes, Thiago Alves e Felipe Motta que saiu da grade do canal fechado. Seus comentários precisos, sua experiência e o toque divertido e irreverente permanecem melhores do que nunca. E o gosto pela velocidade e pela adrenalina continuam a inspirar todas as gerações de fanáticos por automobilismo.


Matéria veiculada no “Blog do Carelli”, em 11 de dezembro de 2016. Todos os direitos reservados ao Rodrigo Carelli e agradecimentos pelo compartilhamento.

Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

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