1o RAID DA MANTIQUEIRA -#2012
E o nosso editor do blog foi conferir de perto esse Raid maravilhoso, inaugurando uma série, em que em 2013 estaremos com o Okrasinha, com certeza. Fala Vicente…
Amigos,
Como vocês sabem, participei do 1o Raid da Mantiqueira. Na verdade um rally de regularidade mas adota-se o nome de raid porque, se o evento for denominado rally, a Confederação Brasileira de Automobilismo cobra por uma tal Cédula XPTO para os pilotos. Portanto, fazemos “rallies” com o nome de “raid”.
O valente Porsche 914-4 (2.0) levou mais de um ano no estaleiro, tendo seu motor refeito, a duras penas pela dificuldade na obtenção de peças. O carro ficou pronto em Março para ter o motor amaciado, no que foi prejudicado por uma falha no cilindro-mestre do freio, que me fez ficar “sem pai nem mãe” em pleno Aterro do Flamengo. Em uma semana um novo cilindro-mestre chegou às minhas mãos, em mais dois dias foi instalado no carro para ir a uma exposição no Iate Clube do Rio de Janeiro, e depois continuar o processo de amaciamento. Diga-se de passagem que aos Sábados eu saía de casa por volta das 7:30 h da manhã e rodava, em média 250 a 300 km por dia. Na fase final de amaciamento deu para sentir a força do motorzão, num rápido “sprint” contra uma moderníssima Mercedes Benz SLK 250, no Aterro do Flamengo. Em poucas semanas o motor estava pronto para revisão pós-amaciamento.
Durante o amaciamento ocorreu uma desregulagem do trambulador (calcanhar-de-Aquiles dos 914) que me obrigava a praticamente trocar as marchas no tempo. Problemão que foi resolvido pelos hábeis mecânicos da MegaMarcas dois dias antes da viagem para Pouso Alto, MG, para participar do 1o Raid da Mantiqueira.
Sexta-Feira, dia 18 de Maio, na estrada, o carro tinha sede de chão mas eu tinha cautela, mantinha os 110 km/h, limite de velocidade legal, que eu cumpri à risca !!! A mais pura verdade. Chegamos ao Hotel Serraverde, “hub” do evento, a tempo de pegarvo delicioso almoço. Após o jantar rolou o “briefing”, os carros foram adesivados, e estávamos todos reunidos, uns batiam papo regado a ótimos drinks no bar do Serraverde, outros, como eu, liam atentamente a planilha, claro, que saboreando um vinho porque ninguém é de ferro.
Sábado, o grande dia. Acordei cedo, fazia um frio danado, limpei meu carro pacientemente enquanto deixava o motor trabalhando por muito tempo para aquecer o óleo. Um competidor chegou a fechar uma das entradas de ar dos radiadores de óleo do seu brabíssimo Puma com “silver tape”. Uma cópia da planilha colada no painel com esparadrapo, uma outra numa prancheta nas mãos da Denise junto ao cronômetro cheio de recursos técnicos, e nos dirigimos em deslocamento (termo de rally) para a largada no Parque das Águas em São Lourenço. Fomos até o aeroporto em trecho neutro (termo de rally – hora definida para entrar no trecho de regularidade).
Partimos em direção a Caxambu em trecho de regularidade cronometrado por GPS, passando por Baependi, de onde entramos em deslocamento até o Parque de Caxambu. De lá partimos em trecho cronometrado até Lambari para almoço na parte externa do lindo Cassino de Lambari, fechado pelo Dutra um dia após sua abertura. E depois do almoço, “prime” (velocidade) em torno do Lago de Lambari, obviamente com a pista fechada para o evento. E dei vazão ao meu prazer acelerando bem meu carro, tomando o devido cuidado com o motor novo e o fato da pista ser uma via pública, com calçadas, árvores, gente, etc.
Prime de Lambari…
Terminado o “prime” em Lambari, fomos para o último trecho de regularidade em direção a Carmo de Minas. Degustamos o café local, tido como o melhor do Brasil.
E de lá fomos para o “prime” de São Lourenço, numa estrada maravilhosa, também fechada para o evento. Foram colocados diversos cones redutores de velocidade, ora para fazermos “slalom”, ora para contornarmos chicanes. O prime de São Lourenço foi indescritível, um sonho….
Ao final da tarde entregamos os GPS’s no Parque das Águas em São Lourenço e voltamos ao Hotel Serraverde em Pouso Alto. Um banho deu o merecido conforto ao corpo enquanto nossas almas estavam em êxtase. Nem bem saiu a premiação, já pedíamos aos organizadores a continuidade desses eventos. A oportunidade de colocar nossos carros clássicos na estrada, rever antigos e novos amigos, ícones como Jan Balder, Crispim e Newtinho, ídolos, amigos e concorrentes.
Em tempo, ficamos em 16o na classificação geral, 8o na categora, dentre uns 30 carros. No somatório dos tempos dos dois primes, minha alegria maior”, ficamos bem posicionados.
1) Roberto Aranha – BMW 328 E36 Wagon – moderna (hors-concours)
2) Paulo Lomba – Puma
3) Fernando Perrone – Porsche Carrera
4) Emilio Losada – Chevrolet Corvette
5) Luiz Vicente Miranda – Porsche 914
6) Newton Alves (Newtinho) – Carretera DKW – motor AP turbo
Suponho que, se estivesse com o motor não tão novinho em folha e eu podendo atingir uns 6.000 giros (eu não passei de 5.000 e assim mesmo em poucos instantes) poderíamos melhorar nossos tempos nos “primes”.
A midia especializada compareceu, Teresa e Berek, do Autoclassic e Fernando, do Maxicar.
No AutoClassic, acessem https://www.autoclassic.com.br/autoclassic2/?p=15599
Nota: texto com fotos, video e comentários; existem links para mais fotos do raid e premiação ao longo do texto.
No Maxicar, acessem https://www.maxicar.com.br/old/eventosefatos/2598146_raiddamantiqueira0512_c.asp
Nota: texto com fotos e comentários; existem links para mais fotos do raid e premiação ao longo do texto.
Os organizadores já estão preparando o próximo rally (ooops, raid) no Sul de Minas ainda este ano. Já faz uma semana que o evento foi realizado mas a minha felicidade ainda perdura. Foi um fim de semana de sonho.
Um abraço,
Vicente