COMENDADORE CEREGATTI…NIVER!

Hoje é niver do brother, por isso replicamos o post com um pouco da sua história…

Papo com Cerega é isso…
Saloma, já contei essa história, mas pra quem não sabe…
Lá vai:
Importante dizer: Não vivi esses plenamente dias, tenho 50 anos e ainda era menor de idade… Apenas assisti às corridas, muitas.
E entrei algumas vezes na GM Power Train escondido no Opala de rua do meu Mestre Ciro Cayres (engraçado, as mesmas iniciais…)
O cara que me ensinou a pilotar, com sua generosidade e técnica inigualável.
Acontece que o Tempo e o Vento me atraíram para a GM muitos e muitos anos depois, e hoje esta montadora é meu maior cliente – especialmente a divisão Power Train, onde sempre esteve a nata da Engenharia Brasileira.
Tenho a honra de ser co-design junto aos melhores Engenheiros do Brasil.
O Leo Marconi, diretor-presidente da G. Aço e grande amigo sempre comenta que “quando volto da Power Train chego cantando…”
É verdade. Trabalhar com essa turma de feras em motor e cambio, participar do desenvolvimento de produtos em conjunto, buscando soluções cada vez melhores e ainda me pagarem por isso é até covardia. Adoro estar lá com a turma. É fantástico.
Claro que temos tensões, problemas, prazos, custos, tudo isso é normal. A diferença é o prazer de estar lá, fazendo este trabalho. Delicioso, criativo e gratificante.
Os melhores estão na Power Train porque o conjunto motriz responde por perto de 60 a 70% do custo industrial de um carro… Obviamente, o melhor para os melhores…

Todo o carro, esse Opala Branco 44 (e o anterior de 4 portas) – verdadeiras Obras de Arte – e seu motorzaço foi todo feito dentro da GM, e daquela forma que toda empresa de grande porte apóia: Abre mas não escancara…
Chama-se essas atividades digamos assim… Meio fora do contexto de “biscates”.
Não foi exatamente um biscate desses escondido, meio fora da lei o que fizeram, ao contrário…
Todo mundo que interessava sabia. O carro foi todo feito na Engenharia Experimental no Portão 9. Eu era ainda um moleque cheirando a leite, e o Grande Ciro por mais de uma vez me botou pra dentro dos portões, escondido no banco traseiro de seu Opala de rua…
A marginal em frente é testemunha de vários testes de rodagem na calada da noite…
Apenas um ou outro chato de plantão atrapalhou a construção, mas como eram referencias de chatice-padrão (aqueles mesmos de sempre) a turma dava a volta e ia cuidar da caranga…
O apoio não era oficial, mas nem era preciso…
Dificilmente reuniu-se uma turma tão apaixonada, tão motivada, tão alegre e a fim de acertar para se fazer um motor e um carro como aquele… Fora o premio de estar nos boxes circulando, e de ser um dos autores da obra…Era uma garotada de arrepiar, motivados pelo grande Ciro Cayres… Só podia ter dado certo, mesmo…
Se a GM tivesse resolvido apoiar de fato e publicamente, não teria dado tão certo. O grupo que se reuniu fez um trabalho primoroso, que penso jamais ter sido repetido.
Os verdadeiros mestres da arte, os homens que com seu trabalho e competencia fizeram história, finalmente serão conhecidos:

NOS MOTORES
Dino Forgiarini:
Dinamometros na época e ainda hoje na ativa, com exaustão. Sabe tudo de catalisadores e outras cositas más…Figuraça de cabelos brancos, não podia ser diferente.
Wilson Bibo:
Dinamometros e ainda na ativa. Pilota 15 deles a mil por hora dia após dia.
Rino Falopa:
Se vivo hoje com 85 a 90 anos
José Manuel Gallo Ribeiro:
Aposentado e sitiante. Nos dia de hoje sua filha trabalha em Relações Públicas da GM. Segunda geração…
Conrado Hermann:
Já ausente da GM
José Luís Calmazini:
Hoje na MWM
Adelino dos Santos:
Aposentado
Enio Gardezani:
Falecido

Alguns pontos relevantes:
-Os motores começaram com 3.800, depois 4.100 e só depois 4.300 já na época do Edgard de Mello Filho.
-O Silvano Pozzi é que trazia a periferia para a criança respirar: Os carburadores Dell’Orto e Webber. Testaram um sem-número de receitas, parte delas ainda secretas das quais pretendo me apossar… Quando da minha sonhada homenagem.
O distribuidor era de ignição dupla e com dois platinados.
-Uma vez fechado, o motor jamais foi aberto novamente. Funcionava como um relógio suíço. Foi desenvolvido com tal amor e competencia que estava perfeito depois de mais de dez provas.
-Quebrou apenas duas vezes, uma vazou o filtro de óleo e na outra rompeu o escape.
-Das 10 provas que correu (se não me engano no Paulista) venceu 8, ou algo parecido: missão aos arqueólogos.

NA SUSPENSÃO
Francisco Ezelner, o Chicão.
É o pai do Élcio que atualmente trabalha na Fabrica Experimental de Protótipos, bem onde o carro foi feito…
Era uma maravilha de capricho e construção. Usavam ball joints (juntas esféricas que iam buscar da manutenção dos helicópteros da Pirelli, ora vejam…) e barras estabilizadoras diferentes com um sistema articulado unindo a carroceria ao diferencial. Uma traquitana mecanica que reduzia o afundamento da frente quando da freada, e mantinha o carro quase que em altura constante, praticamente não rolava, era apoiar e virar que ele vinha na mão, segundo o CC original dizia…

FUNILARIA
Zequim, o famoso “Gabarito”
Um tal capricho que produziu chapelonas para os para-lamas alargados. As tais chapelonas demoraram mais do que o serviço propriamente dito. A chapa foi aberta por ele a frio no martelo, ficou absolutamente perfeito. Ninguem jamais diria que não tivesse sido feita em ferramental de estampo.

MECÂNICOS
Francisco Viola, já falecido
Rosivaldo, o “Amarelão”.

Hoje possui uma oficina mecanica em Rudge Ramos, bairro de São bernardo do Campo.

Um CAUSO REAL
O “Ribeirão” trabalhava no Posto de abastecimento da GM Power Train. Abastecia os carros o dia inteiro. Louco por corrida, era parte dessa turma braba.
Num dia de treinos, sentou no carro e saiu pelos boxes. Começou a dar voltas sozinho, e o Ciro deixou na boa. Isso era mesmo a cara dele…
Pois o frentista folgado andou, andou e andou. Os tempos começaram a cair, melhorar… Não é que o cara andava direitinho?
Quando parou e desceu, falou que era fácil… Foi o melhor elogio que o grupo todo que trabalhou podia receber. Fácil, sim. Mas apenas para um carro perfeito…

Pretendo homenagear o Ciro Cayres e toda esta turma reconstruindo este carro. É um velho sonho, que (pelo que o Saloma parece que sabe…) agora começa a clarear, sei não…
Aparentemente o Universo conspira em favor dos Bons, e tudo está correndo em direção a mais do que um sonho meu, e de outros irmãos de Fé…
Desejo ter o rosto dele, do meu Mestre Ciro Cayres na lateral, como o saloma e o Flavio Gomes fizeram com Norman Casari.
Caso consiga faze-lo, jamais conseguiria reproduzir sua eficiencia, qualidade, simplicidade e beleza. Esse Opala 44 é um mito plenamente justificado. E na mão do recordista absoluto de Interlagos por 10 anos (1957-1967) era imbatível. A melhor Engenharia com o melhor Piloto, não poderia ser diferente.
Por melhor que seja, por mais capricho que se aplique ainda não será suficiente. Será apenas um carro parecido, nada mais.
Apenas um sonho de menino, uma homenagem singela.
Se tiver a Suprema Honra de colocar na minha lateral as mesmas iniciais: CC de Ciro Cayres e CC de Claudio Ceregatti não caberia em mim de felicidade.
Peço que me perdoem a ousadia.
Saloma: Obrigado. E a propósito… Poderia ter caprichado um tantinho mais na minha foto, hein? Sou velho e feio, mas não precisava estragar meu carro, pombas”…
Claudio Ceregatti
(Isso foi resgate de um papo, em 27 de Dezembro de 2007)

Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

47 comentários em “COMENDADORE CEREGATTI…NIVER!

  • 3 de fevereiro de 2009 em 01:44
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    Que inveja, Cerega! Admito que sou muito invejoso, não tanto quanto aquele personagem do programa Zorra Total, mas te invejo (no bom sentido). Que Deus te abençoe e prossigas nesta tua brilhante carreira. E ainda recebes pelo “trabalho”! Grande abraço.
    Vecchio

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 08:38
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    Este opala branco do Ciro e o opala azulão do Pedro Victor De Lamare são os opalas de corridas mais bonitos e de bom gosto que eu vi, o ano dele, é o modelo mais bonito que a GM fez e as rodas então, as polegadas e o modelo, que pela foto, me parece ser as rodas Palitos abertas.
    Jovino

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 08:41
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    Convivendo ultimamente coma a nata do connhecimento automobilistico brasileiro, agradeço as oportunidades que se sucedem dia a dia , ora por uma conversa, ora por uma viagem com os mestres, ora pela deliciosa leitura de casos, histórias, etc.

    E dentro desse meio, que me perdoem os demais, não conheço ninguém que discorra sobre as coisas com tanta paixão fluindo nas veias, como o nosso Comendattore.

    Detalhes que só mesmo quem conhece e viveu e ainda possue a generosidade de compartilhar, tornano-mos alunos atentos às verdadeiras aulas dadas por ele, mesmo ao comentar a mais simples situação.

    Tudo sempre envolvido com a grande e imensa paixão.

    Dessa época me lembro de ter uma foto do Opala do Ciro Cayres, daquelas mesmo que saiam na Quatro Rodas, que recortei e colei com cola Tenaz no meu criado mudo.

    Aquele carro todo branco, apenas com duas faixinhas azul e vermelha era meio que mágico pra mim aos treze ou quatorze anos de idade (73/74 é isso ?), achava o Ciro um cara duro, bravo e que sempre ganhava as provas do Paulista o que me levava a indagar o porque dele não participar das provas do Brasileiro…o carro era o máximo e o Ciro então nem se fala.

    Essas recordações todas se avivam ao ler alguma coisa escrita pelo nosso Comendattore, esperando que este sempre nos premie com sua presença e nos presenteie com seu conhecimento.

    Grande abraço aos mestres.

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 08:54
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    Dizia-se que o Opala 44 tinha um “Paralelogramo de Watt” na suspensão traseira.

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 10:10
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    Ceregatti ,tu es impagável, genial , irresponsável ,maluco ,carismático (claro que no bom sentido todas essas qualidades)e tens um puta dom para escrever ,inconfundível e emocionante!

    Bem que o Saloma poderia nos presentear com uma coluna semanal do Comendattore .

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 10:28
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    Doutor Paulo já o disse.Ouvir o Cerega é uma experiencia unica.Um privilégio.No último fds de corridas no Templo,fiquei com ele em frente aos boxes,no alto,comtemplando Ferraris,Porsches e “complementos”.
    Enquanto se preparavam os carros para a prova,o Comendattore discorria sobre engenharia,chefes de equipe(deixemos que ele diga QUEM,logo logo),nossa FEI,carros,corridas,infancia,etc.etc.
    Lá pelas 14:30,resolvemos ir embora,depois de passar a manhã inteira conversando e arrumando credenciais para “enfiar”comparsas nos boxes( eu incluído).Digo ao Cerega que vou ao ABC e pergunto qual seria o melhor atalho,e ele se oferece para me levar até a Anchieta,seguindo-o por caminhos que só ele conhece.
    Mas ANTES,’vou lhe mostrar uma coisa…’.Pega teu carro aí(estava no Sol),e vamu descê…Foi me guiando pelas trilhas internas do Templo,buracos,lama,arbustos,pedriscos e paramos pertinho do posto do bandeirinha no final da oposta.
    ‘Vem vê como as máquinas chegam rasgando aqui’…E ficamos lá por mais uma meia hora,nos deleitando com a visão da corrida de outra perspectiva,diferente da do público em geral.Sim,porque o Cerega não é mero “público” alí.O Templo é a sua casa,frequentada há mais de 40 anos,quando fugia da escola para acompanhar corridas.Quando se olha para ele falando do lugar,nota-se algo em sua expressão que é difícil descrever.Então convencionei que o cara é simplesmente um…moleque.É uma criança falando do seu brinquedo favorito,de seu doce predileto ou de sua paixão pela professora aos 9 anos…Cerega ama aquele lugar como poucos.A felicidade dele quando está lá,mesmo nas horas mais estapafúrdias(né Cerega?),é orgásmica(expressão dele).E como disse o Dr., o Cerega não se nega nunca a partilhar sua felicidade de estar ali.E vai falando,falando…e nós ouvindo…
    Foi um domingo pra não esquecer,Comendador.Que Deus lhe abençoe e torne seus sonhos(muitos) realidade.E todos sabemos UM desses sonhos: a volta de alguns trechos do Templo.
    Um grande abraço de um p**a admirador seu,
    Belair
    P.S.:desculpem o longo comentário,mas podem ter certeza,é tão torturante para mim TECLAR tudo isso,quanto é lê-lo para vocês…

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 10:31
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    Os Opalas, pelos menos aqueles dos primeiros tempos da
    D3 possuíam ainda o encanto de serem em termos formais
    praticamente carros de série preparados, o que daria a qualquer proprietário de Opala o sonho de fazer um igual. Os Maverick também. Depois veio o Maverick D3 da Hollywood, que deu uma estragada no purismo dos carros de então, se bem que o carro redundou belíssimo
    também. O Ribeirão, hem? Que felicidade. Abraços, fred

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 10:40
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    Cerega,
    é um privilegio ser seu amigo.

    Muito obrigado.

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 11:06
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    Grande Cerega, me passa por emai ltodos os detalhes do 44 que te monto um em papermodel.
    Ai vc ja vai estudando na escala 1:24 o seu projeto.

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 11:11
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    Pô pessoal, obrigado…
    Saloma, Vecchio, Jovino e Paulo Aidar.
    Esse texto longo (e bem encurtado, acreditem) escrevi tem bem uns 2 anos, quando as primeiras fotos do Opala branco 44 começaram a aparecer. Puxei pela memória para parte dele, e consultei a turma que ainda tá lá na GM, agora de cabelos bem brancos, pois tudo isso rolou há mais de 35 anos. Quanto tempo…
    O Ciro se foi, assim como tantos outros. Permanece lá no céu dos pilotos, em mui buena companhia.
    Quanto ao carro… cada vez que ouço um Stock Paulista descendo as retas do Templo, ainda arrepio. Como berra essa usina, como empurra! Esse motor equipou a Stock pela maior parte de sua história, e ainda roda forte em carro de corrida pelo Brasil, na terra e no asfalto. Quem teve o prazer de acelerar um desses sabe bem o que grita, sabe bem o que empurra, lembra bem o que ensurdece. Conjunto mecanico basicão, gordo com mais de 4 litros, antiquado em sua concepção básica mas ainda estupidamente desafiador. A união do motorzão, mais um cambio resitentente, tração traseira e suspensão subdimensionada proporcionou uma escola incrível para pilotos e preparadores. Nasceu uma barca e terminou um carro de corrida de verdade, comparem as fotos do que rolavam (inclinavam) os carros em 79/80 e vejam os últimos antes do Omega… Era um outro carro, um bichão quase indomável.
    E de todos os construídos, por todos os preparadores, duvido que algum tenha sido tão bem feito como esse 2 portas da foto. Só uma turma de feras pôs a mão, cada qual na sua área de especialidade. O carro ficou excepcional, caprichadíssimo, perfeito em cada detalhezinho, mesmo os não visíveis.
    Já me perguntaram, e repito: Tinha sim quase toda a forração, o volante era grande e não podia faltar um acendedor de cigarros. O Ciro fumava dentro do carro com seu capacete aberto, não é mito, é fato. Durante as provas acredito que não, pois eram curtas. Mas quando sentisse vontade (e sentia sempre) na volta de alinhamento e desaceleração não duvido nada.
    Com seu porte e história queria ver quem o peitasse e achasse qualquer coisa…

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 13:11
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    Que foto linda e que carro maravilhoso… a propósito Jovino, as rodas dianteiras me parecem modelo cruz de malta…

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 14:54
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    Ô Johnny, BelAir, Eric e Fabio…
    Não sou metade do que dizem, não sei um terço do que pareço. Não é falsa modéstia ou nhemnhemnhem. A memória já falha, o pé até levanta às vezes e o resto, então…
    Longe de ser um poço de conhecimento, como vários que conhecemos. Minha vivencia é até pouca, comparada com aqueles que nos cercam lá no Templo, vários deles profissionais da área desde sempre.
    O que tenho de fato é essa paixão inexplicável, quase doentia. Isso sim é verdade.
    E ficou adormecida por anos e anos, simplesmente por ser uma exceção em meio aos demais. Passou a ter sentido novamente apenas quando encontrei outros iguais a mim, que me revigoraram e acenderam a velha chama.
    É como a gente diz sempre: Não tem a menor graça ser feliz e não partilhar, saber e não participar, usufruir e não contar.
    Só isso, nada mais do que isso.

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 16:07
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    Esta sensacional e didática abordagem do Ceregatti foi para imprimir e guardar nos arquivos.Como é bom ouvir e ler esses relatos qde quem sabe das coisas e teve o privilégio de estar presente.

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 16:37
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    Grande Ciro Cayres.Não o vi correndo de Opala , mas sim de Simca Chambord aqui em Petrópolis e de Simca Abarth no Circuito da Barra no Rio.Fazia dupla com outro espetacular piloto, o Jaime Silva.

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 18:58
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    Pois vou matar o Cerega de inveja, já contei esta história aqui e alhures: cheguei a dirigir ESTe Opla por meros 2800 metros, numa prova de arrancada em Belém do Pará, lá por 1992.
    O rapazinho que o comprara debulhara tanto o câmbio Saenz que o bicho não engatava mais marcha nenhuma. Abandonou o carro perto do meu posto (era juiz de chegada, na ocasião) e se mandou. Final de corrida, fui instruído a retirar o Opalão e trazê-lo de volta ao parque fechado, que era no estacionamento do estádio Mangueirão, o que fiz com o maior prazer.
    Na realidade o que o distinto proprietário não sabia era engatar marchas de dentes retos. Foi só ligar, dar o giro necessário e puxar as marchas que o Opalão veio docilmente, a despeito da embreagem já bastante debilitada.
    Por exatos 2800 metros, tive o prazer que muitos da minha geração jamais sonharam. Coisas da vida…

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 19:01
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    Madre mia…chamem o síndico que o Cerega vai ter um troço!

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 19:36
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    Sem problemas, Saloma. O Joaquim já tinha me contado essa história, e justo no dia que nos conhecemos.
    Logo assim, de cara pra me matar.
    O que incomoda a todos é que o carro se perdeu. Uma pena. Tentaram seguir seu rastro, e nada.
    Se Mestre Joca imaginasse, tinha se mandado com o carro e escondido em algum canto. Prestaria um serviço impagável à memória do automobilismo brasileiro.
    E no mínimo esse carro fantástico estaria agora gozando de merecidas férias, repousando lá em Passo Fundo.
    E que bela foto daria… O velho 44 inteirinho e todos os que puseram a mão e o construíram, 35 anos depois.´
    Pena, uma pena mesmo este país não ter memória.

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 19:38
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    Ceregatti, que eu me lembre acho que este Opala (cupê), só disputou o campeonato paulista de 1974.

    E depois, qual a história dele ??? Você sabe ???

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 19:40
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    É por isso que existimos, Comendadore…para fazer essa tão esquecida Histótia Automobilística da terrinha, ser divulgada, lembrada, relembrada, tirada a forceps para o povo! Parabéns…

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 19:59
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    PQP vcs dois.
    Não vou repetir tudo o que disseram mesmo sendo a vontade!!!
    Ficaria enjoativo!

    Fico com a lembrança desse senhor de cabelos brancos, com os olhos cheio d’água indo em direção, a pé, à curva do café, onde eu escondera seu carro, com um troféu debaixo do braço depois de um final de semana que trabalhamos muito para acontecer, e foi onde melhor o conheci.

    E Saloma, você “Ceregatiou” dessa vez!!!

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 20:54
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    nem me fale…não só Ceregatiei como Opaleziei! Será?

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  • 3 de fevereiro de 2009 em 22:16
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    Grande Maestro Cerega!!!

    Estou precisando aparecer no templo para outras tardes de papos fantásticos contigo! E quem sabe outras ‘irresponsabilidades’ noturnas… Tô meio sumido, eu sei, mas logo apareço!

    Grande abraço!

    Resposta
  • 4 de fevereiro de 2009 em 00:43
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    Ceregatti

    A turma já falou tudo, quem te conhece sente sua paixão nas veias.

    Se fosse descrevê-lo iria ficar repetitivo, portanto só me resta agradecer ao Universo por ter conspirado para nosso encontro no Templo Sagrado.

    Guardo no coração vivas e boas recordações de nossos dois encontros em Interlagos.

    E da mesma forma que você guardo também ótimas de Ciro Cayres, que,infelizmente, devido eu ter ficado um bom tempo num hospital – quase a década de setenta toda – não tive o prazer de vê-lo guiando o Opala, mas como o Sérgio Hingel tive o prazer de ver o Ciro pilotando a Simca Chambord, a Simca Abarth e o BMW Esquife.

    Obrigado pela aula! Se todos professores tivessem esse seu entusiasmo para transmitir a seus alunos creio que esse país teria bem menos analfabetos.

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  • 4 de fevereiro de 2009 em 07:50
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    Numa ocasião qualquer vi uma foto do Ciro no grid…com cigarro aceso…tempos romanticos, hoje seria desclassificado lá mesmo.

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  • 4 de fevereiro de 2009 em 08:56
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    Para quem se lembra, do Alberto reis, JK #5, que no grid dava umas pitadas…

    Resposta
  • 4 de fevereiro de 2009 em 20:06
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    Grande Cerega!!Este escreve com o coração.
    Assisti a todas as provas deste bólido no Campeonato Paulista,onde parecia carta marcada,pois não tinha p’rá ninguém.
    A minha grande frustração,na época,foi não ter acontecido um embate entre o 44 e Maverick Berta da Hollywood,que era a discussão constante nas arquibancadas do Templo.
    Edison Guerra.

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  • 5 de fevereiro de 2009 em 00:06
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    Ai, Ai! Que saudades dessa turma… Rick Lucas, nao esquece que o celtinha vermelho vira 2” 25′!!! Aluisio, o volante nao tem nada a ver com a alavanca do vidro! Otimos tempos! Que estao ai ainda. Nao tem mais o que se falar do Claudio! A nao ser dizer que nao e culpa dele tudo isso, pois ele teve a quem puxar! Grande familia!!! Seu renato, dona antonia… (melhor macarronada q eu ja comi!). Sucesso claudiao!
    E um abraco a todos! (desculpem a falta de acentuacao, nao tenho costume no PC)

    Resposta
  • 5 de fevereiro de 2009 em 20:23
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    Alan Bandeira Preta!!! Apareça por aqui qualquer dia. Será divertido aprontar outra daquela com o Ceregatti, mas desta vez num Opala #44…

    Talvez até um embate Opala X Celtinha… mas na regularidade, hehehe.

    Grande abraço, garoto!!!

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  • 7 de fevereiro de 2009 em 10:34
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    depois de ter lido o relato (que já conhecia por te-lo ouvido ao vivo e a cores), liguei pra essa figuraça e disse alto e bom tom o que penso desse carcamano querido.
    E pensar que o conheci pessoalmente (junto com outros que são hoje amigos de carne e osso, especialmente queridos) outro dia num farnel na praia, organizado ???, dum jeito inconsequente e espetacular.
    Eu, o primeiro a chegar, recepcionado por esse cidadão adorável contador de causos e histórias.
    Quanta coisa em comum putz!

    Cerega: vc escreve bem pacas, a diferença entre le-lo e ouvi-lo é a falta da sonoplastia.
    Não é um problema pois é perfeitamente possível “ouvir e cheirar” lendo seu relato.
    Coisa para poucos.

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  • 4 de março de 2009 em 20:07
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    UMA CORRIDA DO CAMPEONATO PAULISTA CIRO COM O OPALA 44 E CAMILO COM MAVERICK 18 CAMILO FORÇOU NA ANTIGA CURVA DO SARGENTO E CIRO FOI ULTRAPASSADO MAS NÃO COLOCOU UMA RODA FORA DO ASFALTO PARA NÃO ESTRAGAR O BELO OPALA 44.

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  • 14 de junho de 2009 em 21:41
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    olá, adorei a história, mas estou aqui por outra coisa, tb sou uma Ceregati, claramente, vc deve estar estranhando a escrita do meu sobrenome, é Seregatti mesmo – erro de cartório rsrsr – então, gostaria de fazer contato com vc pelo msn ou por e-mail, estou tentando encontrar todos os ceregatti’s perdidos nesse mundão.
    Se vc quiser e claro puder falar comigo pela net ficarei muito agradecida.
    meu e-mail é driseregatti@gmail.com, espero que possamos conversar.
    obrigada

    Resposta
  • 14 de junho de 2009 em 21:55
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    Adriana, vou apontar seu email na direção do cabra…nos falamos!

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  • 12 de julho de 2009 em 09:27
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    OI Lembro bem desta época….eu namorava o Dino e eles ficavam até de madrugada preparando os carros do Ciro e o Edgar acho que é isto…. mesmo.rsssssssss
    anos 70 a 78 maravilha.
    POr acaso meu filho estava olhando isto e eu vi o nome do Dino e do wilsom
    Bons tempossssssssssss

    Resposta
  • 11 de outubro de 2011 em 14:38
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    Quanta saudade! Obrigado pelas lembranças maravilhosas que tive ao ler seus comentários. O Ciro e seu Opalão 44, bem como toda essa equipe maravilhosa, ficarão para sempre nas nossas lembranças. Pena que não podemos fazer o tempo retornar…

    Sabe, meu avo, pai, eu e agora meu filho, foram e sempre serão membros dessa imensa Paixão que se chama GM!

    Grande abraço de toda a minha famíla!

    Resposta
  • 4 de fevereiro de 2012 em 11:48
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    Grande Ceregatti,
    Não sei se vc se lembra de mim, lá da ETI, do final dos anos 70 e inicio dos 80, conversavamos muito, adivinha sobre o que? rsrsrs. Sua história é emocionante, principalmente vivida com as lendas do automobilismo que voce mencionou. Certa vez cheguei a levar alguns litros de óleo sintético para câmbio lá na GM, para o Ciro, quando começaram a testar (na época) esse tal de “óleo sintético”. Um forte abraço.
    p.s.:- de vez em quando encontro o Claudio(ex-GM) que tb era da ETI, e dava aula com vc lá, e sempre pergunto de vc.

    Resposta
  • 4 de fevereiro de 2012 em 15:38
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    Parabens Comendatore…saude, paz, harmonia, dindin, susexo !!!
    Abrs
    Falque

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  • 4 de fevereiro de 2012 em 16:45
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    Parabéns, Comendattore Ceregatti!

    Gostaria de dizer que é uma grande honra e um grande privilégio conhecê-lo, as suas histórias (resumidas) dariam um livro do tamanho do Guerra e Paz do Tolstói! Ainda me lembro da primeira vez que fui no Templo em algum lugar que não fosse a arquibancada, no primeiro Farnel do Gomes, e você logo se encarregou de deixar o pessoal mais tímido (no qual me incluo) à vontade. Também foi uma grande alegria a sua recepção quando voltei ao parque fechado do pessoal do Ralí de Regularidade do Jan Balder, após realizar meu sonho de dirigir pela pista do Templo.
    Gostaria de estar aí para cumprimentá-lo pessoalmente, mas fica para a próxima.
    Receba um gande abraço meu e beijos mandados pela Alê e pela Bebel (o dia que você a conhecer, vai pirar com a baixinha).
    Felicidades!

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  • 4 de fevereiro de 2012 em 20:26
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    CEREGATTTTTTI,
    Parabéns, Saúde, Felicidades, muitas Alegrias, muitas Realizações e Grandes Conquistas!!!!
    Que você continue sempre essa pessoa Alegre, cheia de Histórias pra contar!!!
    Amamos você!!!

    Jackie & Della Barba

    PS: Não deixe cair o giro que o tempo vem!!!!!

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  • 4 de fevereiro de 2012 em 22:05
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    Mais uma vez um grande post saloma, do mundo e história automóvel e muito em familia, legau!

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  • 5 de fevereiro de 2012 em 02:04
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    Grande Ceregatti!
    Estava sentindo sua falta nos blogs.
    Parabéns e muitas felicidades!
    Abraços.

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  • 5 de fevereiro de 2012 em 19:49
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    Parabens meu amigo,e desculpe a ausencia ontem.Sinta-se abracado e desculpas a Camila tambem.
    P.S: Nao “sisquissi” de Piracicaba…Nois vai…

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  • 7 de fevereiro de 2012 em 19:43
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    Claudio Ceregatti… Tambem conhecido como Barsa de Interlagos(pelo grande Ze Renato, A.K.A Ze Cesaris ou Meio do Grid…)

    O que dizer desse sujeito que tenho a honra de conviver quase que diariamente nos ultimos 5 anos? E que, alem disso, me ensinou da mesma forma que o Grande Cirao ensinou a ele, o be-a-ba de como guiar as bagacas?

    E, engracado… Hoje, EU trabalho nesse MESMO setor que foi montado o #44, o povo daqui AINDA lembra do Velho Cirao(entre outros…), e eu, quando dou minhas imberbes voltas com o Celta Verde, uso o # 44 tb…

    Cerega, continuemos sempre na nossa caminhada, seja muito feliz nessa fase aurea da tua vida porque voce merece muito, e so quem esteve proximo a ti nos ultimos tempos sabe do quao bem tu esta. Que Sempre estejamos acompanhados dos nossos verdadeiros companheiros, e sempre pe cravado em curva de alta… Afinal, e isso que tu faz de melhor, nao??

    Puta abraco, my friend!

    Milton Rubinho, diretamente da GM/Powertrain.

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  • 13 de fevereiro de 2012 em 20:47
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    Ceregatti,
    Fui amigo do Cyro até a morte dele. Nas últimas visitas ele tirava a máscara de oxigenio par fumar um cigarro. Uma figura. Nunca vou esquecer do Cyro de pijamas de bolinhas e um sapatão punk, descendo a serra de Santos a meia noite com o meu Chevette-Lotus ! E dizia que andava muito mais que o 250S que ele desenvolveu na GM. Bons tempos. Abração
    Luiz

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  • 30 de março de 2012 em 23:58
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    OI CERAGATTI VC LEMBRA QUANDO VC COMPROU UM UNO 1.5R AMARELO E VC FOI PARA INTERLAGOS, NA ÉPOCA ESTAVA EM REFORMAS E VOCÊ COM ÓCULOS ESCURO PAROU O CARRO O PESSOAL PENSOU QUE VC ERA O ENGENHEIRO DA OBRA VC SAIU VOANDO NA PISTA DEU UMA VOLTA COMPLETA E SAIU FELIZ. AI VC FOI PARA MONYDATA E COMENTOU FOI MUITO LEGAL. KKKKKKKKKK

    Resposta
  • 31 de março de 2012 em 00:01
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    OI CERAGATTI VC LEMBRA QUANDO VC COMPROU UM UNO 1.5R AMARELO E VC FOI PARA INTERLAGOS, NA ÉPOCA ESTAVA EM REFORMAS E VOCÊ COM ÓCULOS ESCURO PAROU O CARRO O PESSOAL PENSOU QUE VC ERA O ENGENHEIRO DA OBRA VC SAIU VOANDO NA PISTA DEU UMA VOLTA COMPLETA E SAIU FELIZ. AI VC FOI PARA MONYDATA E COMENTOU FOI MUITO LEGAL. KKKKKKKKKK

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