HISTÓRIAS QUE VIVEMOS…

Por Rui Amaral

A credencial se refere ao Torneio Sulamericano que disputei em 1971, tinha começado a correr em D 1, logo em seguida aluguei um VW D 3 do Pedro Victor Delamare. Com ele antes havia disputado o Torneio União e Disciplina em Julho de 1971 me classificando em sexto lugar, logo atrás do Guaraná em corrida vencida pelo amigo dentista/piloto José Martins Jr., tendo o japonês Hiroshi Yoshimoto bom piloto da Kinko em segundo o Condractki em terceiro e o José Maldonado em quarto, o Martins corria com um Puma 2 l ex MM e nós não tínhamos o que fazer contra ele em segundo o Hiroshi que já vinha disputando corridas de EN e tinha muita experiência. Restou a nós a luta pelas outras posições, eu largando com uma caixa de cambio 3 em que a primeira super longa, obra do Grande Crispin, me obrigou a fazer uma corrida de recuperação, após passar os retardatários encostei no Guaraná – tranquilamente um dos maiores pilotos que já vi pilotar, foi uma pena ele não ter chegado a F 1 – terminando em sexto.

Rui Amaral e Elcio Pelegrini…

O interessante deste carro é que eu corria com o nº. 84 do P V e antes de mim era pilotado pelo Marcio Brandão filho do grande Oswaldo Brandão tecnico símbolo de um time de futebol Paulista e primo do saudoso João Lindau amigo querido. O Marcio e eu não tivemos muita convivência, vindo ele a falecer de problemas de saúde tempos depois. Parece que “seu” Oswaldo nunca se recuperou desta perda.
No Torneio Sulamericano, corri com o mesmo #84 do Pedro Victor, o gozado é que ele pintava o carro, e uma vez ao vê-lo verde abacate quase tive vontade de correr para longe dele. Era um carro bem acertado de chassi, tinha um motor relativamente bom, mais era alugado e tinha uma famigerada caixa 3 que me obrigava a largar sempre de trás e fazer corridas de recuperação. O câmbio era ótimo, como tudo que o Crispin fez só que com aquela 1º super longa, que usávamos na entrada do “S” e no “BICO DE PATO”, a largado era bastante complicada, e constantemente caia para ultimo, isto me ajudou muito em matéria de ultrapassagem (fazia umas vinte por largada) mais me deixava sempre longe dos lideres.
Não me lembro de minha classificação neste torneio, perdi todos os resultados, no Ranking Autoesporte não consta minha classificação, me lembro que na época escrevi a revista e enviei o resultado de uma das provas, mais o Ranking já estava circulando. Lembro também do grande jornalista Luiz Carlos Secco, que num comentário ao JT escrevia que alem do Guaraná, que ganhou as duas provas eu tinha sido um dos nomes da corrida. Como pode-se ver no Ranking esta foi a arrancada do Guaraná , piloto rapidíssimo grande talento. De uma destas provas lembro claramente de uma rodada que dei na curva do “SOL”, eu na recuperação babando igual ao Manssel, dei uma baita rodada na segunda perna desta incrível curva, rodando quase até chegar ao “SARGENTO”, numa das “voltas” vi o bandeirinha acenando sua bandeira amarela e vermelha e me olhando com os olhos esbugalhados, até hoje não sei se ele percebeu o óleo com minha rodada ou eu é que não vi sua bandeira agitada!

Rui Amaral

Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

16 comentários em “HISTÓRIAS QUE VIVEMOS…

  • 8 de maio de 2009 em 09:57
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    Esses são de verdade…os Fuscas são lindos…e o Sr Elcio Pellegrini,fã da Mitsubishi de carteirinha…tem uns 5 na garagem…o mais fraquinho deve ter 250 cv…

    Resposta
  • 8 de maio de 2009 em 09:57
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    Esses são de verdade…os Fuscas são lindos…e o Sr Elcio Pellegrini,fã da Mitsubishi de carteirinha…tem uns 5 na garagem…o mais fraquinho deve ter 250 cv…

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  • 8 de maio de 2009 em 10:36
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    Rui o carro que você correu era chamado de “Orgulho” na oficina e na escolinha do PV. Não sei quem deu o apelido mas todos (PV, Gigi, Cacó, Manelão, Ananias, Hernandez, eu e dois amigos que estávamos todos os dias depois da aula na oficina ( nos dias de aula da escola de pilotagem claro que no horário da escola para levarmos os carros da oficina para a pista) nos referiamos a ele assim. O verde abacate tinha uns detalhes brancos. Lembro também do João Lindau que morava na rua S.Sebastião e tinha um kart mini com os tanques quadrados que eu e um dos meus amigos quase compramos em sociedade.

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  • 8 de maio de 2009 em 10:36
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    Rui o carro que você correu era chamado de “Orgulho” na oficina e na escolinha do PV. Não sei quem deu o apelido mas todos (PV, Gigi, Cacó, Manelão, Ananias, Hernandez, eu e dois amigos que estávamos todos os dias depois da aula na oficina ( nos dias de aula da escola de pilotagem claro que no horário da escola para levarmos os carros da oficina para a pista) nos referiamos a ele assim. O verde abacate tinha uns detalhes brancos. Lembro também do João Lindau que morava na rua S.Sebastião e tinha um kart mini com os tanques quadrados que eu e um dos meus amigos quase compramos em sociedade.

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  • 8 de maio de 2009 em 11:50
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    Obrigado Luiz , só uma resalva conversando outro dia com o Zé Martins ele me disse que seu Puma nesta corrida estava com um motor 1.600cc roletado .Gostei muito outra vez obrigado .

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  • 8 de maio de 2009 em 11:50
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    Obrigado Luiz , só uma resalva conversando outro dia com o Zé Martins ele me disse que seu Puma nesta corrida estava com um motor 1.600cc roletado .Gostei muito outra vez obrigado .

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  • 8 de maio de 2009 em 12:44
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    Assisti algumas, e gostava muito da D3.
    Do jeitão cara de mau dos VW achatados no chão, e com aqueles paralamas enormes… Andavam pacas e berravam mais ainda!
    Conta um pouquinho Rui, da sensação e detalhes (dificuldades e prazeres)de se tocar uma barata dessas. Como se comportava?
    Abraço.

    Resposta
  • 8 de maio de 2009 em 12:44
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    Assisti algumas, e gostava muito da D3.
    Do jeitão cara de mau dos VW achatados no chão, e com aqueles paralamas enormes… Andavam pacas e berravam mais ainda!
    Conta um pouquinho Rui, da sensação e detalhes (dificuldades e prazeres)de se tocar uma barata dessas. Como se comportava?
    Abraço.

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  • 8 de maio de 2009 em 18:28
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    Rui, descreve aí para a gente como era tocar um Pinico destes naquela época. Andava muito mesmo? E o Dodjão do Leopoldo, apanhava muito?
    Jovino

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  • 8 de maio de 2009 em 18:28
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    Rui, descreve aí para a gente como era tocar um Pinico destes naquela época. Andava muito mesmo? E o Dodjão do Leopoldo, apanhava muito?
    Jovino

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  • 8 de maio de 2009 em 23:15
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    O som dos carros do Barba me lembram a D3. Orquestra pura.

    Resposta
  • 8 de maio de 2009 em 23:15
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    O som dos carros do Barba me lembram a D3. Orquestra pura.

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  • 9 de maio de 2009 em 15:37
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    Ainda bem que vc lembra do verde abacate Claudio ,não acreditei qd vi.O João era um baita amigo, vc lembra do primo dele que corria com este carro o Marcio Brandão? O “orgulho” era do inicio da D3 pneus Cinturato 165 na frente com rodas 6×13 e 185 atras com rodas 7×13 , cx3 , no motor um comando P3, 2 Weber 48 devia ter uns 90hp ,e freios à tambor ,acho que viravamos 3.45 , acho que o vc lembra de mais detalhes. A foto com o Elcio é de 1982 , numa categoria criada p/ correr em São Paulo TEP , eram carros da D3 ,sem os cambios Hewland , amortecedores nacionais , eu usava Barchi,pneus Pneubras em rodas 10×13 pol. O vencedor desta temporada foi o Mogames que corria com o carro em que ele havia sido vice na D3 no ano anterior , um baita foguete . Viravamos em Interlagos em 3.23m. Sabe Hugo , eu tinha um chassi muito bem feito e acertado pelo Carlão meu preparador de chassi e um foguete empurrando feito pelo Chapa , sem polemicas acho que aqueles motores( eu tinha 3 ) deviam ter por volta de 150hp . Depois te conto como era andar c/ ele .Ia esquecendo Jovino não andei c/ o Leopoldo , venci uma corrida de Dart , mais na D1 , como novato .
    Rui

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  • 9 de maio de 2009 em 15:37
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    Ainda bem que vc lembra do verde abacate Claudio ,não acreditei qd vi.O João era um baita amigo, vc lembra do primo dele que corria com este carro o Marcio Brandão? O “orgulho” era do inicio da D3 pneus Cinturato 165 na frente com rodas 6×13 e 185 atras com rodas 7×13 , cx3 , no motor um comando P3, 2 Weber 48 devia ter uns 90hp ,e freios à tambor ,acho que viravamos 3.45 , acho que o vc lembra de mais detalhes. A foto com o Elcio é de 1982 , numa categoria criada p/ correr em São Paulo TEP , eram carros da D3 ,sem os cambios Hewland , amortecedores nacionais , eu usava Barchi,pneus Pneubras em rodas 10×13 pol. O vencedor desta temporada foi o Mogames que corria com o carro em que ele havia sido vice na D3 no ano anterior , um baita foguete . Viravamos em Interlagos em 3.23m. Sabe Hugo , eu tinha um chassi muito bem feito e acertado pelo Carlão meu preparador de chassi e um foguete empurrando feito pelo Chapa , sem polemicas acho que aqueles motores( eu tinha 3 ) deviam ter por volta de 150hp . Depois te conto como era andar c/ ele .Ia esquecendo Jovino não andei c/ o Leopoldo , venci uma corrida de Dart , mais na D1 , como novato .
    Rui

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  • 27 de julho de 2011 em 20:00
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    Oi Rui
    Fiquei muito feliz em ver seu trabalho!
    Achei vc por acaso..Se quizer aí está meu email, moro no Rio de Janeiro, Ficarei muito contente se me der mais notícias suas!
    Beijão

    Resposta
  • 27 de julho de 2011 em 20:00
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    Oi Rui
    Fiquei muito feliz em ver seu trabalho!
    Achei vc por acaso..Se quizer aí está meu email, moro no Rio de Janeiro, Ficarei muito contente se me der mais notícias suas!
    Beijão

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