RICARDO ACHCAR – PERFIL DE CAMPEÃO

Ricardo Achcar dirigiu e Anis Roger Achcar produziu o documentário sobre a vida e obra do consagrado piloto e construtor:

Um roteiro compacto da carreira do piloto construtor Ricardo Achcar várias décadas passadas compilado de fotos e filmes super 8 da época pelo seu filho Anis Roger Achcar. Desde a arrancada através do evento Formula Vê que propiciou imediato destaque como piloto independente em oposição a São Paulo com sua indústria automobilística e pilotos na sua totalidade de São Paulo dificultando a participação de competidores de outros estados menos industrializados e especialmente a perda de apogeu das prodigiosas “carreteras “ vitoriosas do Rio Grande do Sul, Ricardo no primeiro teste com a presença e participação de muitos pilotos de renome no autódromo do Rio de Janeiro marcou tempo melhor.

Venceu ainda com grande destaque a primeira prova de rua realizada em Niterói, RJ em 1967; venceu o Campeonato Carioca de monopostos deste ano e foi contratado para pilotar como representante da marca Fitti Vê dos irmãos Fitipaldi. Neste monoposto da empresa Fittipaldi, Ricardo Achcar sagrou-se campeão brasileiro em 1968 chegando e em segundo lugar José Carlos Pace e em terceiro Emerson Fittipaldi.

Nesta época Ricardo Achcar com auxílio e apoio de Ricardo Barley, diretor da empresa britânica Castrol, no Brasil seguiu para a Inglaterra onde o piloto sênior Peter Arundel da Motor Racing Stables em Brands Hatch após etapas de teste na escola de pilotagem a pedido de Ricardo Barley concordou em fazer um teste contra Ricardo Achcar usando o sentido contrario da pista de Brands Hatch em carros da escola Lotus 51 de escolha livre.

Se Ricardo Achar ficasse a dois décimos do melhor tempo de Pete Arundel, este escreveria uma carta de autorização para liberação de uma carteira internacional Inglesa para Ricardo poder competir sob regulamentação da FIA o que era proibido para os pilotos brasileiros devido a disputa entre a Confederação Brasileira de Automobilismo e a Federation Internationale de L’Automobile pelo comando do esporte motor no Brasil como era tradicionalmente administrado pelo Automóvel Club do Brasil afiliado e reconhecido pela FIA.

Essa briga valeu vários anos de impedimento e participação quer de estrangeiros no Brasil e brasileiros fora do país. A obtenção da carteira de piloto internacional sob a bandeira do Royal Automobile CLub da Inglaterra era possível porque a carteira do piloto não lhe é dada pela nacionalidade que detém porem o clube que defende. Ricardo Achcar era profundo conhecedor do regulamento internacional e se valeu nesta oportunidade para de posse de uma licença regular da FIA, ser aceito numa prova internacional em Oulton Park na Inglaterra tendo alugado um formula Ford Merlyn de Dennys Rowland e vencido a prova.

A partir daí a briga nacional tinha que terminar ou assistir a uma evasão de pilotos brasileiros competindo sob outras bandeiras do mundo. De piloto a construtor a carreira de Ricardo Achar pode ser acompanhada por aficionados do esporte motor numa lembrança do foi capaz um piloto independente que nunca teve qualquer suporte por parte de fábricas, equipes ou qualquer outra ajuda que não fosse sua competência em arrumar patrocínio através de vitorias.

Entre outras realizações construiu o primeiro e único carro de competição monocoque em chapa aeronáutica da America do Sul e foi sete vezes campeão brasileiro dos construtores de carros de competição brasileiro. Construiu ainda muitos carros fora de série e é especialista em geometria de suspensão e reconhecido com um acertador de carros de superior qualidade.


Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

16 comentários em “RICARDO ACHCAR – PERFIL DE CAMPEÃO

  • 17 de fevereiro de 2008 em 10:24
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    Sensacional, já tinha visto alguma coisa quando o entrevistei, mas não assim. Sem Palvras.

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  • 17 de fevereiro de 2008 em 10:24
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    Sensacional, já tinha visto alguma coisa quando o entrevistei, mas não assim. Sem Palvras.

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  • 18 de fevereiro de 2008 em 01:34
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    Saloma, mais uma vez parabéns.

    O novo visual do teu site, e a qualidade do material que tens publicado são maravilhosos.
    Esta do Achcar então, como o Caíque disse, é de deixar sem palavras.
    Um trabalho quase que arqueológio; uma vez que a cobertura do esporte à motor não era grande coisa naqueles tempos.
    Super descolado.

    Paulo Bilt

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  • 18 de fevereiro de 2008 em 01:34
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    Saloma, mais uma vez parabéns.

    O novo visual do teu site, e a qualidade do material que tens publicado são maravilhosos.
    Esta do Achcar então, como o Caíque disse, é de deixar sem palavras.
    Um trabalho quase que arqueológio; uma vez que a cobertura do esporte à motor não era grande coisa naqueles tempos.
    Super descolado.

    Paulo Bilt

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  • 15 de março de 2008 em 20:03
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    Pena que nao tenha mais material disponível dessa época do automobilismo brasileiro. Pena que essa história seja tão pouco divulgada pelos principais veículos de mídia. Pena que o brasileiro seja um povo de memória curta e de pouca valorização dos que tanto contribuíram para o automobilismo. Parabéns aos realizadores.

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  • 15 de março de 2008 em 20:03
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    Pena que nao tenha mais material disponível dessa época do automobilismo brasileiro. Pena que essa história seja tão pouco divulgada pelos principais veículos de mídia. Pena que o brasileiro seja um povo de memória curta e de pouca valorização dos que tanto contribuíram para o automobilismo. Parabéns aos realizadores.

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  • 3 de janeiro de 2009 em 14:06
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    O Brasil, em raros esportes tem história, memória ou cultura… esporte no nosso país era até bem pouco tempo o futebol, agora o volei, um pouco do basquete, futebol de praia. As mulheres tem muito haver com esporte pelo esporte, não pelo dinheiro, nos enchem de orgulho nas suas disputas, por que ainda conservam a paixão pelas cores do time que defendem… Tal e qual os nossos antigos heróis do volante…
    Automobilismo então, só tem um pouco de história pelos velhos apaixonados, pelos verdadeiros heróis que cheiravam a gasolina e graxa na hora da bandeirada da largada e na chegada então, o pó, restos de borracha, o cheiro de escapamento impregnado nos rostos e nos macacões, de pano mesmo, isso quando não era um de mecanico com alguns bordados feitos pelas namoradas ou esposas, bordados que jamais escaparam da minha memória até hoje, quem não lembra da BAHRDAL,da STP, da ESSO, da DUNLOP, da BOSCH, entre outros, demonstrava que alguem ja acreditava nesta turma que roncava gosso nos finais de semana… CHICO LANDI, ANDREATA, ACHCAR e tantos outros… Se não fossem estes persoagens de ontem, a maioria ainda vivos, mas esquecidos, nunca relembrados, pouco relatados na história do automóvel, do automobilismo no Brasil, demonstram que somos torcedores só dos ídolos recentes, não somos curtidores do automóvel, da máquina, da época que representavam o desenvolvimento dos motores, pneus, das suspensões, freios etc…
    Lembramos do Emerson, do Nelson, do Sena, nossos eternos campeões, mais recentemente o Rubinho, o Massa e queremos ve-los debaixo da Verde Amarela no pódio.
    Mas onde fica o registro dos nossos bólidos, os GORDINIS, aqueles que o comercial dizia “GORDINI III, 40 HP DE EMOÇÃO”, os INTERLAGOS, os BIANCO’s. os DKW’s, os Fómula “V”,a SUPER “V”, onde a gloriosa suspensão dianteira era aquela tradicional com torção com braços ocilantes e os loucos esquecidos voavam naquela época a mais de 200 Km/h. (não tinham miolo he he he)
    O AUTOMOVEL CLUBE DO BRASIL, O TOURING CLUB, são a expressão exata de que não curtimos a máquina, o motorzão que ronca fote… Ao longo do tempo sairam do cenario… La se foram as nosas memórias…
    Se alguma “petroleira” observar o quanto os jovens do Brasil curtem encontar-se num posto de srviço, ou postos de gasolina, nas noites dos fim de semana, para falar do seu motor turbo, da roda 20, do som, da suspensão pneumatica, poderia resgatar e fazer destes moços grandes consumidores da sua marca e motoristas responsáveis… É só dar um bom motivo para que nossa juventude escolha a marca do coração, contando-lhes como tudo começou, relembrar dos “loucos heróis” do pasado… Isso é fazer históia, é começar a ter registro do nosso automobilismo, é cultura na mais caaracteristica expressão.
    Depois desta história toda, quero ter satisfação de ter na minha garagem um “ACHCAR V8”, sou um dos cinco que vão estar dando palpites na construção de mais um sonho do nosso Lauro Neto e Ricardo Achcar…
    Em janeiro de 2009 estaremos raunidos em São Paulo e quem estiver curioso p’ra saber a respeito converse com um dos dois… he he he
    Acredito que é um pedacinho da história do automóvel no Brasil e dela quero fazer parte.
    Parabéns aos que fizeram parte da história do automóvel no Brasil em especial ao Ricardo.

    Resposta
  • 3 de janeiro de 2009 em 14:06
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    O Brasil, em raros esportes tem história, memória ou cultura… esporte no nosso país era até bem pouco tempo o futebol, agora o volei, um pouco do basquete, futebol de praia. As mulheres tem muito haver com esporte pelo esporte, não pelo dinheiro, nos enchem de orgulho nas suas disputas, por que ainda conservam a paixão pelas cores do time que defendem… Tal e qual os nossos antigos heróis do volante…
    Automobilismo então, só tem um pouco de história pelos velhos apaixonados, pelos verdadeiros heróis que cheiravam a gasolina e graxa na hora da bandeirada da largada e na chegada então, o pó, restos de borracha, o cheiro de escapamento impregnado nos rostos e nos macacões, de pano mesmo, isso quando não era um de mecanico com alguns bordados feitos pelas namoradas ou esposas, bordados que jamais escaparam da minha memória até hoje, quem não lembra da BAHRDAL,da STP, da ESSO, da DUNLOP, da BOSCH, entre outros, demonstrava que alguem ja acreditava nesta turma que roncava gosso nos finais de semana… CHICO LANDI, ANDREATA, ACHCAR e tantos outros… Se não fossem estes persoagens de ontem, a maioria ainda vivos, mas esquecidos, nunca relembrados, pouco relatados na história do automóvel, do automobilismo no Brasil, demonstram que somos torcedores só dos ídolos recentes, não somos curtidores do automóvel, da máquina, da época que representavam o desenvolvimento dos motores, pneus, das suspensões, freios etc…
    Lembramos do Emerson, do Nelson, do Sena, nossos eternos campeões, mais recentemente o Rubinho, o Massa e queremos ve-los debaixo da Verde Amarela no pódio.
    Mas onde fica o registro dos nossos bólidos, os GORDINIS, aqueles que o comercial dizia “GORDINI III, 40 HP DE EMOÇÃO”, os INTERLAGOS, os BIANCO’s. os DKW’s, os Fómula “V”,a SUPER “V”, onde a gloriosa suspensão dianteira era aquela tradicional com torção com braços ocilantes e os loucos esquecidos voavam naquela época a mais de 200 Km/h. (não tinham miolo he he he)
    O AUTOMOVEL CLUBE DO BRASIL, O TOURING CLUB, são a expressão exata de que não curtimos a máquina, o motorzão que ronca fote… Ao longo do tempo sairam do cenario… La se foram as nosas memórias…
    Se alguma “petroleira” observar o quanto os jovens do Brasil curtem encontar-se num posto de srviço, ou postos de gasolina, nas noites dos fim de semana, para falar do seu motor turbo, da roda 20, do som, da suspensão pneumatica, poderia resgatar e fazer destes moços grandes consumidores da sua marca e motoristas responsáveis… É só dar um bom motivo para que nossa juventude escolha a marca do coração, contando-lhes como tudo começou, relembrar dos “loucos heróis” do pasado… Isso é fazer históia, é começar a ter registro do nosso automobilismo, é cultura na mais caaracteristica expressão.
    Depois desta história toda, quero ter satisfação de ter na minha garagem um “ACHCAR V8”, sou um dos cinco que vão estar dando palpites na construção de mais um sonho do nosso Lauro Neto e Ricardo Achcar…
    Em janeiro de 2009 estaremos raunidos em São Paulo e quem estiver curioso p’ra saber a respeito converse com um dos dois… he he he
    Acredito que é um pedacinho da história do automóvel no Brasil e dela quero fazer parte.
    Parabéns aos que fizeram parte da história do automóvel no Brasil em especial ao Ricardo.

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  • 3 de janeiro de 2009 em 15:15
    Permalink

    Que bom que vc apoia essa nossa empreitada. Estamos tentando passar a história automobilística, pricipalmente em seus bastidores, onde as notícias rolam e fazem acontecer…
    abs e comunique a data, porque de 8 a 12 de janeiro o blog foi convidado para visitar o Museu do Automobilísmo Brasileiro em Passo Fundo, do nosso parceiro Paulo Trevisan. Vc pode mandar material dessa barata para passarmos para a galera, o ACHCAR V8…

    Resposta
  • 3 de janeiro de 2009 em 15:15
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    Que bom que vc apoia essa nossa empreitada. Estamos tentando passar a história automobilística, pricipalmente em seus bastidores, onde as notícias rolam e fazem acontecer…
    abs e comunique a data, porque de 8 a 12 de janeiro o blog foi convidado para visitar o Museu do Automobilísmo Brasileiro em Passo Fundo, do nosso parceiro Paulo Trevisan. Vc pode mandar material dessa barata para passarmos para a galera, o ACHCAR V8…

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  • 14 de janeiro de 2009 em 23:13
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    Gente, que maravilha voltar no tempo com esses “documentos” que são as narrativas e as fotos, mais os vídeos, retratos de uma época, que pessoas como eu, que gostavam de automobilismo, eram obrigadas a ficar garimpando as informações a conta gotas, um pouquinho aqui, num jornal, outro pouquinho ali numa revista, numa época em que cobertura esportiva era só futebol. Parabéns. Eu me lembro de um programa de rádio, na Rádio 9 de Julho, SP, apresentado pelo Edgar de Mello Filho, meia horinha, depois do almoço, puro deleite. Sou um assíduo leitor de tudo que se refere aos carros de corrida. Cesar.

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  • 14 de janeiro de 2009 em 23:13
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    Gente, que maravilha voltar no tempo com esses “documentos” que são as narrativas e as fotos, mais os vídeos, retratos de uma época, que pessoas como eu, que gostavam de automobilismo, eram obrigadas a ficar garimpando as informações a conta gotas, um pouquinho aqui, num jornal, outro pouquinho ali numa revista, numa época em que cobertura esportiva era só futebol. Parabéns. Eu me lembro de um programa de rádio, na Rádio 9 de Julho, SP, apresentado pelo Edgar de Mello Filho, meia horinha, depois do almoço, puro deleite. Sou um assíduo leitor de tudo que se refere aos carros de corrida. Cesar.

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  • 15 de janeiro de 2009 em 07:13
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    Cesar, apareça sempre, e se precisares de mais informações sobre determinado assunto, não se acanhe, peça que nos esforçaremos para atendê-lo!

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  • 15 de janeiro de 2009 em 07:13
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    Cesar, apareça sempre, e se precisares de mais informações sobre determinado assunto, não se acanhe, peça que nos esforçaremos para atendê-lo!

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  • 3 de julho de 2023 em 12:31
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    Tem uma foto da Licença da FIA na revista “Auto Esporte ” de set/1968.

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