JOAÇABA CONSTRÓI AUTÓDROMO…

…PORQUE PRAIA É MUITO LONGE!
Por Renato Pastro
Nota do Blog: Galera, voces virão como está Joaçaba atualmente, com o espetáculo de provas que tem. Mas para isso tudo acontecer, houve um esforço, quase que supremo do povo da terrinha, a um bom tempo atrás, mais ou menos a 43 anos, para dar início ao automobilísmo na terra. Aqui vamos fazer um relato, graças ao “teimoso” Renato Pastro, nosso parceiro e colaborador, que manja como poucos de rallye e nos mostra a epopéia o que foi a inauguração e a primeira prova do AUTÓDROMO DE JOAÇABA. Esperamos que apreciem sem moderação, porque é essa a nossa proposta…é isso!

Willys Interlagos Berlineta N° 3 de Rômulo Matos enfrentando uma das lombadas do circuito.

Porque em Joaçaba, Santa Catarina, não se pode escolher muito aonde ir (só existem dois cinemas e para chegar à praia, em Camboriú, é preciso rodar quase 500 quilômetros), um punhado de entusiastas passou a se reunir e comentar que nada, melhor do que o automobilismo para quebrar a monotonia. A primeira dificuldade foi enfrentar a resistência dos próprios habitantes da cidade que acharam (e alguns continuam achando) que a corrida de automóveis é bicho de sete cabeças: “É perigoso, onde já se viu uma coisa destas?”.

Foi aos poucos que a turma toda adquiriu amor pela coisa. Para começa, fizeram uma pequena prova de um quilômetro dentro da cidade. Sucesso total!
Os bate-papos foram ficando cada vez mais animados, frisando-se a necessidade de arranjar um lugar para um “autódromo de verdade”. Ai perceberam que o terreno em torno da pista do aeroporto era ideal. Um sargento, José Luiz Lopes, que se interessou muito em levar o plano adiante, gostou da idéia, lutou para concretizá-la e virou nome do Autódromo. Este foi construído a jato: só 40 dias. Tem 3.350 metros de pista é toda de terra, quando chove não há corrida. Nasceu logo em seguida o Automóvel Clube do Estado de Santa Catarina – ACESC.

Verdade indiscutível: Autódromo, com 3.350 metros de extensão e a 6 km do centro da cidade, é o segundo do Brasil. Sua história tem muito de boa vontade e um pouquinho de heroísmo.
Primeiro obstáculo: para fazer a pista, em torno do campo de aviação, era preciso obter uma autorização do Ministério da Aeronáutica. Uma comissão foi especialmente a Porto Alegre tratar disso e acabou arranjando a licença assim precariamente. Pelas articulações feitas, deu para perceber que seria difícil “arrancar” da V Zona Aérea (hoje V Comando Aéreo Regional) uma autorização definitiva.

Agora os adeptos do automobilismo em Joaçaba, pequena cidade do interior de Santa Catarina com 6.000 habitantes, não sabem bem o que fazer: asfaltar a pista, que seria a situação ideal custa muito caro e é arriscado, porque o Ministério da Aeronáutica pode desistir repentinamente da licença. Asfaltar custaria uns 80 milhões de cruzeiros; um leito de paralelepípedos, com camada de asfalto, 150 milhões. Existe também a possibilidade de “engrenar-se” com o DNER uma “ajudazinha” quando estiver sendo asfaltada a BR 36 que atravessa o Estado.

A pista fica exatamente em torno do aeroporto da cidade, tendo de um lado uma rodovia estadual e de outro uma federal (BR 36). O traçado ainda não é definitivo e necessita de algumas alterações. Existem algumas lombadas desnecessárias e curvas ultraperigosas. Dizem que errar é humano, mas para o piloto, errar em determinados trechos deste circuito pode ser fatal.
A “Curva do Arroz” serve de exemplo: quem não é “vivo”, morre ou pelo menos sofre o risco. Após três lombadas, a curva surge, estreita. Quem não fizer tudo direitinho e der uma derrapada um pouco além do convencional sai da pista e rola por uma ribanceira. A curva é chamada assim porque ali havia uma grande plantação do cereal.
Vejam só o que aconteceu com o médico Osvaldo Lunardi, presidente do ACESC: vinha vindo “meio quente”, os pneus “guincharam” e de repente seu DKW Vemag saiu da pista, passou por cima da estrada estadual e teve a sorte, quase milagre, de nada lhe acontecer. Como o carro foi em linha reta arrancou do lugar somente uma imensa pedra que deu uma amassada no carro. Lunardi viu que ele e o carro estavam inteiros, ligou novamente o motor e saiu rodando normalmente pela estrada estadual retornando ao autódromo para maior espanto dos que tinham presenciado o vôo.O percurso tem muitas curvas difíceis que, além de perigosas, impedem que um piloto ultrapasse o outro. As larguras são variáveis e sujeitas a alterações.
Bom para deixar com força o pé no acelerador é o retão que vai dar bem em cima da “Curva do Roncador”. Ficou com esse nome porque em uma das primeiras provas o presidente do Automóvel Clube resolveu participar com uma “pick up” Ford F-100 (a caminhoneta por sinal, tinha escapamento duplo e alguns “venenos”). Na hora de embalar e mudar de marcha era um barulhão, como se fosse um ronco. Ai batizaram a curva com o nome de roncador.
Dois trechos, principalmente, necessitam de urgentes modificações:
1ª) A “Curva do Arroz” precisa ser mais suave; referindo-se a ela, a turma comenta sempre: “Não é biscoito, tié”;
2ª) O percurso que vai do Aeroporto ao hangar precisa igualmente de solução, porque se um avião pousar, enquanto se desenrola a competição, é muito arriscado atravessar a pista. Cogita-se de construir uma ponte, mas tudo ainda está na fase de cogitações.

Por enquanto São Pedro é o maior “inimigo”, porque quando chove a pista fica impraticável. Por causa disto uma corrida das boas, que estava programada para 10 de Outubro de 1965, foi literalmente por água abaixo. Até a Equipe da Simca (e presença de fábrica é coisa difícil de se ver por aquelas bandas) apareceu. Francisco Landi levou duas carreteras para serem pilotadas por Jaime Silva e Cyro Caíres. Apareceram outros “cobras” de cidades próximas: Curitiba, Londrina, Lajes, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Porto Alegre, Palmas e Concórdia.
No sábado, dia 9 de Outubro, os volantes foram treinar e Jaime Silva, fazendo sensação, sua carretera estava equipada com os pneus do Simca Abarth europeu da Equipe, deu uma volta em 1min46s (média de 113,77 Km/h) tempo que se tornou recorde não homologado.

A performance nos treinos foi tão boa que todo mundo ficou “louquinho” para ver a corrida de verdade. Quase a população inteira e mais a de Herval D’Oeste, outra pequena cidade com seis mil habitantes, separada de Joaçaba por um rio foi assistir. Na hora da largada, com mais de 30 carros na pista, coisa até então nunca vista no local, a chuva caiu e a corrida acabou. Ninguém na cidade se conformou em não poder ver os ases do volante em ação. Seria esta a primeira edição dos 200 KM DE JOAÇABA.

Transferiram a prova para o mês de Novembro de 1965. A chuva quase complicou tudo de novo; fazia sol a semana inteira e no dia em que uma corrida estava programada chovia. “O que é que está dando azar?”, indagavam entre si os dirigentes. Chegaram a cogitar de construir uma pista de madeira; outros, brincando, sugeriram cobrir todo o percurso.
Enquanto isso acontece, o Autódromo de Joaçaba, o segundo do Brasil, continua em busca da definição.

Uma coisa, pelo menos, não falta aos amantes do automobilismo em Joaçaba: boa-vontade. Para arranjar dinheiro e comprar troféus, precisam passar a “listinha” pela cidade.
Estão dispostos a pensar em asfalto, chegaram a rifar um carro, deu para faturar cinco milhões de cruzeiros, mas ainda falta muita coisa.

A prova dos 200 KM DE JOAÇABA foi remarcada para o dia 13 de Novembro de 1965. Na hora “H”, água de novo. Os dirigentes do Automóvel Clube transferiram então para o domingo à tarde dia 14. Mas acontece que o dia amanheceu bonito, até com sol, coisa rara em dia de prova e todo mundo acabou indo para a pista bem cedinho.

Quem não gostou nada deste imprevisto foi Juvino Pigato, que mora em Concórdia a 76 Km de Joaçaba. Ele voltou para casa sábado à tarde e apareceu de novo no domingo, pensando que estava adiantado, mas a corrida já havia começado. Nervoso, falou em “impetrar mandado de segurança”, mas acabou ficando mais calmo depois, embora inconformado, porque não costumava perder uma corrida sequer com seu Simca pintado com o número 22.

Quando a corrida começou às 10h30min, Rômulo Matos (Willys Interlagos Berlineta N° 3) deu a impressão de que iria vencer fácil. Só que ele sabia, melhor do que ninguém, que sua máquina iria esquentar muito, mais cedo ou mais tarde, tratando de ganhar no começo o tempo que forçosamente iria perder depois. Atrás dele, com uma distancia sempre superior a 300 metros, vinha Itacir Roveda (Renault Willys Gordini N° 2). Os dois andavam com o “pé na tábua”, como se fossem definir a corrida entre eles. De repente a Berlineta N° 3 ficou mais tranquila, porque o Gordini N° 2 precisou parar na 11ª volta, quando queimou a junta do cabeçote do motor.

Queima da junta do cabeçote afastou o Gordini N° 2 de Itacir Roveda.

A partir deste momento Osvaldo Lunardi queria forçar o ritmo (e forçava mesmo) apesar de seu mecânico fazer sinais para ele manter sempre o mesmo “train”, o piloto do DKW Vemag N° 4 ganhava tempo nos retões, mas perdia na “Curva do Arroz”, fato psicologicamente explicável, porque ele havia escapado milagrosamente de uma capotagem com o mesmo carro e no mesmo local conforme comentamos anteriormente.

O DKW N° 4 a caminho da vitória sendo observado pelo ótimo público presente.

Quem vinha em terceiro lugar era o bem preparado Volkswagen Sedan N° 66 de Chapecó pilotado por Celso Tissiani.
Iniciou-se uma boa briga pela posição entre o “besouro” e o DKW Vemag N° 65 pilotado por Sérgio Trentim que conseguiu a ultrapassagem. Na 19ª volta “pifou” o disco de embreagem do Volkswagen forçando o mesmo a abandonar a competição. Começando a se destacar estava Sérgio Trentim um moço de 19 anos de idade, motorista de praça em Chapecó, que corria sem ter medo de nada, com seu próprio táxi de N° 65, para surpresa de muitos e dele próprio. Ele tinha no seu carro de trabalho uma ligeira modificação na descarga e na distribuição. Usou e abusou de andar sobre três rodas, principalmente na “Curva do Arroz”.

O táxi de Chapecó N° 65 na tomada da “Curva do Arroz” em três rodas na tocada de Sérgio Trentim.

Quando a Berlineta N° 3 parou para “beber água” pela primeira vez, saindo muita fumaça por tudo quanto era canto, foi que Osvaldo Lunardi assumiu a liderança. Na verdade ele ganhou a corrida quando perdeu o medo da “Curva do Arroz” e passou a entrar mais “quente”, aumentando a distância na ponta.

Outro que corria bem era Olidir Pereira, veio de Palmas (é famoso por aqueles lados) só para assistir, mas acabou entrando na corrida com o seu DKW Vemag N° 8. Faltavam duas voltas para ele obter classificação quando estourou a junta do cabeçote e a mangueira do radiador. Havia desistido, quando soube que precisava de mais duas voltas. Mesmo tendo de recolocar água voltou a pista, com o público sem saber o que havia acontecido, pedindo para ele “descer a lenha”. Olidir Pereira acabou dando mais oito voltas, com pouca água e garantindo o quarto lugar.

Olidir Pereira veio para assistir e acabou correndo com o DKW N° 8.

Mesmo com poucos carros na pista, a mesma não perdeu a graça, porque embora as colocações estivessem mais ou menos definidas, da 40ª volta em diante, os pilotos, com muito espírito esportivo, procuravam fazer suas máquinas darem o máximo, sem recorrer a “fechadas” nem nada.

No retão disputa entre o DKW N° 65 de Trentim e o Interlagos N° 3 de Matos.

As 12h30min, Osvaldo Lunardi não teve maiores dificuldades em cruzar a reta de chegada em primeiro lugar. Com seu DKW Vemag N° 4 preparado com alguns “segredinhos” da fábrica completou 60 voltas em 1h59min18s mantendo a média de 101,89 Km/h. A melhor volta da prova foi do terceiro colocado a Berlineta N° 3 de Rômulo Matos com 1m51s (média de 108,64 Km/h) seguido do DKW N° 4 com 1min55s (média de 104,86 Km/h).

O vencedor dos 200 KM DE JOAÇABA, Osvaldo Lunardi
com o DKW Vemag N° 4.

Quem gosta muito de falar em “vitória moral” andou dizendo que quem venceu foi Sérgio Trentim, porque afinal de contas ele rodou de Chapecó a Joaçaba, participou pela primeira vez de uma corrida, e foi quem deu mais “show”. Entrava em todas as vezes na “Curva do Arroz” sobre três rodas e fazia as outras a palmos do barranco. Impetuoso demais tem muito que aprender, mas provou que tem futuro com o segundo lugar na prova.

O Automóvel Clube do Estado de Santa Catarina – ACESC deu meio milhão de cruzeiros (200 mil para o primeiro na Categoria e 300 mil na geral) ao vencedor dos 200 KM DE JOAÇABA, cem mil ao segundo e 50 mil ao terceiro colocado.
Havia mais 350 mil cruzeiros em prêmios, não distribuídos, porque não houve competidores com veículos acima de 1.300 cm³.
Pesquisa e Edição: Renato Pastro
(reprodução/fonte: Revista AutoEsporte N° 15, Janeiro de 1966)

Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

26 comentários em “JOAÇABA CONSTRÓI AUTÓDROMO…

  • 23 de fevereiro de 2009 em 21:07
    Permalink

    Renato…quero ser o primeiro a cumprimentá-lo pela coluna! Está de parabéns…e que venham outras!
    Saloma#Sahib

    Resposta
  • 24 de fevereiro de 2009 em 03:28
    Permalink

    OK,sou o 2o. a cumprimentar,mas após o patrão.Parabéns,belíssima matéria,e aumentou a vontade de andar em Joaçaba!!

    Resposta
  • 24 de fevereiro de 2009 em 08:36
    Permalink

    Caro Renato

    Eu corri em Joaçaba -SC com Renault 1093 No 72 da Equipe Torke nos anos 60 ( acho que 1967/1968 ) gostaria de saber se os organizadores ainda tem fotos e resultados dessas provas antigas ,, grato pelo retorno,,, abraço a todos ‘Luiz Evandro Águia

    Resposta
  • 24 de fevereiro de 2009 em 08:44
    Permalink

    PARABÉNS, RENATO!!! Levantamento histórico fantástico!
    Na época em que eu morava em Chapecó tive o prazer de conhecer o Sérgio Trentin, e em uma ocasião ouvi ele contar essa história da “vitória moral”.
    Vale ressaltar que graças ao Autódromo o pessoal de Joaçaba e região tem uma ligação muito grande com o Automobilismo, assim como em São Bento do Sul e mais recentemente em Lontras (aonde espero vê-los!).
    Infelizmente a “grande” mídia não dá o valor devido as competições na terra, e via de regra, quando mostram alguma coisa, ou foi um grave acidente ou foi alguma confusão.
    Grande abraço e mais uma vez PARABÉNS ao Renato pelo magnífico trabalho.

    PS: Saloma, Ceregatti, Belair e turma: estarei em Interlagos dias 07 e 08 de Março para acompanhar ‘ao vivo e a cores’ as corridas do Paulista, em especial a Classic.

    Resposta
  • 24 de fevereiro de 2009 em 11:13
    Permalink

    Seja muitíssimo bem vindo ao Templo, Francis!
    Será um enorme prazer recebe-lo aqui, nessa nossa pista tão sagrada quanto destratada.
    Vai ser ótima essa troca de visões e de experiencias, de um automobilismo nascido e ainda feito “na raça”, fruto da iniciativa e paixão histórica do sul do Brasi, comparado com nossos campeonatos chinfrins, totalmente dependente dos humores e incompetencias de alguns, que tomaram posse há muito e se locupletam em cima da desunião dos que fazem os espetáculos.
    Achei legal demais história de Joaçaba – e quantas centenas de outras não há! – da iniciativa de uns poucos e que se transformou no automobilismo que fazem aí.
    Voces todos tem muito a ensinar pra gente, pode crer.
    Tive a curiosidade e pra quem quiser ver o Autódromo de Joaçaba no Google Earth, coordenadas:
    – 27 09′ 22.64″ S
    – 51 33′ 48.53″ O

    Resposta
  • 24 de fevereiro de 2009 em 13:08
    Permalink

    Será um grande prazer recebê-lo aqui,Francis.Você verá que aqui tem um bando de malucos disposto a ir a Joaçaba,Lontras,África,Austrália…igualzim quinem qui ocê…

    Resposta
  • 24 de fevereiro de 2009 em 13:14
    Permalink

    Caro RENATO.Boas lembrancas principalmente na semana que la estive paea assistir prova do Campeonato Catarinense na Terra.Novo Autodromo,um espetaculo.Prova digna de cobertura Nacional,pois com nivel bastante alto entre Pilotos e Preparadores.Em mai de 50 carros eu vi UMA pane mecanica.O pessoal de Joacaba eh de primeira linha em todos os departamentos.Aprenderam muito desde a epoca dos DKW VEMAG e RENAULT 1093.Corri varias vezes por la,venci com ambos os carros e aprendi muito porque o espetaculo e lindo mas nao eh mole.Seria interessante uma cobertura com fotos desta corrida no novo AUTODROMO.sOH A QUANTIDADE DE Motor Homes,Onibus e Reboques da gosto de ver.Voltei aos tempos de um BOM CHURRASCO no Sabado e no Domingo na pista.Soh vendo.Forte abraco Dado Andrade.

    Resposta
  • 24 de fevereiro de 2009 em 16:04
    Permalink

    Berlinetas, Gordinis e principalmente DKWs eram um show a parte nessas pistas.
    Só as fotos desses carros nessa pista, já valem a pena.
    E seja muito bem vindo ao Templo, Francis.
    Formaremos uma comitiva de recepção…
    E parabens ao Renato pelo precioso post.

    Resposta
  • 24 de fevereiro de 2009 em 19:43
    Permalink

    Saloma, Ceregatti, Belair, Romeu e cia: desde já agradeço o carinho e acho que essa troca de informações e histórias só fortalece nosso Automobilismo, e digo NOSSO porque o Automobilismo verdadeiro é feito por nós, que passamos noites em claro nas oficinas, ralamos pra conseguir uns ‘caraminguás pingados’ de patrocínio (quando conseguimos!) e viajamos centenas de quilômetros na madrugada de sábado até chegar na pista, e no domingo fazemos o caminho contrário para trabalhar já na segunda cedo.
    Grande abraço!

    Resposta
  • 24 de fevereiro de 2009 em 19:55
    Permalink

    Pô saloma,este seu canal de informação está cada dia melhor vc está me surpriendendo.Meus parabens,tá dez. Meu pai já havia comentado comigo sobre estas próvas inclusive sobre o Àguia que é um dos meus herois do automobilismo nacional.Tudo de bom de coração mesmo cara vc merece se um dia puder vamos bater um papo

    Resposta
  • 25 de fevereiro de 2009 em 18:57
    Permalink

    Viajei no tempo, lembrei dessa foto do Interlagos correndo em Joaçaba na antiga revista Auto Esporte, quando ela era toda dedicada as corridas de automóveis e cobria as corridas em todos os lugares. Bons tempos. Será que alguém tem algo sobre a corrida de inauguração da rodovia Curitiba-Apucarana?

    Resposta
  • 25 de fevereiro de 2009 em 19:55
    Permalink

    Lúcio, tenho esse material…vou revirar novamente as coisas que acabarei achando!
    abs

    Resposta
  • 26 de fevereiro de 2009 em 14:28
    Permalink

    Saloma, gostei muito de ver a materia do Renato Pastro sobre a prova inaugural de Joaçaba. Parabens para voces. Queria o endereço do Renato e saber dele se ele tem dados sobre as corridAS SEGUINTES,POIS EU CORRI ATE 68 OU 69NAQUELE AUTODROMO. gOSTARIA TAMBEM CONSEGUIR FOTOS DA EPOCA. MUITO PRAZER EM ENCONTRAR VOCES. PARABENS !!

    Resposta
  • 26 de fevereiro de 2009 em 14:29
    Permalink

    Saloma, gostei muito de ver a materia do Renato Pastro sobre a prova inaugural de Joaçaba. Parabens para voces. Queria o endereço do Renato e saber dele se ele tem dados sobre as corridAS SEGUINTES,POIS EU CORRI ATE 68 OU 69NAQUELE AUTODROMO. gOSTARIA TAMBEM CONSEGUIR FOTOS DA EPOCA. MUITO PRAZER EM ENCONTRAR VOCES. PARABENS !!

    Resposta
  • 26 de fevereiro de 2009 em 14:29
    Permalink

    Saloma, gostei muito de ver a materia do Renato Pastro sobre a prova inaugural de Joaçaba. Parabens para voces. Queria o endereço do Renato e saber dele se ele tem dados sobre as corridAS SEGUINTES,POIS EU CORRI ATE 68 OU 69NAQUELE AUTODROMO. gOSTARIA TAMBEM CONSEGUIR FOTOS DA EPOCA. MUITO PRAZER EM ENCONTRAR VOCES. PARABENS !!

    Resposta
  • 26 de fevereiro de 2009 em 14:44
    Permalink

    Celso, a sua fuca, fale mais sobre ela. Era 1200 ou 1300 e o que fez na preparação para andar junto com os DKW…

    Resposta
  • 27 de fevereiro de 2009 em 17:38
    Permalink

    Saloma, muito obrigado pelo teu interesse, Fico muito feliz, depois de 42anos e pico, voltar a falar de corridas de automovel. O meu fuca era ano 62, 1200 cm3, pois naquela epoca o 1300 não existia, e a preparação consistia em pistões .040″, comando com diagrama do Porsche 1500, dupla carburação 28 mm (carbs. origiais do modelo), taxa de compressão aumentada (não sei a relação, era no ôlho),carter do õleo aumentado atravès de um tanque de 2 litros abaixo do nivel do carter original, com a bomba pescando diretamente dêle. O interessante è que nos testes do carro, faltando uma semana para a prova, o comando ARREDONDOU um ressalto e nòs fizemos um enchimento com solda ELETRICA,FICANDO OS TEMPOS DE ABERTURA DAS VALVULAS NA BASE DO MAIS OU MENTOS. aS RODAS ERAM DE BITOLA MAIS LARGA E O RESTO DO CARRO ERA ORIGIAL, SÒ COM ALGUM ALIVIO DE PESO.OBS: LEIA NA BASE DO MAIS OU MENOS. VALEU!!!

    Resposta
  • 27 de fevereiro de 2009 em 22:55
    Permalink

    Saloma, è grande o prazer de falar com vocês. È muito bom voltar a falar de corridas de Joaçaba depois de43 anos e alguns mêses: tu nào imagina a alegria! Sobre o fusca: era 1200 porque nào existia o 1300 naquela època; sò saiu um ano depois. A preparaçào: pistões.040″,Comando com diagrama Porsche 1500, taxa de compressào aumentada, combustìvel: gasolina aviaçào 100/l30 octanas; dois carburadores 28 mm, origiais do 1200;distribuidor da Kombi 1200 (avanço centrifugo); carter aumentado em 2 litros atravès de um tanque abaixo do nivel do carter original, com a bomba pescando diretamente do tanque. A potencia, se tivesse um incremento de 50% alcançaria a estrondosa cavalaria de 54 cavalos !!! Na suspensào, cambio e freios era tudo original, sò tinha algum alivio de peso e rodas mais largas, de 5″. Ofato interessante que aconteceu com este motor è que a uma semana da prova, quando eu estava testando, o comando de valvulas arredondou um ressalto e nòs enchemos com solda elètrica ACERTAMOS êle no esmeril e na lima, medindo com um gabarito de papelão. Imagine sò como è que ficou o tempo de abertura das valvulas. De qualquer maneira o motor jà vibrava bastante em marcha-lenta e não deu para perceber nada de anormal nem na marcha-lenta e nem no desempenho em alta. Tà suficiente a explicação? Ha ha ha.

    Resposta
  • 27 de fevereiro de 2009 em 22:57
    Permalink

    Saloma, è grande o prazer de falar com vocês. È muito bom voltar a falar de corridas de Joaçaba depois de43 anos e alguns mêses: tu nào imagina a alegria! Sobre o fusca: era 1200 porque nào existia o 1300 naquela època; sò saiu um ano depois. A preparaçào: pistões.040″,Comando com diagrama Porsche 1500, taxa de compressào aumentada, combustìvel: gasolina aviaçào 100/l30 octanas; dois carburadores 28 mm, origiais do 1200;distribuidor da Kombi 1200 (avanço centrifugo); carter aumentado em 2 litros atravès de um tanque abaixo do nivel do carter original, com a bomba pescando diretamente do tanque. A potencia, se tivesse um incremento de 50% alcançaria a estrondosa cavalaria de 54 cavalos !!! Na suspensào, cambio e freios era tudo original, sò tinha algum alivio de peso e rodas mais largas, de 5″. Ofato interessante que aconteceu com este motor è que a uma semana da prova, quando eu estava testando, o comando de valvulas arredondou um ressalto e nòs enchemos com solda elètrica ACERTAMOS êle no esmeril e na lima, medindo com um gabarito de papelão. Imagine sò como è que ficou o tempo de abertura das valvulas. De qualquer maneira o motor jà vibrava bastante em marcha-lenta e não deu para perceber nada de anormal nem na marcha-lenta e nem no desempenho em alta. Tà suficiente a explicação? Ha ha ha.

    Resposta
  • 28 de fevereiro de 2009 em 14:56
    Permalink

    Assisti várias corridas em Lages e Joaçaba nos anos 60, automobilismo que estava muito integrado aos gaúchos;e vários pilotos de P.Fundo sempre andavam lá.Já falei inúmeras vezes que as Simca da equipe de fábrica tomavam pau com frequência aqui no Sul de pelo menos uns quatro(Juvenal,Dalzotto,Voltaire e Luersen).Os DKW também não tinham moleza por aqui.Somente SC para manter competições de Opala e Ômega com este nível de preparação. Bom,admiro tanto esse trajetória que até mantenho no site do Museu http://www.museudoautomobilismo.com.br uma relação das corridas em SC anos 60;e já solicitei no inicio do ano que o Trennepohl divulgasse a nossa necessidfade de mais fotos e complementações de resultados. Ah! nos anos 60/70 a identificação Fusca era coisa de paulista,no RS era Fuca e em SC era Fuque.Certo? PAULO TREVISAN

    Resposta
  • 2 de março de 2009 em 12:05
    Permalink

    Saloma, vê se dà para eliminar o meu comentario sobre a preparação do fuca ( o primeiro) pois eu tenho alguma dificuldade de lidar com a internet e como não tinha saìdo o comentario, eu me apressei em enviar outro, e deixando assim, os dois, fica uma coisa repetitiva e tambèm pretenciosa da minha parte, o que nào era minha intensão. Queria tambèmver se tu podes reponder a minha pergunta quev fiz no primeiro comentario, sobre dados e fotos das corridas aeguiites de Joaçba, de 66 atè 69. O Evandro Aguia tambem perguntou a mesma coisa. Um abraço.
    0

    )

    Resposta
  • 2 de março de 2009 em 15:09
    Permalink

    Celso quanto as fotos, estou pesquisando e isso leva um certo tempo. Por enquanto nada ainda, ok!
    abs

    Resposta
  • 6 de janeiro de 2010 em 22:09
    Permalink

    Pessoal que maravilha ouvir estas histórias.
    Muitas corridas assisti. Subia a pé do estádio Oscar Rodrigues Da Nova até o Aeroporto, mas não perdia nenhuma corrida. Colocava um sanduíche debaixo do braço e lá ia para a curva mais próxima do REMOR não lembro se era do roncador ou do arroz.
    Quando estudava no Frei Rogério ganhei muito prêmio da rádio respondendo sobre o ACJ – Automóvel Clube de Joaçaba.
    Cheguei ajudar o meu pai, desenhista Agenor Santos da Hidráulica, a fazer a medição para o Kartódromo, que na época não foi feito.
    Valeu gente. continuem com as histórias.

    Hoje sou engenheiro mecânico e moro em São Leopoldo, RS.
    Mário Cesar

    Resposta
  • 4 de dezembro de 2010 em 21:42
    Permalink

    meu finado pai ATTILIO, corria com DKW CARRETEIRA, ele tinha um 2p. modelo alemão, preparado para corrida, chegou em 2o. lugar em Lajes e Joaçaba, correu em Interlagos (SP), nos anos 60 era só braço mesmo, derrapava na lama, no seco, as vezes saia da estrada por causa do pedregulho e ia parar longe da pista, eu e o mecânico e populares, corriamos para socorrer o piloto e trazer o carro empurrando de volta para pista. Há bons tempos foi os anos sessenta. Essas fotos trazem muitas lembranças, do cheiro de poeira pura.

    Resposta
  • 24 de maio de 2011 em 19:40
    Permalink

    Estarei indo para Joaçaba acompanhar a etapa do catarinensse de Terra… Vamos recordar as 3 horas realizada no dia 25/06 1968. qdo finalizei em 4o na geral e 2o no Grupo 5 com meu Renault 1093 No 72 da Equipe Torke…abs

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Verified by MonsterInsights