DO SONHO À REALIDADE

O F3 e seu piloto Wilson Fittipaldi Jr.

Mãos a obra…ao chegar na terrinha, Greco apresentou a idéia de construir um fórmula 3 ao Departamento de Competições da Willys. Aprovada, começaram os estudos, e Wilson Fittipaldi Jr. foi o escolhido para ser o piloto da barata. E em cima dele foi dimensionada a barata.

O F3 em três visões, de frente, apenas com as carenagens laterais inferiores e carenagem traseira à esquerda; visto de trás à direita e a vista lateral

Toni Bianco foi o escolhido para ser o construtor do charuto. Brizzi e seus mecânicos, já com uma puta experiência automobilística, se encarregariam da parte mecânica. E em cima dos dados e fotos que Greco trouxera da viagem a Europa, começaram os trabalhos.
O chassis, foi o ponto inicial e cromo molibidênio foi o material escolhido. E usadas três medidas de espessura diferentes: de 32mm de diâmetro e 1,2mm de parede; de 19mm de diâmetro e 1,0 de parede e finalmente 13mm de diâmetro e 1,0 de parede. Em princípio, o chassis visto de frente ficou com forma quadrada, mas o próximo teria forma trapezóide, tipo barqueta.
Os freios, a disco nas quatro rodas, da marca Amadori Campagnolo, com disco de 250mm de diâmetro e 8mm de espessura. Com dois burrinhos de 40mm de diâmetro, sendo o conjunto traseiro, possuidor de válvula equalizadora de pressão. Os cubos da rodas foi modificado para usar seis parafusos de fixação.

Detalhe da suspensão dianteira

O conjunto de suspensão dianteira é independente, com braços triangulares e conjunto de mola espiral e amortecedores (em 45 graus). Mais barra estabilizadora, interligando os dois lados da suspensão. Em tese, seria praticamente idêntica a usada nas baratas da Brabham F1, traseira igual, mais barra tensora com a finalidade de evitar movimentos longitudinais e barra estabilizadora com quatro pontos de ajuste.
As rodas de magnésio com 5 polegadas na dianteira e 6 polegadas na traseira de aros de 13 polegadas, usando pneus Dunlop Racing ou Pirelli Supersport.

Motorização da barata, 1300cc Renault; carburadores duplos e coletor desenvolvido pela Willys

Na época em que foi criado, não havia competições de F3 na terrinha, para isso, a barata iria participar de provas na Categoria Mecânica Continental, usando motor de 1300cc da Renault (e quem já viu esse motorzinho de perto, sabe que tamanho não é documento. Ele responde por uma potência, de gente grande).

Os grandes do projeto…Greco, inclinado falando com Wilson na barata; Toni logo atrás de Greco observando e Brizzi à direita. E com esse conjunto, nasceu o Willys F3.
(reprodução/AE)
Saloma

Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

29 comentários em “DO SONHO À REALIDADE

    • 17 de julho de 2021 em 21:57
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      Muito bom Araŕê??????obrigada por trazer a história do wilsinho para que todos possam conhecer??‍♀️???? gratidão ???

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  • 3 de julho de 2009 em 23:38
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    Saloma, este é o Willys Gavea que está aqui em Brasilia com o Roberto Nasser? Te mandei uma fotos deles, acho que você pode usar em seu blog.
    Jovino

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  • 3 de julho de 2009 em 23:38
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    Saloma, este é o Willys Gavea que está aqui em Brasilia com o Roberto Nasser? Te mandei uma fotos deles, acho que você pode usar em seu blog.
    Jovino

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  • 4 de julho de 2009 em 00:00
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    Acho que vale registrar o nome do projeto, né ? GÁVEA.

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  • 4 de julho de 2009 em 00:00
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    Acho que vale registrar o nome do projeto, né ? GÁVEA.

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  • 4 de julho de 2009 em 06:33
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    Parabens,,,pela brilhante reportagem,,
    eu acompanhei,,,a evoluçao, da F 3 , até quando na década de 80 o ex-piloto Piero Gancia , que nos pilotos apoiamos e conseguimos os votos para que fosse eleito presidente da CBA ,,conseguiu JUNTO A FIA com a nosso auxilio e principalmente do campeão de todos os tempos BIRD CLEMENTE A SUPER LICENÇA para que os campeões Brasileiro de F 3 tivessem a oportunidade de pilotar um FORMULA 1 abraço do amigo Luiz Evandro “Águia” Campos

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  • 4 de julho de 2009 em 06:33
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    Parabens,,,pela brilhante reportagem,,
    eu acompanhei,,,a evoluçao, da F 3 , até quando na década de 80 o ex-piloto Piero Gancia , que nos pilotos apoiamos e conseguimos os votos para que fosse eleito presidente da CBA ,,conseguiu JUNTO A FIA com a nosso auxilio e principalmente do campeão de todos os tempos BIRD CLEMENTE A SUPER LICENÇA para que os campeões Brasileiro de F 3 tivessem a oportunidade de pilotar um FORMULA 1 abraço do amigo Luiz Evandro “Águia” Campos

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  • 4 de julho de 2009 em 07:06
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    Saloma,

    e que quiser ve-lo ao vivo e a cores é só comparece ao Museu do Automóvel, em Brasília no SGON 1 (Setor de Garagens Oficial Norte) após o Palácio dos Buritis bem em frente ao monumento ao Presidente JK.

    carretera

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  • 4 de julho de 2009 em 07:06
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    Saloma,

    e que quiser ve-lo ao vivo e a cores é só comparece ao Museu do Automóvel, em Brasília no SGON 1 (Setor de Garagens Oficial Norte) após o Palácio dos Buritis bem em frente ao monumento ao Presidente JK.

    carretera

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  • 4 de julho de 2009 em 08:33
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    Adriana, tks…jovino, o material que me enviou está guardado, com o combinamos, mas vou pescar nos dsdos do boteco e postar, certo! M, deixou pra vcs, matuzas e sábios, os comentários mais esperados, né? Águia, estava sumido, bom tê-lo de volta. Carlos Alberto, sabiamos que ela estava esperando restauração, e que está no Planalto. Acompanhamos seu roteiro, junto com o Jovino e como disse anteriormente, vou postar as imagens que pingaram na caixa postal,é isso!
    abs a todos

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  • 4 de julho de 2009 em 08:33
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    Adriana, tks…jovino, o material que me enviou está guardado, com o combinamos, mas vou pescar nos dsdos do boteco e postar, certo! M, deixou pra vcs, matuzas e sábios, os comentários mais esperados, né? Águia, estava sumido, bom tê-lo de volta. Carlos Alberto, sabiamos que ela estava esperando restauração, e que está no Planalto. Acompanhamos seu roteiro, junto com o Jovino e como disse anteriormente, vou postar as imagens que pingaram na caixa postal,é isso!
    abs a todos

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  • 4 de julho de 2009 em 12:21
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    Adriana, sempre fui admirador do Greco. Tive o prazer de ve-lo atuando como chefe da Equipe mais organizada daquela época, das equipes oficiais de fábrica, na ultima prova da Barra da Tijuca e na Subida de Montanha na Serra Petrópolis/Teresópolis.
    Sonhava em dirigir um amarelinho daqueles sob o comando do grande Greco.

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  • 4 de julho de 2009 em 12:21
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    Adriana, sempre fui admirador do Greco. Tive o prazer de ve-lo atuando como chefe da Equipe mais organizada daquela época, das equipes oficiais de fábrica, na ultima prova da Barra da Tijuca e na Subida de Montanha na Serra Petrópolis/Teresópolis.
    Sonhava em dirigir um amarelinho daqueles sob o comando do grande Greco.

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  • 4 de julho de 2009 em 22:38
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    Sindico:
    Não me canso de elogiar o muito que vc tem feito em prol da nossa memória automobilistica.
    Isso é tão verdade, até pelo comparecimento em peso, dos desbravadores, neste boteco, dando testemunhos, disponibilizando fotos, documentos, filmes e informações que só nos enriquecem.
    Parabéns amigão.
    3ª feira próxima vc não tem desculpa.
    Está intimado.

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  • 4 de julho de 2009 em 22:38
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    Sindico:
    Não me canso de elogiar o muito que vc tem feito em prol da nossa memória automobilistica.
    Isso é tão verdade, até pelo comparecimento em peso, dos desbravadores, neste boteco, dando testemunhos, disponibilizando fotos, documentos, filmes e informações que só nos enriquecem.
    Parabéns amigão.
    3ª feira próxima vc não tem desculpa.
    Está intimado.

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  • 4 de julho de 2009 em 22:46
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    Fritz, que bom vê-lo pelo boteco…se tiver tempo e uma certa dose de paciência, vc precisará de um lençou, porque tem muito mais nos post antigos e quando chegar ao vídeo de uma prova de longa duração em Interlagos (aquela em que o Bird deu um capotão com o Renault R8, lembra) aí vc vai estar passando por uma verdadeira comulus ninbus!
    Regi, é como falei com o Aidar, assim que ele colocou no ar a convocação. Eu trabalho num produto de tiragem semanal e semana que vem temos feriado e talvez tenhamos que adinatar muita coisa, para talvez folgar na sexta, que é o normal. E acho que ele deve estar “baravo” comigo porque reclamei, mas é sempre assim, a nossa vida na mídia, minha e do FG, não é conduzida por nós e sim pelos acontecimentos e não temos horário comercial, como a maioria! Bom, agora volto para meu vinho e o show do Phill Collins in Paris…tremendo!
    abs a todos

    Resposta
  • 4 de julho de 2009 em 22:46
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    Fritz, que bom vê-lo pelo boteco…se tiver tempo e uma certa dose de paciência, vc precisará de um lençou, porque tem muito mais nos post antigos e quando chegar ao vídeo de uma prova de longa duração em Interlagos (aquela em que o Bird deu um capotão com o Renault R8, lembra) aí vc vai estar passando por uma verdadeira comulus ninbus!
    Regi, é como falei com o Aidar, assim que ele colocou no ar a convocação. Eu trabalho num produto de tiragem semanal e semana que vem temos feriado e talvez tenhamos que adinatar muita coisa, para talvez folgar na sexta, que é o normal. E acho que ele deve estar “baravo” comigo porque reclamei, mas é sempre assim, a nossa vida na mídia, minha e do FG, não é conduzida por nós e sim pelos acontecimentos e não temos horário comercial, como a maioria! Bom, agora volto para meu vinho e o show do Phill Collins in Paris…tremendo!
    abs a todos

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  • 5 de julho de 2009 em 14:39
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    Ótimas fotos e algumas inéditas do F3 Gávea.Ao longo de tantas conversas ao longo dos anos e amarração de fatos vou agregar algumas informações adicionais amigo Saloma. Esse monoposto surgiu porque o Greco e o Toni tinham algumas intenções de produzí-lo em série no Brasil e até criar a categoria por aqui;e já sabiam da temporada de F3 na Argentina em 1966 e onde estrearia com provas em BAires e Rosário e precisavam de um grande feito.Praticamente todo o conhecimento de chassis tubular e montagem de monoposto avançado na América do Sul(inclusive dos Crespi Argentinos) começou em cima da Lótus 27 do Uruguaio Albérico Passadore(apelido Beco) que foi adquirido novo e na primeira prova em 1964 em Buenos Aires culminou no acidente fatal do Passadore.Desse Lótus 27 que era um FJúnior avançado(está no acervo do Automóvil Club do Uruguay em Montevideo)nasceu o famoso chassis BECO F3(mesmas medidas mas tubular e não monocoque) no inicio de 1965 no Uruguai mais o fórmula com motor Gordini do Roberto Planella de Livramento RS(está guardado e a família não quis se desfazer ainda) que teve excelentes participações em autódromos Uruguaios em 66/67. Aqui se encontra a origem dos conhecimentos técnicos para a fabricação do F3 Gávea. Havia um intercâmbio do Greco com os Uruguaios e o próprio chassis BECO foi divulgado aqui nas revistas e em detalhes.Acredito que informações européias foram complementares,claro excetuando-se componentes que de lá vieram como freios,câmbio;porque motor e rodas tinham na equipe Willys. O F3 Gávea com pouco teste foi jogado direto na prova de Buenos Aires e claro sem referência inicial com nenhum outro F3 europeu. Se tivesse havido continuidade e com um motor mais forte faria bonito com certeza,mas aí como se sabe a equipe Willys estava terminando.A carroceria é de aluminio(do Beco fibra) e a preciosidade está com o Nasser.

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  • 5 de julho de 2009 em 14:39
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    Ótimas fotos e algumas inéditas do F3 Gávea.Ao longo de tantas conversas ao longo dos anos e amarração de fatos vou agregar algumas informações adicionais amigo Saloma. Esse monoposto surgiu porque o Greco e o Toni tinham algumas intenções de produzí-lo em série no Brasil e até criar a categoria por aqui;e já sabiam da temporada de F3 na Argentina em 1966 e onde estrearia com provas em BAires e Rosário e precisavam de um grande feito.Praticamente todo o conhecimento de chassis tubular e montagem de monoposto avançado na América do Sul(inclusive dos Crespi Argentinos) começou em cima da Lótus 27 do Uruguaio Albérico Passadore(apelido Beco) que foi adquirido novo e na primeira prova em 1964 em Buenos Aires culminou no acidente fatal do Passadore.Desse Lótus 27 que era um FJúnior avançado(está no acervo do Automóvil Club do Uruguay em Montevideo)nasceu o famoso chassis BECO F3(mesmas medidas mas tubular e não monocoque) no inicio de 1965 no Uruguai mais o fórmula com motor Gordini do Roberto Planella de Livramento RS(está guardado e a família não quis se desfazer ainda) que teve excelentes participações em autódromos Uruguaios em 66/67. Aqui se encontra a origem dos conhecimentos técnicos para a fabricação do F3 Gávea. Havia um intercâmbio do Greco com os Uruguaios e o próprio chassis BECO foi divulgado aqui nas revistas e em detalhes.Acredito que informações européias foram complementares,claro excetuando-se componentes que de lá vieram como freios,câmbio;porque motor e rodas tinham na equipe Willys. O F3 Gávea com pouco teste foi jogado direto na prova de Buenos Aires e claro sem referência inicial com nenhum outro F3 europeu. Se tivesse havido continuidade e com um motor mais forte faria bonito com certeza,mas aí como se sabe a equipe Willys estava terminando.A carroceria é de aluminio(do Beco fibra) e a preciosidade está com o Nasser.

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  • 6 de julho de 2009 em 22:35
    Permalink

    Ola Salomão.
    Completando a imformações do meu amigo Trevisan. Ele foi encontrado aqui no Rio de janeiro , pelo Nasser no antigo Drive Inn da Lagoa. La tinha um simulador primitivo, com varias outras encrencas eletronicas. Voce pagava e ficava acelerando e trocando de marcha sem saber que por baixo era o GAVEA. A sorte dele e que o Nasser com seu faro o encontrou. Eu mesmo estive algumas veses nele, estava bem modificado.

    Resposta
  • 6 de julho de 2009 em 22:35
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    Ola Salomão.
    Completando a imformações do meu amigo Trevisan. Ele foi encontrado aqui no Rio de janeiro , pelo Nasser no antigo Drive Inn da Lagoa. La tinha um simulador primitivo, com varias outras encrencas eletronicas. Voce pagava e ficava acelerando e trocando de marcha sem saber que por baixo era o GAVEA. A sorte dele e que o Nasser com seu faro o encontrou. Eu mesmo estive algumas veses nele, estava bem modificado.

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  • 10 de julho de 2009 em 15:34
    Permalink

    Um detalhe interessante é que as mangas e pontas de eixo da suspensão dianteira são as mesmas utilizadas pela Lotus nos Lotus 7, devem ter sido trazidas da Inglaterra pelo Greco. Hoje está faltando a caixa de direção original e o câmbio Hewland. Não está difícil a sua restauração.
    Eu sentei neste carro em Brasília, e impressiona o tamanho do cockpit, meus pés ficam a quase 20 cm dos pedais…

    Resposta
  • 10 de julho de 2009 em 15:34
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    Um detalhe interessante é que as mangas e pontas de eixo da suspensão dianteira são as mesmas utilizadas pela Lotus nos Lotus 7, devem ter sido trazidas da Inglaterra pelo Greco. Hoje está faltando a caixa de direção original e o câmbio Hewland. Não está difícil a sua restauração.
    Eu sentei neste carro em Brasília, e impressiona o tamanho do cockpit, meus pés ficam a quase 20 cm dos pedais…

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  • 10 de julho de 2009 em 15:36
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    Sabe Augusto, foi a mesma sensação que tive ao pilotar o Fitti-V. Os pedais estavam bem mais para frente e tive que deitar um pouco, mas o carrinho é na mão!

    Resposta
  • 10 de julho de 2009 em 15:36
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    Sabe Augusto, foi a mesma sensação que tive ao pilotar o Fitti-V. Os pedais estavam bem mais para frente e tive que deitar um pouco, mas o carrinho é na mão!

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  • 3 de outubro de 2009 em 15:51
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    ola a todos pena que naquela epoca as pessoas nao valorizavamisso no brasil eu era um dos pucos com12 anos idade ja ia na argentina e no uruguy ver corridas de carretteira desde uruguaiana e tambem em porto alegre greco foi um revolucionario o genio do brasil

    temos que fazer um autodromo com seu nome

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  • 3 de outubro de 2009 em 15:51
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    ola a todos pena que naquela epoca as pessoas nao valorizavamisso no brasil eu era um dos pucos com12 anos idade ja ia na argentina e no uruguy ver corridas de carretteira desde uruguaiana e tambem em porto alegre greco foi um revolucionario o genio do brasil

    temos que fazer um autodromo com seu nome

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