DIÁRIOS DO LUCA #1

Compadres hoje iniciámos mais uma etapa da nossa longa jornada, nos bastidores da historia do automobilísmo brasileiro como aconteceu, suas cenas e passagens mais pitorescas, a bordo dos diários de Luca Felipe Vercezi…

A PRIMEIRA FOTO – O INÍCIO DE TUDO…

Saloma e Vicente, a foto que fazia tempo que estava procurando e quem sabe um dia eu consiga organizar meus numeroso arquivos. E depois conto uma boa do Rabo Quente desse mesmo dia, é que é meia comprida.

Essa foto é na freada do S, reparem na sombra, estava amanhecendo e a gente estava chegando de uma volta na pista, que começamos na madruga para não dormirmos.
Imaginem, eu tinha recém feito 14 anos e na minha família sempre gostamos muito de fotografias, tanto que meu pai sempre teve equipamento bom e me incentivava. Eu tinha uma Flika daquelas bem sem vergonha de plástico, mas filme de 12 ela tirava 24 e pra mim era a conta, mas pra fotografar em movimento ficava uma droga, depois eu discutia as fotos com meu pai e assim eu ia aprendendo. Por acaso, uns dias antes, meu pai tinha comprado uma máquina nova e me dado a antiga, não sem antes destrinçar a cartilha. Por fim, depois de longos minutos de sermão ele diz: É melhor você não levar a máquina pra Interlagos, (aquilo foi um balde de água fria) é um equipamento frágil e no primeiro tombo que você levar ela vai pro espaço, ou esquece em algum lugar e perde o que é o pior. Aí você só ganha outra com 30 anos, quando tiver responsabilidade. Aqueles papos de pai e eu disse que não ia levar. Mais tarde pensando melhor…Falei, cacete, agora que tenho um bom equipamento, não posso levar. Fui conversar com os TRUTA, eram dois irmãos, o Alex um ano mais velho e o Décio um ano mais novo que eu e estudávamos na mesma classe da 2ª Série do ginásio e por incrível que pareça, estávamos todos certos, ninguém atrasado nem adiantado, o Alex por ser da última turma obrigado à fazer admissão ao ginásio, eu, certo já sem admissão e o Décio um na frente por ter nascido no primeiro semestre. Aí caímos os três na mesma classe. Dois caras boa gente. Fizemos uma reunião de cúpula e decidimos que eu deveria levar. Mesmo porque, meu pai não proibiu, disse que achava melhor, por causa disso e daquilo, então achei que se eu tivesse cuidado nisso e responsa naquilo, não teria problema. Só que não falei nada, fiquei na minha. Levei as duas pra corrida, aproveitei que meu pai estava fora e não vacilei, a Flika para as fotos paradas e a Kodak Retina para as fotos em movimento, eu me achando já um fotógrafo. O que eu não calculei, foi que como eu não ia levar o flash, só iria fotografar no dia seguinte quando amanhecesse. Muito bem, a largada era meia-noite, acho que nessa época era 10 horas, sei lá, não importa, chegávamos ao autódromo no fim da tarde. Ficamos sapiando, até a largada essa máquina já tava pesando uns 15 kilos, eu tinha me comprometido a não largá-la um instante, pendurei no pescoço, daí um pouco começa a incomodar, põe pro lado a correia é curta, fica embaixo do braço, põe pra traz, parece que tá sendo enforcado, no bolso não cabía. “PQP”… Aquilo virou uma paranóia e o pior era escutar as piadinhas, vai vendo. Aguentei aquêle trambolho a noite inteira, até a volta na pista foi meia boca, só andamos em locais “seguros” pra evitar surpresas desagradáveis.
Moral da história, essa foi a PRIMEIRA foto que fiz com a MINHA Kodak Retina. Já tinha tentado na saída do Sargento, mas o sol dava na cara, aí viemos andando à caminho do Box e fiz essa foto. Tá aí a danada.

Imagens da programação da prova de 1966…

Agora o fim da história da máquina. Meu pai estava em Bicas, uma cidedezinha no interior de Minas a 30 Kms de Juiz de Fora, acompanhando o corte de Eucaliptos na fazenda e era um trampo demorado e tinha que ficar em cima, então ele vinha pouco, mas telefonava direto, e nessa época, só na cidade tinha telefone e mesmo assim os interurbanos eram via telefonista, então ele tinha que ir no posto telefônico na cidade, mas era muito raro ele ligar sexta ou sábado, dizia que congestionavam as linhas e demorava muito. Mas no sábado da corrida, ele não se encomodou com a demora e ligou a noite, pra especular com minha mãe se eu tinha levado a bendita. E os dois também ficaram na dêles. Um tempo depois, ele já estava em casa, eu disse que tinha levado a máquina e mostrei as fotos, ele disse que já sabía e que estava esperando pra ver por quanto tempo eu ia esconder as fotos . Aí ele se enrrolou pra explicar como sabía e acabamos conversando sobre o assunto, contei as histórias da pista, demos boas risada e nos entendemos. E eu aprendí a lição, que em prova longa levar máquina era FRIA. Nunca mais…rsrsrs
Um abração pra vocês,
Luca Felipe Vercezi

Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

22 comentários em “DIÁRIOS DO LUCA #1

  • 14 de dezembro de 2008 em 20:26
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    Saloma…é só no teu blog que a gente mata saudades destes bons tempos…parabéns a vc e todos os colaboradores…

    Abs
    Francisco

    Resposta
  • 14 de dezembro de 2008 em 20:26
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    Saloma…é só no teu blog que a gente mata saudades destes bons tempos…parabéns a vc e todos os colaboradores…

    Abs
    Francisco

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  • 14 de dezembro de 2008 em 22:09
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    Luca, sensacional história de cameras, de fotos, de garotos, de corridas, de saudades, de acertos, de erros, de paixão.
    Repare o que esse “instantâneo”, ou esse “retrato”, ou essa “chapa” significa pra voce… Legal demais.
    E imortalizado agora, antes em suas gavetas e agora aqui, para o mundo ver até o fim dos tempos.
    E nesse seu pedaço de mundo estou eu em algum lugar, lá pros lados da curva 1, encarapitado em cima de um caminhão aos 9 anos de idade, em companhia de vizinhos e amigos ainda vivos, outros tantos mortos, fantasmas que habitam o Templo.
    O Romeu pode ser um desses aí, bem na tomada do S ou perto dali.
    Mas com certeza Bird e Luiz Pereira Bueno aí estavam, claro. Exercendo seu ofício, felizes e cansados como nós na foto.
    E incrível: Os mesmos dois Mestres que ontem e hoje conosco estavam em Interlagos, contando suas histórias.
    Nesse mesmo lugar, nesse mundo em branco e preto que vivemos em cores, nessa pista que tanto amamos.
    Obrigado por partilhar essa sua alegria conosco.
    Maravilhosa imagem, com as sombras longas do mesmo sol que vi nascer hoje no Templo.
    E que vi de cara, contornando essa mesma curva, apontando para o pinheirinho que estava aí na foto, e que hoje só resta o nome.
    O mesmo sol que surgiu no retrovisor, ainda baixo, quando apontei pro bico de pato. E que revi quando iniciei o mergulho.
    Hoje, 2008. O sol de 1966.

    Resposta
  • 14 de dezembro de 2008 em 22:09
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    Luca, sensacional história de cameras, de fotos, de garotos, de corridas, de saudades, de acertos, de erros, de paixão.
    Repare o que esse “instantâneo”, ou esse “retrato”, ou essa “chapa” significa pra voce… Legal demais.
    E imortalizado agora, antes em suas gavetas e agora aqui, para o mundo ver até o fim dos tempos.
    E nesse seu pedaço de mundo estou eu em algum lugar, lá pros lados da curva 1, encarapitado em cima de um caminhão aos 9 anos de idade, em companhia de vizinhos e amigos ainda vivos, outros tantos mortos, fantasmas que habitam o Templo.
    O Romeu pode ser um desses aí, bem na tomada do S ou perto dali.
    Mas com certeza Bird e Luiz Pereira Bueno aí estavam, claro. Exercendo seu ofício, felizes e cansados como nós na foto.
    E incrível: Os mesmos dois Mestres que ontem e hoje conosco estavam em Interlagos, contando suas histórias.
    Nesse mesmo lugar, nesse mundo em branco e preto que vivemos em cores, nessa pista que tanto amamos.
    Obrigado por partilhar essa sua alegria conosco.
    Maravilhosa imagem, com as sombras longas do mesmo sol que vi nascer hoje no Templo.
    E que vi de cara, contornando essa mesma curva, apontando para o pinheirinho que estava aí na foto, e que hoje só resta o nome.
    O mesmo sol que surgiu no retrovisor, ainda baixo, quando apontei pro bico de pato. E que revi quando iniciei o mergulho.
    Hoje, 2008. O sol de 1966.

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  • 14 de dezembro de 2008 em 22:11
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    Foto maravilhosa e gostaria de agradecer pela recordação que proporciona, devo estar nessa foto. Na época tinha 16 anos e fomos com meu primeiro carro, Mercury 1948 Coupê, outros tempos, carta era opcional, hahahahah.
    Parei o Mercury exatamente naquela rua de cima onde tem um Dkw, uma Pick-up e outros. Puxamos uma lona e acampamos.
    A dinâmica das corridas era bem diferente. Chegamos às 10 horas da manhã e foi uma farofa só, tinha até pimentão recheado, frango, as mães faziam o farnel priorizando comida de verdade e se evitando sandubas, nem todo mundo tinha mania de churrasco, para dizer a verdade não lembro de ter visto nenhum. Bebida era só o tal Fogo Paulista e Vodka que era novidade, não era costume tomar cerveja.
    Corrida mesmo só se via de manhã, de noite era farol para todo lado e lampejos de carros, não dava para acompanhar direito, mas ouvíamos a Radio Panamericana no radio do carro em revezamento, o radio de Mercury era a válvulas e acabava com a bateria em meia hora. Alguém sempre tinha um radio Spica e quebrava-se o galho. A corrida, a comida, o Fogo Paulista e a Vodka eram bem melhores que qualquer Rave atual, nem precisava do tal ecstasy. Molecada se diverte com pouco, pena que não tenha mais.

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  • 14 de dezembro de 2008 em 22:11
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    Foto maravilhosa e gostaria de agradecer pela recordação que proporciona, devo estar nessa foto. Na época tinha 16 anos e fomos com meu primeiro carro, Mercury 1948 Coupê, outros tempos, carta era opcional, hahahahah.
    Parei o Mercury exatamente naquela rua de cima onde tem um Dkw, uma Pick-up e outros. Puxamos uma lona e acampamos.
    A dinâmica das corridas era bem diferente. Chegamos às 10 horas da manhã e foi uma farofa só, tinha até pimentão recheado, frango, as mães faziam o farnel priorizando comida de verdade e se evitando sandubas, nem todo mundo tinha mania de churrasco, para dizer a verdade não lembro de ter visto nenhum. Bebida era só o tal Fogo Paulista e Vodka que era novidade, não era costume tomar cerveja.
    Corrida mesmo só se via de manhã, de noite era farol para todo lado e lampejos de carros, não dava para acompanhar direito, mas ouvíamos a Radio Panamericana no radio do carro em revezamento, o radio de Mercury era a válvulas e acabava com a bateria em meia hora. Alguém sempre tinha um radio Spica e quebrava-se o galho. A corrida, a comida, o Fogo Paulista e a Vodka eram bem melhores que qualquer Rave atual, nem precisava do tal ecstasy. Molecada se diverte com pouco, pena que não tenha mais.

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  • 15 de dezembro de 2008 em 08:14
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    CARO LUCA
    BARBARO ESTA SUA FOTO.LEMBRA O REAL INTERLAGOS DOS ANOS 50 e 60.ME RECORDO AMANHECENDO O DIA E COM MINHA VISTA IRRITADA, O CACAIO QUE ESTÁ COM A ALFA ZAGATO( O DA FRENTE NA FOTO) ME DEU UM BELO REBOQUE AMIGO SINALIZANDO E VIRAVAMOS O MESMO TEMPO DE VOLTA.
    O CACAIO CORREU EM DUPLA COM AFONSO GIAFFONE E TIVERAM PROBLEMAS DURANTE A CORRIDA E NAQUELA HORA ELE TAMBÉM FANATICO POR DKWs AJUDOU MESMO.
    O CAMILO COM SUA POSSANTE CARRETEIRA NAQUELA HORA VINHA DESCONTANDO MUITO ESPECIALMENTE QUANDO CLAREOU O DIA.
    OLHANDO A FOTO SINTO SAUDADES DOS MEUS DOIS AMIGOS DOS TEMPOS ROMANTICOS.
    PARABÉNS LUCA

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  • 15 de dezembro de 2008 em 08:14
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    CARO LUCA
    BARBARO ESTA SUA FOTO.LEMBRA O REAL INTERLAGOS DOS ANOS 50 e 60.ME RECORDO AMANHECENDO O DIA E COM MINHA VISTA IRRITADA, O CACAIO QUE ESTÁ COM A ALFA ZAGATO( O DA FRENTE NA FOTO) ME DEU UM BELO REBOQUE AMIGO SINALIZANDO E VIRAVAMOS O MESMO TEMPO DE VOLTA.
    O CACAIO CORREU EM DUPLA COM AFONSO GIAFFONE E TIVERAM PROBLEMAS DURANTE A CORRIDA E NAQUELA HORA ELE TAMBÉM FANATICO POR DKWs AJUDOU MESMO.
    O CAMILO COM SUA POSSANTE CARRETEIRA NAQUELA HORA VINHA DESCONTANDO MUITO ESPECIALMENTE QUANDO CLAREOU O DIA.
    OLHANDO A FOTO SINTO SAUDADES DOS MEUS DOIS AMIGOS DOS TEMPOS ROMANTICOS.
    PARABÉNS LUCA

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  • 15 de dezembro de 2008 em 09:45
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    Luca,
    Relato sensacional. As recomendações de seu pai, experiência que vivo com meus filhos. Foto maravilhosa de meu ídolo de juventude, o Lobo do Canindé e sua lendária carretera 18.
    Um abraço,
    Vicente

    Resposta
  • 15 de dezembro de 2008 em 09:45
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    Luca,
    Relato sensacional. As recomendações de seu pai, experiência que vivo com meus filhos. Foto maravilhosa de meu ídolo de juventude, o Lobo do Canindé e sua lendária carretera 18.
    Um abraço,
    Vicente

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  • 15 de dezembro de 2008 em 16:01
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    Luca, eu acompanhei automobilismo lá por 67 em diante nas ruas de Brasília. Lembro-me, que o meu pai me ameaçava de dar uma surra se eu fugisse para assistir as corridas de rua, principalmente, os mil quilômetros de Brasília que eram realizados à noite, mas eu ia assim mesmo e depois quando ele via que eu tinha retornado bem, acabava por esquecer de suas ameaças.
    A imagem da primeira foto é bem bucólica e que saudades não deve dar para quem vivenciou tudo isto.
    Jovino

    Resposta
  • 15 de dezembro de 2008 em 16:01
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    Luca, eu acompanhei automobilismo lá por 67 em diante nas ruas de Brasília. Lembro-me, que o meu pai me ameaçava de dar uma surra se eu fugisse para assistir as corridas de rua, principalmente, os mil quilômetros de Brasília que eram realizados à noite, mas eu ia assim mesmo e depois quando ele via que eu tinha retornado bem, acabava por esquecer de suas ameaças.
    A imagem da primeira foto é bem bucólica e que saudades não deve dar para quem vivenciou tudo isto.
    Jovino

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  • 15 de dezembro de 2008 em 20:26
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    Muito legal… Esta foto do poster com o circuito antigo de interlagos é muito bonito. No filme RC a 300 km por hora o personagen do rei, Lalo, usa um igual pra memorizar o circuito para a competição da copa Brasil… Muito lindo.

    Resposta
  • 15 de dezembro de 2008 em 20:26
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    Muito legal… Esta foto do poster com o circuito antigo de interlagos é muito bonito. No filme RC a 300 km por hora o personagen do rei, Lalo, usa um igual pra memorizar o circuito para a competição da copa Brasil… Muito lindo.

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  • 15 de dezembro de 2008 em 21:58
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    Não é apenas uma questão de saudade de um tempo bom que não volta mais.
    Acho que perdemos alguma coisa nesse intervalo e duvido que se recupere.
    Independente das corridas serem boas ou não, o automobilismo era uma festa, era parte da vida da molecada, qualquer corrida era um acontecimento importante.
    Nesses mais de 40 anos, os carros melhoraram, ganhou-se mais dinheiro, tudo ficou mais sofisticado, mas o que aconteceu?
    Nada, o automobilismo virou um esporte de velhos, exatamente esses caras que estão na foto que um dia tiveram 15/16 anos e que continuam a frequentar buscando o passado, não houve renovação.
    Lamentavelmente, a conclusão que se chega é simples, o automobilismo durante anos foi mal dirigido e fracassou na atração de novas gerações que acabaram indo para tunning, arrancada ou bailar nas raves da vida.
    Não é apenas uma questão de se criticar esse ou aquele, o modelo de negócios é que está errado há décadas, a arrecadação é baseada em inscrições e carteirinhas, as corridas viraram um fim em si mesmo e esqueceram de agradar o público.
    Essa foto é o retrato do fracasso.

    Resposta
  • 15 de dezembro de 2008 em 21:58
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    Não é apenas uma questão de saudade de um tempo bom que não volta mais.
    Acho que perdemos alguma coisa nesse intervalo e duvido que se recupere.
    Independente das corridas serem boas ou não, o automobilismo era uma festa, era parte da vida da molecada, qualquer corrida era um acontecimento importante.
    Nesses mais de 40 anos, os carros melhoraram, ganhou-se mais dinheiro, tudo ficou mais sofisticado, mas o que aconteceu?
    Nada, o automobilismo virou um esporte de velhos, exatamente esses caras que estão na foto que um dia tiveram 15/16 anos e que continuam a frequentar buscando o passado, não houve renovação.
    Lamentavelmente, a conclusão que se chega é simples, o automobilismo durante anos foi mal dirigido e fracassou na atração de novas gerações que acabaram indo para tunning, arrancada ou bailar nas raves da vida.
    Não é apenas uma questão de se criticar esse ou aquele, o modelo de negócios é que está errado há décadas, a arrecadação é baseada em inscrições e carteirinhas, as corridas viraram um fim em si mesmo e esqueceram de agradar o público.
    Essa foto é o retrato do fracasso.

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  • 15 de dezembro de 2008 em 23:38
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    Genial a foto.
    Tempo bom, não volta mais…
    O Cerega e o Zullino já relataram muito bem o que era a época, os carros, as corridas e os frequentadores do Templo.
    Quando eu vejo essas fotos acabo me vendo ali, na minha “cadeira cativa” no final do “S” entrada para o Pinheirinho.
    Nessa Mil Milhas a minha habilitação não era mais opcional, tinha acabado de fazer 18.
    Um Dauphine 63 estacionado com os comes e bebes e aquela vontade louca de ovir aqueles roncos e sentir aquele cheiro de combustivel, aditiviso (oleio de ricino) e borracha.
    Emoção pura.
    Luca voce ainda mata os véio…mas pode mandar mais.

    Resposta
  • 15 de dezembro de 2008 em 23:38
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    Genial a foto.
    Tempo bom, não volta mais…
    O Cerega e o Zullino já relataram muito bem o que era a época, os carros, as corridas e os frequentadores do Templo.
    Quando eu vejo essas fotos acabo me vendo ali, na minha “cadeira cativa” no final do “S” entrada para o Pinheirinho.
    Nessa Mil Milhas a minha habilitação não era mais opcional, tinha acabado de fazer 18.
    Um Dauphine 63 estacionado com os comes e bebes e aquela vontade louca de ovir aqueles roncos e sentir aquele cheiro de combustivel, aditiviso (oleio de ricino) e borracha.
    Emoção pura.
    Luca voce ainda mata os véio…mas pode mandar mais.

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  • 16 de dezembro de 2008 em 09:22
    Permalink

    Zullino:
    Concordo em gênero, número e grau.
    Com oito campeonatos mundiais de F1, não vai ninguém assistir corridas. E no mesmo sábado, ao final de um dia inteiro se utilizando o equipamrento público (autódromo) para seu real uso (corridas) o que acontece?
    Centenas de carro de arrancada invadem um lugar inadequado, não plano e curvo, trazendo a reboque perto de 10.000 jovens enlouquecidos, incendiados por um locutor que mal sabe ler, afogados na cerveja da moda e urrando nas arquibancadas como se fosse uma luta de box.
    Sinceramente, nada contra dragsters, aceleração brutal, preparações sofisticadas e festa. É que a paixão mudou de direção e ninguem se preocupou, apenas pegou o novo bonde da moda pra fazer dinheiro.
    Essa incompetencia generalizada e históricamente documentada dos dirigentes provam apenas o seguinte: Deixaram o automobilismo morrer, mas os mesmos de sempre continuam a fazer uma fortuna.
    Quem são mesmos os donos dos tais arrancadões?
    Pois é… 10.000 saem felizes e meia dúzia pouco mais ricos.
    Quando alguem diz textualmente em revistas chapa-branca e sites da federação que “Desde o início deixou claro que entrava no automobilismo de competição não por ser um apaixonado pelo esporte, mas visando dele obter um meio de vida…”
    Taí o resultado. Isso não pode continuar.

    Resposta
  • 16 de dezembro de 2008 em 09:22
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    Zullino:
    Concordo em gênero, número e grau.
    Com oito campeonatos mundiais de F1, não vai ninguém assistir corridas. E no mesmo sábado, ao final de um dia inteiro se utilizando o equipamrento público (autódromo) para seu real uso (corridas) o que acontece?
    Centenas de carro de arrancada invadem um lugar inadequado, não plano e curvo, trazendo a reboque perto de 10.000 jovens enlouquecidos, incendiados por um locutor que mal sabe ler, afogados na cerveja da moda e urrando nas arquibancadas como se fosse uma luta de box.
    Sinceramente, nada contra dragsters, aceleração brutal, preparações sofisticadas e festa. É que a paixão mudou de direção e ninguem se preocupou, apenas pegou o novo bonde da moda pra fazer dinheiro.
    Essa incompetencia generalizada e históricamente documentada dos dirigentes provam apenas o seguinte: Deixaram o automobilismo morrer, mas os mesmos de sempre continuam a fazer uma fortuna.
    Quem são mesmos os donos dos tais arrancadões?
    Pois é… 10.000 saem felizes e meia dúzia pouco mais ricos.
    Quando alguem diz textualmente em revistas chapa-branca e sites da federação que “Desde o início deixou claro que entrava no automobilismo de competição não por ser um apaixonado pelo esporte, mas visando dele obter um meio de vida…”
    Taí o resultado. Isso não pode continuar.

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