"UMAS & OUTRAS", #28

A épica Mil Milhas de 1966

No momento em que a prova Mil Milhas Brasileiras encontra-se em completa indefinição com relação à sua formatação, poucos hoje se dão conta da importância que esta corrida já representou no Brasil.
Criada em 1956 pelo radialista Wilson Fittipaldi, o Barão e Eloy Gogliano, presidente do Centauro Motor Clube, as Mil Milhas rapidamente se transformou na mais importante corrida de automóveis no País, uma vez que, ainda nos anos 50, com exceção de uma 24 Horas de Interlagos em 1951 para carros Mercedes Benz, não havia tradição de corridas longas no Brasil.
Na realidade, quando de sua primeira edição Wilson Fittipaldi teve que ir ao sul do país convidar gaúchos, paranaenses e catarinenses e suas já conhecidas carreteras em face da resistência dos pilotos paulistas e cariocas em participar de corrida tão longa.
Justificável até, pois até então corridas de automóveis no Sudeste eram disputadas principalmente por carros esporte bipostos importados, charutinhos de Mecânica Nacional, ou alguns carros de turismo modificados enquadrados como Força Livre.
O fato é que os sulistas compareceram quase em massa e o resultado desta adesão de primeira hora é que os gaúchos dominaram as primeiras edições com Catarino Andreatta e Breno Fornari venceram em 1956, 58 e 1959 com a famosa carretera Ford Número 2.
Os também gaúchos Aristides Bertuol e Orlando Menegaz venceram em 1957, já ensaiando uma feroz rivalidade entre São Paulo e Rio Grande do Sul pela hegemonia das Mil Milhas e, conseqüentemente, do automobilismo nacional.
Os pilotos paulistas tiveram um pequeno alento com a vitória do FNM-JK de Chico Landi e Christian “Bino” Heins em 1960, mas no ano seguinte os gaúchos vencem novamente com Orlando Menegaz e Ítalo Bertão, ao volante de uma carretera Chevrolet.
Vencer as Mil Milhas tornou-se então o objetivo maior de toda equipe ou qualquer piloto independente, pois, à exceção da vitória do FNM oficial de Landi/Heins em 1960, a corrida era domínio quase exclusivo das robustas e velozes carreteras.
A prova sofreu um hiato de três anos devido a problemas financeiros mas retornou com toda a força em 1965 quando uma quase desconhecida dupla do bairro paulistano do Tatuapé, Justino de Maio e Vittorio Azzalin, correndo na base de muita regularidade , venceram a edição deste ano a bordo de uma carretera Chevrolet Corvette.
Em 1966 a situação do automobilismo nacional começava a mudar drasticamente. As equipes de fábricas nacionais se retiravam das competições, só restando ainda a Simca (fecharia no meio do ano) e a DKW-Vemag que estava em negociações de venda para a VW, portanto desinteressada em competições. A única equipe ainda oficial era a Willys, este ano correndo com os Alpine Renault homologados como protótipos.
Começava ali o reinado das equipes independentes que sustentariam o automobilismo nacional até 1973, quando as fábricas retornariam por intermédio da recém criada Divisão Um.

A variada lista de inscritos

Assim, uma rápida visita à lista de inscritos denotava a enorme diversidade de carros participantes. A grande surpresa era a Equipe Dacon que apresentaria quatro carros.

Todos portando novas carrocerias de fibra de vidro, sendo dois com motor Porsche 2 litros para Wilson Fittipaldi Jr/Ludovino Perez e José Carlos Pace/Totó Porto. Dois outros Karman-Ghia com motores VW 1600 cc foram inscritos para as duplas Chiquinho Lameirão/Anísio Campos e Rodolfo Olival Costa/Lian Duarte.
A Equipe Willys trouxe seus Alpine-Renault 1300 cc – inscritos como protótipos Willys – para seus tradicionais pilotos Luis Pereira Bueno/Luis Fernando Terra Smith e Bird Clemente/Carol Figueiredo.
Outra força era a recém formada Equipe Brasil, uma cooperativa de carros e ex-pilotos remanescentes da antiga Equipe Vemag, que trazia quatro DKW-Malzoni para as duplas paulistas Marinho Camargo/Eduardo Scurachio, Jan Balder/Emerson Fittipaldi e os cariocas Norman Casari/Carlos Rrymá e a carretera Mickey Mouse para Volante 13 (Flodoaldo Arouca) e Roberto Dal Pont.
Já demonstrando ser uma grande força em corridas longas vinha também a equipe Jolly-Gancia com duas Alfas Romeo TI Super para as duplas Emilio Zambello/Piero Gancia, Jaime Pistilli/Leonardo Campana e a Alfa Zagatto para Afonso Giaffone/Joaquim Carlos “Cacaio” de Mattos.
No capítulo carreteras apresentavam-se como reais candidatas a renovada Chevrolet Corvette de Camilo Christófaro/Eduardo Celidônio – totalmente remodelada após sério acidente sofrido por Camilo na prova Rodovia do Xisto no início do ano – Vittorio Azzalin/Expedito Marazzi (Chevrolet Corvette), Bica Votnamis/Caetano Damiani (Chevy-Corvette), Nelson Marcilio/Donato Malzoni (carretera Ford) ou a Carretera-Simca de Jaime Silva/Toco Martins.

O restante dos inscritos era uma infinidade de DKWs, Simcas, Renaults 1093, berlinetas Interlagos, FNM-JK e um ou outro Malzoni particular,

Corrida Milionária

Como curiosidade, 32 milhões de cruzeiros (a moeda da época) foram disponibilizados a título de prêmios, contemplando 7 milhões para o primeiro colocado, 3 milhões para o segundo, um milhão para o terceiro, 800 mil para o quarto, 700 mil para o quinto; o sexto lugar levava 600 mil, o sétimo 500 mil e os classificados em oitavo, nono e décima ganhavam 400 mil cada um.
Havia ainda prêmios para os cinco primeiros colocados nas categorias Turismo, Força Livre e Carreteras, respectivamente 3 milhões, um milhão, 500 mil, 400 mil e 300 mil.

Inicia a batalha

Deste modo, às 22:30 horas do dia 19 de novembro de 1966, os carros alinhavam para a largada no estilo Le Mans da mais eletrizante Mil Milhas disputadas até então.
Na pole, Wilsinho Fittipaldi e seu KG-Porsche 2 litros, seguido pelo Alpine-Renault de Luisinho, a carretera 18 de Camilão e o primeiro Malzoni, o de Marinho/Scuracchio completando os quatro primeiros lugares.
Um público calculado em 100 mil pessoas desde cedo lotara as precaríssimas instalações de Interlagos e a discussão que se seguira na semana anterior foi sobre a falta de um muro externo, o que facilitava sobremaneira a ação dos “penetras”.
Outra reclamação pertinente era a dos pilotos sobre o péssimo estado da pista, cheia de buracos e pedras e a presença de animais ao longo da pista.

Dado o tiro de largada, 41 carros lançavam-se noite adentro em busca de completar as 201 voltas protocolares pelos 7.960 metros do antigo circuito de Interlagos.
À sua frente, buracos, pedras, a escuridão da noite e a temida neblina que se abatia nas madrugadas paulistas eram os principais adversários.
Três deles já ficavam para trás na largada, os Malzoni-DKW de Jan Balder, Norman Casari e Marinho Camargo com os motores engasopados, levando a equipe ao desespero. Após perderem respectivamente uma e três voltas, iniciavam com atraso a lenta recuperação no meio da noite.
As Alpine-Renault se deram melhor na largada com Luisinho e Bird Clemente ocupando as duas primeiras posições, seguidos por Wilsinho e Camilo Christófaro. Já no final da primeira volta, um furioso Camilo ocupava a segunda colocação, deixando Wilsinho e Bird para trás.
Na terceira volta Camilo já ocupava a liderança, seguido por Wilsinho, José Carlos Pace e Luisinho. A liderança vai se alternando nas mãos destes quatro pilotos que imprimem um ritmo infernal á corrida, tanto que já na décima volta levavam uma vantagem de uma volta sobre os demais competidores.
Na 19ª. Volta Camilo é obrigado a uma parada extra nos boxes, por problemas elétricos em três dos seus quatro faróis e, como demorou par atender à solicitação dos comissários, foi punido em mais duas voltas. A corrida de Camilão começava a ficar comprometida.
A liderança cai nas mãos de José Carlos Pace e seu KG-Porsche até cedê-la na 31a. volta para Luisinho e seu Alpine-Renault, devido a um pneu furado. Este, por sua vez, é sobrepujado nove voltas depois por Wilsinho Fittipaldi que somente lidera por duas voltas, tendo que parar nos boxes por quebra do cabo da embreagem.
A pista ensaboada e cheia de pedras começa a cobrar seu tributo, com vários carros tendo problemas de quebra de pára-brisas e furos de pneus.
Luisinho retorna à liderança aí ficando até o meio da madrugada, seguido por Camilo em impressionante recuperação, Carlos Pace, Emerson Fittipaldi, Piero Gancia, Carlos Erymá e Marinho.
Os Malzoni-DKW, apesar do fiasco inicial, começavam a galgar posições confiando num ritmo regular e seguro.

Problemas na madrugada

Bird abandona com um furo de cárter provocado por uma pedra e Luisinho começa a ter problemas com a manga-de-eixo do Alpine, tendo que trocá-la por três vezes até o final.
A carretera 18 também teve seus problemas: por volta das quatro da manhã, Celidônio parou na saída da Ferradura em pane seca e depois Camilo teve que parar nos boxes para trocar as pastilhas de freio, vítimas do train violento imposto pelos dois pilotos.
O atraso da carretera 18 deixou a liderança da corrida entre o KG-Porsche da Dacon de Môco/Totó Porto e o Malzoni de Emerson/Jan Balder, estes mais folgados depois dos sucessivos problemas de Wilsinho Fittipaldi com o cabo do acelerador.
Às sete da manhã, Emerson/Balder lideravam mas acossados por Carlos Pace/Totó Porto. Emilio Zambello sofre um acidente com a Alfa Giulia TI devido à quebra do banco do piloto e o Malzoni 76 de Zé Luis/Xavante pega fogo nos boxes.
O KG-Porsche de Môco/Totó Porto liderava por volta das 11:30 da manhã e já se considerava o virtual campeão pois faltando apenas 17 voltas para o final levava uma vantagem de uma volta sobre os garotos Emerson Fittipaldi/Jan Balder.
Mas a sorte virou em favor da equipe Brasil quando o KG-Porsche da Dacon parou na saída da Ferradura.

Com a barra de direção quebrada, mais uma vítima dos buracos de Interlagos e nos boxes.

A liderança cai agora nas mãos do Malzoni causando grande alegria nos boxes da equipe Brasil. Tudo se desenhava para a primeira grande vitória do Malzoni-DKW que ocupava no momento os três primeiros lugares, quando a maré virou novamente.
O público, eletrizado, acompanhava as alterações na classificação e a luta dos garotos para permanecerem na liderança.

O dia do Lobo

Com quatro voltas de vantagem sobre a carretera 18 que ocupava então a quarta posição atrás dos outros dois Malzoni de marinho/Scurachio e Casari/Erymá, a conquista da equipe Brasil parecia certa.

Mais uma nova reviravolta, andando muito rápido Celidônio desconta a diferença e ultrapassa os dois Malzoni, chegando á segunda posição.
Rápidos cálculos são feitos e com cinco voltas para o final, mesmo descontando 20 segundos por vez, seria impossível para a carretera tomar a liderança.
Aí bateu o maior azar, Balder passa somente em dois cilindros, parando nos boxes. Uma rápida avaliação e o carro volta à pista, arrastando-se.
Um final inglório para uma dupla que havia lutado tanto, sendo ainda ultrapassada pelo carro de Marinho, conquistando o terceiro lugar.
Na penúltima volta, mais um drama: pelas contas da equipe Lobo não haveria combustível suficiente para completar a prova; Camilo ainda considera um rápido splash-and-go e troca de pilotos, mas aí seria tentar demais contra a sorte.

Arriscaram e ganharam a mais disputada e eletrizante Mil Milhas até então realizada.

E a dor da Equipe Brasil/Vemag.

O pódio das Mil Milhas de 1966.


Joaquim, Joca, ou “Anexo J” do Boteco do Saloma, ex-comissário desportivo da FIA, foi fundador, presidente e diretor técnico de kart clube, rali, arrancada e dirigente de federação de automobilismo.Titular da coluna “Umas&Outras”.
(reprodução/O Estado de São Paulo)

Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

104 comentários em “"UMAS & OUTRAS", #28

  • 22 de setembro de 2008 em 09:41
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    Apesar do azar da equipe Brasil, o Camilo mereceu a vitória por tudo que ele fez pelo automobilismo.

    Além disso, por tudo que aconteceu, essa vitória entrou para a história do automobilismo nacional.

    Resposta
  • 22 de setembro de 2008 em 09:41
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    Apesar do azar da equipe Brasil, o Camilo mereceu a vitória por tudo que ele fez pelo automobilismo.

    Além disso, por tudo que aconteceu, essa vitória entrou para a história do automobilismo nacional.

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  • 22 de setembro de 2008 em 10:59
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    Joaquim
    Parabéns pelo texto magnífico.
    Eu que era fã de carteirinha do Camillo, acredito que estava escrito há milênios que aquela corrida seria do lendário Lobo do Canindé, e sua carretera Corvette, cujo ronco ainda guardo na memória rasgando a noite em Interlagos, estremecendo o ar quando passava na reta dos boxes, levando ao delírio seus fãs. A se ver todos os infortúnios que teve durante a prova, os deuses do automobilismo não poderiam negar a bandeira quadriculada em primeiro lugar para a dupla Camillo-Celidônio.
    Lendo esse texto magnífico, viajei no tempo. Rolou muita saudade.

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  • 22 de setembro de 2008 em 10:59
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    Joaquim
    Parabéns pelo texto magnífico.
    Eu que era fã de carteirinha do Camillo, acredito que estava escrito há milênios que aquela corrida seria do lendário Lobo do Canindé, e sua carretera Corvette, cujo ronco ainda guardo na memória rasgando a noite em Interlagos, estremecendo o ar quando passava na reta dos boxes, levando ao delírio seus fãs. A se ver todos os infortúnios que teve durante a prova, os deuses do automobilismo não poderiam negar a bandeira quadriculada em primeiro lugar para a dupla Camillo-Celidônio.
    Lendo esse texto magnífico, viajei no tempo. Rolou muita saudade.

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  • 22 de setembro de 2008 em 11:02
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    Lindo relato, Mestre Joa.
    A história dessa corrida mítica é coisa de cinema mesmo.
    Maravilhosa foto do Grande Emerson chorando, ao 18 anos de idade.
    Seria verdade a frase dita pelo Camilão no podium aos chorosos Emerson e Jan – “Não chorem, voces terão ainda muitas vitórias…”?

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  • 22 de setembro de 2008 em 11:02
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    Lindo relato, Mestre Joa.
    A história dessa corrida mítica é coisa de cinema mesmo.
    Maravilhosa foto do Grande Emerson chorando, ao 18 anos de idade.
    Seria verdade a frase dita pelo Camilão no podium aos chorosos Emerson e Jan – “Não chorem, voces terão ainda muitas vitórias…”?

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  • 22 de setembro de 2008 em 11:39
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    Grande Joaquim, é isso aí! Mil Milhas de Histórias. Abs.

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  • 22 de setembro de 2008 em 11:39
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    Grande Joaquim, é isso aí! Mil Milhas de Histórias. Abs.

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  • 22 de setembro de 2008 em 12:55
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    Não sou dessa época. Mas fico imaginando a dificuldade que era. Pista esburacada, carros sem tecnologia e mecânicos e pilotos com um pé e meio no amadorismo. Quanto improviso e quantas surpresas!

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  • 22 de setembro de 2008 em 12:55
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    Não sou dessa época. Mas fico imaginando a dificuldade que era. Pista esburacada, carros sem tecnologia e mecânicos e pilotos com um pé e meio no amadorismo. Quanto improviso e quantas surpresas!

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  • 22 de setembro de 2008 em 13:34
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    Segundo informações do Jan Balder, em algums relatos que deu sobre a sobre a corrida, O Camilo, com medo de ficar sem gasolina na última volta (o que já o vitimara antes) fez sim uma última parada para abastecer, e saiu dos boxes quando o Malzoni apontava na reta…Mas rateando, não deu para Jan Balder fazer muita coisa, sendo ultrapassado também pelo Marinho. No dia seguinte, na MM, o Crispin descobriu o defeito: Um simplório condensador havia tirado a vitória da Equipe Brasil. Ligado o condensador reserva, o Malzoni 07 rodou com o motor limpinho nas redondezas da MM… Restou a “vitória moral” para a Equipe Brasil, e a vitória real (merecida) para o Camilão. Talvez tenha sido a melhor corrida brasileira de todos os tempos.

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  • 22 de setembro de 2008 em 13:34
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    Segundo informações do Jan Balder, em algums relatos que deu sobre a sobre a corrida, O Camilo, com medo de ficar sem gasolina na última volta (o que já o vitimara antes) fez sim uma última parada para abastecer, e saiu dos boxes quando o Malzoni apontava na reta…Mas rateando, não deu para Jan Balder fazer muita coisa, sendo ultrapassado também pelo Marinho. No dia seguinte, na MM, o Crispin descobriu o defeito: Um simplório condensador havia tirado a vitória da Equipe Brasil. Ligado o condensador reserva, o Malzoni 07 rodou com o motor limpinho nas redondezas da MM… Restou a “vitória moral” para a Equipe Brasil, e a vitória real (merecida) para o Camilão. Talvez tenha sido a melhor corrida brasileira de todos os tempos.

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  • 22 de setembro de 2008 em 14:13
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    Joaquim,
    Acredito que estas mil milhas de 66 tenha sido a melhor de todos os tempos mesmo, pois sempre ouvi falar desta prova e o desespero do Emerson e o Balder a bordo do Malzoni.
    Impressionante como correr naquela época era se aventurar de verdade com a pista cheia de buracos, pedras e animais, mesmo sendo um autódromo, mas que as condições precárias, pareciam que estavam em pista de rua.
    As fotos dos jornais da época e as molduras antigas as contornando mais o seu relato nos faz viajar no tempo.
    Parabens pela matéria.
    Jovino

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  • 22 de setembro de 2008 em 14:13
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    Joaquim,
    Acredito que estas mil milhas de 66 tenha sido a melhor de todos os tempos mesmo, pois sempre ouvi falar desta prova e o desespero do Emerson e o Balder a bordo do Malzoni.
    Impressionante como correr naquela época era se aventurar de verdade com a pista cheia de buracos, pedras e animais, mesmo sendo um autódromo, mas que as condições precárias, pareciam que estavam em pista de rua.
    As fotos dos jornais da época e as molduras antigas as contornando mais o seu relato nos faz viajar no tempo.
    Parabens pela matéria.
    Jovino

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  • 22 de setembro de 2008 em 15:21
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    Eric, foi o fio do Condensador mesmo. O Joaquim me contou esta história, inclusive que o Jan estava virando em torno de 4:05, e Celidônio em 3:55. O Jan administrando legal pela vantagem, até que…….!
    E saber que todos reclamando do piso da pista, e uma semana antes, o Luisinho Pereira Bueno correu e ganhou as 12 horas de Lajes em Santa Catarina. Alguém imagina o piso de Lales.?

    Resposta
  • 22 de setembro de 2008 em 15:21
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    Eric, foi o fio do Condensador mesmo. O Joaquim me contou esta história, inclusive que o Jan estava virando em torno de 4:05, e Celidônio em 3:55. O Jan administrando legal pela vantagem, até que…….!
    E saber que todos reclamando do piso da pista, e uma semana antes, o Luisinho Pereira Bueno correu e ganhou as 12 horas de Lajes em Santa Catarina. Alguém imagina o piso de Lales.?

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  • 22 de setembro de 2008 em 15:26
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    Dú…paralelepípedo pra ningém colocar defeito! E tinha uns compadres de Lajes que sabiam arrepiar bem no circuito da cidade.
    Um corria de DKW e o outro de Simca

    Resposta
  • 22 de setembro de 2008 em 15:26
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    Dú…paralelepípedo pra ningém colocar defeito! E tinha uns compadres de Lajes que sabiam arrepiar bem no circuito da cidade.
    Um corria de DKW e o outro de Simca

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  • 22 de setembro de 2008 em 16:00
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    Valeu, pessoal…

    Antes que eu me esqueça, meus agradecimentos ao Dú Cardim pelo acesso às informações de seu precioso arquivo.Sem ele, esta coluna teria sido impossível.
    Valeu, brother, é nóis na fita…

    Resposta
  • 22 de setembro de 2008 em 16:00
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    Valeu, pessoal…

    Antes que eu me esqueça, meus agradecimentos ao Dú Cardim pelo acesso às informações de seu precioso arquivo.Sem ele, esta coluna teria sido impossível.
    Valeu, brother, é nóis na fita…

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  • 22 de setembro de 2008 em 18:19
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    Parabéns Joaquim! Me senti lendo a Autoesporte do tempo do Mauro Forjaz. Minha primeira Mil Milhas foi aquela da Ferrari 512 dos italianos. Ô friaca danada! Não tem muito a ver com o tópico, mas no Rally de Teresóopolis, aqui no Rio, apareceu mais um KG-Dacon (parece que dão cria). Alguém sabe a história dele?

    Resposta
  • 22 de setembro de 2008 em 18:19
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    Parabéns Joaquim! Me senti lendo a Autoesporte do tempo do Mauro Forjaz. Minha primeira Mil Milhas foi aquela da Ferrari 512 dos italianos. Ô friaca danada! Não tem muito a ver com o tópico, mas no Rally de Teresóopolis, aqui no Rio, apareceu mais um KG-Dacon (parece que dão cria). Alguém sabe a história dele?

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  • 22 de setembro de 2008 em 18:57
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    Nessa excelente narrativa , fiquei refletindo o fato dos Malzoni,Alpine e KG Porsche andarem junto e disputarem com a diabólica carretera do Camillo!!! Essa carretera era o cão e andava uma enormidade.Em Curitiba já em 1970 digladiou com a Porsche 910 do Olivetti,passando na reta e perdendo no miolo durante quase toda a prova.Credo! Não poderia ter melhor referência para saber como eram rápidos esses carros de equipes.

    Resposta
  • 22 de setembro de 2008 em 18:57
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    Nessa excelente narrativa , fiquei refletindo o fato dos Malzoni,Alpine e KG Porsche andarem junto e disputarem com a diabólica carretera do Camillo!!! Essa carretera era o cão e andava uma enormidade.Em Curitiba já em 1970 digladiou com a Porsche 910 do Olivetti,passando na reta e perdendo no miolo durante quase toda a prova.Credo! Não poderia ter melhor referência para saber como eram rápidos esses carros de equipes.

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  • 22 de setembro de 2008 em 19:55
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    Joaquim,
    Faltou relatar que quando a carretera 18 parou no box para o splash-and-go, o motor Corvette custou a pegar.

    Cesar,
    O KG-Porsche que estava em Teresópolis não é réplica não, é autêntico. Estava na oficina do Marco Antonio em Jacarepaguá quando foi adquirido pelos irmãos Guilherme e Mauricio Marx.

    Resposta
  • 22 de setembro de 2008 em 19:55
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    Joaquim,
    Faltou relatar que quando a carretera 18 parou no box para o splash-and-go, o motor Corvette custou a pegar.

    Cesar,
    O KG-Porsche que estava em Teresópolis não é réplica não, é autêntico. Estava na oficina do Marco Antonio em Jacarepaguá quando foi adquirido pelos irmãos Guilherme e Mauricio Marx.

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  • 22 de setembro de 2008 em 20:15
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    Mais uma vez Mestre Joaquim nos brinda com um maravilhoso texto. Obrigado, abraços, fred.

    Resposta
  • 22 de setembro de 2008 em 20:15
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    Mais uma vez Mestre Joaquim nos brinda com um maravilhoso texto. Obrigado, abraços, fred.

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  • 22 de setembro de 2008 em 22:25
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    Pô Saloma seria uma eresía dizer que vivemos algo de igual teor mas parecido podemos sim, pois se tivemos a mesma sensação dos dkwveseiros omelete e ratinho só deus sabe mas recordo da primeira laragada da históric racing cars onde tinha no grid malzoni pumas dkws berlinetas fuscas mileduque dkws carreteras pacas e carros convidados que na época eram proibidos de correr pois não se tinha uma categoría que pudessem participar como os carros do Finoti lembra ? mas isto é outra história o que vale mesmo é lembrarmos que eu falava à vc cuidado na largada a barata esgasópa pra caramba fica esperto e pra piorar fazia um dia de calor daqueles e ainda mais a direção de provas sempre competente atrasou em cinco minutos a largada e todo mundo com os motores ligados e eu dentro do meu deca pensava se alguem deixar morrer a casa cai e como se fosse algo inimaginavel vc e outro decaveseiro desligaram os motores e então veio a placa de um minuto e eu ouvia vcs dando partida e os carrinhos nada cem por cento entupidos de gasolina deram a largada e eu fui embora muito triste mas tinha que ir precisava salvar a pátria mas pra minha alegria logo depois vcs largam e os carrinhos deram show foi muito bom ver vc dirigindo um dkw na pista fiquei muito feliz e acredito que vc tambem ( mas eu te avisei a bagaça engasópa ahahahahah)

    Resposta
  • 22 de setembro de 2008 em 22:25
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    Pô Saloma seria uma eresía dizer que vivemos algo de igual teor mas parecido podemos sim, pois se tivemos a mesma sensação dos dkwveseiros omelete e ratinho só deus sabe mas recordo da primeira laragada da históric racing cars onde tinha no grid malzoni pumas dkws berlinetas fuscas mileduque dkws carreteras pacas e carros convidados que na época eram proibidos de correr pois não se tinha uma categoría que pudessem participar como os carros do Finoti lembra ? mas isto é outra história o que vale mesmo é lembrarmos que eu falava à vc cuidado na largada a barata esgasópa pra caramba fica esperto e pra piorar fazia um dia de calor daqueles e ainda mais a direção de provas sempre competente atrasou em cinco minutos a largada e todo mundo com os motores ligados e eu dentro do meu deca pensava se alguem deixar morrer a casa cai e como se fosse algo inimaginavel vc e outro decaveseiro desligaram os motores e então veio a placa de um minuto e eu ouvia vcs dando partida e os carrinhos nada cem por cento entupidos de gasolina deram a largada e eu fui embora muito triste mas tinha que ir precisava salvar a pátria mas pra minha alegria logo depois vcs largam e os carrinhos deram show foi muito bom ver vc dirigindo um dkw na pista fiquei muito feliz e acredito que vc tambem ( mas eu te avisei a bagaça engasópa ahahahahah)

    Resposta
  • 22 de setembro de 2008 em 23:12
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    Eu tava lá. Pulando o muro e tudo mais.
    Não dá pra esquecer, e esse sem vergonha do Joaquim, arrancando lágrimas da gente… Lindo .
    O baú da nona começou a render hein Dú?

    Ai ai ai.. o que será que tem ainda pra nós …

    Resposta
  • 22 de setembro de 2008 em 23:12
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    Eu tava lá. Pulando o muro e tudo mais.
    Não dá pra esquecer, e esse sem vergonha do Joaquim, arrancando lágrimas da gente… Lindo .
    O baú da nona começou a render hein Dú?

    Ai ai ai.. o que será que tem ainda pra nós …

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 00:28
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    Valeu Mestre Joa! Como é bom ler esses relatos dos bons tempos desse automobilismo, feito na raça, no improviso, nas dificuldades, na falta de recursos e de equipamentos.
    O Zullino tambem fez um belo resumo dos acontecimentos, das maneiras como se chegava e como asistiamos as corridas no Templo.
    Essa Mil Milhas de 66 marcou a todos, com seu desfecho cheio de alternativas, e resolvido somente nas ultimas voltas, coisas não muito normais para uma prova de longa duração.
    Quem assistiu a essa corrida, foi premiado, torceu, vibrou, chorou e comemorou.
    Quem estava lá com certeza saiu feliz, pois ao mesmo tempo que torceu para a dupla Emerson/Balder tambem se emocionoui com a vitoria do Lobo, que sempre andou muito em Mil Milhas mas quebrava e não chegava ao final.
    O Camilo e sua carretera 18 tinham uma enorme torcida.
    O Lobo levou essa e a dupla Emerson /Balder ficaram como campeões morais das Mil Milhas de 1966.

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  • 23 de setembro de 2008 em 00:28
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    Valeu Mestre Joa! Como é bom ler esses relatos dos bons tempos desse automobilismo, feito na raça, no improviso, nas dificuldades, na falta de recursos e de equipamentos.
    O Zullino tambem fez um belo resumo dos acontecimentos, das maneiras como se chegava e como asistiamos as corridas no Templo.
    Essa Mil Milhas de 66 marcou a todos, com seu desfecho cheio de alternativas, e resolvido somente nas ultimas voltas, coisas não muito normais para uma prova de longa duração.
    Quem assistiu a essa corrida, foi premiado, torceu, vibrou, chorou e comemorou.
    Quem estava lá com certeza saiu feliz, pois ao mesmo tempo que torceu para a dupla Emerson/Balder tambem se emocionoui com a vitoria do Lobo, que sempre andou muito em Mil Milhas mas quebrava e não chegava ao final.
    O Camilo e sua carretera 18 tinham uma enorme torcida.
    O Lobo levou essa e a dupla Emerson /Balder ficaram como campeões morais das Mil Milhas de 1966.

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  • 23 de setembro de 2008 em 09:04
    Permalink

    Cesar,
    Leia os trechos de um bate-papo aqui no blog emtre eu e o Sidney Cardoso. Começa com uma pergunta que enderecei ao Sidney. Leia atentamente sua resposta:

    Pegunta:
    De quem foi o KG-Porsche (depois com mecânica VW) que foi parar nas mãos do Nelson Balestrieri, de Jacarepaguá ?

    Resposta:
    Essa resposta será um pouco longa e tem a ver com sua pergunta posterior onde você me pergunta: De quem foi o KG-Porsche (já com mecânica VW, sem as rodas Kron Prinz, sem câmbio de corrida, etc) que estava na oficina do Marco Antonio (Jacarepaguá , ainda com pintura azul marinho (pode até ter sido pintado ao longo desses 40 anos) que hoje pertence aos irmãos Marx de SP?
    Como gosto da verdade vou te falar o que sei:
    O que foi do Nelson Balestieri, era exatamente o #2 do Moco, depois vendido a mim.
    Como a Dacon havia parado de importar esses motores era uma dificuldade danada de conseguirmos peças de reposição. Meu pai conseguiu algumas através de um piloto de aviação de nome Die Dan e uma vez a turma da equipe Palma de Portugal nos enviou também.
    A dificuldade estava bem grande com a alfândega.
    Houve épocas que estávamos com o motor Porsche quebrado sem peças e eu doido pra correr. Fiz uma corrida com o Karman-Ghia Porsche 1600 do Jiquica que havia me emprestado e outra com o Alfazoni do Abelardo Aguiar que havia me alugado.
    Resolvemos, então, enquanto não conseguíamos peças novas colocar um motor VW naquela carroceria de fibra, porém usando caixa de VW, pois o motor VW não enchia a caixa Porsche.E fiz algumas corridas com ele assim.
    Quando o motor Porsche ficou pronto usando peças do Karman-Ghia do Sérgio e do meu, vendi a carroceria deste que foi o #2, depois #20, com motor VW para José Eduardo, um rapaz amigo que estava fazendo estreantes.
    A título de curiosidade, ele havia estourado este motor VW e naquela corrida Subida de Montanha de Petrópolis que o Luizinho ganhou com o Mark I, o José Eduardo me pediu emprestado meu Puma de Passeio para correr, pois precisava fazer mais uma prova para passar a piloto. Aconteceu que na saída do túnel derrapou na água, bateu com o Puma na pedreira, chicoteou e foi no guard-rial do outro lado e meu Puma se acabou.
    Depois José Eduardo parou de correr e vendeu-o para Nelson Balestieri, também meu amigo, ele e seu irmão Pedro Balestieri, grande amigo meu até hoje, tinham uma oficina VW que cuidava de nossos carros VW.
    Mais tarde os pilotos Vicente Domingues e seu irmão Carlos Eduardo Domingues, “Edú”, compraram do Nelson, que o havia pintado de azul escuro.
    Mais tarde os dois irmãos tiveram uma briga feia e “Edú” colocou o carro na calçada na rua defronte a uma oficina que possuíam na Estr. dos Bandeirantes.
    Preciso voltar um pouco pra você entender melhor e poder tirar sua conclusão: Enquanto eu estava correndo com o Karman-Ghia Porsche, um Sr. de nome Angelo de Luca, morador da Taquara, bairro vizinho onde eu morava, foi lá em casa com um Karman-Ghia Porsche VW 1600, ano 64, de lata, cor azul escura, me oferecendo para comprá-lo, pois também estava com dificuldades em adquirir peças novas pra ele e achava que por eu ter bom relacionamento com a Dacon ficaria mais fácil pra mim. Disse-me que aquele Karman-Ghia era o que Chico Landi havia ganho a corrida da Barra da Tijuca.
    De início achei que era cascata a história dele ter sido o mesmo do Chico Landi, mas dei uma volta com ele adorei e acabei comprando-o.
    Com o que sei agora, através do recibo que guardo até hoje, onde ele o adquiriu do Sr.Luciano Nicolas Rovere que o adquiriu direto da Rampson Comércio e Indústria em 31-07-64, portanto depois da corrida do Landi, pode ser que seja verdade.
    Bem, com o tempo, vendi este de lata por um valor simbólico para o Sr. Luciano Palmerini que havia sido meu mecânico na Alfa Giulia e grande amigo.
    Sr. Luciano após um tempo não tendo mais peças de substituição, fez uma transação com o Pedrino Forain, um mecânico que tinha uma oficina especializada em carburação, onde ele trocou o motor Porsche 1.6 por um VW na condição que o Pedrino faria dali em diante toda manutenção desse Karman-Ghia de lata de graça e Sr. Luciano pintou-o de amarelo.
    O Marco Antonio vivia querendo adqurir este Karman-Ghia do Sr. Luciano, este sempre ia relegando até que justamente na véspera de falecer concordou em vendê-lo. Mais tarde o Marco Antonio foi na viúva Marli e levou-o.
    Bem, falei isso tudo pra você chegar a sua conclusão própria.
    Vou te dizer o que o Vicente Domingues acha – por sinal, Vicente possui toda documentação do de fibra, desde o motor VW que compramos na Abolição Veículos, o de minha venda para o José Eduardo, deste para o Nelson Balestieri até o do Nelson para ele – Ele acha que foi feito um híbrido, ou seja, a carroceria de fibra do que foi do Moco, depois minha, depois do Nelson, depois dele. Bem, ele acha que o Marco Antonio pegou os instrumentos Porsche do de lata colocou-os no de fibra e vendeu-o para o Marx.
    Interessante que o Marx colocou o # 77, mas a carroceria era a do #2.

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 09:04
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    Cesar,
    Leia os trechos de um bate-papo aqui no blog emtre eu e o Sidney Cardoso. Começa com uma pergunta que enderecei ao Sidney. Leia atentamente sua resposta:

    Pegunta:
    De quem foi o KG-Porsche (depois com mecânica VW) que foi parar nas mãos do Nelson Balestrieri, de Jacarepaguá ?

    Resposta:
    Essa resposta será um pouco longa e tem a ver com sua pergunta posterior onde você me pergunta: De quem foi o KG-Porsche (já com mecânica VW, sem as rodas Kron Prinz, sem câmbio de corrida, etc) que estava na oficina do Marco Antonio (Jacarepaguá , ainda com pintura azul marinho (pode até ter sido pintado ao longo desses 40 anos) que hoje pertence aos irmãos Marx de SP?
    Como gosto da verdade vou te falar o que sei:
    O que foi do Nelson Balestieri, era exatamente o #2 do Moco, depois vendido a mim.
    Como a Dacon havia parado de importar esses motores era uma dificuldade danada de conseguirmos peças de reposição. Meu pai conseguiu algumas através de um piloto de aviação de nome Die Dan e uma vez a turma da equipe Palma de Portugal nos enviou também.
    A dificuldade estava bem grande com a alfândega.
    Houve épocas que estávamos com o motor Porsche quebrado sem peças e eu doido pra correr. Fiz uma corrida com o Karman-Ghia Porsche 1600 do Jiquica que havia me emprestado e outra com o Alfazoni do Abelardo Aguiar que havia me alugado.
    Resolvemos, então, enquanto não conseguíamos peças novas colocar um motor VW naquela carroceria de fibra, porém usando caixa de VW, pois o motor VW não enchia a caixa Porsche.E fiz algumas corridas com ele assim.
    Quando o motor Porsche ficou pronto usando peças do Karman-Ghia do Sérgio e do meu, vendi a carroceria deste que foi o #2, depois #20, com motor VW para José Eduardo, um rapaz amigo que estava fazendo estreantes.
    A título de curiosidade, ele havia estourado este motor VW e naquela corrida Subida de Montanha de Petrópolis que o Luizinho ganhou com o Mark I, o José Eduardo me pediu emprestado meu Puma de Passeio para correr, pois precisava fazer mais uma prova para passar a piloto. Aconteceu que na saída do túnel derrapou na água, bateu com o Puma na pedreira, chicoteou e foi no guard-rial do outro lado e meu Puma se acabou.
    Depois José Eduardo parou de correr e vendeu-o para Nelson Balestieri, também meu amigo, ele e seu irmão Pedro Balestieri, grande amigo meu até hoje, tinham uma oficina VW que cuidava de nossos carros VW.
    Mais tarde os pilotos Vicente Domingues e seu irmão Carlos Eduardo Domingues, “Edú”, compraram do Nelson, que o havia pintado de azul escuro.
    Mais tarde os dois irmãos tiveram uma briga feia e “Edú” colocou o carro na calçada na rua defronte a uma oficina que possuíam na Estr. dos Bandeirantes.
    Preciso voltar um pouco pra você entender melhor e poder tirar sua conclusão: Enquanto eu estava correndo com o Karman-Ghia Porsche, um Sr. de nome Angelo de Luca, morador da Taquara, bairro vizinho onde eu morava, foi lá em casa com um Karman-Ghia Porsche VW 1600, ano 64, de lata, cor azul escura, me oferecendo para comprá-lo, pois também estava com dificuldades em adquirir peças novas pra ele e achava que por eu ter bom relacionamento com a Dacon ficaria mais fácil pra mim. Disse-me que aquele Karman-Ghia era o que Chico Landi havia ganho a corrida da Barra da Tijuca.
    De início achei que era cascata a história dele ter sido o mesmo do Chico Landi, mas dei uma volta com ele adorei e acabei comprando-o.
    Com o que sei agora, através do recibo que guardo até hoje, onde ele o adquiriu do Sr.Luciano Nicolas Rovere que o adquiriu direto da Rampson Comércio e Indústria em 31-07-64, portanto depois da corrida do Landi, pode ser que seja verdade.
    Bem, com o tempo, vendi este de lata por um valor simbólico para o Sr. Luciano Palmerini que havia sido meu mecânico na Alfa Giulia e grande amigo.
    Sr. Luciano após um tempo não tendo mais peças de substituição, fez uma transação com o Pedrino Forain, um mecânico que tinha uma oficina especializada em carburação, onde ele trocou o motor Porsche 1.6 por um VW na condição que o Pedrino faria dali em diante toda manutenção desse Karman-Ghia de lata de graça e Sr. Luciano pintou-o de amarelo.
    O Marco Antonio vivia querendo adqurir este Karman-Ghia do Sr. Luciano, este sempre ia relegando até que justamente na véspera de falecer concordou em vendê-lo. Mais tarde o Marco Antonio foi na viúva Marli e levou-o.
    Bem, falei isso tudo pra você chegar a sua conclusão própria.
    Vou te dizer o que o Vicente Domingues acha – por sinal, Vicente possui toda documentação do de fibra, desde o motor VW que compramos na Abolição Veículos, o de minha venda para o José Eduardo, deste para o Nelson Balestieri até o do Nelson para ele – Ele acha que foi feito um híbrido, ou seja, a carroceria de fibra do que foi do Moco, depois minha, depois do Nelson, depois dele. Bem, ele acha que o Marco Antonio pegou os instrumentos Porsche do de lata colocou-os no de fibra e vendeu-o para o Marx.
    Interessante que o Marx colocou o # 77, mas a carroceria era a do #2.

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  • 23 de setembro de 2008 em 09:53
    Permalink

    Ao Romeu e outros..
    não existe vencedor moral, se o Camillo não tivesse parado com pane seca chegava com 10 voltas na frente.
    É de se notar que o malzone tinha muito mais conjunto que a carretera, no miolo, tirava a diferença das retas, corridas se resolvem na bandeirada.
    Como aconteceu com o Emerson, aparecem os entendidos.
    Se fosse com outro qualquer nem haveria comentário.
    Vamos ser realistas. Se a equipe fosse boa como vcs tanto apregoam, teriam achado o defeito em 5 segundos..se fosse melhor ainda teria ao lado um condensador de reserva instalado, so trocando a ligação…
    Abs.

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 09:53
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    Ao Romeu e outros..
    não existe vencedor moral, se o Camillo não tivesse parado com pane seca chegava com 10 voltas na frente.
    É de se notar que o malzone tinha muito mais conjunto que a carretera, no miolo, tirava a diferença das retas, corridas se resolvem na bandeirada.
    Como aconteceu com o Emerson, aparecem os entendidos.
    Se fosse com outro qualquer nem haveria comentário.
    Vamos ser realistas. Se a equipe fosse boa como vcs tanto apregoam, teriam achado o defeito em 5 segundos..se fosse melhor ainda teria ao lado um condensador de reserva instalado, so trocando a ligação…
    Abs.

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 10:08
    Permalink

    Romeu,
    Tem razão, muita gente torcia para o Camilo, vamos dizer em termos eleitorias: a rejeição do Camilo era zero. A molecada lamentou a perda dos “coleguinhas”, mas pelo menos teve o consolo que perderam para o Camilo.
    O Camilo era uma figura e muito conhecido da molecada que ia na rua Itaqui. Já tínhamos carro, maiores de idade e ele nos tratava como crianças. Íamos no bar ao lado tomar café e ele não deixava ninguém tomar algo diferente de leite com groselha que para ele era bebida de moleque educado. Café, cerveja ou um Rabo de Galo nem com banda de música, o cara do bar não servia mesmo.
    O melhor dele foi a entrevista para o Antonio Carlos Scavone no programa Autoesporte. O Camilo queria ir para Indianápolis correr lá. Um sonho inatingível na época e ele não conseguiu viabilizar, uma pena.
    Ele respeitava a molecada, mas gostava de encher o saco de alguns. Ficava tirando o pulso do cara, falava que o moleque ia ter um troço, era uma bricadeira só. Teve uma vez que ele fez um protesto e se arrependeu, não era o estilo dele. Acabou tirando do cara da Federação e rasgando o papel dizendo que voltassem o resultado. Acho que nem puderam fazer isso, o resultado já tinha sido alterado. Tinham essas confusões sempre, pudera o regulamento nunca poderia acertar com os ornitorrincos que corriam na época.

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 10:08
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    Romeu,
    Tem razão, muita gente torcia para o Camilo, vamos dizer em termos eleitorias: a rejeição do Camilo era zero. A molecada lamentou a perda dos “coleguinhas”, mas pelo menos teve o consolo que perderam para o Camilo.
    O Camilo era uma figura e muito conhecido da molecada que ia na rua Itaqui. Já tínhamos carro, maiores de idade e ele nos tratava como crianças. Íamos no bar ao lado tomar café e ele não deixava ninguém tomar algo diferente de leite com groselha que para ele era bebida de moleque educado. Café, cerveja ou um Rabo de Galo nem com banda de música, o cara do bar não servia mesmo.
    O melhor dele foi a entrevista para o Antonio Carlos Scavone no programa Autoesporte. O Camilo queria ir para Indianápolis correr lá. Um sonho inatingível na época e ele não conseguiu viabilizar, uma pena.
    Ele respeitava a molecada, mas gostava de encher o saco de alguns. Ficava tirando o pulso do cara, falava que o moleque ia ter um troço, era uma bricadeira só. Teve uma vez que ele fez um protesto e se arrependeu, não era o estilo dele. Acabou tirando do cara da Federação e rasgando o papel dizendo que voltassem o resultado. Acho que nem puderam fazer isso, o resultado já tinha sido alterado. Tinham essas confusões sempre, pudera o regulamento nunca poderia acertar com os ornitorrincos que corriam na época.

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  • 23 de setembro de 2008 em 10:22
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    Cesar,
    A respeito dos KG-Porsche (carroceria de fibra) da Dacon, o que pertenceu ao Sergio Cardoso teve a carroceria de fibra destruída após uma capotagem numa das edições das Mil Milhas, pilotado pelo Ailton Varanda. Este carro depois recebeu a carroceria de Lorena. Vide site da Obvio!.
    O que pertenceu ao Ailton Varanda, não sei que fim teve. Portanto, se um dos KG-P pertence ao Trevisan (que antes pertenceu ao Jiquica Varanda, depois Paulo Scali, depois João R. Lagoa, depois Muca, depois Paulo Lomba e finalmente Trevisan) e outro aos irmãos Guilherme e Mauricio Marx, conclui-se que um dos quatro carros ainda não teve seu destino mapeado.
    Em tempo, mais uma vez errei na grafia do sobrenome do Nelson, de Jacarepaguá. Onde se leu Balestrieri, leia-se Balestieri.

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 10:22
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    Cesar,
    A respeito dos KG-Porsche (carroceria de fibra) da Dacon, o que pertenceu ao Sergio Cardoso teve a carroceria de fibra destruída após uma capotagem numa das edições das Mil Milhas, pilotado pelo Ailton Varanda. Este carro depois recebeu a carroceria de Lorena. Vide site da Obvio!.
    O que pertenceu ao Ailton Varanda, não sei que fim teve. Portanto, se um dos KG-P pertence ao Trevisan (que antes pertenceu ao Jiquica Varanda, depois Paulo Scali, depois João R. Lagoa, depois Muca, depois Paulo Lomba e finalmente Trevisan) e outro aos irmãos Guilherme e Mauricio Marx, conclui-se que um dos quatro carros ainda não teve seu destino mapeado.
    Em tempo, mais uma vez errei na grafia do sobrenome do Nelson, de Jacarepaguá. Onde se leu Balestrieri, leia-se Balestieri.

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  • 23 de setembro de 2008 em 12:21
    Permalink

    Galera, só uma interrogação…outro final como em alguns filmes que
    saem em DVD, com dois “the end” (virou moda)…se Camilo não conseguisse sair do box por um tempo, e o Malzoni do Jan e Emerson, se arrastando pela pista. Alguém se perguntou do outro carro da Equipe Brasil, que chegou em segundo, Malzoni de Marinho/Scurachio, poderia ter ganho a prova, mesmo que por pouca diferença, bem que todos estavam na mesma volta, ou não!

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 12:21
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    Galera, só uma interrogação…outro final como em alguns filmes que
    saem em DVD, com dois “the end” (virou moda)…se Camilo não conseguisse sair do box por um tempo, e o Malzoni do Jan e Emerson, se arrastando pela pista. Alguém se perguntou do outro carro da Equipe Brasil, que chegou em segundo, Malzoni de Marinho/Scurachio, poderia ter ganho a prova, mesmo que por pouca diferença, bem que todos estavam na mesma volta, ou não!

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 12:34
    Permalink

    Saloma,
    Não há a menor dúvida sobre quem venceria a corrida se o Camilo não ganhasse. O Malzoni do Marinho que chegou em segundo. O Malzoni dos moleques se arrastava na pista, só ganharia se o Marinho empurrasse. No entanto, para a maioria que estava lá os Moleques chegaram em segundo, pois não havia informações. Por isso, sempre se falou que os moleques chegaram em segundo, mas não é verdade.
    A equipe era apenas uma equipe da época, muita improvisação e nervosisimo. Tem uma foto do Emerson abastecendo o Malzoni, coisa impensável poucos anos depois.

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 12:34
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    Saloma,
    Não há a menor dúvida sobre quem venceria a corrida se o Camilo não ganhasse. O Malzoni do Marinho que chegou em segundo. O Malzoni dos moleques se arrastava na pista, só ganharia se o Marinho empurrasse. No entanto, para a maioria que estava lá os Moleques chegaram em segundo, pois não havia informações. Por isso, sempre se falou que os moleques chegaram em segundo, mas não é verdade.
    A equipe era apenas uma equipe da época, muita improvisação e nervosisimo. Tem uma foto do Emerson abastecendo o Malzoni, coisa impensável poucos anos depois.

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 12:50
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    Tava com saudade do boteco…e eis que me deparo com outro das colunas do Mestre Joca, ainda mais sobre a mítica Mil Milhas de 1966!
    Coms sempre texto maravilhoso e comentários mais que necessários do pessoal!

    Abraço Joca, abraço Saloma!

    Régis.

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 12:50
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    Tava com saudade do boteco…e eis que me deparo com outro das colunas do Mestre Joca, ainda mais sobre a mítica Mil Milhas de 1966!
    Coms sempre texto maravilhoso e comentários mais que necessários do pessoal!

    Abraço Joca, abraço Saloma!

    Régis.

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 13:30
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    Saloma,
    Olha só a pauleira depois de Mil Milhas!
    Camilo e Celidônio, 201 V, 14’30″30 Média 110,830
    Marinho e Eduardo 201 V
    Jan e Emerson 201 V
    Norman e Carlos 200 V
    Pace e Porto 200 V

    Todos enfrentaram problemas, tanto que com 1 hora e meia de prova, só Wilsinho,Luisinho e Bird estavam nas três primeiras posições e os únicos na mesma volta.(20)
    Levando em consideração o grid, Wilsinho com 3’38”, Luisinho com 3’47”, e dai Camilo, Marinho e Bird na casa dos 3’55”, e Anísio e o Émerson na casa de 4′, dá pra ver que o pau comeu a noite e pela manhã.
    Se o Pace não tivesse parado e voltado, Luisinho com várias quebras.
    Mas deve ter sido emocionante.
    Abs. e Fui!

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 13:30
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    Saloma,
    Olha só a pauleira depois de Mil Milhas!
    Camilo e Celidônio, 201 V, 14’30″30 Média 110,830
    Marinho e Eduardo 201 V
    Jan e Emerson 201 V
    Norman e Carlos 200 V
    Pace e Porto 200 V

    Todos enfrentaram problemas, tanto que com 1 hora e meia de prova, só Wilsinho,Luisinho e Bird estavam nas três primeiras posições e os únicos na mesma volta.(20)
    Levando em consideração o grid, Wilsinho com 3’38”, Luisinho com 3’47”, e dai Camilo, Marinho e Bird na casa dos 3’55”, e Anísio e o Émerson na casa de 4′, dá pra ver que o pau comeu a noite e pela manhã.
    Se o Pace não tivesse parado e voltado, Luisinho com várias quebras.
    Mas deve ter sido emocionante.
    Abs. e Fui!

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  • 23 de setembro de 2008 em 14:27
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    Paulista Antigo,
    Se tivessem um Scanner naquela época era só dar uma escaneada e em menos de 5 segundos como você diz e resolveria o problema, mas naquela época, acredito que teriam que testar todas as partes elétrica aos poucos, velas, cabos de velas, condensadores, platinados, bobinas de campo, entre tantas outras coisas que poderiam ser e isto requer tempo e cabeça muito fria naquele momento da prova. É fácil depois de se descobrir com calma o defeito do carro depois da corrida e dizer que era apenas um condensador queimado.
    Jovino

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 14:27
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    Paulista Antigo,
    Se tivessem um Scanner naquela época era só dar uma escaneada e em menos de 5 segundos como você diz e resolveria o problema, mas naquela época, acredito que teriam que testar todas as partes elétrica aos poucos, velas, cabos de velas, condensadores, platinados, bobinas de campo, entre tantas outras coisas que poderiam ser e isto requer tempo e cabeça muito fria naquele momento da prova. É fácil depois de se descobrir com calma o defeito do carro depois da corrida e dizer que era apenas um condensador queimado.
    Jovino

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 14:41
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    Meu caro Paulista Antigo,

    Emerson Fittipaldi em 1966 ainda era o Rato, “irmão do Wilsinho”, apenas uma promessa no automobilismo nacional.Portanto, sua reclamação creio que não procede…
    Outra coisa, em termos de empatia, nenhuma equipe de fábrica tinha mais a simpatia do público – veja, isso até hoje a contar com os entusiastas da marca que comparecem aqui…- do que a Vemag.
    A equipe Brasil, da qual falo no texto, nada mais era que os mesmos carros e os mecânicos da antiga Vemag, incluindo aí o lendário Miguel Crispim Ladeira que, no episódio da parada do Malzoni, trocou as velas do carro com o motor em funcionamento, tomando choque de todos os lados, como bem relata Jan Balder em seu livro. O Crispim, sempre modesto, diz que “não foi bem assim…, mas o Balder confirma a história pois assistiu tudo pelo pára-brisas.
    O carro funcionou bem por 100 metros voltando a falhar, tendo a equipe que se conformar em seguir assim com o carro pelas cinco voltas finais, o que permitiu a ultrapassagem da carretra 18 pilotada pelo Celidônio na ocasião.
    É claro que hoje, com tantos recursos e tecnologia disponíveis, é fácil para nós criticarmos à distãnica, mas considerando os parcos recursos da época, acho que os caras eram verdadeiros heróis.
    Dentro do mesmo argumento, pode-se contestar que se a carretera do Camilo fosse assim tão bem preparada, não teria queimado três dos quatro faróis – o que lhe valeu uma penalização de duas voltas -, troca de pastilhas de freios e – inadmissível hoje em dia em provas longas – pane seca.
    Enfim, problemas diferentes de épocas distintas, o que de maneira alguma, invalida o mérito de todos estes pasrticipantes,

    Grande abraço,

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 14:41
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    Meu caro Paulista Antigo,

    Emerson Fittipaldi em 1966 ainda era o Rato, “irmão do Wilsinho”, apenas uma promessa no automobilismo nacional.Portanto, sua reclamação creio que não procede…
    Outra coisa, em termos de empatia, nenhuma equipe de fábrica tinha mais a simpatia do público – veja, isso até hoje a contar com os entusiastas da marca que comparecem aqui…- do que a Vemag.
    A equipe Brasil, da qual falo no texto, nada mais era que os mesmos carros e os mecânicos da antiga Vemag, incluindo aí o lendário Miguel Crispim Ladeira que, no episódio da parada do Malzoni, trocou as velas do carro com o motor em funcionamento, tomando choque de todos os lados, como bem relata Jan Balder em seu livro. O Crispim, sempre modesto, diz que “não foi bem assim…, mas o Balder confirma a história pois assistiu tudo pelo pára-brisas.
    O carro funcionou bem por 100 metros voltando a falhar, tendo a equipe que se conformar em seguir assim com o carro pelas cinco voltas finais, o que permitiu a ultrapassagem da carretra 18 pilotada pelo Celidônio na ocasião.
    É claro que hoje, com tantos recursos e tecnologia disponíveis, é fácil para nós criticarmos à distãnica, mas considerando os parcos recursos da época, acho que os caras eram verdadeiros heróis.
    Dentro do mesmo argumento, pode-se contestar que se a carretera do Camilo fosse assim tão bem preparada, não teria queimado três dos quatro faróis – o que lhe valeu uma penalização de duas voltas -, troca de pastilhas de freios e – inadmissível hoje em dia em provas longas – pane seca.
    Enfim, problemas diferentes de épocas distintas, o que de maneira alguma, invalida o mérito de todos estes pasrticipantes,

    Grande abraço,

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 15:07
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    Paulista antigo, voce está raciocinando sobre as Mil Milhas de 1966, como uma corrida atual com recursos, equipes organizadas, mecanicos treinados, etc.
    Lá não tinha equipe BOA.
    Só um bando de apaixonados mecanicos e pilotos (quase sempre um só fazendo os dois papeis) que queria sentar nas bagaças, acelerar e se divertir em uma Mil Milhas.
    Vencer era só um detalhe.
    O Camilão ganhou porque tinha que ganhar, ninguem está tirando o mérito, muito pelo contrario, já comentei que a alegria foi geral com a vitória dele.
    Embora muitos estivessem torcendo para Rato, contra o Lobo.
    E principalmente, o Camillo não era nenhum exemplo de organização ou BOA equipe.
    Quem conheceu ou frequentou a oficina dele no Canindé, conhecia o “jeitão” despojado do local, com peças, motores (alguns de certo valor como Ferrari, por exemplo) e cambios espalhados pelo chão.
    São coisas do tempo em que muitos acreditavam que mecanico bom, era o que estava mais sujo e preto de graxa.
    E não é SE o Camillo não tivesse pane seca ganharia com 10 voltas na frente.
    Carreras são carreras (como dizia aquele corredorzinho argentino) e SE o Moco não tivesse quebrado, SE o Bird e o Luizinho não tivessem tido problemas, SE o Emerson tivesse um condensador de reserva, SE tudo desse certo para todos, a corrida terminaria empatada, ou não?

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 15:07
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    Paulista antigo, voce está raciocinando sobre as Mil Milhas de 1966, como uma corrida atual com recursos, equipes organizadas, mecanicos treinados, etc.
    Lá não tinha equipe BOA.
    Só um bando de apaixonados mecanicos e pilotos (quase sempre um só fazendo os dois papeis) que queria sentar nas bagaças, acelerar e se divertir em uma Mil Milhas.
    Vencer era só um detalhe.
    O Camilão ganhou porque tinha que ganhar, ninguem está tirando o mérito, muito pelo contrario, já comentei que a alegria foi geral com a vitória dele.
    Embora muitos estivessem torcendo para Rato, contra o Lobo.
    E principalmente, o Camillo não era nenhum exemplo de organização ou BOA equipe.
    Quem conheceu ou frequentou a oficina dele no Canindé, conhecia o “jeitão” despojado do local, com peças, motores (alguns de certo valor como Ferrari, por exemplo) e cambios espalhados pelo chão.
    São coisas do tempo em que muitos acreditavam que mecanico bom, era o que estava mais sujo e preto de graxa.
    E não é SE o Camillo não tivesse pane seca ganharia com 10 voltas na frente.
    Carreras são carreras (como dizia aquele corredorzinho argentino) e SE o Moco não tivesse quebrado, SE o Bird e o Luizinho não tivessem tido problemas, SE o Emerson tivesse um condensador de reserva, SE tudo desse certo para todos, a corrida terminaria empatada, ou não?

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  • 23 de setembro de 2008 em 15:38
    Permalink

    Vicente:
    Resumindo, o KG de terê é este aí da foto como o Moco e o Totó Porto….

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 15:38
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    Vicente:
    Resumindo, o KG de terê é este aí da foto como o Moco e o Totó Porto….

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  • 23 de setembro de 2008 em 15:43
    Permalink

    Em suma, já é hora de se acabar com essa história que Emerson e Balder são os vencedores morais das Mil Milhas de 1966. Todos tiveram seus infortúnios durante a prova, Camillo e Celidônio então, nem se fala. E se nós estamos aqui comentando a história do automobilismo brasileiro, que se venere um dos maiores nomes das nossas pistas, Camillo Christófaro, pilotando o mais emblemático dos carros de corrida que andaram en nossas pistas, o vencedor da mais emocionante Mil Milhas de todos os tempos.
    E tenho dito!

    Resposta
  • 23 de setembro de 2008 em 15:43
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    Em suma, já é hora de se acabar com essa história que Emerson e Balder são os vencedores morais das Mil Milhas de 1966. Todos tiveram seus infortúnios durante a prova, Camillo e Celidônio então, nem se fala. E se nós estamos aqui comentando a história do automobilismo brasileiro, que se venere um dos maiores nomes das nossas pistas, Camillo Christófaro, pilotando o mais emblemático dos carros de corrida que andaram en nossas pistas, o vencedor da mais emocionante Mil Milhas de todos os tempos.
    E tenho dito!

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  • 24 de setembro de 2008 em 00:11
    Permalink

    Aos companheiros de plantão gostaria de saber se alguem se habilita a trocar velas com o motor em funcionamento principalmente sabendo que o mesmo tinha taxa de 10,5.1 caso apareça alguem espero que não fique com a mesma espetada na testa (boa sorte) lenda é lenda olhem bem sou dekveseiro de carteirinha mas caso queiram tentar favor mandar notícias

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  • 24 de setembro de 2008 em 00:11
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    Aos companheiros de plantão gostaria de saber se alguem se habilita a trocar velas com o motor em funcionamento principalmente sabendo que o mesmo tinha taxa de 10,5.1 caso apareça alguem espero que não fique com a mesma espetada na testa (boa sorte) lenda é lenda olhem bem sou dekveseiro de carteirinha mas caso queiram tentar favor mandar notícias

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  • 24 de setembro de 2008 em 00:24
    Permalink

    Uma das peculiaridades dessa corrida, é que durante uma ou duas voltas não houve cronometragem, devido ao incêndio do Malzoni 76, as chamas estavam logo abaixo da cabine, e os cronometristas todos sairam em disparada. Pelo menos é o que consta. Alguem tem algo a acrescentar??

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 00:24
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    Uma das peculiaridades dessa corrida, é que durante uma ou duas voltas não houve cronometragem, devido ao incêndio do Malzoni 76, as chamas estavam logo abaixo da cabine, e os cronometristas todos sairam em disparada. Pelo menos é o que consta. Alguem tem algo a acrescentar??

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  • 24 de setembro de 2008 em 09:43
    Permalink

    Vicente,
    Esse negócio de vencedor moral sempre foi uma enorme bobagem, mas é interessante em termos do romantismo automobilístico, afinal, um dos moleques acabou bi-campeão de fórmula 1, coisa de outro planeta.
    A carreira do Emerson não deixa de ser interessante. Até ir para a Europa só dirigiu carros obsoletos, a maioria com aquela suspensão de VW na frente, carros que não tinham muitos recursos de regulagem, a maioria não tinha nenhum ou se tinha não fazia a menor diferença. Não se pode comparar esses carros com um FFord da época e mesmo com um F3. Ele foi lá e ganhou tudo, mesmo não conhecendo as pistas e com muito pouca informação de como regular um carro. O interessante é que hoje os pilotos reclamam de conhecer pistas, conhecer o set-up do carro. Quem é bom não precisa nada disso, senta e manda bota.

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 09:43
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    Vicente,
    Esse negócio de vencedor moral sempre foi uma enorme bobagem, mas é interessante em termos do romantismo automobilístico, afinal, um dos moleques acabou bi-campeão de fórmula 1, coisa de outro planeta.
    A carreira do Emerson não deixa de ser interessante. Até ir para a Europa só dirigiu carros obsoletos, a maioria com aquela suspensão de VW na frente, carros que não tinham muitos recursos de regulagem, a maioria não tinha nenhum ou se tinha não fazia a menor diferença. Não se pode comparar esses carros com um FFord da época e mesmo com um F3. Ele foi lá e ganhou tudo, mesmo não conhecendo as pistas e com muito pouca informação de como regular um carro. O interessante é que hoje os pilotos reclamam de conhecer pistas, conhecer o set-up do carro. Quem é bom não precisa nada disso, senta e manda bota.

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  • 24 de setembro de 2008 em 11:01
    Permalink

    Galera em um esfôrço supremo, ser´r que conseguiríamos saber quem tocou as baratas da segunda foto, os Renaults, Rabo quente, Fusca etc…

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 11:01
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    Galera em um esfôrço supremo, ser´r que conseguiríamos saber quem tocou as baratas da segunda foto, os Renaults, Rabo quente, Fusca etc…

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  • 24 de setembro de 2008 em 12:21
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    Luiz,
    Não sei em relação a um dkw, mas o meu tio Ataydes segurava o cabo de vela de um ford mercury de oito cilindros em marcha lenta e com a outra mão encostava a unha no pára-lamas dianteiro e saía faisca. Se ele triscasse em alguém, era um tremendo choque. Isto eu presenciei várias vezes, inclusive fui vítima de um choque de surpresa quando ele me triscou.
    Jovino

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 12:21
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    Luiz,
    Não sei em relação a um dkw, mas o meu tio Ataydes segurava o cabo de vela de um ford mercury de oito cilindros em marcha lenta e com a outra mão encostava a unha no pára-lamas dianteiro e saía faisca. Se ele triscasse em alguém, era um tremendo choque. Isto eu presenciei várias vezes, inclusive fui vítima de um choque de surpresa quando ele me triscou.
    Jovino

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  • 24 de setembro de 2008 em 13:29
    Permalink

    Meu caro Luis Kliem,

    No caso, o erro foi meu, a troca foi dos cabos de vela e não das velas. A propósito, Balder e Emerson correram essas Mil Milhas com um motor 1,0 litro, meio careta, longe do top-de-linha de 1.080 cc. Era esta a taxa de compressão comuns aos motores DKW ?

    Abs.

    Saloma, seu pedido é uma ordem….vamos lá:

    Renault Gordini #17 (na extrema esquerda) – Ezio Pastore e Edgar L. Gouveia, largaram em 35o. lugar.

    Carretera Gordini # 8 – Ariberto Iasi (desse aqui eu conto depois uma historinha…) e Adalberto Iasi, largaram em 25o. lugar.

    Renault Rabo Quente, Luis Tambler e Élvio Ringel, largaram em 38o. lugar.

    VW-Porsche # 15, José Maria S. Cruz e Rubens Apovin, largaram em 24o. lugar.

    Nenhum deles conseguiu classificação no final.

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 13:29
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    Meu caro Luis Kliem,

    No caso, o erro foi meu, a troca foi dos cabos de vela e não das velas. A propósito, Balder e Emerson correram essas Mil Milhas com um motor 1,0 litro, meio careta, longe do top-de-linha de 1.080 cc. Era esta a taxa de compressão comuns aos motores DKW ?

    Abs.

    Saloma, seu pedido é uma ordem….vamos lá:

    Renault Gordini #17 (na extrema esquerda) – Ezio Pastore e Edgar L. Gouveia, largaram em 35o. lugar.

    Carretera Gordini # 8 – Ariberto Iasi (desse aqui eu conto depois uma historinha…) e Adalberto Iasi, largaram em 25o. lugar.

    Renault Rabo Quente, Luis Tambler e Élvio Ringel, largaram em 38o. lugar.

    VW-Porsche # 15, José Maria S. Cruz e Rubens Apovin, largaram em 24o. lugar.

    Nenhum deles conseguiu classificação no final.

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  • 24 de setembro de 2008 em 14:00
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    cabra bom esse editor master do boteco…parabéns!
    LS

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 14:00
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    cabra bom esse editor master do boteco…parabéns!
    LS

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  • 24 de setembro de 2008 em 14:28
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    Zullino,
    Ninguém aqui está tirando os méritros da dupla Emerson-Balder, tampouco do Crispim por ter substituído as velas com o motor funcionando. Ficaríamos “ad-eternum” numa sucessão de SEs e não chegaríamos a nenhum consenso. Se o Emerson foi para o exterior e teve a carreira que teve, reconheçamos que o Lobo do Canindé pilotou carros de outra geração, verdadeiras carroças equipadas com motores que eram verdadeiros rojões, de dificílima pilotagem para os padrões mundiais dos anos 60 e 70, e disputou palmo-a-palmo com carros bem mais modernos que a sua carretera 18. Quanto às Mil Milhas de 1966, é óbvio que a carretera era bem mais rápida que que os Malzonis e, mesmo tendo ficado parada por causa da pane seca e outros problemas por algum tempo, acabou vitoriosa na prova. Poderia ser um dos KG-Porsche da Dacon, mas pararam antes.
    O Brasil prima por ser um país sem memória, sem respeito aos seus ídolos, como foi o caso do próprio Emerson sendo bombardeado pela mídia durante a era Fittipaldi Formula 1. O próprio Piquet foi esquecido durante o apogeu de Senna e com Senna talvez não tenha ocorrido o mesmo porque faleceu antes da era Schumacher na Ferrari.
    Os britânicos, de forma diferenciada, não param de venerar Mike Hawthorn, John Surtees, Jim Clark, Jackie Stewart, etc e principalmente Stirling Moss, que nunca venceu um único título de campeonato mundial de F1.
    Por isso defendo ardorosamente a vitória nas Mil Milhas de 1966 e todo o curriculum de Camillo Christófaro, assim como outros bravos pilotos do passado.

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 14:28
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    Zullino,
    Ninguém aqui está tirando os méritros da dupla Emerson-Balder, tampouco do Crispim por ter substituído as velas com o motor funcionando. Ficaríamos “ad-eternum” numa sucessão de SEs e não chegaríamos a nenhum consenso. Se o Emerson foi para o exterior e teve a carreira que teve, reconheçamos que o Lobo do Canindé pilotou carros de outra geração, verdadeiras carroças equipadas com motores que eram verdadeiros rojões, de dificílima pilotagem para os padrões mundiais dos anos 60 e 70, e disputou palmo-a-palmo com carros bem mais modernos que a sua carretera 18. Quanto às Mil Milhas de 1966, é óbvio que a carretera era bem mais rápida que que os Malzonis e, mesmo tendo ficado parada por causa da pane seca e outros problemas por algum tempo, acabou vitoriosa na prova. Poderia ser um dos KG-Porsche da Dacon, mas pararam antes.
    O Brasil prima por ser um país sem memória, sem respeito aos seus ídolos, como foi o caso do próprio Emerson sendo bombardeado pela mídia durante a era Fittipaldi Formula 1. O próprio Piquet foi esquecido durante o apogeu de Senna e com Senna talvez não tenha ocorrido o mesmo porque faleceu antes da era Schumacher na Ferrari.
    Os britânicos, de forma diferenciada, não param de venerar Mike Hawthorn, John Surtees, Jim Clark, Jackie Stewart, etc e principalmente Stirling Moss, que nunca venceu um único título de campeonato mundial de F1.
    Por isso defendo ardorosamente a vitória nas Mil Milhas de 1966 e todo o curriculum de Camillo Christófaro, assim como outros bravos pilotos do passado.

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  • 24 de setembro de 2008 em 17:14
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    Caramba, isso aqui ta virando um Fla x Flu, ou Corinthians x São Paulo. Na verdade, a dita “vitória moral” da Equipe Brasil se deve ao fato de que, apesar das inúmeras vitórias dos DKW nas pistas, a Equipe Vemag, então recentemente desativada, jamais ganhou as Mil Milhas. E a Equipe Brasil, usando os carros, alguns pilotos e mecânicos da Vemag, poderia ter “lavado a alma” de todos se tivesse ganho, já que foi o último ano em que os DKW participaram regularmente de competições. Embora tenham corrido pelo menos até o início dos anos 70, as participações dos DKW passaram a ser eventuais e na mão de pilotos particulares, pois a partir de 1967 deixaram de ser fabricados. Quanto aos “meninos” do Malzoni #7,é bom dizer que o Balder nunca tinha corrido uma Mil Milhas antes e o Emerson nunca pilotara um DKW. Anos depois um foi Bi-campeão Mundial de Formula 1, o outro ganhou o Rally da Integração Nacional…mas na época eram só o Rato e o Omelete. Assim, nada lhes tira o mérito de terem liderado por um bom tempo a mais difícil prova nacional com o Malzoni menos potente da Equipe. Mas se me perguntarem quem merecia ter vencido a prova eu responderia: Camilo/Celidônio OU Balder/Emerson, OU Marinho/ Scuracho, OU Pace/Totó OU Lameirão/Anísio OU Olival/Lian OU Luis Pereira/Luis Smith OU Bird/Carol, OU Casari/Erymá OU Volante 13/Dalpont OU Wilsinho/Ludovino, OU Zambello/Gancia….OU, OU, OU…
    Olha, o que não faltava naquela época era piloto bom de braço que merecia ganhar.

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 17:14
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    Caramba, isso aqui ta virando um Fla x Flu, ou Corinthians x São Paulo. Na verdade, a dita “vitória moral” da Equipe Brasil se deve ao fato de que, apesar das inúmeras vitórias dos DKW nas pistas, a Equipe Vemag, então recentemente desativada, jamais ganhou as Mil Milhas. E a Equipe Brasil, usando os carros, alguns pilotos e mecânicos da Vemag, poderia ter “lavado a alma” de todos se tivesse ganho, já que foi o último ano em que os DKW participaram regularmente de competições. Embora tenham corrido pelo menos até o início dos anos 70, as participações dos DKW passaram a ser eventuais e na mão de pilotos particulares, pois a partir de 1967 deixaram de ser fabricados. Quanto aos “meninos” do Malzoni #7,é bom dizer que o Balder nunca tinha corrido uma Mil Milhas antes e o Emerson nunca pilotara um DKW. Anos depois um foi Bi-campeão Mundial de Formula 1, o outro ganhou o Rally da Integração Nacional…mas na época eram só o Rato e o Omelete. Assim, nada lhes tira o mérito de terem liderado por um bom tempo a mais difícil prova nacional com o Malzoni menos potente da Equipe. Mas se me perguntarem quem merecia ter vencido a prova eu responderia: Camilo/Celidônio OU Balder/Emerson, OU Marinho/ Scuracho, OU Pace/Totó OU Lameirão/Anísio OU Olival/Lian OU Luis Pereira/Luis Smith OU Bird/Carol, OU Casari/Erymá OU Volante 13/Dalpont OU Wilsinho/Ludovino, OU Zambello/Gancia….OU, OU, OU…
    Olha, o que não faltava naquela época era piloto bom de braço que merecia ganhar.

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  • 24 de setembro de 2008 em 17:24
    Permalink

    Ah, e não se esqueçam um “pequeno” detalhe: a Carreteira #18 teve problemas, os Alpine tiveram problemas, os KG Porsche tiveram problemas, as Alfa tiveram problemas…Mas quem teve problemas primeiro foram os DKW, que engasoparam na largada e já sairam com uma ou duas voltas de atraso…

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 17:24
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    Ah, e não se esqueçam um “pequeno” detalhe: a Carreteira #18 teve problemas, os Alpine tiveram problemas, os KG Porsche tiveram problemas, as Alfa tiveram problemas…Mas quem teve problemas primeiro foram os DKW, que engasoparam na largada e já sairam com uma ou duas voltas de atraso…

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  • 24 de setembro de 2008 em 19:45
    Permalink

    Vicente,
    Concordo com tudo isso que você disse, mas não sei porque você fez o post dirigido a mim.
    Nunca me referi a esse negócio de choques e velas e jamais tirei os méritos da vitória incontestável do Camilo.
    Ao contrário, antes a vitória ficasse com o Camilo que com outro. Isso era a visão da molecada, portanto, vamos dizer que o Camilo tinha uma quase unanimidade.
    Quanto à essa besteira de vencedor moral, acho que é o que sempre foi, uma besteira, isso apenas se perpetuou porque um dos moleques foi bi-campeão do mundo.
    Apenas me referi a uma reflexão de como o Emerson era talentoso, convenhamos, aqui só dirigiu tranqueiras e foi para a europa fazer uma carreira vitoriosa desde o início.

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 19:45
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    Vicente,
    Concordo com tudo isso que você disse, mas não sei porque você fez o post dirigido a mim.
    Nunca me referi a esse negócio de choques e velas e jamais tirei os méritos da vitória incontestável do Camilo.
    Ao contrário, antes a vitória ficasse com o Camilo que com outro. Isso era a visão da molecada, portanto, vamos dizer que o Camilo tinha uma quase unanimidade.
    Quanto à essa besteira de vencedor moral, acho que é o que sempre foi, uma besteira, isso apenas se perpetuou porque um dos moleques foi bi-campeão do mundo.
    Apenas me referi a uma reflexão de como o Emerson era talentoso, convenhamos, aqui só dirigiu tranqueiras e foi para a europa fazer uma carreira vitoriosa desde o início.

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  • 24 de setembro de 2008 em 21:42
    Permalink

    caro companheiro Jovino segurar cabos de velas com qualquer motor em funcionamento não é facíl não porem não é impossivel pois existem pessoas que tem certa tolerancia à diversos tipos de coisas iclusive choques porem trocar velas com motor em funcinamento isso eu garanto que não existe nenhum tipo de tolerancia é vela na testa na certa (pode ser considerado um belo enfeite para qualquer mecânico inteligente que desafie as leis da física)

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  • 24 de setembro de 2008 em 21:42
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    caro companheiro Jovino segurar cabos de velas com qualquer motor em funcionamento não é facíl não porem não é impossivel pois existem pessoas que tem certa tolerancia à diversos tipos de coisas iclusive choques porem trocar velas com motor em funcinamento isso eu garanto que não existe nenhum tipo de tolerancia é vela na testa na certa (pode ser considerado um belo enfeite para qualquer mecânico inteligente que desafie as leis da física)

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  • 24 de setembro de 2008 em 21:55
    Permalink

    Caro Joaquim quanto a taxa de compressão claro que o valor indicado não é especifico porem podia variar de: 8,00.1 para os motores alegres iclusive de Malzonis até 10,5.1 para os outros mas neste caso somente o falecido Jorge poderia dizer e ninguem mais digo ninguem mais pois certas receitas só o Jorge e alguns poucos preparadores e não mecânicos que participaram do desenvolvimento desses motores inclusive com peças vindo da Alemanha tem essas receitas

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 21:55
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    Caro Joaquim quanto a taxa de compressão claro que o valor indicado não é especifico porem podia variar de: 8,00.1 para os motores alegres iclusive de Malzonis até 10,5.1 para os outros mas neste caso somente o falecido Jorge poderia dizer e ninguem mais digo ninguem mais pois certas receitas só o Jorge e alguns poucos preparadores e não mecânicos que participaram do desenvolvimento desses motores inclusive com peças vindo da Alemanha tem essas receitas

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  • 24 de setembro de 2008 em 23:09
    Permalink

    Zullino,
    Enderecei o post a você apenas como uma continuidade de diálogo. Só isso.

    Resposta
  • 24 de setembro de 2008 em 23:09
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    Zullino,
    Enderecei o post a você apenas como uma continuidade de diálogo. Só isso.

    Resposta
  • 25 de setembro de 2008 em 01:04
    Permalink

    Quanta firula!
    Vamos brincar então.
    Começar por trocar, “testar” os cilindros funcionando.
    Ninguém aqui é tonto por saber que tirar velas é uma coisa, e tirar os CABOS de VELA é outra coisa.
    Se algum mané vier torrar, já tirei cachimbo de motor que gira a 18 mil rpm, para testar a ignição.
    O Crispim? Me poupem, aquela foto dele chorando junto ao ratinho(assim que chamavam o Émerson)é única, como único foi depois de anos ver o negão firme e forte na missa de 7 dia do Jorge. E olhem, se tivesse algum carro ali com falha, o GRANDE CRISPIM, tirava o cabo e TESTAVA o CILINDRO dando risada.
    Camilo nasceu em que ano?
    Émerson tinha 20 anos, com 17 andava de moto, na foto que todos conhecem.
    Não me faço de arrogante, muito pelo contrário.
    Mas conhecendo ESPORTES à MOTOR, e viajando no tempo
    com dados, digo que o Camilo tomou punição, pilotos foram excluidos por de madrugada cortarem, ou passarem reto após a junção sem fazer o miolo, dando um tempo e subirem novamente.
    Outro dia, ao meu lado, Jan Balder saiu de cena e derramou lágrimas vendo recortes. O mesmo Jan que estava correndo com Émerson.
    Fogo num Malzoni? Houve sim, fogo no abastecimento do carro, no chão do boxes.
    10 voltas na frente?
    Paulista Antigo.
    Vc. só falou merda, sacou?
    Vai se phoder entendeu.
    Ninguém aqui esta desmerecendo a VITÓRIA do CAMILO.
    Creio Saloma, que o espaço criado e dedicado sabe lá como a nós, é sim para termos informações e trocarmos informações, não numas de quem foi ou deixou de ser o HERÓI.
    Mas sim de neste espaço que ocupa seu tempo, e vc. faz com prazer, de transmitir, com dados concretos e íntegros.
    Joaquim, é nós na fita brow.!
    Paulista antigo, vc. é mané, sacou?

    E todos deveriam fazer como a Equipe Dacon.
    Aplaudir os ganhadores.

    E o maior orgulho que tenho na minha vida em relação
    ao Automobilismo Brasileiro, é poder sentar e ouvir, Bird contanto Histórias,ou então abraçar o Luisinho, graças ao Grande Ronaldo e seus dois amigos.
    Saloma, mais uma vez desculpas, sei que o espaço é seu, mas dançou brow.

    Resposta
  • 25 de setembro de 2008 em 01:04
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    Quanta firula!
    Vamos brincar então.
    Começar por trocar, “testar” os cilindros funcionando.
    Ninguém aqui é tonto por saber que tirar velas é uma coisa, e tirar os CABOS de VELA é outra coisa.
    Se algum mané vier torrar, já tirei cachimbo de motor que gira a 18 mil rpm, para testar a ignição.
    O Crispim? Me poupem, aquela foto dele chorando junto ao ratinho(assim que chamavam o Émerson)é única, como único foi depois de anos ver o negão firme e forte na missa de 7 dia do Jorge. E olhem, se tivesse algum carro ali com falha, o GRANDE CRISPIM, tirava o cabo e TESTAVA o CILINDRO dando risada.
    Camilo nasceu em que ano?
    Émerson tinha 20 anos, com 17 andava de moto, na foto que todos conhecem.
    Não me faço de arrogante, muito pelo contrário.
    Mas conhecendo ESPORTES à MOTOR, e viajando no tempo
    com dados, digo que o Camilo tomou punição, pilotos foram excluidos por de madrugada cortarem, ou passarem reto após a junção sem fazer o miolo, dando um tempo e subirem novamente.
    Outro dia, ao meu lado, Jan Balder saiu de cena e derramou lágrimas vendo recortes. O mesmo Jan que estava correndo com Émerson.
    Fogo num Malzoni? Houve sim, fogo no abastecimento do carro, no chão do boxes.
    10 voltas na frente?
    Paulista Antigo.
    Vc. só falou merda, sacou?
    Vai se phoder entendeu.
    Ninguém aqui esta desmerecendo a VITÓRIA do CAMILO.
    Creio Saloma, que o espaço criado e dedicado sabe lá como a nós, é sim para termos informações e trocarmos informações, não numas de quem foi ou deixou de ser o HERÓI.
    Mas sim de neste espaço que ocupa seu tempo, e vc. faz com prazer, de transmitir, com dados concretos e íntegros.
    Joaquim, é nós na fita brow.!
    Paulista antigo, vc. é mané, sacou?

    E todos deveriam fazer como a Equipe Dacon.
    Aplaudir os ganhadores.

    E o maior orgulho que tenho na minha vida em relação
    ao Automobilismo Brasileiro, é poder sentar e ouvir, Bird contanto Histórias,ou então abraçar o Luisinho, graças ao Grande Ronaldo e seus dois amigos.
    Saloma, mais uma vez desculpas, sei que o espaço é seu, mas dançou brow.

    Resposta
  • 25 de setembro de 2008 em 06:54
    Permalink

    Luis,
    Concordo com você. Quando li, o que me veio a mente foi a imagem do meu tio segurando o cabo de vela e não prestei atenção que era a vela que o Joaquim estava descrevendo equivocadamente.
    Jovino

    Resposta
  • 25 de setembro de 2008 em 06:54
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    Luis,
    Concordo com você. Quando li, o que me veio a mente foi a imagem do meu tio segurando o cabo de vela e não prestei atenção que era a vela que o Joaquim estava descrevendo equivocadamente.
    Jovino

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  • 25 de setembro de 2008 em 08:29
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    Fiquei na dúvida no seguinte fato…em outro relato sobre as mesmas MM de 66, li que o Malzoni #7 tinha um condensador reserva….tal informação procede?

    Abraço gente!

    Resposta
  • 25 de setembro de 2008 em 08:29
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    Fiquei na dúvida no seguinte fato…em outro relato sobre as mesmas MM de 66, li que o Malzoni #7 tinha um condensador reserva….tal informação procede?

    Abraço gente!

    Resposta
  • 25 de setembro de 2008 em 16:13
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    Régis Andrade,

    Já conversei uma vez com o Balder e com o Crispim a respeito deste episódio. O Balder afirma inclusive no seu livro que o Crispim trocou as velas com o motor em funcionamento. Já o Crispim, modesto como sempre e avesso a qualquer badalação, me disse que foram somente os cabos de vela; ele nem gosta de tocar nesses assuntos…
    Com relação ao condensador reserva é verdade que havia um reserva, mas no sufoco acho que ninguém se lembrou de tentar ligá-lo. No dia seguinte, numa revenda onde o carro estava exposto, ligaram o condensador e o carro funcionou redondinho.

    Como disse, coisas de corrida…

    Abração,

    Resposta
  • 25 de setembro de 2008 em 16:13
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    Régis Andrade,

    Já conversei uma vez com o Balder e com o Crispim a respeito deste episódio. O Balder afirma inclusive no seu livro que o Crispim trocou as velas com o motor em funcionamento. Já o Crispim, modesto como sempre e avesso a qualquer badalação, me disse que foram somente os cabos de vela; ele nem gosta de tocar nesses assuntos…
    Com relação ao condensador reserva é verdade que havia um reserva, mas no sufoco acho que ninguém se lembrou de tentar ligá-lo. No dia seguinte, numa revenda onde o carro estava exposto, ligaram o condensador e o carro funcionou redondinho.

    Como disse, coisas de corrida…

    Abração,

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  • 25 de setembro de 2008 em 19:55
    Permalink

    Carreras são carreras…
    Obrigado Mestre Joca!

    Abraço!

    Resposta
  • 25 de setembro de 2008 em 19:55
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    Carreras são carreras…
    Obrigado Mestre Joca!

    Abraço!

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  • 27 de setembro de 2008 em 19:27
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    Magnifico relato. Não sou desta época. Só peguei a Mil milhas vencida pelos March I numeros 21 e 22.
    Esta vitoria do Camilo é histórica. Parabens e muito obrigado pelo magnífico artigo.
    Parabens.

    Resposta
  • 27 de setembro de 2008 em 19:27
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    Magnifico relato. Não sou desta época. Só peguei a Mil milhas vencida pelos March I numeros 21 e 22.
    Esta vitoria do Camilo é histórica. Parabens e muito obrigado pelo magnífico artigo.
    Parabens.

    Resposta

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