SALOMA'S BLOG RACING DAY…(8)
Galera, voces se lembro do volks dois motores que apresentamos a alguns post atrás, que está no Museu do Automobilísmo Brasileiro, que leva no seu corpo uma peça única, o motor volkswagem 1300, totalizando uma cilindrada de 2600 cc. Bom, vamos ao vídeo, que o Mestre Joca, vai contar a historinha para nós…
LS(reprodução)
Grande Joca.Além de uma memória privilegiada,nos mostra também as suas qualidades de comentarista,descrevendo com muita propriedade,e de forma didática,mais um achado do grande Paulo Trevisan.
Edison Guerra
Grande Joca.Além de uma memória privilegiada,nos mostra também as suas qualidades de comentarista,descrevendo com muita propriedade,e de forma didática,mais um achado do grande Paulo Trevisan.
Edison Guerra
Joaquim, explica para a gente como funciona a distribuição deste motor, o que foi usado, me parece que é de um maverick ou dodge, estou curioso também para ouvir o ronco da usina.
Jovino
Joaquim, explica para a gente como funciona a distribuição deste motor, o que foi usado, me parece que é de um maverick ou dodge, estou curioso também para ouvir o ronco da usina.
Jovino
Perguntas:
O bloco do motor foi soldado 1+1 ou feito novo?
E o virabrequim, foi usinado um novo ou conectados dois virabrequins originais?
Perguntas:
O bloco do motor foi soldado 1+1 ou feito novo?
E o virabrequim, foi usinado um novo ou conectados dois virabrequins originais?
Incrível, o Mestre Joca tinha que ter um programa de Tv, só pra ele. Interessante o interesse da Puma. Uma pena que a situação financeira não ajudava, com aquelas enchentes na Pres. Wilson, prejudicando os investimentos da empresa…
Incrível, o Mestre Joca tinha que ter um programa de Tv, só pra ele. Interessante o interesse da Puma. Uma pena que a situação financeira não ajudava, com aquelas enchentes na Pres. Wilson, prejudicando os investimentos da empresa…
Ajudando o comunicativo Joaquim. O distribuido é de Dodge V8;e o bloco foi soldado 1+1 como indaga o pé de chumbo. O virabrequim foi usinado novo e extremamente bem feito como explanei no blog do Saloma;tendo vindo junto um outro virabrequim desmontável tipo bolacha como acontece no DKW. Lá por maio faremos a substituição das bronzinas e a instalação de uma bomba complementar de óleo e elétrica para corrigir problema de pressão do óleo num dos blocos(que demora para atingir ponto ideal).
Ajudando o comunicativo Joaquim. O distribuido é de Dodge V8;e o bloco foi soldado 1+1 como indaga o pé de chumbo. O virabrequim foi usinado novo e extremamente bem feito como explanei no blog do Saloma;tendo vindo junto um outro virabrequim desmontável tipo bolacha como acontece no DKW. Lá por maio faremos a substituição das bronzinas e a instalação de uma bomba complementar de óleo e elétrica para corrigir problema de pressão do óleo num dos blocos(que demora para atingir ponto ideal).
Caro Saloma,é fantástica a história desse motor,pois o dos Fittipaldi eu conheci.
As fotos que eu enviei chegaram? Entre elas estava a do Fitti Volks ,mais conhecido como 7 voltas.
Aguardo a sua resposta.
Abraços.
Caro Saloma,é fantástica a história desse motor,pois o dos Fittipaldi eu conheci.
As fotos que eu enviei chegaram? Entre elas estava a do Fitti Volks ,mais conhecido como 7 voltas.
Aguardo a sua resposta.
Abraços.
Chegaram, mas ainda não verifiquei…estou preparando colunas sobre Petropolis e gostaria vc podesse colaborar comigo. Vou precisar de informações e imagens, ok!
abs
Chegaram, mas ainda não verifiquei…estou preparando colunas sobre Petropolis e gostaria vc podesse colaborar comigo. Vou precisar de informações e imagens, ok!
abs
Excelente depoimento do mestre Joca… Eu sou fã deste motor boxer 8 cilindros… Saloma, não esquece que tá me devendo o envio da reportagem de época da Revista AutoEsporte em formato que eu possa ler a reportagem
Excelente depoimento do mestre Joca… Eu sou fã deste motor boxer 8 cilindros… Saloma, não esquece que tá me devendo o envio da reportagem de época da Revista AutoEsporte em formato que eu possa ler a reportagem
Joaquim:
Sem te puxar o saco e já puxando (mas voce merece):
Como pode um Homem com H maiúsculo como mestre Joa, falando de uma Obra de Engenharia Brasileira (+ maiúsculas), num Museu que é Exemplo (de novo…), administrado e inventado por um Abenegado, Ousado e Apaixonado, mostrar essa gravação assim singela, com essa simplicidade e tranquilidade para o mundo ver no YouTube? Fazer fácil o que é difícil?
Sem experiencia, ensaio, takes, iluminação, texto, estudio, diretor, xongas, necas e pitibiribas?
Duca a apresentação, duca o motor, duca, duca, duca tudo.
Porque digo isso? Simples: Vejam a Venus Platinada e a qualidade de sua transmissão de F1 e da Stock. Os comentários, a transmissão, o gás nitrometano que vira nitroglicerina (inacreditável falha renitente) e o famigerado “Dr. Stock” e suas aulas inúteis, básicas, pueris e solenes… Sua ridícula capa branca professoral, seu tom monocórdio e cansativo…
Mestre Joa… Estás me saindo um apresentador de primeira. E voce sabe bem que não deixo por menos, falar em público é comigo mesmo, é minha praia.
Trevisan:
Já recebeu o tal esquema/desenho/croquis/projeto da melhoria da distribuição do óleo? Pergunto porque ficou claro nas tuas explicações que um problema (ou “o” problema) crônico do motor soldado é a baixa pressão de óleo e suas consequencias. Equação ainda não resolvida, digamos.
Sem querer ser “entrão” mas já “entrando” é porque houve uma resposta de blogueiro muito incisiva, citando problema semelhante. E voce pediu aqui a dica…
Caso não tenha chegado nada ainda, o Saloma tem como achar o contato e ajudar a cobrar, suponho.
É que motores boxer “nervosos” são (um dos meus) sonhos de consumo. Solução genial, 100% equilibrada, de baixo centro de gravidade e sonoridade fantástica. Quem como eu e muitos daqui teve o privilégio de ver uma Ferrari Boxer 12 cilindros chegar “chegando” de cano cheio na reta oposta em quinta, enfiar uma pra baixo apontando para a curva do sol e embaralhar aquela sinfonia de 12 cilindros cuspindo fogo pelo escape não esquece jamais… Me arrepia até hoje, mais de 30 anos depois.
E nesse motor 2xVW com um trabalhinho nas vávulas de escape (como fizeram no Ligier) e tubulações do escape e suas curvas… Nem imagino o ronco da criança, deve até doer os ouvidos…
Aí então o Raphael gravava na bancada e punha no YouTube… Não ia prestar…
Joaquim:
Sem te puxar o saco e já puxando (mas voce merece):
Como pode um Homem com H maiúsculo como mestre Joa, falando de uma Obra de Engenharia Brasileira (+ maiúsculas), num Museu que é Exemplo (de novo…), administrado e inventado por um Abenegado, Ousado e Apaixonado, mostrar essa gravação assim singela, com essa simplicidade e tranquilidade para o mundo ver no YouTube? Fazer fácil o que é difícil?
Sem experiencia, ensaio, takes, iluminação, texto, estudio, diretor, xongas, necas e pitibiribas?
Duca a apresentação, duca o motor, duca, duca, duca tudo.
Porque digo isso? Simples: Vejam a Venus Platinada e a qualidade de sua transmissão de F1 e da Stock. Os comentários, a transmissão, o gás nitrometano que vira nitroglicerina (inacreditável falha renitente) e o famigerado “Dr. Stock” e suas aulas inúteis, básicas, pueris e solenes… Sua ridícula capa branca professoral, seu tom monocórdio e cansativo…
Mestre Joa… Estás me saindo um apresentador de primeira. E voce sabe bem que não deixo por menos, falar em público é comigo mesmo, é minha praia.
Trevisan:
Já recebeu o tal esquema/desenho/croquis/projeto da melhoria da distribuição do óleo? Pergunto porque ficou claro nas tuas explicações que um problema (ou “o” problema) crônico do motor soldado é a baixa pressão de óleo e suas consequencias. Equação ainda não resolvida, digamos.
Sem querer ser “entrão” mas já “entrando” é porque houve uma resposta de blogueiro muito incisiva, citando problema semelhante. E voce pediu aqui a dica…
Caso não tenha chegado nada ainda, o Saloma tem como achar o contato e ajudar a cobrar, suponho.
É que motores boxer “nervosos” são (um dos meus) sonhos de consumo. Solução genial, 100% equilibrada, de baixo centro de gravidade e sonoridade fantástica. Quem como eu e muitos daqui teve o privilégio de ver uma Ferrari Boxer 12 cilindros chegar “chegando” de cano cheio na reta oposta em quinta, enfiar uma pra baixo apontando para a curva do sol e embaralhar aquela sinfonia de 12 cilindros cuspindo fogo pelo escape não esquece jamais… Me arrepia até hoje, mais de 30 anos depois.
E nesse motor 2xVW com um trabalhinho nas vávulas de escape (como fizeram no Ligier) e tubulações do escape e suas curvas… Nem imagino o ronco da criança, deve até doer os ouvidos…
Aí então o Raphael gravava na bancada e punha no YouTube… Não ia prestar…
Paulo Trevisan, parabéns por resgatar este motor.Sou natural aí de Selbach, mas moro aqui no DF.Quero ter a oportunidade de conhecer este carro e claro todas as outras relíquias.Comentastes sobre a lubrificação do óleo, gostaria de saber se ele está com com a bomba original ainda?A carburação utilizada na época era relamnet a simples(ou dois carburadores simples) ou os irmãos “Jajá” já utilizavam as duas 48(me parecem 48 as das fotos)?Parabéns.
Paulo Trevisan, parabéns por resgatar este motor.Sou natural aí de Selbach, mas moro aqui no DF.Quero ter a oportunidade de conhecer este carro e claro todas as outras relíquias.Comentastes sobre a lubrificação do óleo, gostaria de saber se ele está com com a bomba original ainda?A carburação utilizada na época era relamnet a simples(ou dois carburadores simples) ou os irmãos “Jajá” já utilizavam as duas 48(me parecem 48 as das fotos)?Parabéns.
Te cuida Silvia Garcia!!!!
Te cuida Silvia Garcia!!!!
Boa Cesar…falaremos com a diretoria…he…he
Boa Cesar…falaremos com a diretoria…he…he
Ceregatti, eu que tenho o esquema dos furos extras que devem ser feitos nas bronzinas do virabrequim, o qual já passei para o Paulo. Ontem, passei na retifica Zanella, em Passo Fundo, para ver como estava o andamento dos trabalhos no meu motor 2000-ar e o funcionário informou que o Paulo tinha passado por lá para dar uma olhada “ao vivo” nas bronzinas, fato que o Paulo já tinha comunicado através da nossa troca de e-mail. Se não me engano, o Paulo já informou aqui no blog que pretende usar uma bomba eletrica de oleo para resolver esse problema de pressão… Eu até pensei um sugerir o uso de uma bomba de 4 engrenagens para carter seco, pois 2 engrenagens estariam empurrando oleo e as outras duas puxando, o que “teoricamente” equalizaria a pressão de oleo entre os blocos, mas a bomba eletrica, por ter vazão constante, deverá resolver o problema…
Ceregatti, eu que tenho o esquema dos furos extras que devem ser feitos nas bronzinas do virabrequim, o qual já passei para o Paulo. Ontem, passei na retifica Zanella, em Passo Fundo, para ver como estava o andamento dos trabalhos no meu motor 2000-ar e o funcionário informou que o Paulo tinha passado por lá para dar uma olhada “ao vivo” nas bronzinas, fato que o Paulo já tinha comunicado através da nossa troca de e-mail. Se não me engano, o Paulo já informou aqui no blog que pretende usar uma bomba eletrica de oleo para resolver esse problema de pressão… Eu até pensei um sugerir o uso de uma bomba de 4 engrenagens para carter seco, pois 2 engrenagens estariam empurrando oleo e as outras duas puxando, o que “teoricamente” equalizaria a pressão de oleo entre os blocos, mas a bomba eletrica, por ter vazão constante, deverá resolver o problema…
Excelente este vídeo. Como disseram acima, como é dificil fazer o simples. Mas o resultado ficou nota 10! Só faltou o ronco do motor…
Excelente este vídeo. Como disseram acima, como é dificil fazer o simples. Mas o resultado ficou nota 10! Só faltou o ronco do motor…
Amigos
Vou colocar aqui o que falei no blog do Mestre Joca, lendo creio que compreenderão tudo e me pouparão de escrever de novo.
Joaquim
Hoje voltei a falar com eles e com o Ricardo Achcar que ontem estava numa reunião.
Portanto, fiz pequenas correções e acrescentei mais informações, devido a isso não estranhe o texto estar um pouco diferente.
Segue abaixo:
Mestre Joaquim
Que show !!!
A gente está acostumado a ver tantas produções caras, a ouvir tantas barbaridades na TV sobre automobilismo, que até se espanta quando assiste uma pessoa preparada como você falar com tanta naturalidade, com uma iluminação simples e com tanto conhecimento.
O que vou falar agora não faz a mínima falta no vídeo, pois ele está maravilhoso e você não tinha obrigação nenhuma de saber onde ficava a oficina dos irmãos “Jajá”, sobretudo porque você não morava aqui.
Escrevo isso tão-somente pra colaborar contigo nas suas anotações futuras.
A oficina deles ficava em Jacarepaguá, RJ, na rua Edgard Werneck.
Outra coisa, acho que esses dois motores vieram depois do Fitti-Fusca, pois sempre morei em Jacarepaguá, estava sempre no autódromo e nunca vi ele lá antes dos Fittipaldi. Vi,sim, os Jajá VÊ.
Se você quiser posso apurar isso.
Parabéns!
24/01/09 02:30
Sidney Cardoso disse…
Mestre Joaquim
Por favor, entenda-me, não tenho o mínimo interesse em desvalorizar esse protótipo, muito pelo contrário, reconheço os grandes méritos dele.
Como escrevi aqui antes, eu morava a apenas 1 kilômetro da oficina do Jair e do Jairo, os “irmãos Jajás”, e não me lembrava de ter visto outro carro bimotor antes do Fitti-Fusca dos irmãos Fittipaldi.
Pois bem, hoje liguei para os pilotos Amauri Mesquita, Ricardo Achcar e Vicente Domingues, liguei também para o Paulo Bracchi, “Russinho”, para Benjamim Vera Molano, preparador de carros daqui na época, todos freqüentadores assíduos do Autódromo do Rio, sendo que Paulo Bracchi o freqüenta desde seus 9 anos de idade.
E todos se lembram perfeitamente que o primeiro a aparecer lá com essa novidade, bimotor, foi o Fitti-Fusca, em 14-12-1969, nos 1000 Kms da Guanabara.
O Vicente Domingues me contou que os “irmãos Jajás”, estavam construindo esse protótipo, Jairo construía o chassi e Jair a carroceria de fibra, e que seria usado apenas um motor, mas que após eles verem o Fitti-Fusca resolveram copiá-lo.
Disse-me também que a adaptação foi logo em seguida, inclusive o Vicente foi o piloto de teste dele.
Vicente me falou que de início o acoplamento dos motores era igual ao do Fitti-Fusca, ou seja, por meio de uma junta do JK.
Disse-me também que o problema que esse carro apresentou – além da junta se partir, como aconteceu com o Fitti-Fusca – era na passagem de ar por baixo do chassi.
Disse-me que eles puseram um duto de entrada de ar na frente do carro para levar a refrigeração ao motor que era entre- eixos e ficava atrás do piloto. Falou-me que a idéia deles e executada foi de colocar um diâmetro menor na frente e maior atrás, para ver se o ar encontrando saída maior criasse um efeito de aumentar a velocidade do carro e refrigerar melhor.
No entanto na prática a teoria não deu certa, pois formava-se uma grande pressão do ar ali à medida que aumentava a velocidade, levantando o banco do piloto e quebrando-o por várias vezes. Devido a esses problemas acabaram abandonando o projeto.
Vicente Domingues disse que o carro só tinha pronta a frente e a cabine do piloto. Atrás, como estava em teste, ficou tudo aberto e o motor exposto.
Depois o Vicente guiou pra eles uma corrida de Fórmula Brasil, disputada aí em SP, que foi patrocinada pelo Shopping Iguatemi.
Penso que ser o segundo carro bimotor construído no Brasil não é demérito algum, muito pelo contrário, acho mais que justo que ele fique exposto no Museu do Automobilismo Brasileiro como uma raridade que é, ninguém pode negar.
Este fato de ser o segundo lhe dá credenciais para isso, sobretudo por não se ter mais o primeiro protótipo, o Fitti-Fusca.
Da mesma forma acho que seria uma injustiça tirar os méritos dos verdadeiros criadores do primeiro carro bimotor que são os irmãos Fittipaldi.
Pelo já exposto creio que uma placa com a indicação de que ele foi o segundo protótipo brasileiro equipado com dois motores acoplados atrairá a atenção dos visitantes e, com certeza, os visitantes irão querer vê-lo de perto para entender como funciona aquela engenharia.
Paulo Trevisan, proprietário do Museu, que o trata com tanta abnegação, vem prestando um serviço inigualável à memória de nosso automobilismo. É através dele e de seu Museu que os mais jovens podem conhecer a sua história e os mais velhos, emocionados, revivê-la.
A ele a minha sincera reverência e agradecimento pela alta qualidade do serviço que vem prestando à nossa sociedade e, sei, por conhecê-lo, que faz isso com o maior prazer. Quem não o conhece precisa ver o brilho em seus olhos, a emoção que transborda em suas palavras quando fala de suas raridades. Creio que essa é a razão de estar sempre com uma aparência jovem.
25/01/09 01:56
Amigos
Vou colocar aqui o que falei no blog do Mestre Joca, lendo creio que compreenderão tudo e me pouparão de escrever de novo.
Joaquim
Hoje voltei a falar com eles e com o Ricardo Achcar que ontem estava numa reunião.
Portanto, fiz pequenas correções e acrescentei mais informações, devido a isso não estranhe o texto estar um pouco diferente.
Segue abaixo:
Mestre Joaquim
Que show !!!
A gente está acostumado a ver tantas produções caras, a ouvir tantas barbaridades na TV sobre automobilismo, que até se espanta quando assiste uma pessoa preparada como você falar com tanta naturalidade, com uma iluminação simples e com tanto conhecimento.
O que vou falar agora não faz a mínima falta no vídeo, pois ele está maravilhoso e você não tinha obrigação nenhuma de saber onde ficava a oficina dos irmãos “Jajá”, sobretudo porque você não morava aqui.
Escrevo isso tão-somente pra colaborar contigo nas suas anotações futuras.
A oficina deles ficava em Jacarepaguá, RJ, na rua Edgard Werneck.
Outra coisa, acho que esses dois motores vieram depois do Fitti-Fusca, pois sempre morei em Jacarepaguá, estava sempre no autódromo e nunca vi ele lá antes dos Fittipaldi. Vi,sim, os Jajá VÊ.
Se você quiser posso apurar isso.
Parabéns!
24/01/09 02:30
Sidney Cardoso disse…
Mestre Joaquim
Por favor, entenda-me, não tenho o mínimo interesse em desvalorizar esse protótipo, muito pelo contrário, reconheço os grandes méritos dele.
Como escrevi aqui antes, eu morava a apenas 1 kilômetro da oficina do Jair e do Jairo, os “irmãos Jajás”, e não me lembrava de ter visto outro carro bimotor antes do Fitti-Fusca dos irmãos Fittipaldi.
Pois bem, hoje liguei para os pilotos Amauri Mesquita, Ricardo Achcar e Vicente Domingues, liguei também para o Paulo Bracchi, “Russinho”, para Benjamim Vera Molano, preparador de carros daqui na época, todos freqüentadores assíduos do Autódromo do Rio, sendo que Paulo Bracchi o freqüenta desde seus 9 anos de idade.
E todos se lembram perfeitamente que o primeiro a aparecer lá com essa novidade, bimotor, foi o Fitti-Fusca, em 14-12-1969, nos 1000 Kms da Guanabara.
O Vicente Domingues me contou que os “irmãos Jajás”, estavam construindo esse protótipo, Jairo construía o chassi e Jair a carroceria de fibra, e que seria usado apenas um motor, mas que após eles verem o Fitti-Fusca resolveram copiá-lo.
Disse-me também que a adaptação foi logo em seguida, inclusive o Vicente foi o piloto de teste dele.
Vicente me falou que de início o acoplamento dos motores era igual ao do Fitti-Fusca, ou seja, por meio de uma junta do JK.
Disse-me também que o problema que esse carro apresentou – além da junta se partir, como aconteceu com o Fitti-Fusca – era na passagem de ar por baixo do chassi.
Disse-me que eles puseram um duto de entrada de ar na frente do carro para levar a refrigeração ao motor que era entre- eixos e ficava atrás do piloto. Falou-me que a idéia deles e executada foi de colocar um diâmetro menor na frente e maior atrás, para ver se o ar encontrando saída maior criasse um efeito de aumentar a velocidade do carro e refrigerar melhor.
No entanto na prática a teoria não deu certa, pois formava-se uma grande pressão do ar ali à medida que aumentava a velocidade, levantando o banco do piloto e quebrando-o por várias vezes. Devido a esses problemas acabaram abandonando o projeto.
Vicente Domingues disse que o carro só tinha pronta a frente e a cabine do piloto. Atrás, como estava em teste, ficou tudo aberto e o motor exposto.
Depois o Vicente guiou pra eles uma corrida de Fórmula Brasil, disputada aí em SP, que foi patrocinada pelo Shopping Iguatemi.
Penso que ser o segundo carro bimotor construído no Brasil não é demérito algum, muito pelo contrário, acho mais que justo que ele fique exposto no Museu do Automobilismo Brasileiro como uma raridade que é, ninguém pode negar.
Este fato de ser o segundo lhe dá credenciais para isso, sobretudo por não se ter mais o primeiro protótipo, o Fitti-Fusca.
Da mesma forma acho que seria uma injustiça tirar os méritos dos verdadeiros criadores do primeiro carro bimotor que são os irmãos Fittipaldi.
Pelo já exposto creio que uma placa com a indicação de que ele foi o segundo protótipo brasileiro equipado com dois motores acoplados atrairá a atenção dos visitantes e, com certeza, os visitantes irão querer vê-lo de perto para entender como funciona aquela engenharia.
Paulo Trevisan, proprietário do Museu, que o trata com tanta abnegação, vem prestando um serviço inigualável à memória de nosso automobilismo. É através dele e de seu Museu que os mais jovens podem conhecer a sua história e os mais velhos, emocionados, revivê-la.
A ele a minha sincera reverência e agradecimento pela alta qualidade do serviço que vem prestando à nossa sociedade e, sei, por conhecê-lo, que faz isso com o maior prazer. Quem não o conhece precisa ver o brilho em seus olhos, a emoção que transborda em suas palavras quando fala de suas raridades. Creio que essa é a razão de estar sempre com uma aparência jovem.
25/01/09 01:56
Sidney Cardoso é o cara!
Quando a gente usa palavras aqui como gentleman, ou mestre, ou abnegado e outras tantas elogiosas, pode até dar a falsa impressão de um bando de puxa-sacos, uns babões ou lambe-botas que se auto elogia mutuamente, elevando egos fazendo reverencias inúteis, destituídas de valor ou conteúdo.
Não é nada disso.
E esse Homem, Sidney Cardoso, é uma das nossas referencias, e há outras. De história, disponibilidade, simpatia, respeito, generosidade, experiencia e educação.
Até para fazer correções ou ajustes, ou então ajudar a reescrever a história riquíssima do automobilismo brasileiro pede licença. Incrível elegancia, perfeito exemplo.
Apenas quem é um poço de dignidade sabe ser humilde.
Para ele, nenhuma novidade. Quem o conhece sabe disso. Sorte de quem partilha sua amizade.
Despejo esse monte de palavras aí (pra variar, prolixo) apenas para fazer um contraponto a imbecilidades que vez por outra pululam no espaço cibernético. Espaço tão democrático que cabem até ditadores que se julgam donos da verdade, tôscos e grosseiros distribuindo impropérios gratuitos, disseminando a discórdia e alterando a placidez de nossos objetivos.
E atacando justamente a aqueles merecem todo o nosso respeito e admiração.
Sidney Cardoso é o cara!
Quando a gente usa palavras aqui como gentleman, ou mestre, ou abnegado e outras tantas elogiosas, pode até dar a falsa impressão de um bando de puxa-sacos, uns babões ou lambe-botas que se auto elogia mutuamente, elevando egos fazendo reverencias inúteis, destituídas de valor ou conteúdo.
Não é nada disso.
E esse Homem, Sidney Cardoso, é uma das nossas referencias, e há outras. De história, disponibilidade, simpatia, respeito, generosidade, experiencia e educação.
Até para fazer correções ou ajustes, ou então ajudar a reescrever a história riquíssima do automobilismo brasileiro pede licença. Incrível elegancia, perfeito exemplo.
Apenas quem é um poço de dignidade sabe ser humilde.
Para ele, nenhuma novidade. Quem o conhece sabe disso. Sorte de quem partilha sua amizade.
Despejo esse monte de palavras aí (pra variar, prolixo) apenas para fazer um contraponto a imbecilidades que vez por outra pululam no espaço cibernético. Espaço tão democrático que cabem até ditadores que se julgam donos da verdade, tôscos e grosseiros distribuindo impropérios gratuitos, disseminando a discórdia e alterando a placidez de nossos objetivos.
E atacando justamente a aqueles merecem todo o nosso respeito e admiração.
Espetacular a reportagem do joca!!!!!! fiquei tempos procurando alguma coisa sobre algum motor boxer de oito cilindros. Achei!!!!! Gostaria de saber sobre a usinagem do virabrequim e tambem a ordem de ignição. É bom saber que existem muita gente apaixonada pela mecânica VW a ar. abraços.
Espetacular a reportagem do joca!!!!!! fiquei tempos procurando alguma coisa sobre algum motor boxer de oito cilindros. Achei!!!!! Gostaria de saber sobre a usinagem do virabrequim e tambem a ordem de ignição. É bom saber que existem muita gente apaixonada pela mecânica VW a ar. abraços.