PIERO TARUFFI E O CURSO DE PILOTAGEM
O que faz de uma foto inédita, campeã, é o seu conteúdo. Essa então nem se fala, galera espia só na imagem enviada pelo brother Walter Hahn Jr.
Fala Walter…”Esse à meu ver foi o primeiro curso de pilotagem no Brasil. O ex campeão Piero Taruffi foi convidado pela Revista Quatro Rodas para vir ao Brasil e efetuar aulas teóricas no prédio antigo da Editora Abril e as aulas práticas em Interlagos, onde todos tiveram a oportunidade de andar com Taruffi dirigindo e em seguida com ele ao lado corrigindo e explicando. Foi de muito proveito para todos e os tempos baixaram de modo geral após as aulas.
Sentados da esquerda para direita:
Piero Taruffi de cabelos brancos
Em pé:
Expedito Marazzi
Sentados
Poggi (Pirelli)
Eduardo Scuráquio
Valdomiro Piesky
Pedro Vitor Delamare
Emerson Fitipaldi
Carol Figueiredo
Emílio Zambello
Walter Hahn
Chiquinho Lameirão
Roberto Dalpont
Logo atras de costas:
Marinho
Jorge Lettri
Alguns que não aparecem e que me lembro foram:
Bird Clemente
Wilson Fitipaldi
Piero Gancia
Anísio Campos
Luis Pereira Bueno”…
(reprodução/Walter Hahn Jr)
Show a foto, mas gostei do moderno notebook em cima da mesa, vc vai digitando e a impressão é instantanea … hahahahhah
Parece ser uma Olivetti igual a que tenho!
Fui de bicão em Interlagos ver, na Abril não dava para entrar. Pelo que me lembro de ouvir falar, acho que o Bird teve um entrevero com o Taruffi.
O Taruffi apesar de um excelente piloto nunca foi campeão de F1 como está no texto, correu mais de carros esporte e foi ganhador da Mille Miglia, seu maior feito.
Corrigido, Roberto Zullino acerta o texto, que saiu sobre o “professor” Taruffi em relação a F1. Não foi campeão na categoria e em 1950 participou com uma Alfa Romeo 158…
Nino Farina foi primeiro campeão mundial da Fórmula 1, em 1950. Farina obteve 3 vitórias nas 7 corridas disputadas nesta primeira temporada, o que lhe rendeu o título. Era a equipe da Alfa Romeo, com o modelo 158, com Juan Manuel Fangio, o britânico Reg Parnell e seu conterrâneo Luigi Fagioli.
E completando a informação do Zullino, Taruffi, fez mais carreira com carros esporte e foi ganhador da Mille Miglia, seu maior feito.
Saloma, tenho o livro “Tecnica e pratica da guida automobilistica da corsa” vou te mandar a capa.
Nunca se viu tantas trenas e “réguas de cálculo” em Interlagos, calculadora ainda não existia, o maior problema era se descobrir o “coefficiente di aderenza” entre o asfalto e os pneus, na época abaixo de 1.
Ary Leber
Engraçado é ouvir de “prima” o Bird falar a respeito. Ele comenta no seu livro. Algo como “se eu fizesse como ele instruía meu tempo subia e depois de muita discussão, marcações na pista etc, fiz do meu jeito e meu tempo caiu. Acabei com a barata autorizado pelo Letri, mas provei que deslizando conseguia buscar tempo. O italiano não engoliu”.. mais ou menos por aí. De chorar de rir.
Mas a foto é espetacular.
Estou babando é com o relato do teste de resistência do Tufão.
Gasta o dedo aí Walter…
Do jeito como era o asfalto de Interlagos, com pedriscos, borracha, buracos e remendos, o melhor mesmo era a “derrapagem controlada” do Bird, mas ele tb fala sobre essa técnica no livro.
O Bird mostrou que “A teoria na pratica, é outra”…
O segundo piloto sentado é Eduardo SCURACCHIO.
E aproveitando a estada de Taruffi por aqui, o ex-piloto foi convidado pela 4 Rodas a entregar o Premio Victor aos pilotos que se destacaram naquele ano, se não me engano, 1966.
E o professor Marazzi, de cigarrinho na mão?
Caros amigos ,
Confirmado o segundo sentado é o Scuracchio, o cigarrinho na mão o Expedito .
A questão do estilo de fazer as derrapagens do Bird foi criticado e divulgado na época, visto que o Taruffi talvez por nunca ter visto daquela forma não mediu muito ao faze-lo, mas o Bird não deu bola e continuou com a forma de guiar dele, alias imitada pór muitos pilotos da época ( com carros leves ).
Foi inédito e nunca igualado.
Walter Hahn Jr
Não tenho certeza qto ao Taruffi entregando o Vitor 66 , no meu caso foi o de Vitor em 1964 , entregue pelo Fangio .
Walter
Walter,
Era franco admirador de seu talento nestes anos 60 e começo dos 70 e acompanhava de perto suas proezas, pois era repórter de automobilismo do Diário do Povo de Campinas. Tive ainda mais entusiasmo quando assumiu a produção do belíssimo Uirapuru e passou a correr com ele, arrasando e colecionando vitórias. Porém, guardo uma curiosidade tão antiga quanto aqueles tempos: porquê nunca colocou o motor Ford V8, com câmbio de 4 ou 5 marchas naquele carro, que tinha espaço e pedia um motor mais moderno, mais potente?
A Brasinca tinha compromisso com a GM, mas não a STV, que eu saiba.
Abraços,
Wagner
Fala Waltinho
Belo post! Eu era ainda muito pequeno mas me lembro de muita coisa dessa época das corridas quando meu pai me levava para ver uma prova de rua em que voce ou o Tio Walter competiam!
Abs Pedro S. Hahn