FERRARI 250 TESTA ROSSA – 1958
A Ferrari 250 “Testa Pontoon Fender Rossa”, 1958, pilotada pelo brasileiro Jean-Louis Lacerda Soares e vencedora da corrida que fez parte das comemorações de inauguração de Brasília em 1960…
…foi leiloada em agosto de 2010, pela RM entre os dias 12 e 14.
A 250 TR (0738TR)no Goodwood Revival em 2007…
Apresentada pela empresa de Leilões “RM Auctions” em Monterey nos EUA, no 25º aniversário do evento Sports & Classics Monterey, em agosto, tornou-se o automóvel mais importante e valioso já oferecido na semana de leilões do evento.
A 250 TR (0738TR)no Cavallino Classic em 2005…
Considerado um dos mais procurados e emblemáticos carros de corrida da Ferrari, a bela e inconfundível Scaglietti 250 Pontoon Fender Testa Rossa, teve apenas 21 unidades construídas entre 1957 e 1958, incluindo 0738TR do piloto Jean-Louis.
Nos últimos 14 anos, a 0738TR teve inúmeras vitórias e pódios nos mais prestigiados e importantes eventos de corridas históricas do mundo.
O chassis (0738TR) entregue ao brasileiro Jean-Louis Lacerda Soares, correu por várias temporadas na terrinha pela Scuderia Largatixa onde cravou uma série de sucesso.
E replicando um parágrafo de um dos “Diários do Hugo”, de março de 2009, em sua terceira edição, lembrou as curiosidades que envolveram a barata. Aqui vamos…
“Na Barra, vi correr um Ferrari GTO com o Camillo Christófaro, os Simca-Abarth, GT Malzoni, Alpine e Bino. Esse Ferrari “GTO”, aliás, tem uma longa e interessante história: Na verdade, começou sua vida, e parece que vai terminá-la, como um legítimo 250 Testa Rossa. Logo após vencer o GP de Buenos Aires de 1958 foi comprado, diretamente da Ferrari, por Jean Louis de Lacerda Soares da Scuderia Lagartixa. Foi conduzido por diversos pilotos, como Chico Landi e José Gimenez Lopez, mas somente obteve vitórias nas mãos de Jean Louis. Vendida em 1960 para Luciano Della Porta, em 1963 foi enviada para a Itália onde recebeu uma carroceria 250 GTO Drogo. De volta ao Brasil em 1965 venceu a prova do IV Centenário do Rio de Janeiro, a qual assisti, pilotada pelo Camillo, “O Lôbo do Canindé”, e foi comprada ali mesmo na pista, pelo Cláudio Klabin. Em seguida, foi vendida para o Paulo César Newlands que com ela venceu uma prova do Circuito de Petropólis em 1967. Sofreu então, lá mesmo em Petrópolis, uma série de transformações estéticas em sua carroceria, verdadeiro sacrilégio, e foi trocada numa revenda de automóveis, por dois Dodge Charger. Voltou mais uma vez às mãos do Camillo Christófaro, e foi posteriormente vendida para um colecionador na Europa que, finalmente, lhe devolveu a carroceria TR original de Scaglietti, e a utiliza atualmente nos Ferrari Challenge de veículos históricos. Descanse em paz..!”
Um pouco de Jean-Louis Lacerda Soares…
Nasceu em 23 de dezembro de 1930 em Paris, durante uma viagem de seus país à Paris, mas sempre teve nacionalidade brasileira e viveu muitos anos em São Paulo.
Em 1960 teve sua estréia nas pistas pilotando uma Ferrari Monza. Com a Testa Rossa, venceu a prova em um circuito de rua na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e o “Grande Prêmio Presidente Juscelino Kubitscheck”, prova que integrou as comemorações oficiais da inauguração de Brasília “O circuito era sem graça, mas foi uma corrida muito especial pelo momento histórico e também porque recebi o troféu das mãos de Juan Manuel Fangio”, recorda.
Jean-Louis também disputou a Mil Milhas Brasileiras por duas vezes em parceria: uma com Chico Landi em uma carretera Chevrolet e outra com um Fiat com Emilio Zambello. Parou de correr em 1962.
Jean-Louis Lacerda Soares (carro 81), liderando o “Grande Prêmio Presidente Juscelino Kubitschek” em 1960. Arquivo: Jean-Louis Lacerda Soares
(reprodução/www.rmauctions.com/©2010 RM Auctions-All Rights Reserved/dica do brother Rui Pastor)
Tudo já foi dito sobre este carro maravilhoso.
Eu fiz umas fotos dele em Goodwood, numa época que ainda usava a minha confiavel Nikkormat com filmes Kodacolor.
Eu ouvi dizer que a troca feita aqui no Rio foi por um Dodge Charger e não dois, mas isto não importa. De qualquer maneira, naquela época até um Dart era muito melhor do que aquela salada italiana complicada de fazer funcionar.
🙂 🙂 🙂
Que historia, putz!
Quanto será o lance de entrada? alguém sabe?
Meu “pobrema” é não ter grana, só isso…
Eis aí um carro bonito. Muito bonito.
Esta Ferrari pertence a incrivel coleção do brasileiro Carlos Monteverde, que venceu diversas provas de classicos com ela, na Europa, em tempos recentes.
Antonio Seabra
Na época ela foi vendida para o Colin Crabe por emblemáticos “1 milhão de dólares” que o Camilo fez questão de ir receber em grana na Inglaterra ! O Colin revendeu imediatamente por 1,6 milhão.
Amigo..tenho fotos desta corrida no Rio a qual tb. assisti se vc. tiver interesse está as suas ordens
Um detalhe interessante:
1) Quando o carro veio para o Brasil era RHD (Right Hand Drive). Vide foto acima com Jean Louis Lacerda Soares.
2) Quando recebeu a carroceria Drogo, o volante mudou de lado e o carro passou a ser LHD (Left Hand Drive). Vide fotos:
2.1) Camillo Christofaro (1965)
http://www.petrolhead.com.br/node/358
2.2) Paulo Cesar Newlands (1967)
http://brazilexporters.com/blog//index.php/2007/10/30/ferrari_de_paulo_newlands?blog=5
3) Nas fotos do carro nas mãos de Carlos Monteverde, “de volta como 250 Testa Rossa” continua LHD.
Sem comentários ….
Na verdade ela sempre foi LHD, o carro com o qual Lacerda Soares venceu em Brasília em 1960 não era esse e sim a 290MM #0606, que posteriormente foi vendida ao Aguinaldo de Góes Filho. Esse carro se acabou no acidente do Rio Negro em Interlagos em 1962 e as peças foram doadas ao Camilo pelo Aguinaldo.
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