DIÁRIOS DO HUGO #1
O COMEÇO
Por Hugo Borghi
“Desde que me entendo por gente, sempre fui apaixonado por carros e automobilismo”.
Assisti minha primeira corrida aos seis anos de idade, nos ombros do meu pai, para poder enxergar alguma coisa. Foi em janeiro de 1954, a última prova disputada no Circuito da Gávea, o temido “Trampolim do Diabo”. Ficamos posicionados na descida da Rua Marquês de São Vicente que era de paralelepípedos, e ainda por cima, tinha trilhos de bonde. Além do mais, chuviscava naquele dia, imaginem! Só me lembro das “baratinhas” passando velozes e do ronco que faziam. Hoje, sei que o suíço Emmanuel de Graffenried venceu com Maserati esporte 2-litros, que Chico Landi foi terceiro com um Ferrari 166 MM e que o Porsche 550 Spyder do Hans Stuck quebrou.
Depois de colecionar carrinhos da Dinky e Corgi Toys, Solido e Schuco, comecei a juntar revistas.
Desde os primeiros números de Quatro Rodas e Autoesporte, lia, relia, e babava com os textos e fotos em P&B das corridas dos anos de ouro do automobilismo nacional.
Era a época dos endiabrados DKW da Vemag, com seus motorzinhos de 3 cilindros dois-tempos levados de 44 para incríveis 100 cv pelo genial Jorge Lettry, montados, desmontados, remontados, acertados e regulados pelas mãos mágicas do Crispim, com quem tenho o prazer de poder conversar, hoje em dia, nos boxes de Interlagos.
Ouvir do próprio Miguel Crispim Ladeira as histórias das corridas nos primórdios da indústria automobilística nacional, das dificuldades e dos problemas que tinham de superar e das geniais improvisações para fazer aqueles carrinhos voarem nas pistas nas mãos de Bird Clemente, Marinho, Chiquinho Lameirão, Anísio Campos e Norman Casari, é um privilégio com o qual não podia sequer sonhar na minha adolescência!
Dos pilotos que se aposentaram, Chiquinho Lameirão e Jan Balder ainda freqüentam, assiduamente, os boxes de Interlagos. Assim como, porém mais raramente, Bird Clemente, Luizinho Pereira Bueno, Bob Sharp e muitos outros ícones do automobilismo.
Sempre sorridentes, afáveis, e prontos a bater um papo e a contar histórias inebriantes. Emerson e Wilsinho Fittipaldi até voltaram a correr, e agora, são “meus colegas”!
No período de transição, entre somente carros de corrida importados e carreteras, e veículos fabricados no Brasil, foram surgindo nas pistas, além dos DKW, as Berlinetas Interlagos, os JK, KG-Porsche, Gordini, Simca, os sempre presente Fuscas, e tudo e qualquer coisa que tivesse um motor, quatro rodas e alguém para pilotar.
O primeiro carro de corridas no qual andei foi um Maserati 450S que pertencia ao Sérgio Bernardes, pai do meu amigo, e quase irmão, Cláudio Bernardes, fiel e inseparável parceiro de tantas aventuras. Seu irmão Serginho “pegou emprestado” o Maserati e me convidou para ir da Rua Tonelero, em Copacabana, onde moravam, até o Iate Clube, na Urca. Nunca mais fiz esse trajeto tão rápido na minha vida!
O carro (acima), um dos mais lindos que já vi até hoje, havia estreado em 1957 na 1000 Quilômetros de Buenos Aires com Fangio e Stirling Moss, e vencido a 12 Horas de Sebring, com Fangio e Jean Behra, no mesmo ano.
O Sérgio Bernardes foi um arquiteto genial, um dos melhores que o Brasil já teve. Era também um apaixonado por carros de corrida.
Chegou a possuir também um Ferrari de competição, com o qual disputou algumas provas na Europa.
Em 1960, logo antes dos Bernardes se mudarem do Edifício Albervânia, na Rua Tonelero 180, para a famosa e cinematográfica casa, no número 1 da Av. Niemeyer 179, Sérgio presenteou o Cláudio, pelo seu aniversário de 11 anos, com um brinquedo inglês, nunca antes visto por estas bandas. Um Scalextric. Nada mais era, do que o precursor do “autorama” que, anos mais tarde, viria a ser um fenomenal sucesso. Mas em 1960, e ainda mais para uma criança, era uma coisa quase inacreditável. Do outro mundo! Junto com os pedaços de pista e controles, vinham 4 carrinhos. Um Vanwall e um Lotus 16 para os fãs de Fórmula 1, e um Aston Martin DBR1 e um Lister-Jaguar, para os amantes de protótipos. Montávamos a pista no jardim de inverno do apartamento, e quase gastávamos os polegares nos controles de aceleração.
Quando o Sérgio dispensava o seu motorista que atendia pelo nome de Napoleão Bonaparte… De Araújo, e nos dava carona para o colégio, no Aero Willys preto 1960, aproveitava para nos mostrar como fazer um “four wheel drift” perfeito, nas curvas em torno da lagoa.
Cláudio e eu passávamos os dias no escritório do Sérgio, na beira da sua prancheta, rabiscando desenhos e projetos imaginários. Alguns anos depois, acompanhamos de camarote, o nascimento e desenvolvimento do projeto do “Bernardette”, um automóvel criado pelo Sérgio que, como várias das suas idéias, infelizmente estava muito à frente do seu tempo.
Cláudio acompanhou os passos do pai, e veio a se tornar também, um dos grandes arquitetos do país, no que foi seguido pelo seu filho, Thiago.
Hugo Borghi
www.ararenovaes.blogspot.com
Belíssimo texto Hugo, uma “viagem” no tempo e isso é muito bom, principalmente pra quem tem mais de 5.0.
Continue nos brindando com histórias como essa.
Parabéns!
Ah, e a caricatura da Brasa?
Um grande abraço.
Belíssimo texto Hugo, uma “viagem” no tempo e isso é muito bom, principalmente pra quem tem mais de 5.0.
Continue nos brindando com histórias como essa.
Parabéns!
Ah, e a caricatura da Brasa?
Um grande abraço.
Ararê vc me deu uma excelente idéia…vou colocar na assinatura a Brasuca!
Boa…
Ararê vc me deu uma excelente idéia…vou colocar na assinatura a Brasuca!
Boa…
Caro Hugo ,exelente seu texto , quando vc fala do Crispin então!!! um baita cara , uma lenda viva . Meu pai Rui Amaral foi amigo de seu pai , e entrou em seu partido o PRT onde se elegeu D. Federal em 1961 .Estavamos conversando sb ele outro dia , e meu irmão Paulo me dizia que seu pai era um dos maiores conhecedores de café do mundo .Otimo de encontrar nestas páginas do Luiz , parabens , continue que estaremos lendo.
Caro Hugo ,exelente seu texto , quando vc fala do Crispin então!!! um baita cara , uma lenda viva . Meu pai Rui Amaral foi amigo de seu pai , e entrou em seu partido o PRT onde se elegeu D. Federal em 1961 .Estavamos conversando sb ele outro dia , e meu irmão Paulo me dizia que seu pai era um dos maiores conhecedores de café do mundo .Otimo de encontrar nestas páginas do Luiz , parabens , continue que estaremos lendo.
Começou da melhor maneira possível: falando bem de Maserati. Elasrealmente são lindas, principalmente a 300S.
Começou da melhor maneira possível: falando bem de Maserati. Elasrealmente são lindas, principalmente a 300S.
Sen-sa-cio-nal história, “Seu Hugo”!
E o tonto aqui achando que voce tivesse começado anteontem! Que só “gostava um pouquinho” e finalmente resolveu brincar de carrinho!
O caramba!
Esse negócio de asistir sua primeira prova no trampolim do diabo nos ombros de seu pai é uma coisa de louco de legal! Pra contar pros filhos, netos, bisnetos e agora pra todo mundo saber. Imagino teus olhos brilhando, coraçãozinho batendo rápido, hipnotizado com aqueles carros, cheiros e sons.
Ter andado de Maserati então, não há dinheiro que pague, não tem apaixonado que resista.
Juntando-me ao côro: Conta mais, Hugo! Não deixe por menos, despeje aí seus sonhos e histórias.
Peço que partilhe conosco suas experiencias, não as guarde apenas para si.
E fico feliz demais por saber que demorou tanto para finalmente dar vazão a seus sonhos. Não parece agora que o tempo nem passou? E estar no Templo dialogando com os Mestres do Ofício, falando com os Deuses como iguais realmente não dá nem para descrever.
Parabéns, Hugo.
Voce chegou lá.
Sen-sa-cio-nal história, “Seu Hugo”!
E o tonto aqui achando que voce tivesse começado anteontem! Que só “gostava um pouquinho” e finalmente resolveu brincar de carrinho!
O caramba!
Esse negócio de asistir sua primeira prova no trampolim do diabo nos ombros de seu pai é uma coisa de louco de legal! Pra contar pros filhos, netos, bisnetos e agora pra todo mundo saber. Imagino teus olhos brilhando, coraçãozinho batendo rápido, hipnotizado com aqueles carros, cheiros e sons.
Ter andado de Maserati então, não há dinheiro que pague, não tem apaixonado que resista.
Juntando-me ao côro: Conta mais, Hugo! Não deixe por menos, despeje aí seus sonhos e histórias.
Peço que partilhe conosco suas experiencias, não as guarde apenas para si.
E fico feliz demais por saber que demorou tanto para finalmente dar vazão a seus sonhos. Não parece agora que o tempo nem passou? E estar no Templo dialogando com os Mestres do Ofício, falando com os Deuses como iguais realmente não dá nem para descrever.
Parabéns, Hugo.
Voce chegou lá.
Valeu Saloma!
Boa…
Valeu Saloma!
Boa…
Dr.Hugo,
Às terças e quintas SÓ(!),num vai dá não…queremos mais!Narrativas assim não cansam,a gente não quer interromper a leitura,sacumé…
Dr.Hugo,
Às terças e quintas SÓ(!),num vai dá não…queremos mais!Narrativas assim não cansam,a gente não quer interromper a leitura,sacumé…
To curioso com essa história do “Bernadette”. não tem nenhuma imagem do carro?
To curioso com essa história do “Bernadette”. não tem nenhuma imagem do carro?
Bom dia Hugo. Foi com emoção que conclui a leitura de sua texto. Este mundo é realmente muito pequeno.Certamente demos algumas trombadas no passado.Fui muito amigo do saudoso Serginho pois eramos colegas de sala e carteira no colégio Brasil América a Rua das Palmeiras, juntamente com seus primos Gil Bernardes e Paulo Guilhobel. A Masserati que voce descreveu eu a conheci na cor cinza mas o motor havia explodido e substituiram por um Sinca para poder correr como mecanica continental. Era de fato fantastica.
O velho Sergio era um cara fantastico e aturava nossas maluquices na boa. Grande arquiteto e responsavel pelo projeto do autodromo de Nova Iguaçu “Adrienópolis”, um circuito tipo ova de 4 retas e 4 curvas que não chegou a ser asfaltado.
A Bernadete conheci o projeto, com portas que se abriam em corrediças (tipo dos furgoes atuais) permitindo saida facil e com os bancos giratorios para facilitar a entrada e saida dos passageiros.O cara tinha projetos fantasticos como uma pista perimetral que ligava Botafogo a Lagoa atravez dos morros do cemitério, etc.
Caro Hugo. Seu texto sobre a Gavea me fez voltar 50 anos atraz pois assisti as ultimas duas corridas anos 52 e 53 as quais tenho perfeitas lembranças sendo que em 52, com apenas 9 anos e ja muito independente resolvi assistir a famosa corrida. Estava chovendo e fui de bonde ate a praça do Jockey Club, onde ao soltar andando,levei um tombo e quase fico embaixo do reboque. Subi a Marques de S. Vicente e fiquei assistindo emcima do muro da atual PUC até o momento que soubemos que na curva acima tinha havido um acidenta.A adrenalina subiu junto com a grande curiosidade e assim pulamos do muro e subimos a rua.La estava estacionado junto ao poste a barata do Andreata. Lembro que examinei seu interior, observando a caixa d marchas e transmissaõ no meio as pernas do piloto e atonico com aguela sena, sentei-me no muro de grades ali existente quando então os carros iriam completar outra volta. A rua era de paralelepipedos, com dois trilhos do bonde, em descida e estava molhada, dificil de pilotar. Minha ultima imagem foi a de um carro derrapando com seu piloto sendo projetado, batendo no carro estacionado e atingindo 2 adultos e uma crinça (eu). Fiquei imprensado pelo pé e tempos depois no Miguel Couto soube que era o piloto Aristides Bertuol em sua Masserati.
Obrigado por me voltar no tempo e desculpi-me se me alonguei muito mas afinal são 50 anos de automobilismo.
Forte abraço Eduardo Castro
Bom dia Hugo. Foi com emoção que conclui a leitura de sua texto. Este mundo é realmente muito pequeno.Certamente demos algumas trombadas no passado.Fui muito amigo do saudoso Serginho pois eramos colegas de sala e carteira no colégio Brasil América a Rua das Palmeiras, juntamente com seus primos Gil Bernardes e Paulo Guilhobel. A Masserati que voce descreveu eu a conheci na cor cinza mas o motor havia explodido e substituiram por um Sinca para poder correr como mecanica continental. Era de fato fantastica.
O velho Sergio era um cara fantastico e aturava nossas maluquices na boa. Grande arquiteto e responsavel pelo projeto do autodromo de Nova Iguaçu “Adrienópolis”, um circuito tipo ova de 4 retas e 4 curvas que não chegou a ser asfaltado.
A Bernadete conheci o projeto, com portas que se abriam em corrediças (tipo dos furgoes atuais) permitindo saida facil e com os bancos giratorios para facilitar a entrada e saida dos passageiros.O cara tinha projetos fantasticos como uma pista perimetral que ligava Botafogo a Lagoa atravez dos morros do cemitério, etc.
Caro Hugo. Seu texto sobre a Gavea me fez voltar 50 anos atraz pois assisti as ultimas duas corridas anos 52 e 53 as quais tenho perfeitas lembranças sendo que em 52, com apenas 9 anos e ja muito independente resolvi assistir a famosa corrida. Estava chovendo e fui de bonde ate a praça do Jockey Club, onde ao soltar andando,levei um tombo e quase fico embaixo do reboque. Subi a Marques de S. Vicente e fiquei assistindo emcima do muro da atual PUC até o momento que soubemos que na curva acima tinha havido um acidenta.A adrenalina subiu junto com a grande curiosidade e assim pulamos do muro e subimos a rua.La estava estacionado junto ao poste a barata do Andreata. Lembro que examinei seu interior, observando a caixa d marchas e transmissaõ no meio as pernas do piloto e atonico com aguela sena, sentei-me no muro de grades ali existente quando então os carros iriam completar outra volta. A rua era de paralelepipedos, com dois trilhos do bonde, em descida e estava molhada, dificil de pilotar. Minha ultima imagem foi a de um carro derrapando com seu piloto sendo projetado, batendo no carro estacionado e atingindo 2 adultos e uma crinça (eu). Fiquei imprensado pelo pé e tempos depois no Miguel Couto soube que era o piloto Aristides Bertuol em sua Masserati.
Obrigado por me voltar no tempo e desculpi-me se me alonguei muito mas afinal são 50 anos de automobilismo.
Forte abraço Eduardo Castro
Bom dia Hugo. Foi com emoção que conclui a leitura de sua texto. Este mundo é realmente muito pequeno.Certamente demos algumas trombadas no passado.Fui muito amigo do saudoso Serginho pois eramos colegas de sala e carteira no colégio Brasil América a Rua das Palmeiras, juntamente com seus primos Gil Bernardes e Paulo Guilhobel. A Masserati que voce descreveu eu a conheci na cor cinza mas o motor havia explodido e substituiram por um Sinca para poder correr como mecanica continental. Era de fato fantastica.
O velho Sergio era um cara fantastico e aturava nossas maluquices na boa. Grande arquiteto e responsavel pelo projeto do autodromo de Nova Iguaçu “Adrienópolis”, um circuito tipo ova de 4 retas e 4 curvas que não chegou a ser asfaltado.
A Bernadete conheci o projeto, com portas que se abriam em corrediças (tipo dos furgoes atuais) permitindo saida facil e com os bancos giratorios para facilitar a entrada e saida dos passageiros.O cara tinha projetos fantasticos como uma pista perimetral que ligava Botafogo a Lagoa atravez dos morros do cemitério, etc.
Caro Hugo. Seu texto sobre a Gavea me fez voltar 50 anos atraz pois assisti as ultimas duas corridas anos 52 e 53 as quais tenho perfeitas lembranças sendo que em 52, com apenas 9 anos e ja muito independente resolvi assistir a famosa corrida. Estava chovendo e fui de bonde ate a praça do Jockey Club, onde ao soltar andando,levei um tombo e quase fico embaixo do reboque. Subi a Marques de S. Vicente e fiquei assistindo emcima do muro da atual PUC até o momento que soubemos que na curva acima tinha havido um acidenta.A adrenalina subiu junto com a grande curiosidade e assim pulamos do muro e subimos a rua.La estava estacionado junto ao poste a barata do Andreata. Lembro que examinei seu interior, observando a caixa d marchas e transmissaõ no meio as pernas do piloto e atonico com aguela sena, sentei-me no muro de grades ali existente quando então os carros iriam completar outra volta. A rua era de paralelepipedos, com dois trilhos do bonde, em descida e estava molhada, dificil de pilotar. Minha ultima imagem foi a de um carro derrapando com seu piloto sendo projetado, batendo no carro estacionado e atingindo 2 adultos e uma crinça (eu). Fiquei imprensado pelo pé e tempos depois no Miguel Couto soube que era o piloto Aristides Bertuol em sua Masserati.
Obrigado por me voltar no tempo e desculpi-me se me alonguei muito mas afinal são 50 anos de automobilismo.
Forte abraço Eduardo Castro
Bom dia Hugo. Foi com emoção que conclui a leitura de sua texto. Este mundo é realmente muito pequeno.Certamente demos algumas trombadas no passado.Fui muito amigo do saudoso Serginho pois eramos colegas de sala e carteira no colégio Brasil América a Rua das Palmeiras, juntamente com seus primos Gil Bernardes e Paulo Guilhobel. A Masserati que voce descreveu eu a conheci na cor cinza mas o motor havia explodido e substituiram por um Sinca para poder correr como mecanica continental. Era de fato fantastica.
O velho Sergio era um cara fantastico e aturava nossas maluquices na boa. Grande arquiteto e responsavel pelo projeto do autodromo de Nova Iguaçu “Adrienópolis”, um circuito tipo ova de 4 retas e 4 curvas que não chegou a ser asfaltado.
A Bernadete conheci o projeto, com portas que se abriam em corrediças (tipo dos furgoes atuais) permitindo saida facil e com os bancos giratorios para facilitar a entrada e saida dos passageiros.O cara tinha projetos fantasticos como uma pista perimetral que ligava Botafogo a Lagoa atravez dos morros do cemitério, etc.
Caro Hugo. Seu texto sobre a Gavea me fez voltar 50 anos atraz pois assisti as ultimas duas corridas anos 52 e 53 as quais tenho perfeitas lembranças sendo que em 52, com apenas 9 anos e ja muito independente resolvi assistir a famosa corrida. Estava chovendo e fui de bonde ate a praça do Jockey Club, onde ao soltar andando,levei um tombo e quase fico embaixo do reboque. Subi a Marques de S. Vicente e fiquei assistindo emcima do muro da atual PUC até o momento que soubemos que na curva acima tinha havido um acidenta.A adrenalina subiu junto com a grande curiosidade e assim pulamos do muro e subimos a rua.La estava estacionado junto ao poste a barata do Andreata. Lembro que examinei seu interior, observando a caixa d marchas e transmissaõ no meio as pernas do piloto e atonico com aguela sena, sentei-me no muro de grades ali existente quando então os carros iriam completar outra volta. A rua era de paralelepipedos, com dois trilhos do bonde, em descida e estava molhada, dificil de pilotar. Minha ultima imagem foi a de um carro derrapando com seu piloto sendo projetado, batendo no carro estacionado e atingindo 2 adultos e uma crinça (eu). Fiquei imprensado pelo pé e tempos depois no Miguel Couto soube que era o piloto Aristides Bertuol em sua Masserati.
Obrigado por me voltar no tempo e desculpi-me se me alonguei muito mas afinal são 50 anos de automobilismo.
Forte abraço Eduardo Castro
Bom dia Hugo. Foi com emoção que conclui a leitura de sua texto. Este mundo é realmente muito pequeno.Certamente demos algumas trombadas no passado.Fui muito amigo do saudoso Serginho pois eramos colegas de sala e carteira no colégio Brasil América a Rua das Palmeiras, juntamente com seus primos Gil Bernardes e Paulo Guilhobel. A Masserati que voce descreveu eu a conheci na cor cinza mas o motor havia explodido e substituiram por um Sinca para poder correr como mecanica continental. Era de fato fantastica.
O velho Sergio era um cara fantastico e aturava nossas maluquices na boa. Grande arquiteto e responsavel pelo projeto do autodromo de Nova Iguaçu “Adrienópolis”, um circuito tipo ova de 4 retas e 4 curvas que não chegou a ser asfaltado.
A Bernadete conheci o projeto, com portas que se abriam em corrediças (tipo dos furgoes atuais) permitindo saida facil e com os bancos giratorios para facilitar a entrada e saida dos passageiros.O cara tinha projetos fantasticos como uma pista perimetral que ligava Botafogo a Lagoa atravez dos morros do cemitério, etc.
Caro Hugo. Seu texto sobre a Gavea me fez voltar 50 anos atraz pois assisti as ultimas duas corridas anos 52 e 53 as quais tenho perfeitas lembranças sendo que em 52, com apenas 9 anos e ja muito independente resolvi assistir a famosa corrida. Estava chovendo e fui de bonde ate a praça do Jockey Club, onde ao soltar andando,levei um tombo e quase fico embaixo do reboque. Subi a Marques de S. Vicente e fiquei assistindo emcima do muro da atual PUC até o momento que soubemos que na curva acima tinha havido um acidenta.A adrenalina subiu junto com a grande curiosidade e assim pulamos do muro e subimos a rua.La estava estacionado junto ao poste a barata do Andreata. Lembro que examinei seu interior, observando a caixa d marchas e transmissaõ no meio as pernas do piloto e atonico com aguela sena, sentei-me no muro de grades ali existente quando então os carros iriam completar outra volta. A rua era de paralelepipedos, com dois trilhos do bonde, em descida e estava molhada, dificil de pilotar. Minha ultima imagem foi a de um carro derrapando com seu piloto sendo projetado, batendo no carro estacionado e atingindo 2 adultos e uma crinça (eu). Fiquei imprensado pelo pé e tempos depois no Miguel Couto soube que era o piloto Aristides Bertuol em sua Masserati.
Obrigado por me voltar no tempo e desculpi-me se me alonguei muito mas afinal são 50 anos de automobilismo.
Forte abraço Eduardo Castro
Bom dia Hugo. Foi com emoção que conclui a leitura de sua texto. Este mundo é realmente muito pequeno.Certamente demos algumas trombadas no passado.Fui muito amigo do saudoso Serginho pois eramos colegas de sala e carteira no colégio Brasil América a Rua das Palmeiras, juntamente com seus primos Gil Bernardes e Paulo Guilhobel. A Masserati que voce descreveu eu a conheci na cor cinza mas o motor havia explodido e substituiram por um Sinca para poder correr como mecanica continental. Era de fato fantastica.
O velho Sergio era um cara fantastico e aturava nossas maluquices na boa. Grande arquiteto e responsavel pelo projeto do autodromo de Nova Iguaçu “Adrienópolis”, um circuito tipo ova de 4 retas e 4 curvas que não chegou a ser asfaltado.
A Bernadete conheci o projeto, com portas que se abriam em corrediças (tipo dos furgoes atuais) permitindo saida facil e com os bancos giratorios para facilitar a entrada e saida dos passageiros.O cara tinha projetos fantasticos como uma pista perimetral que ligava Botafogo a Lagoa atravez dos morros do cemitério, etc.
Caro Hugo. Seu texto sobre a Gavea me fez voltar 50 anos atraz pois assisti as ultimas duas corridas anos 52 e 53 as quais tenho perfeitas lembranças sendo que em 52, com apenas 9 anos e ja muito independente resolvi assistir a famosa corrida. Estava chovendo e fui de bonde ate a praça do Jockey Club, onde ao soltar andando,levei um tombo e quase fico embaixo do reboque. Subi a Marques de S. Vicente e fiquei assistindo emcima do muro da atual PUC até o momento que soubemos que na curva acima tinha havido um acidenta.A adrenalina subiu junto com a grande curiosidade e assim pulamos do muro e subimos a rua.La estava estacionado junto ao poste a barata do Andreata. Lembro que examinei seu interior, observando a caixa d marchas e transmissaõ no meio as pernas do piloto e atonico com aguela sena, sentei-me no muro de grades ali existente quando então os carros iriam completar outra volta. A rua era de paralelepipedos, com dois trilhos do bonde, em descida e estava molhada, dificil de pilotar. Minha ultima imagem foi a de um carro derrapando com seu piloto sendo projetado, batendo no carro estacionado e atingindo 2 adultos e uma crinça (eu). Fiquei imprensado pelo pé e tempos depois no Miguel Couto soube que era o piloto Aristides Bertuol em sua Masserati.
Obrigado por me voltar no tempo e desculpi-me se me alonguei muito mas afinal são 50 anos de automobilismo.
Forte abraço Eduardo Castro
Ual…
Já estou ansioso por continuações.
Ual…
Já estou ansioso por continuações.
Hugo, boa noite !
Vejo aqui mais um indício de que a informaçõe da Maserati sobre a vinda de 2 450S para o Brazil podem ser verdadeiras, apesar de eu nunca ter conseguido encontrar algum registro das duas juntas !!!
Será que vc conseguiria mais alguma informação sobre este carro ?
Saloma,
A foto que vc colocou da 450S é moderna. Será que a turma do RJ não consegue alguma autêntica foto de época ?
E, talvez, mais alguma pista do destino deste carro ?
Edu Castro,
Você tem alguma foto da Maserati cinza ?
Esta sua informação de uma Maserati cinza com motor de Simca, bate mais com a 200S que veio para São Paulo, nas mãos do Adolfo Cilento, que posteriormente vendeu para o Flavio Marx.
A 450S que estava em SP tinha o motor V8 original.
Vamos tentar desvendar este mistério !!!!
Abraços !
Hugo, boa noite !
Vejo aqui mais um indício de que a informaçõe da Maserati sobre a vinda de 2 450S para o Brazil podem ser verdadeiras, apesar de eu nunca ter conseguido encontrar algum registro das duas juntas !!!
Será que vc conseguiria mais alguma informação sobre este carro ?
Saloma,
A foto que vc colocou da 450S é moderna. Será que a turma do RJ não consegue alguma autêntica foto de época ?
E, talvez, mais alguma pista do destino deste carro ?
Edu Castro,
Você tem alguma foto da Maserati cinza ?
Esta sua informação de uma Maserati cinza com motor de Simca, bate mais com a 200S que veio para São Paulo, nas mãos do Adolfo Cilento, que posteriormente vendeu para o Flavio Marx.
A 450S que estava em SP tinha o motor V8 original.
Vamos tentar desvendar este mistério !!!!
Abraços !
M, a foto foi enviada pelo autor…se aparecer a foto pedida troco com prazer!
M, a foto foi enviada pelo autor…se aparecer a foto pedida troco com prazer!
Edu Castro, Hugo e Saloma:
Voces tres tem noção do que esse espaço e suas experiencias estão proporcionando aos apaixonados por automobilismo?
Todos nós, no máximo, esperávamos ansiosamente pelas revistas nacionais e “se desse” algumas importadas, para ler histórias digamos… pasteurizadas, de repórteres profissionais.
Hoje partilhamos experiencias reais ricas e exsclusivas, e um exemplo claro é esse: Duas testemunhas de provas no Trampolim do Diabo, sendo que o Edu Castro quase vira estatística…
Leio o que voces escrevem e viajo, quase que me transporto a essas passagens.
Novamente e como sempre, obrigado a todos por dividirem suas vidas conosco – pra quem, como voces tambem, esperava as tais revistas ansiosamente, esses textos são ouro puro.
E Sr. Edu (pelo descrito, com perto de 66 anos) precisa aparecer no Templo, pra se encontrar com a gente.
Abraços fraternais a todos os malucos de carteirinha.
Edu Castro, Hugo e Saloma:
Voces tres tem noção do que esse espaço e suas experiencias estão proporcionando aos apaixonados por automobilismo?
Todos nós, no máximo, esperávamos ansiosamente pelas revistas nacionais e “se desse” algumas importadas, para ler histórias digamos… pasteurizadas, de repórteres profissionais.
Hoje partilhamos experiencias reais ricas e exsclusivas, e um exemplo claro é esse: Duas testemunhas de provas no Trampolim do Diabo, sendo que o Edu Castro quase vira estatística…
Leio o que voces escrevem e viajo, quase que me transporto a essas passagens.
Novamente e como sempre, obrigado a todos por dividirem suas vidas conosco – pra quem, como voces tambem, esperava as tais revistas ansiosamente, esses textos são ouro puro.
E Sr. Edu (pelo descrito, com perto de 66 anos) precisa aparecer no Templo, pra se encontrar com a gente.
Abraços fraternais a todos os malucos de carteirinha.
Caro Claudio. Obrigado pelas palavras gentis e pelo convite para o Templo. Em breve estarei por ai.
Acho que a Masserati era uma 200 ou 300S pois tinha aquela proteção do S.Antonio na mala. A ultima vez que a vi foi em 1964, no Postinho do Leblon e nunca tive noticias de sua venda ou paradeiro.
Abraços a todos Edu Castro.
Caro Claudio. Obrigado pelas palavras gentis e pelo convite para o Templo. Em breve estarei por ai.
Acho que a Masserati era uma 200 ou 300S pois tinha aquela proteção do S.Antonio na mala. A ultima vez que a vi foi em 1964, no Postinho do Leblon e nunca tive noticias de sua venda ou paradeiro.
Abraços a todos Edu Castro.
Caro Claudio. Obrigado pelas palavras gentis e pelo convite para o Templo. Em breve estarei por ai.
Acho que a Masserati era uma 200 ou 300S pois tinha aquela proteção do S.Antonio na mala. A ultima vez que a vi foi em 1964, no Postinho do Leblon e nunca tive noticias de sua venda ou paradeiro.
Abraços a todos Edu Castro.
Caro Claudio. Obrigado pelas palavras gentis e pelo convite para o Templo. Em breve estarei por ai.
Acho que a Masserati era uma 200 ou 300S pois tinha aquela proteção do S.Antonio na mala. A ultima vez que a vi foi em 1964, no Postinho do Leblon e nunca tive noticias de sua venda ou paradeiro.
Abraços a todos Edu Castro.
Caro Claudio. Obrigado pelas palavras gentis e pelo convite para o Templo. Em breve estarei por ai.
Acho que a Masserati era uma 200 ou 300S pois tinha aquela proteção do S.Antonio na mala. A ultima vez que a vi foi em 1964, no Postinho do Leblon e nunca tive noticias de sua venda ou paradeiro.
Abraços a todos Edu Castro.
Caro Claudio. Obrigado pelas palavras gentis e pelo convite para o Templo. Em breve estarei por ai.
Acho que a Masserati era uma 200 ou 300S pois tinha aquela proteção do S.Antonio na mala. A ultima vez que a vi foi em 1964, no Postinho do Leblon e nunca tive noticias de sua venda ou paradeiro.
Abraços a todos Edu Castro.
Comparsas no RJ, registro e fotos da 450S que o Hugo citou ! Faz tempo que procuramos, Saloma e “M”, faz um tempão que estamos procurando descobrir o paradeiro da danada…
Comparsas no RJ, registro e fotos da 450S que o Hugo citou ! Faz tempo que procuramos, Saloma e “M”, faz um tempão que estamos procurando descobrir o paradeiro da danada…
Saloma e M,
Acho que a danada é aquela que está equipada com motor Flathead na coleção Marx e foi exposta na última exposição em São Lourenço, MG, em 2001.
Saloma e M,
Acho que a danada é aquela que está equipada com motor Flathead na coleção Marx e foi exposta na última exposição em São Lourenço, MG, em 2001.