COLUNA: “UMAS&OUTRAS # 29…

Mil Milhas, 1967, portuguesa, com certeza…
Joaquim Lopes Filho

Após o estrondoso sucesso da edição de 1966 nada parecia poder suplantar em termos de espetáculo automobilístico aquela épica Mil Milhas.
Isto era motivo de preocupação para Eloy Gogliano, organizador da prova, e as especulações da imprensa especializada provocavam nos torcedores uma intensa expectativa, com vistas às atrações para a edição de 1967.
À medida que se aproximava o final do ano, várias novidades domésticas iam sendo anunciadas.
A sempre competitiva Equipe Willys apresentava seus renovados protótipos Mark I, uma evolução dos Alpine Renault 1300 cc que tão boa figura haviam feito na corrida anterior.
Outra estréia esperada era o protótipo Fittipaldi com motorização Porsche, oriundo dos famosos Karmann Ghia-Dacon e já nascido em berço de ouro, sobre chassis do Porsche 550 RSK que pertençeu ao Christian “Bino” Heins.
O sempre competitivo Camilo Christófaro e sua famosa carretera Corvette iriam defender o título de campeões das Mil Milhas, visando um bi-campeonato na prova.
Os Karmann Ghia Porsche, que tanta comoção provocaram na edição anterior, agora repousavam nas mãos de equipes particulares, notadamente cariocas como os de Sérgio Cardoso/ Ailton Varanda e João Varanda/José Américo Veloso.
No tocante às excentricidades, tão comuns nas Mil Milhas, nada superava a expectativa sobre a estréia do protótipo Caçador de Estrelas…

…construído pelo conhecido piloto de carreteras Bica Votnamis, um estranho bólido de chassi tubular, com motor Corvette V-8 entre eixos e a curiosa posição do cockpit à frente do eixo dianteiro, emulando a posição de dirigir de uma Kombi.
Outro a estrear quase no apagar das luzes para as inscrições seria o curioso protótipo da dupla carioca Ricardo Achcar/Milton Amaral…

…um chassi de Fórmula Vê Sprint (ex-Aranae) alargado, com pára-lamas, um ridículo pára-brisas com um diminuto limpador, tudo para “cumprir o regulamento”. O carro depois se celebraria como o primeiro da dinastia de “Patinhos Feios” que proliferariam nos anos seguintes no Brasil.
Aliás, os pilotos cariocas abusaram na apresentação de carros exóticos…

como o Malzoni com motor Alfa Romeo de Abelardo Aguiar, apelidado de Alfazoni, ou o protótipo FNM-Espingarda.

Portugueses no circuito…
O grande gancho para as Mil Milhas apareceu quase por acaso.
O piloto e designer de automóveis Anísio Campos em viagem pela Europa fez demorada estada em Portugal. Ali, em contato com o ambiente automobilístico português, fez amizade com uma das principais equipes portuguesas, o Team Palma, pertencente à empresa Palma e Morgado Ltda, sediada em Lisboa e representantes das marcas européias Jaguar, Ferrari, Maserati e Lótus.
Na época a equipe contava com cinco Lótus 47 e dez Fórmulas Vê, e demonstrou sério interesse em correr no Brasil.
De volta ao país, Anísio convenceu Eloy Gogliano das intenções dos portugueses e, após várias cartas convite e telefonemas internacionais, foi selado o acordo para a vinda do Team Palma.
A organização oferecia transporte marítimo dos carros e equipamentos, passagens aéreas e hospedagem para onze pessoas no Hotel Normandie – um dos melhores de São Paulo naquele tempo, além dos bons prêmios de largada e chegada, oferecidos normalmente pelo Centauro Motor Clube.
O Team Palma enviaria quatro carros, sendo dois Lótus 47…

…e um Cortina (ex-Jim Clark) e um Porsche 911S a ser alugado para alguma equipe brasileira. Ainda no acordo constava a participação numa prova no Rio de Janeiro, logo após as Mil Milhas Brasileiras.

Onde o ACB tenta melar o espetáculo…
O anúncio da vinda da equipe portuguesa causou comoção no ambiente automobilístico nacional. Afinal, após quase dez anos de completa ausência de pilotos estrangeiros no país, efeito da briga intestina entre o Automóvel Clube do Brasil e a Confederação Brasileira de Automobilismo pelo direito de mando no automobilismo, o Brasil veria novamente uma corrida de caráter internacional.
Mas as coisas não ocorreriam assim tão facilmente.
Além dos complicados problemas financeiros e logísticos para trazer a equipe portuguesa para as Mil Milhas, o ACB resolveu botar as manguinhas pra fora.
Para tanto, resolveu comunicar a FIA – o ACB era a única entidade filiada internacionalmente – das intenções do Team Palma; imediatamente a equipe portuguesa foi ameaçada de sanções pelo Conselho Esportivo Internacional caso participasse da corrida brasileira, não homologada pela FIA devido à não filiação da CBA ao órgão máximo.
Novos comunicados e trocas de correspondências que envolveram até o Ministério de Relações Exteriores português como salvaguardas, e o Team Palma finalmente desembarca no Brasil, praticamente às vésperas da competição, após demorado e burocrático desembarque do material e carros no Porto de Santos.

Mil Milhas de transição…
Contra a presença dos portugueses, o orgulho nacional seria defendido pelo incerto desempenho do Fitti-Porsche, os já testados protótipos Mark I – fortemente bancados extra-oficialmente pela Ford que havia encampado a Willys -, e a veloz carretera Chevy-Corvette de Camilo Christófaro.
Alguma surpresa poderia vir dos KG-Porsche ou Malzoni particulares, além das costumeiras Alfas Giulia GTA, TI e Zagato da Jolly-Gancia – além da dupla carioca Sidney Cardoso/Wilson Ferreira, também de Alfa TI Super.
Outra curiosidade era a participação de um Karman Ghia Corvair 2.600 cc para a dupla Jan Balder/Carlos Alberto Sgarbi.
No tocante às carreteras e, denotando já a completa decadência desses lendários veículos nas pistas nacionais, somente quatro se apresentaram.
Além da já citada Chevy-Corvette de Camilo Christófaro e Eduardo Celidônio, inscreveram-se Nelson Marcilio/Zé Peixinho/Donato Malzoni com uma carretera Ford; Ayres Bueno Vidal/Chuvisco (carretera Ford) e, por fim, a carretera Fiat-Stanguellini de Salvador Cianciaruso/Domingos Papaléo
De resto, era o costumeiro batalhão de Simcas, Renault 1093, DKW, VW e Interlagos que sempre compuseram o variado colorido das Mil Milhas.

Mil Milhas de recordes…
Como era de tradição, as Mil Milhas sempre representaram quebras de recordes e desta vez não foi diferente.
Na pista semi-recapeada de Interlagos – o que provocou o adiamento da prova em uma semana – o veloz protótipo estreante Fitti-Porsche pulverizou os cronômetros na classificação em excepcionais 3m 31s e 8/10, com Emerson ao volante, quebrando o recorde da pista que durava dez anos e pertencia a Ciro Cayres ao volante de uma Maserati-Corvette.
Na seqüência vinham Camilo Christófaro e Eduardo Celidônio (carretera Chevy Corvette) com 3m 46s e 6/10, Luis Pereira Bueno/Luis Fernando Terra Smith com o Mark I virando em 3m 46s e 6/10. No quarto lugar a Alfa Giulia GTA de Emilio Zambello e Ubaldo César Lolli (este substituindo Piero Gancia, acidentado num táxi poucos dias antes da prova…) com 3m 47 segundos e fechando o quinto melhor tempo a dupla carioca Sérgio Cardoso/Ailton Varanda (KG-Porsche) com 3m 52s e 6/10.
Os portugueses, tidos como sérios candidatos à vitória, tiveram problemas de acerto e adaptação dos carros á pista, com um dos Lótus 47 apresentando sérios problemas de suspensão nos treinos, o que obrigou a dupla portuguesa Nogueira Pinto/ D´Andrade Vilar a utilizar o Porsche 911 S…

…originalmente trazido para aluguel à dupla brasileira Anisio Campos/ José Carlos Pace a um custo de 3.000 dólares.
O outro Lótus 47 , de cor branca, era o mais bem preparado da equipe portuguesa e, sob o comando da dupla Carlos Santos/Luis Fernandes, sofreu também com as irregularidades da pista de Interlagos que, mesmo parcialmente recuperada, estava longe dos pisos europeus, refletindo na sua posição de largada.
O Lótus Cortina da dupla Antonio Peixinho (cheia de Peixinhos, esta Mil Milhas…) e Augusto Palma foi o que melhor se adaptou às condições de Interlagos e, aparentemente, seria o mais sério adversário português face á fragilidade das suspensões dos Lotus 47.
A se destacar nos treinos a proibição da participação do Caçador de Estrelas de Bica Votnamis por acharem os comissários que o carro não oferecia a segurança necessária dada a posição avançada do piloto no protótipo.
Algumas vozes levantaram-se na imprensa a favor do piloto armênio, argumentando que a proibição deveria ser feita quando da construção do carro, documentada em jornal da época e não quando da estréia do mesmo quando o piloto já havia despendido muito tempo e dinheiro na construção de seu carro…
Coisas de Mil Milhas e do automobilismo brasileiro…

Mil Milhas de confusões…
Ás 20:30 horas de um sábado, dia 02 de novembro de 1967, diante de uma multidão calculada de 200.000 pessoas que tomara de assalto as precárias instalações de Interlagos, 44 pilotos preparam-se para largar tradicionalmente no estilo Le Mans.
Mas não sem um suspense adicional: a multidão incontida havia invadido os boxes, e quase derrubam a frágil cerca que separava o público da pista; crianças sentadas na beira do asfalto e a centímetros da passagem dos carros. A ponte de madeira que dava acesso aos boxes ameaça ruir ao peso de tanta gente, é necessário mandar a PM retirar os incautos do local. Pra completar, um carro perde os freios na no barranco da Curva Um, indo parar perto da pista. Do tanque rompido do automóvel começa a jorrar combustível que começa a inundar a temida curva. Vários mecânicos são despachados para lá a fim de conter o vazamento. Isto tudo a minutos da largada e com os carros já alinhados.

No meio da balbúrdia é autorizado o larga e 44 carros lançam-se na noite, em meio ao rugido de motores e pneus.

A carretera Chevrolet-Corvette de Camilão lidera quase toda a primeira volta, mas é superada no S pelo Fitti-Porsche com Wilsinho ao volante.

O Fitti-Porsche lidera até a 24ª. volta quando pára na Curva Três em pane seca. Wilsinho corre até os boxes, apanha um pouco de combustível e traz o protótipo até os boxes para reabastecimento.
A liderança agora é de Camilo Christófaro, seguido pela Alfa GTA de Zambello/Lolli e dos dois Mark I que optavam por uma tocada mais seguira.

A estratégia montada por Luis Antonio Greco era contemplar o carro de Luisinho/Terra Smith com uma tocada mais regular e a missão de Bird/Marivaldo era de dar combate aos portugueses.
Emerson Fittipaldi sai dos boxes com o Fitti-Porsche, mas nem completa uma volta com o carro com um princípio de incêndio, prontamente apagado pelos bombeiros.

O mesmo problema acontece mais três vezes, obrigando os irmãos a correr com um enorme extintor de incêndio dentro do carro. O veloz protótipo atrasa-se várias vezes, com diversos problemas, até abandonar no meio da madrugada com uma cruzeta quebrada.
A carretera de Camilo, apesar do início promissor, também é vitima de problemas mecânicos; de início troca de pneus traseiros, depois constantes troca de pastilhas de freio devido ao violento train de recuperação imposto pela dupla, até quebrar o platô de embreagem no meio da madrugada, forçando o abandono da carretera 18.
A liderança agora vai para a veloz Alfa GTA da Jolly até quebrar o rotor do distribuidor, fazendo o carro atrasar-se. A liderança cai nas mãos de Luisinho e Terra Smith – que haviam largado por último – que não a perderiam até o final.
O Lótus 47 dos portugueses demonstrava que não chegaria ao final, enfrentando seguidos problemas de suspensão e ajuste de motor; o Lótus Cortina, mais adaptado ocupava a sexta colocação até parar na Subida do Lago com o semi-eixo quebrado.
Somente o Porsche Standard Grupo Um da dupla Nogueira Pinto e Andrade Vilar, mesmo com relação de marchas inadequadas e portando rádio e silencioso, apostava na resistência e confiabilidade mecânicas para alcançar um bom resultado final.
Os demais vão levando na base da regularidade e ao amanhecer a surpresa era o bem preparado Malzoni-DKW de Norman Casari/Celso Gerbassi na terceira posição até abandonar por quebra do virabrequim.
Outro DKW muito bem colocado era a conhecida carretera Mickey Mouse de Volante 13…

…e Roberto Dal Pont, que sempre esteve entre os dez primeiros colocados de toda a prova. Mesmo enfrentando na madrugada seguidos problemas de ignição, terminaram num ótimo quinto lugar.

Vândalos atacam na noite…
Ainda por volta das 22:30 horas o piloto Nelson Marcílio foi atingido por um tijolaço atirado por vândalos postados na Curva do Sargento, quando pilotava sua Carretera Ford. Com a clavícula fraturada, cedeu seu lugar para o companheiro Zé Peixinho que, inconformado, pedia urgentes providências à direção da prova. Ali acabava a corrida de Marcilio que teve que ser encaminhado a um hospital.
A polícia foi até o local mas a turba de meliantes havia se evadido do local. Foi só a polícia se retirar que a sessão tijolada recomeçou. Vários carros foram vítimas dos tijolaços, como o próprio Fitti-Porsche que teve que trocar dois pára-brisas, ou o Renault R-8 de Emerson Maluf.
Mas a cena mais deprimente ocorreu com o Lótus Cortina do Team Palma, literalmente saqueado de qualquer componente que pudesse ser arrancado, quando o piloto o deixou na Subida do Lago em busca de socorro nos boxes.
Até recentemente um gaiato aparecia aqui nas feiras de carros antigos brandindo um volante Motolita que pertencera “aos portugueses das Mil Milhas…”
Triste, mas verdadeiro…

Chuva vem com a manhã…
Com a manhã desabou a chuva que ameaçara toda a madrugada. Debaixo do temporal, enquanto todos corriam em busca de abrigo, Luis Antonio Greco continuava na beira da pista, impassível, com seus sinais cabalísticos orientando seus dois carros.
Mesmo com uma vantagem de uma volta sobre o Porsche 911S dos portugueses que no momento alcançavam o terceiro lugar, o show foi de Bird Clemente. Forçando muito seu Mark I, Bird andou muito tempo atrás do Porsche, ultrapassando-o e abrindo uma diferença confortável de seis voltas.
Faltando uma hora para o final tudo parecia sob o controle para a equipe Willys quando o Mark I #22 entra nos boxes com sérios problemas. Diagnóstico: travessa do motor quebrada. Com um olho no Porsche português os mecânicos da Willys começam o reparo; volta a volta o carro do Team Palma vai reduzindo a diferença.
A mística das Mil Milhas ainda não esgotara seu repertório de surpresas. A minutos do final e somente com uma volta de vantagem o Mark I #22 de Bird/Marivaldo retorna à pista, assegurando o segundo lugar e a dobradinha para a equipe Willys.

A equipe explode em comemoração, missão cumprida e a Willys entrava para a história das Mil Milhas.

Joaquim, Joca, ou “Anexo J” do Boteco do SalomaConnection, ex-comissário desportivo da FIA, foi fundador, presidente e diretor técnico de kart clube, rali, arrancada e dirigente de federação de automobilismo.Titular da coluna “Umas&Outras”, escreve regularmente neste espaço  como convidado.
(reprodução/AE/arq. pessoal “M”)

Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

76 comentários em “COLUNA: “UMAS&OUTRAS # 29…

  • 13 de outubro de 2008 em 22:59
    Permalink

    Mestre Joca, como sempre, insuperável !
    Já estava com saudades da coluna às segundas feiras, valeu a espera.

    Resposta
  • 13 de outubro de 2008 em 22:59
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    Mestre Joca, como sempre, insuperável !
    Já estava com saudades da coluna às segundas feiras, valeu a espera.

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  • 13 de outubro de 2008 em 23:13
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    Mais uma belísima aula do Mestre Joca acompanhada de lindas e raras fotos. Parabéns! Agora a história do volante do Lotus Cortina tem, desconsiderando o lamentável roubo que durante muito tempo empanou a imagem das provas brasileiras lá fora, um lado bem interessante: existe por aqui um volante que foi de Jim Clark.

    Resposta
  • 13 de outubro de 2008 em 23:13
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    Mais uma belísima aula do Mestre Joca acompanhada de lindas e raras fotos. Parabéns! Agora a história do volante do Lotus Cortina tem, desconsiderando o lamentável roubo que durante muito tempo empanou a imagem das provas brasileiras lá fora, um lado bem interessante: existe por aqui um volante que foi de Jim Clark.

    Resposta
  • 13 de outubro de 2008 em 23:20
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    Mais uma vez o Mestre Joa dá um banho descrevendo maravilhosamente uma épica corrida em Interlagos.
    Desta vez as Mil Milhas de 1967.
    Me senti transportado para o Templo, com 40 anos menos…Só o Joa para operar um milagre desses.
    Voce ainda mata um matuza…

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  • 13 de outubro de 2008 em 23:20
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    Mais uma vez o Mestre Joa dá um banho descrevendo maravilhosamente uma épica corrida em Interlagos.
    Desta vez as Mil Milhas de 1967.
    Me senti transportado para o Templo, com 40 anos menos…Só o Joa para operar um milagre desses.
    Voce ainda mata um matuza…

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  • 14 de outubro de 2008 em 01:12
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    Mestre Joca e sua máquina do tempo!

    Como sempre:

    Muito obrigado!

    Abraço!

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 01:12
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    Mestre Joca e sua máquina do tempo!

    Como sempre:

    Muito obrigado!

    Abraço!

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  • 14 de outubro de 2008 em 03:50
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    Joaquim, vc, se superou!
    Saloma, o que fazemos com o Jóca?
    O cara é louco!
    Mestre Joaquim, simplesmente vc. jogou em texto a sinopse de um filme.
    SENSACIONAL!

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 03:50
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    Joaquim, vc, se superou!
    Saloma, o que fazemos com o Jóca?
    O cara é louco!
    Mestre Joaquim, simplesmente vc. jogou em texto a sinopse de um filme.
    SENSACIONAL!

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  • 14 de outubro de 2008 em 09:29
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    Mais uma viagem no tempo com sua narrativa de mais uma prova histórica das mil milhas.
    Hoje por mais moderna e com carros tecnologicamente super avançados, não se consegue o sharme e o fascínio que estas provas causavam nas pessoas naquela época. 200.000 pessoas, acho que nem a formula 1 consegue hoje em autódromo algum pelo mundo afora.
    Parabens.
    Jovino
    Obs: não consegue falar com aquele nosso amigo, estava viajando.

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 09:29
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    Mais uma viagem no tempo com sua narrativa de mais uma prova histórica das mil milhas.
    Hoje por mais moderna e com carros tecnologicamente super avançados, não se consegue o sharme e o fascínio que estas provas causavam nas pessoas naquela época. 200.000 pessoas, acho que nem a formula 1 consegue hoje em autódromo algum pelo mundo afora.
    Parabens.
    Jovino
    Obs: não consegue falar com aquele nosso amigo, estava viajando.

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  • 14 de outubro de 2008 em 10:39
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    Excelente relato do Joaquim. As Mil Milhas sempre foram emocionantes e na época todo mundo ia. Não é como agora que só tem arquibancadas vazias.
    Quanto ao saque do Cortina ele não foi feito pelo público. O Lotus 47 verde também foi saqueado se não me engano, mas esse não vi. As peças foram retiradas por profissionais e depois de um tempo apareceram em uma oficina conhecida atrás de uma porta deslizante que simulava uma parede. O painel foi serrado profissionalmente para arrancar todos os instrumentos. A Willys pagou o prejuízo para os portugas.

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  • 14 de outubro de 2008 em 10:39
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    Excelente relato do Joaquim. As Mil Milhas sempre foram emocionantes e na época todo mundo ia. Não é como agora que só tem arquibancadas vazias.
    Quanto ao saque do Cortina ele não foi feito pelo público. O Lotus 47 verde também foi saqueado se não me engano, mas esse não vi. As peças foram retiradas por profissionais e depois de um tempo apareceram em uma oficina conhecida atrás de uma porta deslizante que simulava uma parede. O painel foi serrado profissionalmente para arrancar todos os instrumentos. A Willys pagou o prejuízo para os portugas.

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  • 14 de outubro de 2008 em 11:42
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    Eu estava lá !
    Minha paixão pelos 911S começou alí, ao ver o carro “passeando” silenciosamente em Interlagos. Durante a noite, os pilotos ouviam o rádio.

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 11:42
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    Eu estava lá !
    Minha paixão pelos 911S começou alí, ao ver o carro “passeando” silenciosamente em Interlagos. Durante a noite, os pilotos ouviam o rádio.

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  • 14 de outubro de 2008 em 11:45
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    Acho que 2 destas fotos fui eu que tirei !
    Saloma, confirma ?

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 11:45
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    Acho que 2 destas fotos fui eu que tirei !
    Saloma, confirma ?

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  • 14 de outubro de 2008 em 11:55
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    Ao Roberto Zullino
    O saque foi feito pelo povão, eu sei porque assisti, posteriormente pode ser que o que sobrou foi retirado por outras pessoas. O povo levou até os bancos do carro.

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 11:55
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    Ao Roberto Zullino
    O saque foi feito pelo povão, eu sei porque assisti, posteriormente pode ser que o que sobrou foi retirado por outras pessoas. O povo levou até os bancos do carro.

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 11:56
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    Ao Roberto Zullino
    O saque foi feito pelo povão, eu sei porque assisti, posteriormente pode ser que o que sobrou foi retirado por outras pessoas. O povo levou até os bancos do carro.

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 11:56
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    Ao Roberto Zullino
    O saque foi feito pelo povão, eu sei porque assisti, posteriormente pode ser que o que sobrou foi retirado por outras pessoas. O povo levou até os bancos do carro.

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  • 14 de outubro de 2008 em 13:10
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    “M” são da sua galeria que vou postar mais tarde. E chamando “Sidney Cardoso”…
    a prova Almirante Tamandaré, o Cortina não participou? E depois do escalpo,
    como será que foi montar a barata novamente?

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 13:10
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    “M” são da sua galeria que vou postar mais tarde. E chamando “Sidney Cardoso”…
    a prova Almirante Tamandaré, o Cortina não participou? E depois do escalpo,
    como será que foi montar a barata novamente?

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  • 14 de outubro de 2008 em 15:16
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    Pelo que soube a Ford remontou o Cortina e ele participou da Almte. Tamandaré.

    Fantástico Joaquim, me lembrei de que com treze anos, na 2ª feira, após a prova, às 7:30, estar tomando o café da manhã na cozinha, ouvindo o JB Informa, quando deram o resultado das Mil Milhas, meu primo e o Luizinho vencedores, vibrei, dois ídolos, ainda mais as Mil Milhas dos Portugueses. Que bela rememorada.

    Grande Abraço,

    Barba

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 15:16
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    Pelo que soube a Ford remontou o Cortina e ele participou da Almte. Tamandaré.

    Fantástico Joaquim, me lembrei de que com treze anos, na 2ª feira, após a prova, às 7:30, estar tomando o café da manhã na cozinha, ouvindo o JB Informa, quando deram o resultado das Mil Milhas, meu primo e o Luizinho vencedores, vibrei, dois ídolos, ainda mais as Mil Milhas dos Portugueses. Que bela rememorada.

    Grande Abraço,

    Barba

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 16:14
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    Salve Joaquim !!! Bela narrativa , PARABÈNS como é bom recordar .
    Eu estava lá , o Emerson tambèm tomou uma tijolada .
    Sobre o furto , possívelmente foram dois mesmo o carro ficou parado na reta entre a Ferradura e a Subída do Lago , porque o 1º só levaram UM banco , 3 relógios que tiram um por um sem o painélzinho , o contagiros e a bola da alavanca de cambio que éra de madeira envernizada com o emblema da Lotus , ví éssas peças anos , largadas na garagem de um amigo onde eu ía correr de autorama , foi pura molecagem , de povão , nenhum dêles tinha nada , pra você ter uma idéia , um dêles (éram cinco) a uns anos atráz foi presidente de uma instituição financeira governamental e vivia dando entrevista na televisão , é um economista renomadíssimo , e de castigo bateram o carro depois da corrida na Av Robert Kennedh , na época ainda Av Atlântica . Éra uma Rural Willys verde e branca que éra da fazenda do pai de um dêles e estava em São Paulo para ser levada a uma concessionária . Todos moravam no Pacaembú .
    Sobre o Ford Cortina Lotus , não é a primeira vez que ouço que tinha sido do Jim Clark , realmente a pintura é igual , mas tenho minhas dúvidas , acho que éra conversa fiada dos portugas , porque o que o Jim Clark corria , a direção éra do lado direito , o que não éra o caso no carro dêles .
    Lembra que anos depois , roubaram um motor do Formula 2 do Lian em Interlagos ? Pois êsse motor apareceu uma vez na oficína do Losacco em um Chevette e de vez em quando aparecía na madruga no Pandóro .
    E o monocoque Shadow ? Êsse é manjado , todo mundo sabe quem foi como foi e onde foi parar . rsrsrs
    Já tô esperando a próxima MM , acho que a de 70 ? Éssa tambèm foi muito boa . Tenho muita foto déssa prova .
    Um forte abraço

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 16:14
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    Salve Joaquim !!! Bela narrativa , PARABÈNS como é bom recordar .
    Eu estava lá , o Emerson tambèm tomou uma tijolada .
    Sobre o furto , possívelmente foram dois mesmo o carro ficou parado na reta entre a Ferradura e a Subída do Lago , porque o 1º só levaram UM banco , 3 relógios que tiram um por um sem o painélzinho , o contagiros e a bola da alavanca de cambio que éra de madeira envernizada com o emblema da Lotus , ví éssas peças anos , largadas na garagem de um amigo onde eu ía correr de autorama , foi pura molecagem , de povão , nenhum dêles tinha nada , pra você ter uma idéia , um dêles (éram cinco) a uns anos atráz foi presidente de uma instituição financeira governamental e vivia dando entrevista na televisão , é um economista renomadíssimo , e de castigo bateram o carro depois da corrida na Av Robert Kennedh , na época ainda Av Atlântica . Éra uma Rural Willys verde e branca que éra da fazenda do pai de um dêles e estava em São Paulo para ser levada a uma concessionária . Todos moravam no Pacaembú .
    Sobre o Ford Cortina Lotus , não é a primeira vez que ouço que tinha sido do Jim Clark , realmente a pintura é igual , mas tenho minhas dúvidas , acho que éra conversa fiada dos portugas , porque o que o Jim Clark corria , a direção éra do lado direito , o que não éra o caso no carro dêles .
    Lembra que anos depois , roubaram um motor do Formula 2 do Lian em Interlagos ? Pois êsse motor apareceu uma vez na oficína do Losacco em um Chevette e de vez em quando aparecía na madruga no Pandóro .
    E o monocoque Shadow ? Êsse é manjado , todo mundo sabe quem foi como foi e onde foi parar . rsrsrs
    Já tô esperando a próxima MM , acho que a de 70 ? Éssa tambèm foi muito boa . Tenho muita foto déssa prova .
    Um forte abraço

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  • 14 de outubro de 2008 em 16:18
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    Espetacular o post!!!!!
    Joca,de novo,matando a pau!!!!!

    E imagino a cena,911 S silenciosamente andando com rádio ligado!!!!!

    Inexplicável!!!!

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 16:18
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    Espetacular o post!!!!!
    Joca,de novo,matando a pau!!!!!

    E imagino a cena,911 S silenciosamente andando com rádio ligado!!!!!

    Inexplicável!!!!

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  • 14 de outubro de 2008 em 16:19
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    O alfazone se encontra aqui no Rio mais lindo do que nunca.
    abs

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 16:19
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    O alfazone se encontra aqui no Rio mais lindo do que nunca.
    abs

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 16:24
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    Na cor vermelha, se não me engano…certo Hélio!

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  • 14 de outubro de 2008 em 16:24
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    Na cor vermelha, se não me engano…certo Hélio!

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 16:38
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    Eu vi esse Malzoni, na cor vermelha, com motor Alfa em um encontro de carros antigos no Hotel Nacional, em Brasília, em 1996. Eu estava expondo meu jeep 1942. Lindo o Malzalfa! Ou será Alfazoni?
    Saudações!

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 16:38
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    Eu vi esse Malzoni, na cor vermelha, com motor Alfa em um encontro de carros antigos no Hotel Nacional, em Brasília, em 1996. Eu estava expondo meu jeep 1942. Lindo o Malzalfa! Ou será Alfazoni?
    Saudações!

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  • 14 de outubro de 2008 em 17:09
    Permalink

    O Alfazone agora pintado de vermelho já apareceu em alguns eventos de carros antigos, como São Lourenço em anos passados.
    Ultimamente não tem dado o ar de sua graça.

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 17:09
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    O Alfazone agora pintado de vermelho já apareceu em alguns eventos de carros antigos, como São Lourenço em anos passados.
    Ultimamente não tem dado o ar de sua graça.

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  • 14 de outubro de 2008 em 17:48
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    É isto mesmo ele esta pintado de vermelho ( lindo ) e as vezes o dono o levava nos encontros do AGMH no museu do exercito aqui no Rio mas ultimamente creio que ele anda meio cansado do trabalho que os carros dão e não tem aparecido muito não..

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 17:48
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    É isto mesmo ele esta pintado de vermelho ( lindo ) e as vezes o dono o levava nos encontros do AGMH no museu do exercito aqui no Rio mas ultimamente creio que ele anda meio cansado do trabalho que os carros dão e não tem aparecido muito não..

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  • 14 de outubro de 2008 em 18:23
    Permalink

    Mestre Joaquim, assim não dá. Coração não aguenta. Por favor, se tiver mais alguma foto do Caçador, me envie no email acima, pois estou montando uma coletânea de fotos. Eu estava na Oficina do Bica quando ele voltou com o carro já impedido de correr. Me lembro bem que ele comprou ou alugou uma carretera e passou o motor do Caçador para disputar a prova. Você tem alguma informação de quem era o parceiro(Roberto Gomes???) neste carro? Em que posição terminaram? Forte Abraço.

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 18:23
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    Mestre Joaquim, assim não dá. Coração não aguenta. Por favor, se tiver mais alguma foto do Caçador, me envie no email acima, pois estou montando uma coletânea de fotos. Eu estava na Oficina do Bica quando ele voltou com o carro já impedido de correr. Me lembro bem que ele comprou ou alugou uma carretera e passou o motor do Caçador para disputar a prova. Você tem alguma informação de quem era o parceiro(Roberto Gomes???) neste carro? Em que posição terminaram? Forte Abraço.

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  • 14 de outubro de 2008 em 18:51
    Permalink

    Mestre Joa, Saravá!
    Sou novo aqui neste blog, mas matei a saudade dos “causos” que o amigo conta. Magistral esta reconstituição dessas “Mil Milhas” históricas. É uma pena que muitas das pessoas que hoje veem o Templo (como diz o Cerega)não tenham a mínima idéia do quanto de história – e de estória, porque piloto é tudo mentiroso, como diz nosso amigo – já rolou dentro daqueles muros.
    Lendo seu texto lembrei de mim mesmo menino ainda, nos meus 11 anos, na primeira vez que cruzei aqueles muros, num dia de treino para não sei qual corrida, mas lembro perfeitamente bem da carretera do Camilão e de alguns Fuscas correndo no asfalto da pista antiga.
    Seus textos tem esse efeito: trazer de dentro da memória flashs da criança que um dia fomos.

    Avé avé Avoé, Mestre Joa!

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 18:51
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    Mestre Joa, Saravá!
    Sou novo aqui neste blog, mas matei a saudade dos “causos” que o amigo conta. Magistral esta reconstituição dessas “Mil Milhas” históricas. É uma pena que muitas das pessoas que hoje veem o Templo (como diz o Cerega)não tenham a mínima idéia do quanto de história – e de estória, porque piloto é tudo mentiroso, como diz nosso amigo – já rolou dentro daqueles muros.
    Lendo seu texto lembrei de mim mesmo menino ainda, nos meus 11 anos, na primeira vez que cruzei aqueles muros, num dia de treino para não sei qual corrida, mas lembro perfeitamente bem da carretera do Camilão e de alguns Fuscas correndo no asfalto da pista antiga.
    Seus textos tem esse efeito: trazer de dentro da memória flashs da criança que um dia fomos.

    Avé avé Avoé, Mestre Joa!

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  • 14 de outubro de 2008 em 19:15
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    Acho que se foi povão ou não, importa pouco, afinal, somos todos povo, não?
    Só lembro que o Cortina amanheceu depenado e bem depenado, até as rodas se foram.
    No final, entre mortos e feridos acabou tudo bem, a Willys/Ford deu um jeito.

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 19:15
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    Acho que se foi povão ou não, importa pouco, afinal, somos todos povo, não?
    Só lembro que o Cortina amanheceu depenado e bem depenado, até as rodas se foram.
    No final, entre mortos e feridos acabou tudo bem, a Willys/Ford deu um jeito.

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  • 14 de outubro de 2008 em 23:15
    Permalink

    Caro Luca,
    O motor que vc viu no Chevette verde, lá no Vinícius, era do nosso colega de FEI Luiz Dranger, que aparece as vezes por aqui, e não tinha nada de “surrupiado”.
    Todos os Cortina Lotus tinham aquela pintura creme com a faixa verde-musgo. Até o do Clark. (acho que esta estória é folclore)
    A propósito do Cortina Lotus, foi engraçádo ver a Mickey-Mouse dar o maior “vareio” naquele foguetinho !
    Abraços

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 23:15
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    Caro Luca,
    O motor que vc viu no Chevette verde, lá no Vinícius, era do nosso colega de FEI Luiz Dranger, que aparece as vezes por aqui, e não tinha nada de “surrupiado”.
    Todos os Cortina Lotus tinham aquela pintura creme com a faixa verde-musgo. Até o do Clark. (acho que esta estória é folclore)
    A propósito do Cortina Lotus, foi engraçádo ver a Mickey-Mouse dar o maior “vareio” naquele foguetinho !
    Abraços

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  • 14 de outubro de 2008 em 23:24
    Permalink

    Saloma,
    ensei ter reconhecido duas !
    Agora fazem parte da NOSSA galeria.
    Detalhe que acabo de lembrar: Os filmes Agfa coloridos davam a maior mão-de-obra porque não eram revelados no braZil.

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 23:24
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    Saloma,
    ensei ter reconhecido duas !
    Agora fazem parte da NOSSA galeria.
    Detalhe que acabo de lembrar: Os filmes Agfa coloridos davam a maior mão-de-obra porque não eram revelados no braZil.

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  • 14 de outubro de 2008 em 23:27
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    Era mais ou menos isso, os filmes eram bons mas na hora de revelar, tinha uma espera do cão. Em Petrópolis, tinha a Ótica Haack (acho que era assim) que cuidava dos filmes!

    Resposta
  • 14 de outubro de 2008 em 23:27
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    Era mais ou menos isso, os filmes eram bons mas na hora de revelar, tinha uma espera do cão. Em Petrópolis, tinha a Ótica Haack (acho que era assim) que cuidava dos filmes!

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  • 15 de outubro de 2008 em 00:41
    Permalink

    M

    Éra a estória que se ouvia e eu acreditei , você concorda que na época um motor Ford Holbay de Formula 2 , não se comprava na esquina . Agora você , conhecendo a pessôa e sabendo da história eu acredito . Mas que roubaram um motor da equipe Surtees que éra do carro do Lian é realidade .
    A propósito , nunca ví aquêle Chevette acelerando , conta aí como éra . rsrs Devia ser bem divertido .
    Abs

    Resposta
  • 15 de outubro de 2008 em 00:41
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    M

    Éra a estória que se ouvia e eu acreditei , você concorda que na época um motor Ford Holbay de Formula 2 , não se comprava na esquina . Agora você , conhecendo a pessôa e sabendo da história eu acredito . Mas que roubaram um motor da equipe Surtees que éra do carro do Lian é realidade .
    A propósito , nunca ví aquêle Chevette acelerando , conta aí como éra . rsrs Devia ser bem divertido .
    Abs

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  • 15 de outubro de 2008 em 00:46
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    Êsses filmes éram revelados no México . Eu mandava os meus na Isnard Cine Foto , na Al. Barros quase com a Av. Angélica , lembra ? . Demoravam mais de um mês pra voltar . rsrs Tá loko…

    Resposta
  • 15 de outubro de 2008 em 00:46
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    Êsses filmes éram revelados no México . Eu mandava os meus na Isnard Cine Foto , na Al. Barros quase com a Av. Angélica , lembra ? . Demoravam mais de um mês pra voltar . rsrs Tá loko…

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  • 15 de outubro de 2008 em 11:20
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    Olá, pessoal, respondendo à tchurma…!!

    1 – O Porsche 911S era Grupo 1, ou seja, praticamente um carro de rua, corriam com todos os bancos, painel original, etc…Pertencia à dupla Nogueira Pinto D´Andrade Vilar e fora trazido ao Brasil para ser alugado para a Dacon que alinharia com a dupla Anisio Campos/José Carlos Pace a um custo na época de 3.000 dólares. Os portugueses correriam inicialmente com o outro Lotus Europa, o verde, mas detonaram a suspensão ainda nos treinos. Por contrato com o Centauro as duplas portuguesas teriam que participar da prova; a saída foi voltar atrás no aluguel do carro, o que causou profundo mal estar entre o pessoal da Dacon e o Team Palma. A Dacon teve que alinhar um KG-Porsche 1600 cc para Anisio/Pace que abandonaram logo no início da prova. Prá complicar mais um pouco, os portugueses correram com o apoio da Argos, oficina de manutenção de Porsches e, de certa forma, concorrente da Dacon.

    2 – A Ford/Brasil nada teve a ver com a recuperação dos Ford-Cortina. O team Palma trouxe uma quantidade enorme de peças – vi os conhecimentos de embarque (bill of board, para os mais chatos de plantão) originais e a quantidade de peças dava prá montar mais uns dois carros. É possivel que o Lotus/Cortina tenha sido recuperado nas oficinas do Greco -acho que funcionava ali perto do Largo do Socorro, na época – pois umas duas semnas depois estava no Rio de Janeiro para disputar a Prova Almirante Tamandaré, pois por contrato, os portugueses teriam que fazer duas provas no Brasil. Tenho várias fotos da equipe Palma no Rio, cedidas pelo arquivo do Sidney Cardoso, ocasionalmente vou mandá-las para o Saloma postar aqui.
    Quanto ao fato do Cortina ser ou não o que havia pertencido ao Jim Clark, o escocês pilotou vários Lotus Cortina para a fábrica entre 1964 e 1966 naquelas provas do campeonato Britânico de Turismo Grupoo 2, por força de contrato com a Lotus e com a Ford.
    Consta que este dos portugueses foi apenas mais um, modelo 66. Vou checar o número do chassi e retorno com a informação.

    3 – Guilherme Decanini,

    No site http://www.bandeiraquadriculada.com.br (de onde surrupiei a foto do Caçador de Estrelas acima…)há uma série muito boa de fotos do Caçador de Estrelas, desencavadas pelo nosso amigo Paulo Peralta.
    Não tenho o registro do Bica correndo nessas Mil MIlhas; na verdade o motor Corvette é que veio da carretera para o protótipo e não o contrário.
    Após a “desclassificação” das Mil Milhas o Bica Votnamis refez o carro, chamando-o de Caçador de Estrelas II. Correu entaõ os Mil Km de Brasilia de 68 em dupla com o argentino Roberto Gomez. Nesta eu estava lá mas lembro pouco do carro, mesmo que ele tenha se acidentado na minha frente, com o Roberto Gomez ao volante. o bica ainda tentou correr com este carro nas 3 Horas de Velocidade da Guanabara do
    mesmo ano, mas não passou dos treinos.

    Grande abraço a todos,

    Resposta
  • 15 de outubro de 2008 em 11:20
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    Olá, pessoal, respondendo à tchurma…!!

    1 – O Porsche 911S era Grupo 1, ou seja, praticamente um carro de rua, corriam com todos os bancos, painel original, etc…Pertencia à dupla Nogueira Pinto D´Andrade Vilar e fora trazido ao Brasil para ser alugado para a Dacon que alinharia com a dupla Anisio Campos/José Carlos Pace a um custo na época de 3.000 dólares. Os portugueses correriam inicialmente com o outro Lotus Europa, o verde, mas detonaram a suspensão ainda nos treinos. Por contrato com o Centauro as duplas portuguesas teriam que participar da prova; a saída foi voltar atrás no aluguel do carro, o que causou profundo mal estar entre o pessoal da Dacon e o Team Palma. A Dacon teve que alinhar um KG-Porsche 1600 cc para Anisio/Pace que abandonaram logo no início da prova. Prá complicar mais um pouco, os portugueses correram com o apoio da Argos, oficina de manutenção de Porsches e, de certa forma, concorrente da Dacon.

    2 – A Ford/Brasil nada teve a ver com a recuperação dos Ford-Cortina. O team Palma trouxe uma quantidade enorme de peças – vi os conhecimentos de embarque (bill of board, para os mais chatos de plantão) originais e a quantidade de peças dava prá montar mais uns dois carros. É possivel que o Lotus/Cortina tenha sido recuperado nas oficinas do Greco -acho que funcionava ali perto do Largo do Socorro, na época – pois umas duas semnas depois estava no Rio de Janeiro para disputar a Prova Almirante Tamandaré, pois por contrato, os portugueses teriam que fazer duas provas no Brasil. Tenho várias fotos da equipe Palma no Rio, cedidas pelo arquivo do Sidney Cardoso, ocasionalmente vou mandá-las para o Saloma postar aqui.
    Quanto ao fato do Cortina ser ou não o que havia pertencido ao Jim Clark, o escocês pilotou vários Lotus Cortina para a fábrica entre 1964 e 1966 naquelas provas do campeonato Britânico de Turismo Grupoo 2, por força de contrato com a Lotus e com a Ford.
    Consta que este dos portugueses foi apenas mais um, modelo 66. Vou checar o número do chassi e retorno com a informação.

    3 – Guilherme Decanini,

    No site http://www.bandeiraquadriculada.com.br (de onde surrupiei a foto do Caçador de Estrelas acima…)há uma série muito boa de fotos do Caçador de Estrelas, desencavadas pelo nosso amigo Paulo Peralta.
    Não tenho o registro do Bica correndo nessas Mil MIlhas; na verdade o motor Corvette é que veio da carretera para o protótipo e não o contrário.
    Após a “desclassificação” das Mil Milhas o Bica Votnamis refez o carro, chamando-o de Caçador de Estrelas II. Correu entaõ os Mil Km de Brasilia de 68 em dupla com o argentino Roberto Gomez. Nesta eu estava lá mas lembro pouco do carro, mesmo que ele tenha se acidentado na minha frente, com o Roberto Gomez ao volante. o bica ainda tentou correr com este carro nas 3 Horas de Velocidade da Guanabara do
    mesmo ano, mas não passou dos treinos.

    Grande abraço a todos,

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  • 15 de outubro de 2008 em 11:35
    Permalink

    Para complementar a obra do Mestre Joa, deve ser lida obra de Sidney Cardoso a respeito de sua participação e do Sérgio nestas Mil Milhas. Onde está, talvez aqui no Saloma ou no Flavio Gomes, ou será no Óbvio? Não me lembro, mas que é duca é.

    Abraço

    Resposta
  • 15 de outubro de 2008 em 11:35
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    Para complementar a obra do Mestre Joa, deve ser lida obra de Sidney Cardoso a respeito de sua participação e do Sérgio nestas Mil Milhas. Onde está, talvez aqui no Saloma ou no Flavio Gomes, ou será no Óbvio? Não me lembro, mas que é duca é.

    Abraço

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  • 15 de outubro de 2008 em 21:24
    Permalink

    Pô, esqueci de agradecer a presença ilustre do Virgo, “Capitão Virgulino”, que muito nos honra.

    Bemvindo seja !!!!

    Resposta
  • 15 de outubro de 2008 em 21:24
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    Pô, esqueci de agradecer a presença ilustre do Virgo, “Capitão Virgulino”, que muito nos honra.

    Bemvindo seja !!!!

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  • 16 de outubro de 2008 em 11:58
    Permalink

    Mestre Joaquim, obrigado. Em breve no Templo, vamos trocar figurinhas sobre o assunto, pois alguns pontos ainda não estão claros na minha curta memoria…rsrsr. 5.4 biturbo – flex fuel, já tenho alguns(muitos)chips de memoria ram a menos….rsrsrsrs. Abraços,

    Resposta
  • 16 de outubro de 2008 em 11:58
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    Mestre Joaquim, obrigado. Em breve no Templo, vamos trocar figurinhas sobre o assunto, pois alguns pontos ainda não estão claros na minha curta memoria…rsrsr. 5.4 biturbo – flex fuel, já tenho alguns(muitos)chips de memoria ram a menos….rsrsrsrs. Abraços,

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  • 16 de outubro de 2008 em 17:05
    Permalink

    Não mexe com quem está quieto. Deixa o “Cardosinho” em Paz…

    Resposta
  • 16 de outubro de 2008 em 17:05
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    Não mexe com quem está quieto. Deixa o “Cardosinho” em Paz…

    Resposta
  • 17 de outubro de 2008 em 14:31
    Permalink

    Obrigado pela gentileza e deferencia, Mestre Joa!
    Se soubesse que voce pontifica por aqui, teria aparecido antes para dar uns pitacos. Mas, sinceramente, fico até com vergonha de me intrometer no meio de tão ilustres blogueiros. só tem fera por aqui.
    Abraço no(s) Amigo(s)

    Resposta
  • 17 de outubro de 2008 em 14:31
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    Obrigado pela gentileza e deferencia, Mestre Joa!
    Se soubesse que voce pontifica por aqui, teria aparecido antes para dar uns pitacos. Mas, sinceramente, fico até com vergonha de me intrometer no meio de tão ilustres blogueiros. só tem fera por aqui.
    Abraço no(s) Amigo(s)

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  • 20 de outubro de 2008 em 20:03
    Permalink

    Prezado Salomão
    Parabens atrasado pelo seu Niver mas sempre e tempo para mais uma comemoração.
    Obrigado por me retornar aos tempos maravilhosos das antigas Mil Milhas. Eu estava por la assistindo. Isto faz parte de meu passado. Muito obrigado.
    Passeando em seu blog deparei com a foto do belo Alfazone construido pelo amigo Abelardo Aguiar (falecido em Petropolis). O carro encontra-se muito bem reformado, na cor vermelho e esta com um colecinador no Alto da Tijuca.
    Uma lembrança me vem a cabeça de que foi o Abelardo o unico a convencer o Camilo a trazer a carretera 18 para correr no Rio e o mais curioso foi que quando o Abelardo foi treinar com o carro verificou sua impossibilidade de dirigi-lo pois não conseguia apertar a embreagem devido ao seu problema no joelho (meio duro) devido a um acidente de moto. O fato e que muito desepsionado nao pode correr na 18.
    Abraços
    Edu Castro

    Resposta
  • 20 de outubro de 2008 em 20:03
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    Prezado Salomão
    Parabens atrasado pelo seu Niver mas sempre e tempo para mais uma comemoração.
    Obrigado por me retornar aos tempos maravilhosos das antigas Mil Milhas. Eu estava por la assistindo. Isto faz parte de meu passado. Muito obrigado.
    Passeando em seu blog deparei com a foto do belo Alfazone construido pelo amigo Abelardo Aguiar (falecido em Petropolis). O carro encontra-se muito bem reformado, na cor vermelho e esta com um colecinador no Alto da Tijuca.
    Uma lembrança me vem a cabeça de que foi o Abelardo o unico a convencer o Camilo a trazer a carretera 18 para correr no Rio e o mais curioso foi que quando o Abelardo foi treinar com o carro verificou sua impossibilidade de dirigi-lo pois não conseguia apertar a embreagem devido ao seu problema no joelho (meio duro) devido a um acidente de moto. O fato e que muito desepsionado nao pode correr na 18.
    Abraços
    Edu Castro

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  • 14 de abril de 2009 em 11:55
    Permalink

    Olá a todos,

    gostei da reportagem sobre as mil milhas e o Team Palma, eu sou neto do Manuel Palma, fundador e dono do Team Palma e distribuidor autorizado Ferrari, Maserati, Lamborghini e Lotus naquela época em Portugal. Fico contente que aqui esteja relatada as memórias da scuderia do meu avô que teve vitórias e feitos incriveis, tais como um segundo lugar na geral do Rallye de Monte Carlo, várias participações nas Mille Miglia em Italia, campeão nacinal de velocidade por vários anos em Portugal, participação no campeonato europeu de F3 entre tantas outras. Eu tinha 7 anos de idade na época e me recordo de o Emerson ter visitado a nossa concessionária junto com o Colin Chapman e também o Jackie Stewart. Enfim memórias que ficam para sempre. Os meus sinceros vostos de parabéns pela reportagem fiel que bem me recordo de meu avê e tio terem contado. JP

    Resposta
  • 14 de abril de 2009 em 11:55
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    Olá a todos,

    gostei da reportagem sobre as mil milhas e o Team Palma, eu sou neto do Manuel Palma, fundador e dono do Team Palma e distribuidor autorizado Ferrari, Maserati, Lamborghini e Lotus naquela época em Portugal. Fico contente que aqui esteja relatada as memórias da scuderia do meu avô que teve vitórias e feitos incriveis, tais como um segundo lugar na geral do Rallye de Monte Carlo, várias participações nas Mille Miglia em Italia, campeão nacinal de velocidade por vários anos em Portugal, participação no campeonato europeu de F3 entre tantas outras. Eu tinha 7 anos de idade na época e me recordo de o Emerson ter visitado a nossa concessionária junto com o Colin Chapman e também o Jackie Stewart. Enfim memórias que ficam para sempre. Os meus sinceros vostos de parabéns pela reportagem fiel que bem me recordo de meu avê e tio terem contado. JP

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  • 13 de julho de 2009 em 20:15
    Permalink

    Saloma,
    Desculpe estar lendo esse ótimo relato do Joca tanto tempo depois que vc blogou, mas de qqr modo estava dando uma geral em tudo qdo vi esta corrida que tanto me marcou na época, e mais ainda em ver duas fotos minhas, aliás nossas, que fiz do Fitti-Porsche no S e a ultima foto, do MarkI#21, conforme o pessoal comentou nessa época fotos coloridas eram muito difíceis ainda mais essas que foram feitas em cromo (slide)e que guardo com muito carinho, tem mais algumas dessa corrida no site da Obvio http://www.obvio.ind.br/Ary%20Leber%20conta%20um%20pouco%20das%20historias%20de%201968%20e%201969.htm.

    Grande Abraço
    Ary Leber

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  • 13 de julho de 2009 em 20:15
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    Saloma,
    Desculpe estar lendo esse ótimo relato do Joca tanto tempo depois que vc blogou, mas de qqr modo estava dando uma geral em tudo qdo vi esta corrida que tanto me marcou na época, e mais ainda em ver duas fotos minhas, aliás nossas, que fiz do Fitti-Porsche no S e a ultima foto, do MarkI#21, conforme o pessoal comentou nessa época fotos coloridas eram muito difíceis ainda mais essas que foram feitas em cromo (slide)e que guardo com muito carinho, tem mais algumas dessa corrida no site da Obvio http://www.obvio.ind.br/Ary%20Leber%20conta%20um%20pouco%20das%20historias%20de%201968%20e%201969.htm.

    Grande Abraço
    Ary Leber

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