DIÁRIOS DO HUGO #2

PRIMEIROS CARROS
Por Hugo Borghi

Comecei a “dirigir”, sentado no colo do meu pai, aos cinco anos, tentando manter em linha reta um…

…Lincoln Capri Hardtop saia e blusa(acima), abacate com teto verde escuro que, me parecia, e era enorme!
Por essa época morávamos em São Paulo na rua Sabará esquina de Higienópolis. Pouco tempo depois nos mudamos de volta para o Rio de Janeiro. Aqui tínhamos um carro de uma marca bastante desconhecida, e da qual nunca mais ouvi falar na minha vida, apesar de estar sempre lendo um bocado sobre carros.
Tratava-se do Vendôme.
Um sedan, quatro portas, produzido pela Ford da França, na fábrica de Poissy, durante somente um ano, de 1954 a 1955, logo antes da Ford France ser absorvida pela Simca. De linhas simpáticas, com a cintura alta, e teto e janelas baixos, transmitia uma impressão de robustez. As portas de trás eram do tipo “suicida”, e facilitavam enormemente, o acesso ao banco traseiro. Compacto, de dimensões européias, montava porém um motor V8 Mistral de 3.923 cm3, e 100 cv. de potência. Era uma versão melhorada e mais luxuosa do modelo Vedette, este um pouco mais conhecido, por ter sido fabricado por um período maior de tempo. Possuía suspensão dianteira independente MacPherson, e era muito confortável, macio e bem acabado. Azul marinho com teto branco, até que não era feio (abaixo).

Aos oito anos, numa ida a São Paulo de carro, paramos em frente a uma lanchonete, num grande recuo de terra.
A pista da Rodovia Presidente Dutra era uma simples faixa de asfalto com mão e contramão. O Chevrolet Belair 1956 hidramático, ficou estacionado perpendicularmente à estrada, e a uns 50 metros dela. Enquanto a família comia sanduíches, fiquei futucando o painel, e brincando de dirigir. Não sei o que foi que arrumei, mas consegui ligar o carro, de alguma forma engrenar uma ré, e acelerar. O carro arrancou reto no meio de uma nuvem de poeira. Os adultos que estavam de costas entretidos no balcão, se viraram e correram apavorados em minha direção, gritando e gesticulando. Assustado, me encolhi todo no assento, e o carro foi diminuindo a velocidade, mantendo somente aquele seguimento lento, típico dos hidramáticos quando engrenados. Alguém nos alcançou, abriu a porta do passageiro, pulou para dentro, e freou. Paramos com a traseira a uns dois metros da pista de rolamento da rodovia BR-2, como era conhecida então, aquela estrada…
As primeiras guiadas “solo” foram aos nove anos, de DKW, na fazenda de Macaé onde pouco antes, um habilidoso primo-mecânico, o Romano Borghi que havia vindo da Itália, montou um motor de bomba d’água num carrinho de pedal. Uma réplica aberta, bastante fiel, porém em escala menor, do Austin A 40, e que era vendido pela própria fábrica, como J 40.

Andava bem direitinho, possuía uma embreagem, e o acelerador era na mão. Talvez tenha sido o primeiro “kart” do país. Alternava meus passeios pelas estradinhas de terra entre o Austin que, como “ferrarista” fanático, o Romano havia pintado de vermelho, e uma Leonette verde e branca, com a qual, um dia, tomei um baita tombo.
Depois do DKW, as vítimas seguintes foram um Jeep Willys modelo militar que subia até em parede, e uma pick-up F-100 que andava pra burro.
Lá pelos 14 anos, dei um jeito de comprar um Rois kart, um dos primeiros fabricados no Brasil pelo Cláudio Daniel Rodrigues, e que posteriormente foi trocado por um Mini deitado fabricado pelo Emerson Fittipaldi. Não cheguei a participar de provas oficiais com eles, mas meu “irmão” Cláudio, e eu, andávamos horas e horas num circuito improvisado por nós mesmos, em algum descampado asfaltado da Barra da Tijuca.
Alguns anos depois, utilizamos também um chassi de kart, sem motor que, o Mario Fraga, o Ricardo Debiase “Debí” Pinto, e a turma da Gávea, haviam arrumado para as “descidas de montanha”. As “montanhas” eram a Estrada da Gávea, partindo da curva na altura da Escola Americana, e o Corcovado. Esta sim, montanha de verdade…
Amarrava-se o kart com uma corda atrás de um carro para rebocá-lo morro acima. Mas o kart, apesar de bom de freio, não era páreo para os carrinhos de rolimã, mais baixos, e mais fáceis de fazer derrapar no contorno das curvas. Depois de várias capotadas espetaculares, o coitado do kart, já todo empenado, foi definitivamente encostado.
Aos 15 anos, fiz um acordo com o meu pai. Desistiria de comprar uma moto Mondial na qual estava de olho, e se prometesse jamais comprar uma moto, ele me permitiria ficar com o DKW 1961 que fora da minha mãe. Negócio fechado na hora!
Tempos mais tarde, “herdei” também, o seu Alfa – Romeo 2.000, o JK. Meu amigo paulistano, Roberto Andraus, sempre que vinha ao Rio, trocava de carro comigo. Eu ficava com o seu Thunderbird branco 1955, e ele, com o JK que possuía uma alavancazinha muito útil, ao lado do banco, e que fazia o encosto inteiriço deitar, virando quase uma cama…
Infelizmente, o Robertinho, grande namorador, morreu debaixo da traseira de um caminhão na Rua Augusta, pouco tempo depois.
Alguns bons amigos, como o Álvaro Poyares que se acidentou num poste da Rua Marquês de São Vicente, foram ficando pelo caminho, vítimas dos excessos que se cometia.
Numa outra ocasião, Cláudio e eu, juntamos todas as nossas economias, e compramos um velho Jaguar MK IV 1948, do “seu” Joaquim, mestre dos carros ingleses, e que estava encostada na oficina dele, a Mecânica Rio – Londres. O “seu” Joaquim era também o responsável pela manutenção dos poucos Rolls-Royce existentes no Rio de Janeiro.

O Jaguar tinha par de enormes faróis Lucas, rodas raiadas de cubo rápido, o tradicional painel de madeira com todos os instrumentos, e uma capota conversível que abria em duas partes, dando a opção de deixar só o motorista na chuva! Um carrão muito bonito e imponente. Como não tínhamos dinheiro para fazer a reforma completa na Rio – Londres, fizemos só o motor lá, e levamos o “felino” para uma oficina menor que ficava no alto de um morro no Humaitá. Recuperamos o carro todo, colocamos capota e estofados novos e o pintamos de branco. Ficou uma beleza! Certa vez, fomos com ele numa festa na embaixada britânica onde fez enorme sucesso.
Carro zero, só em 1966. Um Volks 1200 imediatamente levado à oficina Lemos & Brentar, no Jardim Botânico, onde o Albino Brentar instalou uma dupla carburação Solex 32 e um comando P2 mais brabinho. Era um kit, comercializado pela Puma nos moldes tupiniquins do kit Okrasa da Oettinger alemã. Os filtros de ar dos carburadores eram em banho de óleo, com as tampas pintadas de vermelho. Bonitinhos. Tinha também um virabrequim Tornado, e o motor ia para uns 1.400 cm³. Passava quase todos os dias pela oficina do Albino e do Aluísio. Lá, tive a oportunidade de esbarrar com o Emerson e o Wilsinho Fittipaldi, José Carlos Pace, e a turma da Dacon. Chegavam ao cair da noite de São Paulo, rebocando com suas camionetes empoeiradas, as carretinhas com os famosos Karmann-Ghia Porsche de números 7, 77, e 2, em cima. Ficava sentado na bancada assistindo aos preparativos para as corridas, e ouvindo as conversas. Depois, vieram os Fitti-Vê, o Fusca de dois motores, e o Fitti-Porsche. Todos, cor de laranja, bonitos e velozes, mas fora o Fórmula Vê, muito dados a quebras. Por um tempo, fizeram da Lemos & Brentar sua base no Rio quando havia provas por aqui. Cinco anos mais tarde, o Albino me colocou um motor Porsche 1.600, bastante usado, num “buggy” da Glaspac, o qual terminou seus dias em Búzios. Com aquele entre eixos curto, era uma verdadeira “cadeira elétrica”.
Com a compra do “modelinho” 66, iniciava-se uma série de Volkswagens, entremeada por outras marcas, com a maioria dos Fuscas, “mexidos” pelo Goetz Leider, rival do também excelente (e mais famoso) preparador, Rainer Reuther, ambos com oficinas em Botafogo. Um deles, branquinho, me foi vendido pelo Bob Sharp, na revenda Cota, da qual era sócio.
Em 1968, recém retornado da Inglaterra, e com um gosto especial por coisas britânicas, importei um Triumph Spitfire MK III branco, através da Samdaco.

Ficava na Rua da Consolação em São Paulo. O dono era o Luiz Antônio Greco, o mais profissional chefe de competição do país, responsável pelas equipes Willys (Gordini, 1093, R-8, Berlineta, Alpine, Bino) e Ford (Maverick). Foi ele, pessoalmente, que me fez a entrega do carro. Era um carrinho simpático, com rodas raiadas, mas não muito potente. Tinha um motor de 1.300 cm3 com 75 cv., dois carburadores SU HS2 invertidos, e a velocidade máxima era de 160 km/h. O capô abria inteiro para à frente, “a la E-Type”, deixando todo o motor à vista. Checar o nível do óleo do motor, chamava a maior atenção. A capota manual, como em todo carro inglês, era complicada para montar. Primeiro levantava-se uma armação de ferro. Em seguida, tinha-se que puxar, esticar, e ajustar a lona por sobre a armação. Daí, ainda havia um monte de colchetes para prender. Quando a capota estava finalmente montada, a chuva geralmente já tinha passado, e você estava completamente encharcado! A técnica desenvolvida era a seguinte: Assim que a chuva ameaçasse cair, entrar rápido num box de lavagem de algum posto de gasolina, e montar a capota calmamente, no seco. Os postos, ao contrário de hoje em dia, não eram totalmente cobertos.
Baixinho, e com uma suspensão de curso muito curto, o coitado do carrinho, e nós os ocupantes, sofríamos bastante com os buracos.
Numa viagem à Búzios, com duas amigas, quase chegamos com as bundas rachadas por causa dos “carneirinhos” no trecho de terra.

Em 1969, com o recente lançamento do Opala 3.800, troquei-o pelo novo carro da GM. Era também branco, cor que pelo que vejo agora, devia ser a minha preferida. Coloquei nele umas rodas de magnésio, e um adesivo da Elf no paralamas esquerdo, em baixo, perto da porta. Não sei por que, mas tinha um xodó danado por esse pequeno adesivo. Ao acelerar, o motor inclinava-se para a direita e o carro balançava todo. Com seus 125 cv., e mais de 160 km/h de final, era um progresso e tanto, em relação aos seus antecessores com respeito a potência, e também, muito melhor adaptado que o Triumph para as nossas condições de piso.
Em dezembro de 1971 fui fazer uma viagem qualquer, e pedi a meu pai se poderia, enquanto estivesse fora, levar o Opalão para arrumar um pequeno amassado numa das portas. Quando voltei, ele me esperava no Galeão, todo animado, dizendo que tinha uma surpresa para mim. Chegando no estacionamento, quase tive um troço! Papai não só, havia mandado consertar o amassado, mas aproveitado para pintar o Opala de amarelo ovo!
“Surpresa! Então? Gostou, filho?” perguntou contente. Fiquei mudo por uns instantes, e devo ter dado um sorriso da cor do carro para ele. “É pai… legal. Obrigado…” Acho que ele percebeu a verdade quando vendi o carro na semana seguinte.
Mas tudo isso, aconteceu um pouquinho mais tarde…
Hugo Borghi

www.ararenovaes.blogspot.com

Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

28 comentários em “DIÁRIOS DO HUGO #2

  • 5 de março de 2009 em 08:34
    Permalink

    Dr.Hugo,
    Uma DELÍCIA ler o seu texto.Há tantos paralelos e semelhanças em nossas vidas que fico extasiado lendo e imaginando as cenas descritas.Imagino que todos que estejam acompanhando essa saga estejam também “revendo”fatos de suas próprias vidas aqui.Após seu primeiro relato,mandei um longo comentário do qual me arrependí imediatamente,a ponto de ligar para o Saloma pedindo para cortá-lo e publicar só o primeiro parágrafo,pedindo mais.Nossas histórias ficam meio irrelevantes perto de relatos tão bem feitos quanto os seus.Espero que essa história se prolongue por um BOM tempo…Teve até BelAir 56 !!!
    Sobre aquele Austin J40 citado,há um PERFEITO,bege,lá no museu do Sr. Paulo Trevisan,em Passo Fundo,ainda a pedal,claro.Alguém da turma dos comparsas deve ter fotografado,vou procurar entre minhas fotos também.Aliás,faça algo melhor: vá lá pessoalmente vê-lo,VALE a pena…
    Mais uma vez ,parabéns Dr.

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 08:34
    Permalink

    Dr.Hugo,
    Uma DELÍCIA ler o seu texto.Há tantos paralelos e semelhanças em nossas vidas que fico extasiado lendo e imaginando as cenas descritas.Imagino que todos que estejam acompanhando essa saga estejam também “revendo”fatos de suas próprias vidas aqui.Após seu primeiro relato,mandei um longo comentário do qual me arrependí imediatamente,a ponto de ligar para o Saloma pedindo para cortá-lo e publicar só o primeiro parágrafo,pedindo mais.Nossas histórias ficam meio irrelevantes perto de relatos tão bem feitos quanto os seus.Espero que essa história se prolongue por um BOM tempo…Teve até BelAir 56 !!!
    Sobre aquele Austin J40 citado,há um PERFEITO,bege,lá no museu do Sr. Paulo Trevisan,em Passo Fundo,ainda a pedal,claro.Alguém da turma dos comparsas deve ter fotografado,vou procurar entre minhas fotos também.Aliás,faça algo melhor: vá lá pessoalmente vê-lo,VALE a pena…
    Mais uma vez ,parabéns Dr.

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 09:33
    Permalink

    Parabéns Hugo, excelente texto. Uma pergunta, vc não ficou com nenhum desses carros que vc citou?
    Belair, quanto ao Austin J, pensei a mesma coisa, se não me engano eu tenho fotos dele no museu do automobilismo.

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 09:33
    Permalink

    Parabéns Hugo, excelente texto. Uma pergunta, vc não ficou com nenhum desses carros que vc citou?
    Belair, quanto ao Austin J, pensei a mesma coisa, se não me engano eu tenho fotos dele no museu do automobilismo.

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 11:03
    Permalink

    Bom dia Hugo
    O Sergio ou o Claudio Bernardes tinha um Jaguar igual. Por acaso era o seu?

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 11:03
    Permalink

    Bom dia Hugo
    O Sergio ou o Claudio Bernardes tinha um Jaguar igual. Por acaso era o seu?

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 11:03
    Permalink

    Bom dia Hugo
    O Sergio ou o Claudio Bernardes tinha um Jaguar igual. Por acaso era o seu?

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 11:03
    Permalink

    Bom dia Hugo
    O Sergio ou o Claudio Bernardes tinha um Jaguar igual. Por acaso era o seu?

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 11:03
    Permalink

    Bom dia Hugo
    O Sergio ou o Claudio Bernardes tinha um Jaguar igual. Por acaso era o seu?

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 11:03
    Permalink

    Bom dia Hugo
    O Sergio ou o Claudio Bernardes tinha um Jaguar igual. Por acaso era o seu?

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 11:05
    Permalink

    Hugo,
    Mais um texto magnífico.
    Engatinhei no segredos da mecânica na minha adolescência nos anos 60 visitando regularmente a Rio-Londres, azucrinando os mecânicos e o próprio Seu Joaquim, na saída do Colégio Andrews, ali na Praia de Botafogo. Naquela oficina encontravam-se verdadeiras raridades, como o Jaguar Mk7 (3 1/2 litros) do próprio Seu Joaquim, que depois foi substituído por um mais “moderno”, um Mk I (primeiro monobloco da Jaguar) com um motorzinho 2400 cm3, carro este que até hoje permanece com os filhos de Seu Joaquim e eu tentei inúmeras vezes comprar. Ali também ficava um ou outro carro de corridas do Bijou Rangel, o Mini Cooper S do Tommy, um Jaguar XK120 Roadster que pertence há décadas ao pai de famosa atriz global e, como você mesmo relatou, uma infinidade de jóias da indústria automobilística britânica. Tinha um motor de Rover 2500 cm3 (6 cilindros) 0 km bem próximo ao torno no fundo da oficina – eu tive um Rover 1952 -, as motos (Indian, Bultaco, etc..) dos filhos dele. Eu me divertia lá na saída do colégio.
    E quanto àquela oficina no alto do morro no Humaitá, lembro-me de ter visto muitas raridades lá, coisas como Lincoln V12, um outro Jaguar Mk IV prata sedan, RHD (right hand drive) que pertenceu ao Mauricio Memória, ex-presidente da Sociedade Hípica Brasileira e do Itanhangá Golf Club.
    Quanto à rivalidade entre as turmas que preparavam carros no Goetz Leider e no Rainer Reuther, bateu uma saudade danada. Lá se vão quase 40 anos! E nesses quase 40 anos, lá se vão as lembramnças da inesquecível Curva do Calombo e Jesus Está Chamando, às margens da Llagoa Rodrigo de Freitas.

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 11:05
    Permalink

    Hugo,
    Mais um texto magnífico.
    Engatinhei no segredos da mecânica na minha adolescência nos anos 60 visitando regularmente a Rio-Londres, azucrinando os mecânicos e o próprio Seu Joaquim, na saída do Colégio Andrews, ali na Praia de Botafogo. Naquela oficina encontravam-se verdadeiras raridades, como o Jaguar Mk7 (3 1/2 litros) do próprio Seu Joaquim, que depois foi substituído por um mais “moderno”, um Mk I (primeiro monobloco da Jaguar) com um motorzinho 2400 cm3, carro este que até hoje permanece com os filhos de Seu Joaquim e eu tentei inúmeras vezes comprar. Ali também ficava um ou outro carro de corridas do Bijou Rangel, o Mini Cooper S do Tommy, um Jaguar XK120 Roadster que pertence há décadas ao pai de famosa atriz global e, como você mesmo relatou, uma infinidade de jóias da indústria automobilística britânica. Tinha um motor de Rover 2500 cm3 (6 cilindros) 0 km bem próximo ao torno no fundo da oficina – eu tive um Rover 1952 -, as motos (Indian, Bultaco, etc..) dos filhos dele. Eu me divertia lá na saída do colégio.
    E quanto àquela oficina no alto do morro no Humaitá, lembro-me de ter visto muitas raridades lá, coisas como Lincoln V12, um outro Jaguar Mk IV prata sedan, RHD (right hand drive) que pertenceu ao Mauricio Memória, ex-presidente da Sociedade Hípica Brasileira e do Itanhangá Golf Club.
    Quanto à rivalidade entre as turmas que preparavam carros no Goetz Leider e no Rainer Reuther, bateu uma saudade danada. Lá se vão quase 40 anos! E nesses quase 40 anos, lá se vão as lembramnças da inesquecível Curva do Calombo e Jesus Está Chamando, às margens da Llagoa Rodrigo de Freitas.

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 12:14
    Permalink

    Caros amigos…
    Vcs. não podem imaginar a minha alegria ao ler seus gentis comentarios, e palavras de carinho e incentivo! Estou meio fora do ar desde sexta feira passada quando vim para Sampa por motivos de trabalho e aproveitei para correr mais uma etapa da agora Classic Cup, o novo nome da nossa categoria.
    Infelizmente roubaram meu laptop assim que cheguei! Estou aqui no Templo, preparando a Brasinha para sabado, e utilizando o Mac do amigo Rogerio Tranjam para escrever estas linha rapidas.
    Assim que chegar de volta ao Rio, quero poder responder a todos.
    Obrigado!
    Grande abraço, e ate la,
    Hugo
    PS Lembro aos amigos de SP que a entrada e franca e pelo portao 7 de Interlagos. Nossa prova sera no sabado as 11. Fica aqui o convite a todos…
    H

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 12:14
    Permalink

    Caros amigos…
    Vcs. não podem imaginar a minha alegria ao ler seus gentis comentarios, e palavras de carinho e incentivo! Estou meio fora do ar desde sexta feira passada quando vim para Sampa por motivos de trabalho e aproveitei para correr mais uma etapa da agora Classic Cup, o novo nome da nossa categoria.
    Infelizmente roubaram meu laptop assim que cheguei! Estou aqui no Templo, preparando a Brasinha para sabado, e utilizando o Mac do amigo Rogerio Tranjam para escrever estas linha rapidas.
    Assim que chegar de volta ao Rio, quero poder responder a todos.
    Obrigado!
    Grande abraço, e ate la,
    Hugo
    PS Lembro aos amigos de SP que a entrada e franca e pelo portao 7 de Interlagos. Nossa prova sera no sabado as 11. Fica aqui o convite a todos…
    H

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 22:04
    Permalink

    O que dizer dos textos do Hugo?
    Nada – só sentar, ler e babar. Histórias fantásticas de antigas e novas paixões.
    E o Opala branco então… Mas deixe estar: Quem sabe não monto um Opala imaculadamente Branco ano 73, com o número 44 ao lado para disputar curvas e retas com Hugo e companhia limitada?
    O sonho permanece, vamos ver se realizo mais esse. Tô começando achar que vai dar…
    E quanto a estar no Templo: Ótimo!
    Tomara que tenha treinado, e que aquela tal barra estabilizadora dianteira que o Jorge ia fazer esteja instalada e funcionando bem…
    Vai lá e treina, Hugo! Pega a mão do carro e dá um nabo no Tranjan! Não me conformo com a pilotaiada só sentando na hora de classificar…

    Resposta
  • 5 de março de 2009 em 22:04
    Permalink

    O que dizer dos textos do Hugo?
    Nada – só sentar, ler e babar. Histórias fantásticas de antigas e novas paixões.
    E o Opala branco então… Mas deixe estar: Quem sabe não monto um Opala imaculadamente Branco ano 73, com o número 44 ao lado para disputar curvas e retas com Hugo e companhia limitada?
    O sonho permanece, vamos ver se realizo mais esse. Tô começando achar que vai dar…
    E quanto a estar no Templo: Ótimo!
    Tomara que tenha treinado, e que aquela tal barra estabilizadora dianteira que o Jorge ia fazer esteja instalada e funcionando bem…
    Vai lá e treina, Hugo! Pega a mão do carro e dá um nabo no Tranjan! Não me conformo com a pilotaiada só sentando na hora de classificar…

    Resposta
  • 6 de março de 2009 em 23:53
    Permalink

    Delicia de texto Hugo.
    Muito bom relembrar esses fatos e carros que voce citou.
    A Samdaco da Cosolação que importava os Tryumphs Spitfire, o TR4 e o rarissimo Equip Bond.
    Relembrar do Jaguar MK IV, do JK, do Rois Kart, do Vendome,(conheço um branco muito bonito andando por aí), do Opala 3.800, do Austin J, do lindíssimo Lincoln Capri, do Bel Air 56 e do DKW.
    De pessoas como o Grecco, o Andraus, o Claudio D. Rodrigues.
    Ótimas lembranças dos bons e velhos tempos.

    Resposta
  • 6 de março de 2009 em 23:53
    Permalink

    Delicia de texto Hugo.
    Muito bom relembrar esses fatos e carros que voce citou.
    A Samdaco da Cosolação que importava os Tryumphs Spitfire, o TR4 e o rarissimo Equip Bond.
    Relembrar do Jaguar MK IV, do JK, do Rois Kart, do Vendome,(conheço um branco muito bonito andando por aí), do Opala 3.800, do Austin J, do lindíssimo Lincoln Capri, do Bel Air 56 e do DKW.
    De pessoas como o Grecco, o Andraus, o Claudio D. Rodrigues.
    Ótimas lembranças dos bons e velhos tempos.

    Resposta
  • 8 de março de 2009 em 14:27
    Permalink

    Belair,
    Uma vez ví um J40 café com leite pendurado numa loja da Richard´s… Qq. hora dessas, quero mesmo dar um pulo até Passo Fundo.
    João César,
    Infelizmente não fiquei com nenhum… O Jaguar merecia!
    Edu Castro,
    Com certeza já nos esbarramos por aí Edú.
    A jaguar é essa mesmo que vc. menciona. Cláudio e eu compramos juntos, e a reformamos. O Maserati realmente explodiu o motor original que foi trocado por um de Simca.
    Vicente,
    Pois é… A Rio-Londres era a nossa “Disneyworld”!
    Guenta aí que já, já, vem mais “causos”.Postinho, etc…
    Cerega,
    Monta logo uma bagaça prá andar lá com a gente!
    Romeu,
    Vc. tb. conheceu o Robertinho Andraus?
    Obrigado a todos!
    Abração,
    Hugo

    Resposta
  • 8 de março de 2009 em 14:27
    Permalink

    Belair,
    Uma vez ví um J40 café com leite pendurado numa loja da Richard´s… Qq. hora dessas, quero mesmo dar um pulo até Passo Fundo.
    João César,
    Infelizmente não fiquei com nenhum… O Jaguar merecia!
    Edu Castro,
    Com certeza já nos esbarramos por aí Edú.
    A jaguar é essa mesmo que vc. menciona. Cláudio e eu compramos juntos, e a reformamos. O Maserati realmente explodiu o motor original que foi trocado por um de Simca.
    Vicente,
    Pois é… A Rio-Londres era a nossa “Disneyworld”!
    Guenta aí que já, já, vem mais “causos”.Postinho, etc…
    Cerega,
    Monta logo uma bagaça prá andar lá com a gente!
    Romeu,
    Vc. tb. conheceu o Robertinho Andraus?
    Obrigado a todos!
    Abração,
    Hugo

    Resposta
  • 8 de março de 2009 em 22:09
    Permalink

    Hugo, conheci o Andraus sim.
    Dos tempos em que ele estudava no Paes Leme.
    Sempre andava com bons carros, alem do Thunder 55, me lembro bem de um Fiat Moretti l600 conversivel, branco, que eu achava o maximo.

    Resposta
  • 8 de março de 2009 em 22:09
    Permalink

    Hugo, conheci o Andraus sim.
    Dos tempos em que ele estudava no Paes Leme.
    Sempre andava com bons carros, alem do Thunder 55, me lembro bem de um Fiat Moretti l600 conversivel, branco, que eu achava o maximo.

    Resposta
  • 31 de março de 2009 em 13:54
    Permalink

    É mais ou menos assim o que diz o comentário acima…
    “Recentemente, deparei com seu blog e têm sido de longas leituras. Não sabia o que deixar no meu primeiro comentário. Não sei o que dizer, exceto que tenho desfrutado leitura. Ótimo blog. Vou manter a visita este blog muitas vezes”.

    Resposta
  • 31 de março de 2009 em 13:54
    Permalink

    É mais ou menos assim o que diz o comentário acima…
    “Recentemente, deparei com seu blog e têm sido de longas leituras. Não sabia o que deixar no meu primeiro comentário. Não sei o que dizer, exceto que tenho desfrutado leitura. Ótimo blog. Vou manter a visita este blog muitas vezes”.

    Resposta
  • 2 de agosto de 2010 em 13:50
    Permalink

    Hugo, foi um enorme prazer achar este teu diário, lá se vão mais de 40 anos e voce se esqueceu de um bug que teve comprado na Lemos e Brentar com motor Porche, e nos encontramos em Buzios na Praia de Manguinhos, eu estava com o Sidney Rocha Miranda e você nos emprestou o bug para um teste, quando passei em frente a casa você correu para a areia e me deu uma bandeirada, falei para o Sidney (o Hugo esta pedindo) e acelerei, indo em direção a praia Rasa, lá pelas tantas andado de lado e com a maré baixa, veio uma onda que me fez perder o controle e fomos para dentro d’agua, só parando quando uma onda nos afundou, foi um sufoco tirar o seu bug de dentro do mar mas tivemos ajuda de uns pescadores e depois de muito custo (secar distribuidor etc) consegui fazer ela pegar e voltei bem devagar, te entreguei o bug e fiz vários elogios, a tarde te encontrei no Posto de Gasolina com o seu bug no reboque pois tinha entrado agua no motor e batido biela, Desculpe te confessar isto 42 anos apos o acontecido.
    Um grande abraço
    Luiz Fernando

    Resposta
  • 2 de agosto de 2010 em 13:50
    Permalink

    Hugo, foi um enorme prazer achar este teu diário, lá se vão mais de 40 anos e voce se esqueceu de um bug que teve comprado na Lemos e Brentar com motor Porche, e nos encontramos em Buzios na Praia de Manguinhos, eu estava com o Sidney Rocha Miranda e você nos emprestou o bug para um teste, quando passei em frente a casa você correu para a areia e me deu uma bandeirada, falei para o Sidney (o Hugo esta pedindo) e acelerei, indo em direção a praia Rasa, lá pelas tantas andado de lado e com a maré baixa, veio uma onda que me fez perder o controle e fomos para dentro d’agua, só parando quando uma onda nos afundou, foi um sufoco tirar o seu bug de dentro do mar mas tivemos ajuda de uns pescadores e depois de muito custo (secar distribuidor etc) consegui fazer ela pegar e voltei bem devagar, te entreguei o bug e fiz vários elogios, a tarde te encontrei no Posto de Gasolina com o seu bug no reboque pois tinha entrado agua no motor e batido biela, Desculpe te confessar isto 42 anos apos o acontecido.
    Um grande abraço
    Luiz Fernando

    Resposta
  • 2 de agosto de 2010 em 14:04
    Permalink

    Putz…esses relatos são duca! Muito bacana Fernando e o material vai já já pra galera…

    Resposta
  • 2 de agosto de 2010 em 14:04
    Permalink

    Putz…esses relatos são duca! Muito bacana Fernando e o material vai já já pra galera…

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Verified by MonsterInsights