DIÁRIOS DO HUGO #16

4ª.Corrida – Interlagos 15-06-2008
Preliminar dos 500 km de Interlagos (extra-campeonato)

Tempo encoberto. Resolvi treinar pouco na sexta para poupar o carro. Assim mesmo quebrou a caixa de câmbio após umas 6 voltas, na redução para a tomada da Curva do Lago. Encostei lá longe, no meio da grama em segurança, fiquei assistindo os colegas, e fui rebocado para o box assim que terminou o treino livre. Correria dos mecãnicos! Foram até a oficina buscar a caixa do KG #12 do Rogério Tranjan que estava batido, e é igual. O Rogério havia ficado sem freios no Bico de Pato duas provas antes, e estampado de frente, fortemente, a proteção de pneus e o guard-rail. O fato de, graças a Deus, nada de mais grave ter acontecido com ele pode, e deve, ser atribuído ao Hans que ele portava no momento do acidente.

Para quem ainda não sabe, o Hans Device evita que, numa porrada frontal, a cabeça do piloto se projete violentamente para a frente, protegendo a coluna cervical, evitando sua ruptura. É uma geringonça que se afixa aos ombros por meio do cinto de segurança, e que possui duas tiras que se prendem ao capacete. Na minha opinião é uma das mais importantes invenções dos últimos tempos em termos de segurança, acessível ao bolso de todo piloto, de qualquer categoria. A cada dia que passa mais pilotos da Superclassic estão, inteligentemente, adotando o Hans Device. Graças a ele, o Rogério ficou só com uma forte dor local que o obrigou a andar algum tempo de pescoceira. Estou aguardando o meu cunhado trazer um.

Por conta da panca do Rogério, e da sua gentileza em emprestar o câmbio, pude correr. Esta solidariedade entre os membros da equipe é muito bacana.
Os mecas trabalharam duro, e ás 9 h. da noite já estava tudo pronto para o dia seguinte. Foram retirados os calços da suspensão, e parou de raspar a roda dianteira no paralamas nas curvas lentas. Melhoraram também muito a carburação, e agora falha só um pouquinho nas saídas das curvas de baixa.
Choveu à noite e a pista estava ligeiramente úmida. Fiz o 6º. tempo, entre os 22 que se classificaram para a largada. Nada mal!
Engraçado ter só 4 carros na sua frente no grid. Aí você olha pelo espelho, vê aquele monte de carros atrás, e imagina os pilotos “babando” para te atropelar assim que for dada a largada. O mais incrível é que virei em 2:09.003, e o Paulo Souza do Porsche 914 que ficou com a 5ª. posição no grid, virou 2:09.002!
Aahh!…, uns 10 quilinhos a menos! Coisa de F-1…
Domingo, dia da prova, povo na arquibancada, e muita gente no paddock e nos boxes. Que diferença correr com público assistindo! É engraçado, você metido naquela roupa estranha, diferente de todo o mundo, se sente meio artista. As pessoas te olham, apontam, e tiram fotos. Crianças chegam juntinho, param, e ficam te olhando fixamente sem dizer nada! Acho que por ter bordado no macacão a mesma propaganda que está pintada no carro, uma se encheu de coragem e perguntou baixinho: “O senhor é que é o piloto da Brasília?” Quando disse que era, ela respondeu: “Legal…”, e saiu correndo. Fiquei ali sorrindo, pensando no que deveria estar se passando naquela cabecinha do mini-fã.

Chegando no grid para alinhar, as marchas não entravam! Passei pelo Marcelo Giordano que (muito chique) tem rádio de comunicação com o box, e fiz sinais frenéticos! Ele imediatamente chamou os mecânicos que vieram correndo, e conseguiram regular a embreagem. Terminaram no último momento possível antes dos carros começarem a se mover para a volta de apresentação. Ufa! Pessoal na arquibancada se fartando de fotografar.
Largamos em 24 carros. Apareceram mais dois foguetes sem tempo (Nenê, Fiat Topolino # 38, e o Gildo, VW “Zé do Caixão” # 34) que acabariam terminando em 2º.e 4º.

Prova muito disputada desde a largada. Comecei logo perseguindo o Porsche 914, e fui chegando, chegando, até que na 7ª. volta saí forte da Curva do Sol, peguei a linha de dentro na Reta Oposta, e ultrapassei na freada do Lago. Ôba! Um Brasília na frente dum Porsche novamente! É obvio que nenhum dos nossos carros está exatamente como nasceu, mas que foi um pensamento divertido naquele momento, lá isso foi! Abri uns 3 seg. de vantagem.

Perdi um pouco da concentração nas 5 voltas finais, e dei umas erradinhas bestas. Agora era o Paulo, bom piloto e experiente, que vinha chegando! Basta você se preocupar com quem vem atrás, para fazer umas bobagens. O segredo é olhar para frente, para o próximo adversário a ser ultrapassado, e não ficar controlando muito aquele que já foi superado.
O Silvio Zambello largou com um belo Mercedes Benz 280 CE. Não sei bem ao certo como esse carro se encaixa na nossa categoria, mas como ele era o promotor do evento, “encaixou-se”.

Faltando umas 3 voltas para o final cheguei nele na freada do S do miolo, para botar uma volta em cima. O grande Mercedes branco estava envolvido com um Fusca da Speed, e não havia espaço. Freei, e o Paulo chegou de vez. Numa curva que faço normalmente em 3ª., o Mercedes estava tão lento que tive de procurar uma 2ª., para sair mais forte. Nessa altura, o Paulo já estava emparelhado do meu lado esquerdo. Cadê a 2ª.? Não entrava! Perdi tempo procurando uma marcha qualquer, e saí em 3ª. mesmo. Nisso o Paulo me passou por dentro, bem na tomada do Pinheirinho. O Fernando Mello com seu Chevette AP também chegou, se engraçou, e tentou botar por fora no Mergulho, logo adiante. Só que ali não dá, e a Brasinha já havia se recuperado.
Cheguei em 7º. na geral. Provavelmente perdi um troféu por ter feito umas besteiras, e ficado sem a 2ª. marcha. Melhor volta em 2:08 alto, e 192 km/h no final do retão. Terminei tranqüilo, relaxado e completamente à vontade. Acho que estou me acostumando com a coisa toda…
A prova foi vencida pelo Malanga e seu Puma verde #7, mas sensacional mesmo, foi a corrida do Nenê. Largando em último com a carretera Topolino, chegou em 2º., após disputas acirradíssimas, principalmente com o Henry Shimura, e seu lindo KG “Dacon” #77.

A volta de desaceleração, após a bandeirada, é muito bacana. Em todos os postos de fiscalização os bandeirinhas ficam acenando com as suas bandeiras coloridas, e você acena de volta em agradecimento. São os nossos anjos da guarda durante a prova que avisam dos perigos e das situações da pista mais adiante.

Povo nas arquibancadas aplaudindo de pé, dezenas de teleobjetivas apontadas para você, muito legal!
Melhor prova até aqui. Voltando de carro para o Rio pela Ayrton Senna, fiquei relembrando os acontecimentos do dia, e feliz comigo mesmo, cheguei a uma conclusão: Naquele dia, havia me tornado um piloto…

Hugo Borghi

Luiz Salomão

Blogueiro e arteiro multimídia por opção. Dublê de piloto do "Okrasa" Conexão direta com o esporte a motor!

42 comentários em “DIÁRIOS DO HUGO #16

  • 23 de abril de 2009 em 10:30
    Permalink

    Hahaahahhahaha.Genial!
    “naquele dia, havia me tornado um piloto”

    Creia, Hugo, vc sempre foi um piloto, só faltava exercer a atividade.
    Sua capacidade impar em descrever o que ocorre, o que sente, etc, na pista, demonstra bem mais que a simples capacidadede de por em palavras essas emoções únicas.
    Parece ser, apenas, chover no molhado, mas os elogios unanimes por aqui, apenas retratam o que todos nós leitores e amigos de box, sentimos e vivenciamos, quando estamos no Templo acompanhando as proezas desses intrépidos “velhinhos” (falo dos carros hê?) e seus pilotos , verdadeiros gentleman drivers (quase todos), nos proporcionam.
    Portanto, os elogios a voce, especialmente, não são gratuítos.
    Parabéns, de novo….
    E quando quizer parar de correr, pode começar nova profissão: Cronista do cotidiano…

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 10:30
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    Hahaahahhahaha.Genial!
    “naquele dia, havia me tornado um piloto”

    Creia, Hugo, vc sempre foi um piloto, só faltava exercer a atividade.
    Sua capacidade impar em descrever o que ocorre, o que sente, etc, na pista, demonstra bem mais que a simples capacidadede de por em palavras essas emoções únicas.
    Parece ser, apenas, chover no molhado, mas os elogios unanimes por aqui, apenas retratam o que todos nós leitores e amigos de box, sentimos e vivenciamos, quando estamos no Templo acompanhando as proezas desses intrépidos “velhinhos” (falo dos carros hê?) e seus pilotos , verdadeiros gentleman drivers (quase todos), nos proporcionam.
    Portanto, os elogios a voce, especialmente, não são gratuítos.
    Parabéns, de novo….
    E quando quizer parar de correr, pode começar nova profissão: Cronista do cotidiano…

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  • 23 de abril de 2009 em 12:43
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    É, a Brasa e o Piloto estão evoluindo….rsrs Botaram na cara do Porsche! rsrsrs Boas referências para o curriculum dos dois, além do dos preparadores, claro.

    As fotos estão maravilhosas! Ótimas recordações e colírio para os olhos de quem curte o esporte.

    Parabéns. Que venha o próximo conto! Ou seria, a proxima corrida??

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 12:43
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    É, a Brasa e o Piloto estão evoluindo….rsrs Botaram na cara do Porsche! rsrsrs Boas referências para o curriculum dos dois, além do dos preparadores, claro.

    As fotos estão maravilhosas! Ótimas recordações e colírio para os olhos de quem curte o esporte.

    Parabéns. Que venha o próximo conto! Ou seria, a proxima corrida??

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  • 23 de abril de 2009 em 14:21
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    Porra Hugo,

    como você arrumou um modelo tão bonito? Assim não vale, rechear um excelente texto com ótima iconografia é covardia. Vou cobrar, qual jogadores de futebol, direito de imagem. rsrsrsr
    Essa prova foi muito bacana apesar do Trovão Azul ter me deixado na mão no início com problemas de freio. Só faltou ao Nenê fazer chover. O cara andou muito.
    É curioso, mas de lá prá cá o Passatão nunca mais quebrou, fiz inúmeros treinos e corridas, inclusive em Londrina onde conquistei minha primeira vitória.

    Abração,

    Rogério Tranjan
    Passat #44, vulgo Trovão Azul

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 14:21
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    Porra Hugo,

    como você arrumou um modelo tão bonito? Assim não vale, rechear um excelente texto com ótima iconografia é covardia. Vou cobrar, qual jogadores de futebol, direito de imagem. rsrsrsr
    Essa prova foi muito bacana apesar do Trovão Azul ter me deixado na mão no início com problemas de freio. Só faltou ao Nenê fazer chover. O cara andou muito.
    É curioso, mas de lá prá cá o Passatão nunca mais quebrou, fiz inúmeros treinos e corridas, inclusive em Londrina onde conquistei minha primeira vitória.

    Abração,

    Rogério Tranjan
    Passat #44, vulgo Trovão Azul

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  • 23 de abril de 2009 em 14:25
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    nao tira a barba pois senao vou ficar em duvidas no cafe do ibis sabado as 7am
    jose carlos
    sete lagoas

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 14:25
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    nao tira a barba pois senao vou ficar em duvidas no cafe do ibis sabado as 7am
    jose carlos
    sete lagoas

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  • 23 de abril de 2009 em 14:57
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    Hugo,seus relatos são simplesmente deliciosos.
    Parabéns e abraços do mais novo amigo.

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 14:57
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    Hugo,seus relatos são simplesmente deliciosos.
    Parabéns e abraços do mais novo amigo.

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  • 23 de abril de 2009 em 20:51
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    A coisa pegou , já estou entrando no blog do Saloma torcendo por uma nova coluna do “piloto” Hugo!

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  • 23 de abril de 2009 em 20:51
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    A coisa pegou , já estou entrando no blog do Saloma torcendo por uma nova coluna do “piloto” Hugo!

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  • 23 de abril de 2009 em 21:17
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    REGI NAT ROCK:

    Pode até ser… Mas tem um momento em que vc. passa a fazer as coisas naturalmente, sem forçar, sem mesmo notar. Foi assim naquele dia em que “me graduei”.Rs.
    Abração.

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 21:17
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    REGI NAT ROCK:

    Pode até ser… Mas tem um momento em que vc. passa a fazer as coisas naturalmente, sem forçar, sem mesmo notar. Foi assim naquele dia em que “me graduei”.Rs.
    Abração.

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  • 23 de abril de 2009 em 21:22
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    FLÁVIO FURTADO:

    Ainda bem que que a coisa tem evoluido constante, e gradualmente. Daqui prá frente, da 6a. ou 7a. posições, é que fica mais complicado progredir.
    Tem uns 3 lá na frente, que só quebrando… Hahaha…

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 21:22
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    FLÁVIO FURTADO:

    Ainda bem que que a coisa tem evoluido constante, e gradualmente. Daqui prá frente, da 6a. ou 7a. posições, é que fica mais complicado progredir.
    Tem uns 3 lá na frente, que só quebrando… Hahaha…

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  • 23 de abril de 2009 em 21:31
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    ROGÉRIO TRANJAN:
    Gostou da foto, né parceiro? Escolhi esta em que vc. está com um belo pescoço esticado, bem “racé”…
    Impressionante mesmo a durabilidade do Trovão #44 …
    Especialmente se levarmos em conta, para quem ainda não sabe, que o Rogério treina até o finalzinho! Faz o equivalente a umas duas corridas nos treinos! E tem mais: Só para quando acaba o álcool, apagam as luzes, ou colocam aquela madeira cheia de pregos na reta…

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 21:31
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    ROGÉRIO TRANJAN:
    Gostou da foto, né parceiro? Escolhi esta em que vc. está com um belo pescoço esticado, bem “racé”…
    Impressionante mesmo a durabilidade do Trovão #44 …
    Especialmente se levarmos em conta, para quem ainda não sabe, que o Rogério treina até o finalzinho! Faz o equivalente a umas duas corridas nos treinos! E tem mais: Só para quando acaba o álcool, apagam as luzes, ou colocam aquela madeira cheia de pregos na reta…

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 21:41
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    JOSÉ CARLOS:
    Pode deixar, se tirar a barba nem eu me reconheço…

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 21:41
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    JOSÉ CARLOS:
    Pode deixar, se tirar a barba nem eu me reconheço…

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  • 23 de abril de 2009 em 21:44
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    SÉRGIO HINGEL:

    Obrigado amigo.
    Vamos tomar aquele vinho do qual vc. falou, aí em Itaipava, qq. hora dessas…

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 21:44
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    SÉRGIO HINGEL:

    Obrigado amigo.
    Vamos tomar aquele vinho do qual vc. falou, aí em Itaipava, qq. hora dessas…

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  • 23 de abril de 2009 em 21:48
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    Pois é Jonny’O,bemvindo ao “Clube dos Leitores ÁVIDOS do Hugo”.
    Como eu já dizia lááá atrás, 3as. e 5as. seria muuuito pouco,Dr.Se o material já estiver pronto(não sei), que tal PELO MENOS 2as.,4as. e 6as.?Hã,hã,hã???
    Puta fã chato né?

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 21:48
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    Pois é Jonny’O,bemvindo ao “Clube dos Leitores ÁVIDOS do Hugo”.
    Como eu já dizia lááá atrás, 3as. e 5as. seria muuuito pouco,Dr.Se o material já estiver pronto(não sei), que tal PELO MENOS 2as.,4as. e 6as.?Hã,hã,hã???
    Puta fã chato né?

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  • 23 de abril de 2009 em 21:48
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    JONNY’O:

    Rapaz, tem mais é que haver corridas!
    Com 2 textos por semana, e uma corrida por mês, acho que essa contabilidade não vai fechar…!Hahahaha…
    Talvez um romance de aventuras ficcional para encher linguíça…

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 21:48
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    JONNY’O:

    Rapaz, tem mais é que haver corridas!
    Com 2 textos por semana, e uma corrida por mês, acho que essa contabilidade não vai fechar…!Hahahaha…
    Talvez um romance de aventuras ficcional para encher linguíça…

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  • 23 de abril de 2009 em 23:40
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    Não se preocupem meu povo…já arranjo mais trampo para o D. Hugo! E já tem um novo projeto sendo formatado para ele…he…he…

    Resposta
  • 23 de abril de 2009 em 23:40
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    Não se preocupem meu povo…já arranjo mais trampo para o D. Hugo! E já tem um novo projeto sendo formatado para ele…he…he…

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  • 26 de abril de 2009 em 11:37
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    Dá para se dizer, sem sombra de duvidas:
    Os melhores escribas da turma são o Seu Hugo e o Cerega.
    Ponto.

    Resposta
  • 26 de abril de 2009 em 11:37
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    Dá para se dizer, sem sombra de duvidas:
    Os melhores escribas da turma são o Seu Hugo e o Cerega.
    Ponto.

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  • 18 de novembro de 2011 em 20:03
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    the global disaster has affected the internet worl within the optimistic approach, due to the fact persons are turning online to make money. however what you simply shared could be very actual, by way of giving quality content material can help increase as soon business either within the downtimes or vice versa.

    Resposta
  • 18 de novembro de 2011 em 20:03
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    the global disaster has affected the internet worl within the optimistic approach, due to the fact persons are turning online to make money. however what you simply shared could be very actual, by way of giving quality content material can help increase as soon business either within the downtimes or vice versa.

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